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ESELx - Dissertações de Mestrado

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  • O papel e as potencialidades dos jogos na interação e aprendizagem no pré-escolar
    Publication . Pinto, Ana Filipa Costa; Silva, Rita Margarida de Aquino Friães Neves da
    Este relatório espelha o percurso de intervenção e reflexão desenvolvidos ao longo da Prática Profissional Supervisionada II (PPS II), realizada num contexto de Jardim de Infância (JI). Durante cerca de quatro meses, a prática decorreu com um grupo de 25 crianças, entre os quatro e os seis anos, uma educadora de infância cooperante e uma assistente operacional, que em conjunto facilitaram a imersão na prática educativa. Este período foi crucial para a construção da minha identidade profissional decorrente da prática reflexiva e da investigação realizada, de que o presente relatório dá conta. A fundamentação desta intervenção educativa começou com uma caracterização detalhada do contexto socioeducativo onde a prática foi implementada. Esta fase permitiu uma integração gradual e informada, essencial para a compreensão das dinâmicas do contexto. A partir desta compreensão, desenvolvi uma investigação intitulada “O papel e as potencialidades dos jogos para a interação e aprendizagem no pré-escolar, com os seguintes objetivos: (i) mapear os jogos existentes na sala e aqueles a que as crianças recorrem com maior frequência; (ii) analisar o lugar e o papel que os jogos ocupam no dia a dia do grupo; (iii) identificar potencialidades dos jogos para as interações e para a aprendizagem em contexto de pré-escolar. Esta escolha emergiu da observação da importância dos jogos de mesa no quotidiano das crianças e da “filosofia pedagógica” preconizada pelo jardim de infância. A investigação assentou numa abordagem qualitativa, tendo sido norteada pela metodologia de estudo de caso. Para a recolha de dados, recorri a diversas técnicas, incluindo observação direta participante e não participante, entrevista semiestruturada com a educadora cooperante e questionários aplicados ao grupo de crianças em dois momentos diferentes da prática. Os resultados evidenciam que a estruturação pedagógica e a implementação dos jogos de mesa na sala de referência apoiaram a promoção da interação social e o desenvolvimento cognitivo das crianças. Exemplos disso incluem a construção espontânea de padrões matemáticos em atividades de enfiamentos de cores ou a colaboração na criação de um puzzle coletivo. Além disso, o envolvimento das crianças na negociação de regras e na entreajuda durante os jogos evidencia como estas dinâmicas promovem o desenvolvimento da autonomia e da cooperação. Tais interações reforçam a importância do brincar como elemento central na construção de aprendizagens significativas e na formação de relações sociais positivas. Este estudo dá pistas de como os jogos de mesa podem ser estrategicamente utilizados para enriquecer o processo educativo, sendo esta potencialidade confirmada pela participação ativa das crianças e pelo ambiente estimulante proporcionado pelos jogos.
  • Gestão de conflitos no ensino básico: desafios, estratégias e práticas de mediação numa turma de 1.º Ciclo
    Publication . Loureiro, Sara Raquel Antunes; Silva, Rita Margarida de Aquino Friães Neves da
    O presente relatório insere-se no âmbito da Prática de Ensino Supervisionada (PES), realizada no 1.º e 2.º Ciclo do Ensino Básico, em duas instituições públicas situadas nos concelhos de Sintra e da Amadora, entre janeiro e maio de 2024. A prática envolveu turmas do 2.º e 6.º anos de escolaridade, respetivamente. A investigação emergiu da análise das dinâmicas relacionais observadas em sala de aula, com foco nos comportamentos conflituosos, que se mostraram mais visíveis e recorrentes no 1.º Ciclo. Esta constatação levou à decisão de centrar a pesquisa neste ciclo, a fim de compreender melhor as características e implicações desses conflitos neste nível de ensino. O estudo teve como objetivos principais caracterizar os tipos de conflito mais frequentes entre os alunos em sala de aula, identificar os fatores que motivam esses conflitos, analisar o papel do professor e dos próprios alunos na gestão de conflitos, e identificar as práticas pedagógicas que possam promover o desenvolvimento da autonomia das crianças na resolução de conflitos. A pesquisa seguiu uma abordagem qualitativa, exploratória e descritiva, com uma combinação de métodos dedutivo e indutivo. O método dedutivo permitiu partir de conceitos teóricos sobre conflitos escolares, enquanto o método indutivo facilitou a análise das evidências empíricas observadas no contexto escolar. As técnicas de recolha de dados utilizadas foram a observação direta (participante e não participante), análise documental (registos disciplinares e relatórios escolares) e