ESELx - Dissertações de Mestrado
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- A gestão do currículo nos cursos de educação e formação que integram alunos com necessidades educativas especiaisPublication . Jorge, Cláudia Mendonça Rosa; Leite, TeresaA inclusão dos alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE) nas escolas do ensino regular implica mudança nas atitudes e prá ticas dos professores, nomeadamente ao nível da gestão curricular. O presente trabalho, desenvolvido através de um estudo de caso desenvolvido numa turma do Curso de Educação e Formação (CEF), numa Escola Bá sica do 2º e 3º ciclos de uma cidade alentejana, visa conhecer o tipo de prá ticas que são desenvolvidas em sala de aula nos CEF e em que medida correspondem à s necessidades dos alunos que frequentam estes cursos e o tipo de diferenciação que se realiza nestes percursos para incluir alunos com NEE. Para tal, seleccioná mos uma turma que frequenta o 2º ano de CEF (equivalente ao 9 º ano do percurso regular), constituída por 11 alunos, dos quais um tem NEE. As duas técnicas utilizadas para a recolha de dados foram a entrevista e a observação naturalista, em contexto de sala de aula. Realizaram-se 7 entrevistas semi-directivas, a professores que leccionam diferentes disciplinas nesta turma, e 4 observaçõ es naturalistas, uma em cada aula, nas disciplinas de Educação Física, L íngua P ortuguesa, Ciências Naturais e Cidadania e Mundo Actual. Os resultados permitiram concluir que, apesar de os professores reconhecerem que este percurso escolar é mais adequado e benéfico para os alunos com NEE e de afirmarem ter em consideração as NEE dos alunos, o tipo de gestão curricular realizado pela equipa pedagó gica revela-se insuficiente e pouco consistente perante as NEE do aluno. A expectativa dos participantes sobre a eficá cia dos CEF é baixa, o trabalho desenvolvido na sala de aula, por vezes, não se traduziu nos pressupostos pré- estabelecidos, uma vez que as metodologias e estratégias de trabalho apresentadas, ao longo das aulas observadas, não parecem contribuir para que o aluno com NEE alcance os objectivos previamente estabelecidos. Estas situaçõ es parecem decorrer quer da falta de adequação de estratégias e recursos pedagó gicos, quer do parco trabalho em equipa. P ensamos que a partilha efectiva de experiências, materiais e prá ticas pedag ó gicas, aliada a uma maior consciencialização da importância do que é adequar, diversificar e diferenciar todo o processo ensino/aprendizagem dos alunos conduziria a um percurso escolar mais autó nomo, eficaz e ajustado à s verdadeiras necessidades dos alunos, quer actuais, quer no processo de transição para a vida activa.
- Educação inclusiva : necessidades de formação de professores do 1º ciclo do ensino básico em meio ruralPublication . Batista, Ana Isabel dos SantosEste estudo, de natureza qualitativa, visa em primeiro lugar a identificação de necessidades de formação contínua de docentes do 1º ciclo do ensino básico, decorrentes da inclusão de alunos com necessidades educativas especiais (N.E.E.) em escolas de meio rural. Pretende ainda criar linhas orientadoras para a construção de um dispositivo de formação contínua que possa contribuir para o desenvolvimento de capacidades, atitudes e conhecimentos relacionados com a inclusão de alunos com N.E.E. Utilizámos a entrevista semi - directiva, de forma a conhecer a percepção que os professores têm sobre as suas necessidades formativas e recorremos a observações naturalistas, de modo a identificar necessidades decorrentes da prática, através da análise de situações reais de aprendizagem em salas de aula inclusivas. Foram entrevistados 8 professores, tendo sido observadas as aulas de dois desses professores. A partir do cruzamento dos dados obtidos por ambas as técnicas, identificámos um conjunto de preocupações, dificuldades, aspirações/desejos relacionados com a inclusão e ainda carências formativas relacionadas com as N.E.E. As entrevistas permitiram-nos explorar, de uma forma geral, a percepção que os professores tinham das suas necessidades, ou seja as necessidades percebidas, enquanto que as observações nos possibilitaram a identificação das necessidades da prática, necessidades inferidas. No presente estudo, foi possível concluir que as observações constituem um meio privilegiado para a identificação de necessidades de formação, ao nível da prática pedagógica de uma sala de aula, na medida em que os professores, nas entrevistas, não expressaram algumas das dificuldades observadas e não identificaram um conjunto de carências formativas que a análise da observação sugere. Partindo dos resultados obtidos, foi possível enumerar as principais necessidades de formação contínua decorrentes da inclusão e propor um dispositivo de formação contínua, apoiado na observação e supervisão, que julgamos poder dar resposta às necessidades formativas dos professores encontradas no presente estudo.
