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ESELx - Dissertações de Mestrado

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  • Estratégias de cálculo mental de adição e subtração e a sua utilização na resolução de problemas matemáticos: um estudo no 3.º ano de escolaridade
    Publication . Alves, Bruna Alexandra Costa; Rodrigues, Ana Sofia Ferreira Caseiro
    O presente relatório final foi elaborado no âmbito da Unidade Curricular de Prática de Ensino Supervisionada II, lecionada no 2.º ano do Mestrado em Ensino do 1.º CEB e de Matemática e Ciências Naturais no 2.º CEB. O relatório encontra-se dividido em duas partes. Na primeira parte, são descritas as práticas desenvolvidas nos dois ciclos, uma no 3.º ano e a outra no 5.º ano de escolaridade. Para tal, é feita a caracterização das principais finalidades educativas da instituição, bem como da turma e uma problematização dos dados recolhidos e a identificação da problemática de intervenção, de ambos os ciclos. Para finalizar esta parte, é realizada uma análise comparativa entre os dois contextos e tendo em conta aspetos como o desenvolvimento e respetivas competências dos alunos, os métodos de ensino/aprendizagem, a relação pedagógica e os processos de regulação e avaliação das aprendizagens e dos comportamentos sociais. A segunda parte do relatório diz respeito ao estudo desenvolvido no 1.º CEB, tendo como tema Estratégias de cálculo mental na adição e subtração e a sua utilização na resolução de problemas matemáticos: um estudo no 3.º ano de escolaridade,- e tendo como problemática: De que modo alunos do 3.º ano de escolaridade aplicam estratégias de cálculo mental na resolução de problemas matemáticos, quando não lhes é pedido explicitamente que o façam?. O presente estudo, de cariz qualitativo, foi realizado com base numa aproximação à investigação-ação e contou com a participação de dezassete alunos (10 do sexo masculino e 7 do sexo feminino) do 3.º ano de escolaridade. A análise dos dados recolhidos permitiu verificar que, numa fase inicial, os alunos recorreram maioritariamente ao algoritmo para resolver problemas de adição e subtração. Ao longo do estudo, foram-lhes apresentadas estratégias de cálculo mental, nomeadamente a 10’s e a N10C, que, posteriormente, os alunos utilizaram de forma espontânea na resolução do teste final, sem recorrerem ao algoritmo. Em suma, é fundamental reconhecer que o cálculo mental, à semelhança da Matemática, está intrinsecamente ligado ao nosso quotidiano. Promover rotinas sistemáticas de cálculo mental em sala de aula é essencial para o desenvolvimento do raciocínio dos alunos e para a consolidação de uma compreensão mais abstrata e profunda dos conceitos matemáticos.
  • Os meninos à face da terra não gostam de rosa (r.c.) – estudo de caso acerca da influência das conceções de género num grupo de 4 anos
    Publication . Patias, Bianca Micaela Lourenço; Lino, Dalila Maria Brito da Cunha
    O presente relatório surge no âmbito da Unidade Curricular Prática Profissional Supervisionada II (PPSII) com a principal finalidade de apresentar o meu período de intervenção, na posição de educadora estagiária, em contexto de jardim de infância. Assim, assumindo uma perspetiva reflexiva e mobilizando fundamentação pertinente, apresento o meu período de prática que decorreu junto de um grupo de crianças com quatro anos de idade numa organização socioeducativa de cariz privado. Como tal, é apresentada uma breve introdução, a caracterização do meio envolvente e contexto da organização socioeducativa onde aconteceu a prática, da equipa, das crianças e suas respetivas famílias. Surgem ainda as intencionalidades por mim definidas como orientadoras da minha prática pedagógica e autoavaliação das mesmas, a apresentação da investigação realizada com origem numa problemática identificada junto do grupo da PPSII, a reflexão acerca da construção da minha profissionalidade enquanto educadora de infância e as considerações finais. A problemática identificada junto do grupo da PPSII e investigada com a participação das crianças, educadora cooperante e famílias, remete para a influência das conceções de género em momentos de escolha por parte de um grupo de crianças com quatro anos. Assumiu-se como foco do estudo de caso desenvolvido os momentos de escolha de brinquedos, brincadeiras ou pares. Isto é, situações de escolha de crianças por outras, de forma autónoma e sem constrangimentos. Os resultados do estudo permitiram verificar a presença de estereótipos de género, por vezes, muito concretos que são utilizados pelas crianças como justificações das suas escolhas ou reconhecidos, por outras, como limitadores das suas escolhas. A par do referido, as crianças mostraram ainda possuir estereótipos referentes ao seu e ao sexo oposto.