entrevistas semiestruturadas a docentes e técnicos de ação educativa. A análise de conteúdo dos dados permitiu identificar categorias temáticas relacionadas com os conflitos escolares, como o desrespeito pelas normas, dificuldades na gestão emocional e falhas na comunicação interpessoal, que se revelaram fatores determinantes na perpetuação dos comportamentos conflituosos. Os resultados obtidos mostram que os conflitos entre alunos estão frequentemente associados à falta de competências socioemocionais, à incapacidade de lidar com a frustração e à ausência de rotinas consistentes de convivência. Além disso, observaramse um conjunto de estratégias pedagógicas que promovem a comunicação empática, a responsabilização e o trabalho colaborativo, tendo sido eficazes na diminuição dos comportamentos desajustados, contribuindo para a melhoria das relações interpessoais e o desenvolvimento de competências sociais e emocionais. O estudo sublinha a importância de uma intervenção pedagógica contínua e estruturada, centrada na mediação de conflitos e na promoção de um clima escolar positivo. Conclui-se que a mediação escolar e a educação emocional são fundamentais para criar um ambiente de respeito, inclusão e convivência pacífica nas escolas, sendo imprescindível a formação contínua dos docentes e uma colaboração estreita entre escola e família.
  • Perspetiva dos jovens com necessidades educativas especiais, família e profissionais sobre os tempos livres
    Publication . Santos, Sara Simões Costa; Dionisio, Marina Gabriela Gonçalves Fuertes
    Ao longo das últimas décadas, tem-se assistido, em Portugal ao desenvolvimento de políticas educativas que tem como objetivo a inclusão de jovens com Necessidades Educativas Especiais, promovendo assim medidas que garantam a igualdade na participação e na adaptação das práticas escolares às necessidades individuais de cada jovem com necessidades educativas especiais. O presente estudo tem como objetivo compreender a perspetiva dos jovens com necessidades educativas especiais, dos encarregados de educação e dos profissionais sobre os tempos livres realizados no âmbito do projeto “Tardes Felizes”, desenvolvido numa escola básica. O estudo tem como foco os alunos do 2.º e 3.º ciclo que beneficiam de medidas educativas seletivas ou adicionais, procurando analisar as suas preferência, ambições e oportunidades no acesso às atividades de tempos livres. De modo a alcançar esses objetivos, foi adotada uma metodologia que inclui métodos qualitativos e métodos quantitativos, através da realização de entrevistas semiestruturadas e observações diretas cotadas com a escala Playful. Por meio da recolha dos dados foi possível identificar as dinâmicas de brincar, os níveis de autonomia e o impacto das atividades de tempos livres em aspetos como o desenvolvimento social e motor dos jovens. As medidas educativas seletivas procuram colmatar as necessidades de suporte à aprendizagem e à inclusão, consistindo na aplicação de um percurso escolar diferenciado e adaptações curriculares não significativas. As medidas educativas adicionais visão colmatar as dificuldades acentuadas ao nível da comunicação, interação, cognição ou aprendizagem, necessitando de recursos mais especializados de apoio à aprendizagem e à inclusão. Por um lado, os jovens com medidas educativas seletivas com irmãos apresentam maior preferência por brincar com os colegas, valorizando a interação social. Por outro lado, os jovens com medidas educativas adicionais apresentam maior preferência por brincarem sozinhos, o que pressupõem uma maior necessidade de terem momentos individuais. 6 No que diz respeito à comparação entre brincar sozinho ou com um adulto, a maioria dos jovens apresentam preferência por brincar com um adulto, o que pode indicar a sua necessidade de apoio durante o ato de brincar. No entanto, alguns jovens do sexo masculino, com irmãos e que, atualmente, encontram-se entre o 5.º/6.º ano de escolaridade, apresentam preferência por brincarem sozinhos. Podemos assim entender, que o tipo de medidas educativas, o contexto familiar, o sexo e o ano de escolaridade influenciam as preferências lúdicas dos jovens. Considera-se assim que a presença de um monitor dos tempos livres é importante para que os jovens participem ativamente nas atividades desenvolvidas, promovendo a autonomia dos mesmos e as suas interações sociais. Igualmente, o resultado sublinha a importância de práticas educativas adaptadas às crianças e jovens com necessidades especificas garantindo a inclusão de todos e de cada jovem nos tempos livres. Este estudo destaca-se pelo facto de dar voz direta aos jovens com necessidades educativas especiais, aos seus encarregados de educação e aos profissionais que os acompanham. Contribuindo para uma análise mais aprofundada das dinâmicas de inclusão em contexto de tempos livres.