- Percurso escolar das pessoas cegas da cidade da PraiaPublication . Tavares, Filomeno Afonso; Ferreira, Ana Cristina Pires; Nunes, ClarisseCom o presente trabalho, subordinado ao tema “Percurso Escolar das Pessoas Cegas da Cidade da Praia”, pretendemos compreender o percurso escolar dos indivíduos portadores desta deficiência e identificar as dificuldades que enfrentam no seu dia-a-dia escolar. Escolhemos o método qualitativo na realização desta investigação. Assim, os dados foram recolhidos através da entrevista. Os dados recolhidos foram analisados através da análise de conteúdo, isto é, os relatos dos nossos entrevistados foram agrupados em categorias. Pela análise dos dados recolhidos neste estudo, concluímos que existe uma tendência para as pessoas cegas entrarem tardiamente na escola. Mesmo nestas circunstâncias é notório o envolvimento das famílias neste processo. Concluímos que as pessoas cegas que participaram no estudo são escolarizadas na escola regular, excepção apenas aos que entram na escola com idade superior à idade legal exigida para o ingresso no Ensino Básico Integrado (EBI). Nessas circunstâncias, normalmente entram para a escola já adultos, e frequentam o EBI na Escola de Deficientes Visuais «Manuel Júlio». Inferimos também que existe um bom relacionamento entre alunos cegos, restantes colegas, professores e funcionários da escola onde estes estudam ou estudavam. Inferimos ainda que existem algumas limitações, entre elas a falta ao até a inexistência dos materiais específicos e equipamentos especializados nas escolas regulares frequentadas pelos nossos entrevistados para um atendimento mais eficaz dos alunos cegos.
- Concepções dos professores e monitoras face à inclusão educativa de crianças com necessidades educativas especiaisPublication . Melo, Manuela Lima de; Pereira, Maria da Conceição Figueira SantosA orientação inclusiva considera a sala de aula o local privilegiado para o ensino de todas as crianças, incluindo as que têm problemas. Os alunos com necessidades educativas especiais (NEE) colocam às escolas sérios problemas, os quais, devido à sua intensidade e variabilidade, questionam sem dúvida o sentido da educação escolar demasiado centrada nos conteúdos académicos. A necessária reorganização das modalidades de trabalho com estes alunos requer cuidados especiais nos ambientes educativos e no papel frequentemente atribuído ao professor. Desta forma, as mudanças aconselhadas devem ter em conta as práticas dos professores e considerar certamente as suas atitudes e percepções. O objectivo geral deste estudo é procurar aceder a um conhecimento mais actualizado das concepções e práticas dos professores face à inclusão educativa de alunos com necessidades educativas especiais em duas instituições na cidade da Praia – Cabo Verde. Para o efeito foi realizado um estudo exploratório em que foram inquiridos 30 professores do 1º ciclo do ensino secundário, do Liceu Domingos Ramos e 7 Monitoras do Jardim-de-Infância Pimpão. Foram ainda realizadas entrevistas semi-directivas a 3 professores e 2 monitoras, da mesma amostra, no sentido de permitir uma melhor compreensão e aprofundamento do tema em estudo. A natureza do objecto de estudo induziu a um desenho de investigação de natureza interpretativa de carácter descritivo – Estudo de caso. O corpus do trabalho foi constituído pelos protocolos dos questionários abertos e entrevistas semi-directivas, sujeitos a análise quantitativa e análise temática qualitativa. Com base na análise dos dados recolhidos, foi possível identificar aspectos relevantes sobre o que pensam os professores e monitoras sobre o tema em estudo, e concluir que, estes profissionais, são favoráveis à inclusão educativa de crianças com NEE no sistema regular de ensino. Consideram todavia, a relevância de uma formação específica, no sentido de uma melhor preparação para a prática de uma individualização dos percursos de aprendizagem dos alunos – diferenciação curricular – particularmente quando têm integrados nas suas turmas, alunos com Necessidades Educativas Especiais. Identificam ainda, alguns constrangimentos que se colocam aos professores e às escolas, no sentido de um atendimento de qualidade e promoção do sucesso educativo de todos os alunos.