  • A rotina na realização de atividades de música e movimento e o comportamento motor das crianças: potencialidades e desafios
    Publication . Ferreira, Beatriz Vicente Liberal; Simões, Ana Maria Tavares
    O presente relatório decorre no âmbito da Prática Profissional Supervisionada II (PPS II), efetuada no primeiro semestre do 2.º ano do Mestrado em Educação Pré-Escolar da Escola Superior de Educação de Lisboa. O estágio decorreu entre 30 de setembro de 2024 a 24 de janeiro de 2025, em contexto de jardim de infância, na sala dos Le, com um grupo de vinte e três crianças, com idades compreendidas entre os dois e os cinco anos e numa organização socioeducativa que se rege pelo Movimento da Escola Moderna (MEM). A partir da prática pedagógica reflexiva que desenvolvi, emergiu a investigação em torno da problemática “A Rotina na Realização de Atividades de Música e Movimento e o Comportamento Motor das Crianças- Potencialidades e Desafios” com os seguintes objetivos: (i) identificar as eventuais alterações no comportamento motor da criança quando existe uma rotina na realização de uma atividade de Música e Movimento e (ii) analisar o impacto das eventuais alterações no comportamento motor da criança na realização de uma atividade de Música e Movimento. A investigação desenvolvida centralizou-se numa abordagem de carácter qualitativo, através de um estudo exploratório descritivo, recorrendo a técnicas como a observação participante, a realização de entrevistas e a análise documental. A análise de conteúdo foi realizada a partir da análise dos vídeos registados, garantindo o cumprimento de todas as questões éticas ao longo de todo o processo investigativo. Os resultados evidenciam alterações no comportamento motor das crianças, decorrentes da realização da rotina de atividade de música e movimento, nomeadamente, melhorias na coordenação motora e no equilíbrio e na aquisição de maior autonomia e confiança nos movimentos, tendo impacto na aprendizagem e no bem-estar das crianças.
  • Entrelaçar gerações em educação de infância: vivências, partilhas e interações entre crianças e idosos numa sala de pré-escolar
    Publication . Oliveira, Beatriz Pires Heliodoro De; Friães, Rita Margarida de Aquino
    O relatório de estágio apresentado surge no âmbito da Prática Profissional Supervisionada II (PPSII), integrada no Mestrado em Educação Pré-Escolar da Escola Superior de Educação de Lisboa. Este documento tem como finalidade retratar de forma reflexiva e fundamentada o meu processo de intervenção e investigação educativa desenvolvido ao longo de quatro meses num estabelecimento educativo pertencente à rede pública e privada, na valência de Pré-Escolar, com um grupo de vinte e cinco crianças, com idades compreendidas entre os dois e os cinco anos. Apresenta ainda uma reflexão crítica sobre o processo de construção da profissionalidade, baseada nas vivências e experiências tidas no âmbito das práticas supervisionadas (PPSI e PPS II). Resultante de uma frequente análise interpretativa das minhas observações e vivências ao longo da prática, considerei pertinente refletir acerca do papel da organização socioeducativa como espaço promotor de partilhas, vivências e interações entre crianças e idosos, realizando um estudo de natureza qualitativa, norteado pela metodologia de estudo de caso, com os seguintes objetivos: (i) Compreender as perceções das famílias, da diretora e da educadora acerca da importância da construção de parcerias com as famílias em contexto de jardim de infância; (ii) Sinalizar e caracterizar as práticas e atividades que a organização socioeducativa promove para incentivar a participação e envolvimento das famílias; (iii) Analisar as potencialidades do convívio intergeracional para o bem-estar e desenvolvimento das crianças; (iv) Sinalizar e caracterizar as práticas e atividades que a organização socioeducativa promove para incentivar a relação entre as crianças e os idosos; (v) Analisar as perceções das crianças e dos avós sobre as relações que estabelecem entre si. A recolha de dados passou pelo recurso a diversas técnicas - observação direta participante, observação direta não participante de caráter naturalista, análise documental, entrevistas semiestruturadas à diretora da organização socioeducativa e à educadora cooperante, breve entrevista às crianças da sala T e aos respetivos avós, aplicação de um inquérito por questionário às famílias das crianças da sala T e ainda conversas informais com a educadora cooperante, que possibilitaram uma compreensão aprofundada e contextualizada do fenómeno em análise. Os resultados apontam para que a participação ativa das famílias, em especial dos avós, e a valorização das relações intergeracionais contribuem para o bem-estar e desenvolvimento das crianças e dos idosos, promovendo, nas crianças, o desenvolvimento de competências sociais, comunicativas e de empatia, e, nos idosos, o reforço do sentido de utilidade e a valorização pessoal. Com efeito, os dados sustentam que os avós contribuem de forma ativa para o bem-estar das crianças da sala T, através do acompanhamento diário, da colaboração em atividades promovidas pela organização socioeducativa e da partilha de experiências e tradições familiares.