  • De que modo é possível promover a inclusão de uma criança com perturbação do espectro autista! Rotinas, atividades e ambiente de grupo inclusivo em pré-escolar
    Publication . Rato, Telma Catarina Martins Castro; Dionisio, Marina Gabriela Gonçalves Fuertes
    O Presente relatório de estágio surge no âmbito da Unidade Curricular Prática Profissional Supervisionada II (PPS II) e tem como principal objetivo retratar de forma reflexiva e fundamentada a minha ação, enquanto educadora estagiária, numa sala da valência de Pré-escolar, com crianças, que têm idades compreendidas entre 3 e os 5 anos, sendo os 4 anos a idade predominante. Este estágio iniciou-se no dia 30 de setembro de 2024 e terminou no dia 24 de janeiro de 2025. No presente relatório, encontra-se a caraterização do contexto e participantes da ação educativa, em que decorreu o estágio. A compreensão dos processos e interações é fundamental para a definição para a planificação da ação educativa. Em seguida, apresentam-se as intencionalidades educativas para o trabalho com as crianças, famílias e Equipa Educativa. A intervenção só se conclui com a sua posterior avaliação que foi construída, tendo por base, a análise reflexiva da minha prática. Considerando que o grupo no qual realizei o estágio inclui uma criança com Perturbação do Espectro do Autismo (PEA) com necessidade de elevado suporte, o presente estudo dedica-se a experiência pedagógica com esta criança. Assim, ao conhecer o MV procurei aprofundar os meus conhecimentos sobre a PEA e apreender estratégias que promovam a inclusão de crianças com PEA no ambiente de sala e grupo. Deste processo, surgiu assim uma investigação de natureza qualitativa, com a seguinte questão de partida: “De que modo é possível promover a inclusão de uma criança com PEA, tanto no ambiente de grupo como nas atividades e no decorrer da rotina do grupo?”. Para o efeito, foram descritas as forças e dificuldades do MV. Esta caracterização é facilitadora da inclusão, visto que o reconhecimento das especificidades e fragilidades da criança permitem estabelecer estratégias e materiais educativos adaptados e o reconhecimento das potencialidades permite agir com base nas forças. Também se conclui que a educação para a inclusão exige respostas individualizadas, ou seja, visto que cada criança é um ser humano individual com características e necessidades especificas. Após a investigação, é apresentado um texto analítico e reflexivo sobre os contributos da PPS I e II para a construção da minha profissionalidade enquanto futura educadora de infância. Por fim, apresenta-se uma conclusão sobre o trabalho desenvolvido.