- A estrutura da narrativa na escrita dos alunos surdosPublication . Rosa, Clarisse Francisca Ganço; Sim-Sim, InêsEste estudo tem como objectivo central a análise comparativa da estrutura narrativa na escrita dos alunos surdos, procurando avaliar a sua capacidade para contar uma história por escrito e identificar as suas principais dificuldades comparativamente aos alunos ouvintes, assim como eventuais semelhanças com outros alunos que frequentam a escola portuguesa e que não têm como língua materna o Português. Elegemos dois grupos de alunos, um grupo de surdos (severos e profundos) e um grupo de ouvintes, aos quais foi aplicada uma prova de escrita, a partir de uma sequência de imagens. Para o grupo de surdos foi elaborada uma ficha sociolinguística para recolha de dados pessoais e linguísticos, com possível impacto nas suas produções escritas. Para a análise da estrutura do género narrativo escrito adaptámos o modelo utilizado pelo ILTEC no estudo sobre diversidade linguística na escola portuguesa (Mateus, Pereira, & Fischer, 2008) e que teve como objectivo conhecer as línguas que existiam nas escolas portuguesas e compreender as suas implicações na aprendizagem, nomeadamente da língua portuguesa. Os resultados obtidos, impossíveis de generalizar dado o número limitado da amostra, revelam que os alunos surdos conseguem escrever um texto narrativo respeitando algumas marcas fundamentais desse tipo de texto, embora com desempenhos inferiores aos alunos ouvintes em muitos dos parâmetros analisados, nomeadamente a localização temporal, a utilização adequada dos tempos verbais ao género narrativo, a articulação entre os eventos narrados e a introdução das personagens. Algumas destas dificuldades remetem para aspectos mais ligados à coesão e à sintaxe, aproximando-se assim dos resultados obtidos por outros grupos de alunos que não têm o Português como língua materna, podendoexistir aqui, à semelhança do que acontece com outros grupos linguísticos, alguma influência do factor língua materna.
- Inclusão e currículo - as práticas curriculares dos professores dos 2º e 3º ciclos do ensino básico, decorrentes da inclusão de alunos com N.E..E.Publication . Marcelino, Maria Paula Ribeiro Velez Rodrigues; Rodrigues, ArmindoEste estudo investiga as adaptações e modificações curriculares que os professores e as escolas consideram necessário efectuar, como consequência da inclusão de alunos com necessidades educativas especiais (N.E.E.) nas estruturas regulares de ensino. As transformações efectuadas no currículo comum, com a finalidade de encontrar a melhor resposta às necessidades desses alunos, vão desde alterações na organização da sala de aula, de actividades e/ou de estratégias, desenvolvidas, essencialmente, pelos docentes do ensino regular, até aos currículos específicos individuais, da responsabilidade dos órgãos de gestão e dos serviços de Educação Especial das escolas. O estudo tem, assim, como objectivo identificar e caracterizar as adequações no processo de ensino e aprendizagem efectuadas pelos professores do ensino regular, decorrentes da inclusão de alunos com N.E.E. O estudo foi realizado em duas escolas, uma do 2º Ciclo e outra do 3º Ciclo, junto de treze Directores de Turma, dos professores que formavam esses Conselhos de Turma e dos Docentes de Educação Especial envolvidos no apoio a essas turmas. Utilizando uma metodologia qualitativa, foram analisados: Planificações, Programas Educativos Individuais e Actas dos Conselhos de Turma. Foram igualmente realizadas Entrevistas aos directores das turmas onde havia alunos com N.E.E. Entre as conclusões encontradas importa salientar que os professores do ensino regular: apontam vantagens da inclusão para os alunos com e sem N.E.E; têm a percepção de que os critérios que determinam a existência de N.E.E. não estão ajustados às reais dificuldades dos alunos; consideram as limitações do próprio aluno como a causa principal das suas dificuldades em aprender. Como conclusões principais do estudo pode afirmar-se que os professores: usam os seguintes critérios para seleccionar os conteúdos a transmitir aos alunos com N.E.E: ser importante para a sua vida diária / futuro, implicar menor capacidade de abstracção, adequar-se às suas características; têm a expectativa de que os seus alunos com N.E.E. consigam acompanhar o currículo comum até ao final da escolaridade obrigatória.