  • Desenvolvimento socioemocional em crianças de 3 anos
    Publication . Veiga, Beatriz Margarida Gonçalves; Nunes, Maria Clarice Alexandrino
    O presente relatório elaborado no âmbito da Prática Profissional Supervisionada II, pertencente ao plano de estudos do Mestrado em Educação Pré-Escolar, surge com o principal intuito de narrar, de forma crítica e reflexiva, as vivências e aprendizagens que contribuíram para a construção da identidade pessoal e profissional. Tem também como objetivo a apresentação da investigação realizada em contexto de jardim de infância durante um período de quatro meses, intitulada “Desenvolvimento socioemocional em crianças de 3 anos”. A investigação surge da importância da formação pessoal e social para o processo de desenvolvimento e aprendizagem da criança enquanto indivíduo competente e pertencente à sociedade. Para tal, segue uma abordagem qualitativa através do método de estudo de caso que envolve um grupo constituído por 26 participantes. O principal objetivo consiste em cartografar as competências socioemocionais evidenciadas por crianças com 3 anos de idade no contexto de jardim de infância, assim como compreender o papel do adulto na promoção do desenvolvimento das competências socioemocionais. Para tal, recorri a um conjunto de técnicas e instrumentos tendo por base o modelo Social and Emotional Learning (SEL) apresentado no Manual para a Promoção de Competências Socioemocionais em Meio Escolar, desenvolvido pela Direção-Geral da Saúde em parceria com a Direção-Geral da Educação. As metodologias aplicadas permitiram alcançar um conjunto de dados que foram descritos, analisados e interpretados do ponto de vista do investigador. Os resultados obtidos apontam para a importância da promoção do desenvolvimento das competências socioemocionais enquanto ferramentas que contribuem para o bem-estar pessoal e relacional da criança.
  • O tempo presente: recurso para compreender O tempo passado em história e geografia de Portugal
    Publication . Vieira, Beatriz Fernandes; Antunes, Maria João de Oliveira
    O presente relatório resulta da Prática de Ensino Supervisionada no âmbito do Mestrado em Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico e de Português e História e Geografia de Portugal no 2.º Ciclo. A investigação realizada tem como problemática central: A compreensão do passado a partir de situações do presente recorrendo a estratégias ativas de aprendizagem contribui para o desenvolvimento de competências de comunicação e pensamento crítico em História. Para dar uma resposta à problemática definida, formularam-se os objetivos: (i) Compreender de que modo os problemas sociais do presente permitem construir conhecimento sobre o passado; (ii) Caracterizar as estratégias de ensino e aprendizagem que permitem a realização de aprendizagens ativas; (iii) Analisar as competências de comunicação em História desenvolvidas pelos alunos; (iv) Analisar as competências de pensamento crítico desenvolvidas pelos alunos. Metodologicamente, o estudo integra procedimentos de natureza qualitativa, recorrendo predominantemente a análise de conteúdo através de diferentes fontes, que incluíram planificações de aulas, produções escritas e orais dos alunos e atividades realizadas em sala de aula. Os resultados obtidos permitem reconhecer as estratégias utilizadas, pelas melhorias na participação, na expressão oral e escrita e na capacidade crítica dos alunos. Confirma-se também que o recurso a situações do presente para abordar conteúdos do passado favorece a construção de aprendizagens com sentido, aproximando os alunos dos temas históricos e promovendo uma relação mais ativa e reflexiva com o conhecimento. O estudo evidencia, ainda, o papel essencial da intencionalidade pedagógica e da investigação na formação de professores e na construção de práticas mais conscientes e eficazes.
  • Quais as perspectivas das crianças, da família e da equipa educativa face à escola da floresta?