  • Desafios na proteção da infância: produção académica e perspetivas de técnicos/as de uma comissão de proteção de crianças e jovens
    Publication . Negrinho, Vânia Alexandra Lopes; Tomás, Catarina Almeida
    Os Direitos das Crianças nem sempre foram reconhecidos tal como os conhecemos. A Convenção dos Direitos da Criança, que Portugal ratifica em 1990, constitui um marco nesse percurso. Outro marco importante, foi a promulgação da Lei n.º 147/99, de 1 de setembro — Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo — que representa um avanço significativo na salvaguarda destes direitos. Desde a sua promulgação, foi alvo de várias alterações e estabelece os princípios orientadores da proteção à infância, regulando ainda o funcionamento das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ). É neste enquadramento que se inscreve o estudo, referenciado à Educação Social, à Sociologia da Infância e aos Estudos Sociais dos Direitos da Criança. Tem como objetivos (i) mapear a produção académica sobre as CPCJ; (ii) analisar os discursos dos/as técnicos/as de uma CPCJ sobre os desafios que se colocam na implementação da proteção à infância em Portugal. Metodologicamente, optou-se por uma abordagem qualitativa, de natureza interpretativa, recorrendo à análise documental e à realização de entrevistas semiestruturadas a técnicos/as de uma Comissão Restrita de uma CPCJ do distrito de Lisboa. Esta estratégia permitiu aceder às perspetivas dos/as profissionais sobre as suas práticas, os enquadramentos normativos que as sustentam e os desafios sentidos. Os resultados revelam que a produção académica sobre as CPCJ em Portugal tem sido maioritariamente desenvolvida no âmbito do mestrado, especialmente na Psicologia e no Serviço Social. Contudo, observa-se ainda uma presença pouco expressiva de trabalhos ancorados na Educação Social e na Intervenção Comunitária, evidenciando um campo promissor para investigação crítica e transformadora a partir destas áreas. Quanto aos discursos dos/as técnicos/as entrevistados/as, destaca-se a valorização dos quadros legais que orientam a intervenção das CPCJ, acompanhada, porém, por uma perceção de hiato entre políticas públicas e a sua implementação. As principais dificuldades identificadas centram-se na relação com as famílias, nas resistências institucionais e comunitárias, bem como na insuficiência de recursos. Embora se reconheça uma intervenção limitada da comissão alargada junto da comunidade, enfatiza-se o superior interesse da criança como princípio orientador da ação socioeducativa.
  • A implementação do DL N.º 54/2018 na escola: conceções e práticas dos professores
    Publication . Raimundo, Vera Cristina Martins Mendes; Madureira , Isabel de Lacerda Pizarro
    Este estudo qualitativo pretendeu investigar a implementação do Decreto-Lei n.º 54/2018, que regula a educação inclusiva em Portugal, com o objetivo de compreender como os seus princípios e medidas são percecionados e aplicados pelos professores. O trabalho incidiu sobre as práticas pedagógicas de cinco docentes do 1.º Ciclo do Ensino Básico – três do ensino regular e duas da educação especial – pertencentes ao mesmo agrupamento de escolas do concelho de Oeiras. Através de observações naturalistas não participantes e entrevistas semiestruturadas, procurou-se identificar as estratégias utilizadas na aplicação da legislação, bem como as dificuldades enfrentadas no contexto escolar. Os resultados demonstram que as professoras têm um conhecimento consistente do DL 54/2018, reconhecendo-o como um instrumento globalmente positivo e abrangente que visa promover respostas educativas personalizadas, alinhadas com os princípios do Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA). Contudo, foram identificados desafios que refletem dificuldades de ordem prática, bem como de natureza organizacional e colaborativa. Estas dificuldades comprometem a eficácia da aplicação das Medidas de Suporte à Aprendizagem e Inclusão (MSAI), limitando a concretização dos princípios inclusivos. Por outro lado, as práticas observadas revelam uma discrepância entre o discurso das docentes e a sua ação pedagógica, especialmente no ensino regular, onde ainda predominam métodos tradicionais e pouco diferenciadores. Em contraste, as docentes de educação especial demonstram maior capacidade de adaptação às necessidades individuais dos alunos, promovendo um acompanhamento mais personalizado. Esta diferença evidencia a necessidade de promover o trabalho colaborativo e melhorar a articulação entre profissionais, investir na formação contínua e clarificar procedimentos, para garantir que a inclusão se concretize de forma efetiva no quotidiano escolar e não se reduza ao cumprimento formal da legislação.