- Domínio lexical e compreensão da leitura na criança surdaPublication . Martins, Maria do Carmo Nunes; Sim-Sim, InêsEsta dissertação baseou-se em pressupostos de que as crianças surdas profundas possuem baixos níveis de literacia e de que existe uma relação positiva entre o desenvolvimento lexical e a compreensão da leitura nos alunos ouvintes. Partindo desta premissa, pretendemos perceber se nas crianças surdas, cuja primeira língua é a língua gestual (LG), também existe essa correlação. Escolheu-se uma população alvo de alunos surdos, aplicou-se um teste de avaliação de competências de leitura (TACL), elaborado a partir de um texto usado na prova de aferição de língua portuguesa do 4.º ano de escolaridade de 2001. Este teste integrou três provas: prova de imagens para avaliar o conhecimento lexical em língua gestual (prova A); prova de palavras escritas, correspondentes às imagens, para avaliar o conhecimento lexical em português escrito (prova B) e uma prova para avaliar a compreensão de leitura do texto mencionado (prova C). A amostra integrou um grupo de 15 alunos surdos pré-linguísticos, de grau severo ou profundo, com conhecimentos de Língua Gestual Portuguesa (LGP) e de Português Escrito (PE). Todos frequentavam o 2º ciclo do ensino básico (5º e 6º ano) numa escola de referência da área da grande Lisboa. Embora pareça ser importante um bom domínio da língua gestual para gerar melhores competências metalinguísticas que poderão influenciar positivamente o conhecimento da língua escrita, questionou-se sobre a relação entre o conhecimento de LGP, o conhecimento lexical do Português e a proficiência na compreensão da leitura. A análise dos resultados, permitiu confirmar que: • os alunos apresentaram um baixo nível de leitura em relação ao ano de escolaridade que frequentavam; • o domínio precoce da língua gestual e do português escrito são factores determinantes na competência de leitura; • o grau de surdez parece influenciar as competências de leitura;A análise dos resultados, embora não linear, permitiu-nos também confirmar algumas das premissas, ou seja: • que um bom domínio lexical em LGP é importante, porque induz um melhor desenvolvimento linguístico e cognitivo não provocando por si só uma maior competência no PE; • que existe uma correlação positiva entre o conhecimento lexical em PE e a compreensão da leitura.
- Programas de matemática do 1º ciclo: uma pesquisa histórica desde 25 Abril de 1974 até 1990Publication . Silva, Ana Rita Guido da; Monteiro, CecíliaEsta investigação incide no estudo e análise documental, no âmbito da História da Educação Matemática. Trata-se de uma investigação sobre os programas oficializados pelo Ministério da Educação, para a disciplina de Matemática no Ensino Primário1, durante dezasseis anos, desde o 25 de Abril de 1974 até 1990. O período temporal que escolhi para esta investigação, reporta-se a um passado ainda recente. A Revolução de 25 de Abril de 1974 é um marco na história de Portugal. Foi um período conturbado a todos os níveis e para todas as classes sociais. O seu impacto na educação criou de início alguma instabilidade nas escolas, nos professores e no próprio Ministério. Com aparecimento de novos programas imediatamente após a Revolução, para o ano lectivo 1974/1975, surgiram alterações profundas a nível programático e estrutural. No entanto, as alterações que foram feitas ao programa de 1974-1975 apenas contemplavam a 1ª classe, onde se apresentavam dois programas distintos, Programa A que seguia a linha do anterior e o Programa B que seguia as linhas da Matemática Moderna. As indicações da altura sugeriam a continuidade das alterações para as restantes classes nos anos seguintes. Por este motivo, em 1975 implementaram-se novos programas no ensino primário. O programa de 1975, designado ―programa laranja‖, teria uma duração experimental de três anos, mas estiveram em uso até 1980, ano em que finalmente foi implementado outro programa, designado programa verde. Entre estes dois programas referidos, ainda foi concebido o programa de 1978/1979, designado programa limão, mas que nunca foi implementado, porque não estavam reunidas as condições para a sua implementação. Em 1990 deu-se uma nova reforma ao nível dos programas do 1º Ciclo do Ensino Básico, surgindo um novo programa para a área da Matemática no 1º Ciclo muito diferente dos anteriores, quer a nível estrutural e organizacional quer ao nível de conteúdos e objectivos. O programa de matemática de 1990 esteve em vigor até ao ano lectivo 2009/2010. Neste mesmo ano lectivo, o programa de matemática, que foi homologado em ii 28 de Dezembro de 2007, foi implementado a título experimental durante o ano lectivo em alguns Agrupamentos de Escolas do país, apenas para 1º e 3º anos de escolaridade. Num espaço de dezasseis anos surgem em Portugal cinco Programas de Matemática diferentes. Desses cinco apenas quatro foram implementados oficialmente. Após reflexão sobre a quantidade de programas de Matemática de 1º Ciclo em tão curto espaço de tempo, surgiu a questão principal da minha investigação: Que alterações sofreram os programas de matemática de 1º Ciclo entre 1974 e 1990? A partir da questão principal surgiram outras questões que assentaram em duas vertentes distintas: A primeira vertente procura encontrar respostas a nível do enquadramento legal, social e político sobre a implementação dos vários programas implementados entre 1974 e 1990: Porque surgiu um programa de matemática imediatamente à revolução de 25 de Abril de 1974? Que factores políticos e legais estiveram na origem dos programas, entre 1974 e 1990? Que influência teve o Seminário de Vila Nova de Milfontes no programa de 1990? A segunda vertente prende-se com a análise dos programas de matemática ao nível de estrutura organizacional, conteúdos e objectivos, procurando encontrar as alterações mais significativas: Como estão organizados os programas de matemática, entre 1974 e 1990? Que conteúdos e objectivos estão definidos para cada um dos programas em estudo? Quais as principais alterações/diferenças entre os programas de matemática em estudo? Tratando-se de um estudo qualitativo e essencialmente de análise documental, tornou-se imprescindível recorrer também a depoimentos orais, que suportassem as alterações sofridas entre os programas de matemática, desde 1974 até 1990. Por este motivo, foram recolhidos testemunhos de duas pessoas que tiveram participação directa ou indirecta na elaboração de alguns dos programas em estudo.