    Publication . Braz, Beatriz Dias; Alexandre Fernandes Almeida, Tiago
    O presente relatório pretende expor, por um lado a minha jornada ao longo do período de estágio numa sala de jardim de infância, na qual fui recebida por um grupo de 21 crianças entre os 3 e os 5 anos. E por outro lado, um estudo, que se integrou inteiramente no meu estágio e que visou responder à questão “Quais as perspectivas das crianças, da família e da equipa educativa face á escola da floresta?”. Com este estudo procurou-se (i) Averiguar como é vivida a experiência de idas à floresta pelas crianças; (ii) Compreender como as famílias veem as idas à floresta e (iii) Entender qual a visão da equipa educativa acerca da escola floresta. Sendo que o estudo se realizou integrado no estágio que ocorreu numa IPSS com equipamento de creche e jardim de infância de um bairro de Lisboa. Durante a minha prática consegui definir as minhas intenções para ação baseadas no respeito e na participação dos vários agentes educativos. Para responder aos objetivos do estudo recorri a uma abordagem mista, recolhendo os dados através de observações diretas, entrevistas à equipa educativa e questionários às famílias. Pude concluir que a Escola da Floresta é uma excelente iniciativa que conecta as crianças à natureza, onde acontece um desenvolvimento holístico com experiências arriscadas que promovem um comportamento pró-ativo. Para além de ter tido a oportunidade de constatar no final do estudo que as crianças elas vivem com muito entusiasmo as sessões de escola da floresta e que tanto as famílias como a equipa educativa tem consciente as vantagens e o significado da Escola da Floresta para o desenvolvimento das crianças. Pois “trabalhar com crianças em jardim de infância é puderes ser um mediador entre criança e o mundo, apoiares neste contato” (E.V). Após o término de todo o processo foi importante refletir acerca da construção da minha futura profissionalidade como base para continuar o meu crescimento enquanto educadora de infância, pois durante as duas PPS I e II houve um grande processo de crescimento através da partilha de experiências, desafios e reflexões.
  • Práticas de colaboração: importância do trabalho pedagógico articulado entre o educador e o auxiliar de ação educativa
    Publication . Gossieaux, Beatriz de Abreu; Filipa da Mota Dias, Joana
    O presente relatório tem como finalidade apresentar de modo reflexivo todo o percurso realizado no decorrer da Prática Profissional Supervisionada II, concretizada em contexto de Pré-escolar, numa sala com 16 crianças, de 3 anos de idade. Neste sentido, são apresentados diversos tópicos que refletem todo o processo investigativo, sobre a colaboração entre a educadora e a auxiliar de ação educativa. Primeiramente, é apresentada a caracterização do contexto que determinou as minhas intenções para a ação educativa e, de seguida, as intenções são apresentadas, de forma reflexiva e avaliativa. Por fim, elucida-se o tema da investigação realizada do decorrer da minha Prática Profissional Supervisionada II, intitulada de “Práticas de colaboração: importância do trabalho pedagógico articulado entre o educador e o auxiliar de ação educativa”, e cujos objetivos são: (i) conhecer as conceções da equipa educativa sobre trabalho colaborativo e (ii) identificar os benefícios do trabalho colaborativo para o grupo de crianças e para a equipa; (iii) conhecer estratégias para um trabalho em equipa colaborativo. A investigação realizada trata de um estudo de caso, de natureza qualitativa, cujo tema foi definido a partir das observações realizadas no contexto de sala. A vivência de um trabalho conjunto e articulado entre a educadora e a auxiliar despertaram o meu interesse em querer aprofundar o meu conhecimento nesta dinâmica de trabalho de sala. Neste sentido, realizei uma revisão de literatura sobre o foco de investigação, recorrendo a diversos autores, bem como à aplicação de entrevistas semiestruturadas à educadora cooperante e à auxiliar de ação educativa e, posteriormente, submetidas a uma análise categorial. Após a revisão literária procedi à análise das evidências registadas e das entrevistas realizadas à educadora cooperante e à auxiliar de ação educativa, apresentando e discutindo os resultados. Os resultados apontam para a visão de um trabalho colaborativo enquanto fator importante para a prática educativa destas profissionais, levando-as a implementar diversas estratégias no sentido da sua promoção, no trabalho desenvolvido em conjunto e também na sua organização socioeducativa, e que aporta benefícios a nível profissional, afetos ao ambiente de trabalho, bem como ao nível do desenvolvimento profissional e pessoal, na construção de conhecimento coletivo e individual.