  • Autonomia das crianças: contributo da organização do espaço e dos materiais no movimento da escola moderna
    Publication . Gama, Sabrina Mendonça; Nunes, Maria Clarisse Alexandrino
    O relatório foi elaborado no âmbito da unidade curricular da Prática Profissional Supervisionada II (PPS II), que decorreu numa sala de jardim de infância, com 20 crianças com idades compreendidas entre os 2 e os 6 anos. Este relatório apresenta o trabalho desenvolvido na PPS II, incluindo a caracterização do contexto educativo, as intencionalidades educativas, a investigação de uma problemática surgida na PPS II e uma reflexão sobre a construção da profissionalidade. Durante a PPS II, evidenciou-se a importância da organização do espaço e dos materiais na promoção da autonomia das crianças, surgindo a investigação em torno desta relação no contexto do modelo pedagógico do Movimento da Escola Moderna (MEM). O estudo procurou: (i) identificar as estratégias utilizadas pela educadora para promover a autonomia das crianças através da organização do ambiente educativo num jardim de infância com o modelo pedagógico MEM; (ii) mapear a participação das crianças na organização do espaço da sala; (iii) analisar a influência da participação das crianças na organização do espaço da sala de atividades no desenvolvimento da sua autonomia; e (iv) analisar de que maneira a organização e a disposição dos materiais na sala de atividades de um jardim de infância com o modelo pedagógico MEM, influenciam a capacidade das crianças de tomarem decisões de forma autónoma. Realizou-se uma investigação de natureza qualitativa e segue o método do estudo de caso. Os dados recolhidos foram registados em notas de campo, num questionário aberto realizado à educadora cooperante e através de algumas narrativas visuais. A análise dos resultados mostra que, quando o espaço está bem organizado e os materiais são acessíveis, as crianças sentem-se mais seguras e confiantes para tomar decisões. Assim, verificou-se que as estratégias da educadora cooperante e o envolvimento das crianças na organização do espaço e dos materiais contribuíram para o desenvolvimento da suaautonomia.
  • O contributo de estratégias de gestão comportamental para a autorregulação de comportamentos de alunos do 4.º ano
    Publication . Oliveira, Rita Martins de; Tempera, Tiago Bruno Correia
    O presente Relatório Final foi realizado no âmbito da Unidade Curricular de Prática de Ensino Supervisionada II, inserida no Mestrado em Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico (CEB) e de Português e História e Geografia de Portugal (HGP) no 2.º CEB, ministrado pela Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Lisboa. Este contempla: (i) a descrição da prática pedagógica desenvolvida no 1.º CEB, numa turma de 4.º ano e no 2.º CEB, em duas turmas de 5.º ano; (ii) a apresentação de uma investigação sobre a prática. A investigação decorreu numa turma do 4.º ano de escolaridade do 1.º CEB, tendo incidido sobre a problemática “O Contributo de Estratégias de Gestão Comportamental para a Autorregulação de Comportamentos de alunos do 4.º ano”, para a qual foram definidos os seguintes objetivos específicos: (i) “Caracterizar os comportamentos dos alunos e as suas estratégias de autorregulação”; (ii) “Aplicar rotinas de estratégias de gestão comportamental em vários momentos letivos”; (iii) “Analisar as mudanças comportamentais e a capacidade de autorregulação de comportamentos”. Para a concretização do estudo, foi utilizada uma abordagem metodológica qualitativa, adotando um design de estudo de caso sobre duas alunas que revelavam um comportamento considerado desadequado, com influência direta no ambiente educativo e no processo de ensino-aprendizagem. As técnicas de recolha de dados mobilizadas consistiram na observação direta e no inquérito por questionário e por entrevista. Os resultados obtidos permitiram verificar uma melhoria dos comportamentos das participantes do estudo, tendo sido possível concluir que as estratégias de gestão comportamental mobilizadas contribuíram para a autorregulação dos seus comportamentos. Revelaram ainda a pertinência da aplicação de estratégias deste foro para a formação de alunos conscientes da importância de interações sociais baseadas no respeito e na empatia.