- Necessidades de formação de professores para inclusãoPublication . Tavares, Austelino Fernandes; Leite, TeresaA presente dissertação tem como objectivo compreender a necessidades de formação contínua de formação contínua de professores de Ensino Básico Integrado no Concelho de São Miguel ilha de Santiago tendo em vista as práticas inclusivas. Para a sua realização foi utilizada a entrevista semi-directiva aos professores do Ensino Básico Integrado do Concelho de São Miguel ilha de Santiago e aos gestores dos pólos educativos também deste Concelho. Os dados recolhidos nas entrevistas foram trabalhados através de análise de conteúdo. Os dados obtidos permitiram-nos perceber as potencialidades da técnica de entrevista na recolha de informações relativas a opiniões, percepções e perspectivas pessoais e profissionais. Com efeito, esses resultados permitiram-nos identificar preocupações, dificuldades, carências, expectativas dos professores relativamente à formação contínua de para a efectivação da educação inclusiva. Esses resultados também permitiram concluir que estas necessidades de formação não advém exclusivamente da inclusão de alunos com Necessidades Educativas Especiais no sistema regular de ensino, uma vez que todos os intervenientes no estudo revelaram que necessitam de receber sessões de formação não só para a implementação do processo inclusivo, como também para o aperfeiçoamento e desenvolvimento profissional. Portanto, a análise das informações fornecidas pelos professores e pelos gestores permitiu-nos também identificar os temas e os processos, através dos quais os inquiridos gostariam de ver as sessões de formação serem desenvolvidas, de forma a colmatar as necessidades decorrentes do exercício da sua profissão, o que nos permitiu elaborar um conjunto de propostas para a formação contínua, tendo em consideração não apenas a inclusão dos alunos com Necessidades Educativas Especiais, mas também tendo em consideração o exercício da profissão em geral.
- Indisciplina numa escola secundáriaPublication . Borges, Samira Indira Silva; Silva, Francisco Vaz daA investigação relata resultados de pesquisa sobre a problemática da indisciplina escolar numa escola secundária da Cidade da Praia. Investiga as perspectivas dos professores e dos alunos sobre os problemas de uma turma difícil em termos disciplinares, e analisa estratégias utilizadas pelos professores para prevenir e lidar com a indisciplina em sala de aula. Para que pudéssemos atingir os objectivos propostos, entrevistamos sete professores da turma seleccionada, fizemos uma entrevista a um grupo de catorze alunos da turma, e foram realizadas observações de carácter etnográfico à sala de aula. Os resultados do estudo permitiram analisar que tipos de estratégias de prevenção de indisciplina são utilizados pelos diferentes professores e compará-los. A actuação dos professores em sala frente as situações de indisciplina é diferente, e essa actuação determina o comportamento dos alunos em sala. Constata-se que professores próactivos, têm aulas mais organizadas e menos incidentes de indisciplina em sala. Os professores que conversam com os alunos conseguem impor ordem nas suas salas e são mais queridos. Professores classificados como sendo mais distantes dos alunos, que não esclarecem dúvidas, são menos respeitados. Os professores que reagem às situações de indisciplina em vez de preveni-los, têm mais dificuldades em controlar os alunos e impor a ordem. Levando em conta os resultados obtidos e as conclusões, foram enumeradas algumas recomendações que servirão para identificar as estratégias de gestão de sala de aula mais eficazes na gestão de comportamentos dos alunos, para fornecer algumas informações relevantes na formação dos professores, bem como no treino de competências para implementação de estratégias pró-activas de gestão.