  • Vamos explorar o mundo lá fora! – O lugar educativo das saídas ao exterior das crianças do Jardim de Infância
    Publication . Ferreira, Bárbara Martins; Almeida Tomás, Catarina
    O presente relatório foi elaborado no âmbito da Unidade Curricular de Prática Profissional Supervisionada II (PPS II) e retrata o percurso vivido em contexto de jardim de infância, entre os dias 30 de setembro de 2024 e 24 de janeiro de 2025. A PPS II decorreu numa organização socioeducativa pública, com um grupo de 20 crianças dos 4 aos 6 anos e uma equipa educativa constituída por uma educadora de infância e uma assistente operacional. Inspirada pelas experiências vividas com o grupo e pela convicção educativa e pedagógica de que a aprendizagem não deve estar confinada às quatro paredes da sala ou ao recreio, delineei como uma das intenções pedagógicas “promover o contacto das crianças com o exterior, reconhecendo o espaço público como um lugar educativo”. Neste sentido, o presente relatório integra não só uma descrição e reflexão crítica sobre o percurso formativo e as práticas pedagógicas desenvolvidas, como também apresenta uma investigação centrada nas saídas ao exterior. Através do olhar das crianças, expresso nas suas palavras, gestos e escolhas, procura-se compreender como vivenciam essas experiências, como constroem sentidos de pertença à comunidade e como, nesses encontros com o mundo, mobilizam e ampliam saberes sociais, ambientais, culturais, cognitivos e corporais. A investigação, de natureza qualitativa e desenvolvida com base num estudo de caso, procurou compreender os significados atribuídos às saídas ao exterior tanto pelas crianças como pela equipa educativa. Através de entrevistas, semiestruturadas e focalizadas e da observação participante, foi possível aceder a múltiplas perspetivas e escutar as vozes das crianças sobre os lugares que habitam, os percursos que percorrem e as descobertas que fazem fora do espaço da sala. Este percurso formativo, vivido entre a ação, a reflexão e a investigação, foi sendo moldado por essas narrativas infantis, que desafiaram olhares instituídos e alimentaram uma visão da educação de infância como espaço em relação com a cidade, a natureza e a comunidade — onde as crianças são reconhecidas como sujeitos que atribuem sentidos ao mundo e intervêm ativamente na sua construção.
  • Brincar é ser feliz!” - Compreender o lugar, o papel e as potencialidades do brincar em contexto de pré-escolar
    Publication . Coelho, Ângela Filipa Martinho; Margarida de Aquino Friães Neves da Silva, Rita
    O presente relatório foi elaborado no âmbito da unidade curricular de Prática Profissional Supervisionada II (PPS II), integrada no Mestrado em Educação Pré-Escolar (MEPE) da Escola Superior de Educação de Lisboa (ESELx). Este documento visa apresentar, de forma reflexiva e fundamentada, o processo de intervenção e investigação educativa desenvolvido ao longo de quatro meses num contexto de educação pré-escolar, com um grupo de dezanove crianças com idades compreendidas entre os 4 e os 5 anos. Procede-se ainda a uma reflexão crítica sobre o processo de construção da identidade profissional, sustentada pelas vivências e experiências adquiridas no decurso das práticas supervisionadas realizadas (PPS I e PPS II). Com o propósito de aprofundar a compreensão sobre o papel e as potencialidades do brincar em educação pré-escolar, optei pela realização de um estudo de natureza qualitativa, baseado na metodologia de estudo de caso. O presente estudo, focado na sala de pré-escolar em que estive integrada, teve como objetivos; (i) Caracterizar a visão da educadora sobre o lugar e o papel do brincar em educação pré-escolar; (ii) Descortinar os sentidos e os significados do brincar para as crianças; (iii) Mapear as preferências das crianças quanto aos tipos de brincadeiras nas diversas áreas da sala de atividades; (iv) Analisar o lugar/ espaço que o brincar ocupa na organização do ambiente educativo; (v) Analisar o papel do adulto nos momentos de brincadeiras; (vi) Identificar potencialidades do brincar em contexto de educação pré-escolar; A recolha de dados passou pela utilização de diversas técnicas e instrumentos, nomeadamente, observação direta participante, observação naturalista, análise documental e entrevistas semiestruturadas à educadora-cooperante e às crianças. A triangulação destas fontes de informação permitiu uma análise aprofundada e fundamentada dos dados obtidos. Os resultados deste estudo colocam em evidencia a relevância do brincar na educação pré-escolar. As observações realizadas confirmam que a ação de brincar vai para além da mera dimensão lúdica, assumindo-se como um pilar essencial na construção do conhecimento e desenvolvimento integral da criança, abrangendo os domínios cognitivos, sociais, emocionais e motores. Com efeito, os dados reunidos apontam para que o brincar favoreça a capacidade de socialização, de gestão de conflitos, a criatividade e ainda o desenvolvimento emocional, o que vai ao encontro das perspetivas de vários autores. Através do estudo constatou-se igualmente que o Educador de Infância assume um papel ativo na promoção de um brincar intencional e significativo, assegurando que este contribua para o desenvolvimento global da criança e para a construção do seu conhecimento.