  • O padrão CER (Claim-Evidence-Reasoning) como ferramenta para o desenvolvimento da argumentação científica no 2.º CEB
    Publication . Mano, Miguel Soveral Dias; Valente, Bianor Antónia da Cruz
    O presente relatório foi elaborado no âmbito da Unidade Curricular de Prática de Ensino Supervisionada II, inserida no Mestrado em Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico (CEB) e de Matemática e Ciências Naturais no 2.º CEB. A primeira parte do documento analisa criticamente as práticas pedagógicas desenvolvidas em contexto de estágio no 1.º e 2.º CEB. A segunda parte aprofunda um estudo focado na promoção da argumentação científica, uma competência fulcral que exige uma abordagem explícita em sala de aula. Neste sentido, a investigação analisa o potencial do padrão CER (Claim-Evidence-Reasoning) e visa responder a três objetivos: (i) caracterizar as estratégias pedagógicas utilizadas para promover a argumentação científica com base no padrão CER; (ii) explorar como os alunos mobilizam os componentes do padrão CER nassuas produções escritas e (iii) compreender os principais desafios na implementação do padrão CER no contexto da sala de aula, na ótica do professor e dos alunos. O estudo, implementado com uma turma de 5.º ano, seguiu o formato de um estudo de caso instrumental recorrendo a uma abordagem mista. A recolha de dados envolveu várias fontes, incluindo as produções escritas dos alunos (tarefa diagnóstica pré e pós-intervenção e tarefas de aula), um questionário final e as notas de campo do professor-estagiário. O tratamento dos dados combinou a análise de conteúdo com a análise estatística descritiva, sendo o desempenho dos alunos aferido através de rubricas de avaliação específicas. Os resultados sugerem que o padrão CER pode constituir uma ferramenta eficaz no desenvolvimento da argumentação científica dos alunos, embora o raciocínio se tenha afirmado como a componente mais desafiadora para os alunos. Conclui-se que o contributo do modelo está condicionado por vários fatores, tais como a estruturação das atividades, a natureza das tarefas, e os andaimes pedagógicos oferecidos pelo professor.
  • Conceções alternativas sobre a perigosidade dos animais: um estudo com alunos do 2.º ciclo do ensino básico
    Publication . Jorge, Marta Gomes da Silva Caldeira; Almeida, António José Correia
    O presente relatório descreve e analisa a Prática de Ensino Supervisionada II desenvolvida no 1.º e 2.º Ciclo do Ensino Básico em contextos institucionais distintos e apresenta um estudo sobre as conceções alternativas dos alunos relativamente à perigosidade de um conjunto de espécies da fauna portuguesa. Na parte I, apresentam-se duas intervenções que responderam a problemáticas emergentes em cada turma. No 1.º CEB, um projeto de escrita criativa cooperativa procurou melhorar competências textuais e promover a escrita colaborativa. No 2.º CEB, a metodologia de trabalho de projeto articulou Ciências Naturais e Matemática para desenvolver competências de interpretação de texto e comunicação oral. Em ambos os casos, a avaliação formativa permitiu monitorizar progressos, evidenciando avanços no cumprimento dos objetivos e no maior envolvimento dos discentes na aprendizagem. A Parte II apresenta um estudo caracterizado como investigação-ação, cuja amostra é constituída por duas turmas do 5.º ano- Grupo Experimental e de Controlo. O estudo teve como objetivos: (i) identificar as conceções dos alunos sobre a perigosidade de algumas espécies da fauna portuguesa; (ii) compreender que fatores comportamentais, morfológicos ou fisiológicos os alunos consideram relevantes para justificar essa perigosidade; e (iii) desconstruir conceções incorretas detetadas. Administrou-se um questionário que visou compreender as conceções dos alunos quanto ao gosto, perigosidade e atitudes de conservação relativamente a 14 espécies de animais, antes e depois de uma intervenção pedagógica apenas para o grupo experimental centrada na avaliação científica da perigosidade dos animais em estudo e do seu papel ecológico. Após a intervenção, os grupos mantiveram a preferência por animais vertebrados, especialmente mamíferos. No grupo experimental, a perceção de perigosidade tornou-se mais ajustada: animais pequenos, como o mosquito, passaram a ser avaliados como de maior risco relativo, enquanto espécies de grande porte deixaram de ser vistas como excessivamente ameaçadoras. Também aumentaram as intenções de proteger todas as espécies, com argumentos mais baseados em fundamentos ecológicos.