ESTC - Escola Superior de Teatro e Cinema
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Browsing ESTC - Escola Superior de Teatro e Cinema by advisor "Bento, Diogo"
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- b a llr oo m_cosmogonia trans de um bailePublication . Silvério, Susana M. G.; Bento, DiogoUm dos pressupostos do projeto b a ll roo m consiste no questionamento dos mecanismos da operação binária hegemónica e respetiva linguagem a partir de 4.48 Psicose de Sarah Kane. Mediante a criação de um espetáculo site-specific e descrição dos mecanismos dramatúrgicos implicados na sua construção, procura-se demonstrar a violência do confronto com práticas de submissão e dimensões coercivas de identidade. Procura-se expor a ideia do desvio subjacente na visão que existe face a uma pessoa fora da normatividade imposta, bem como as construções axiológicas e sociais na base de qualquer julgamento. Apresenta-se um processo de criação de um espetáculo em permanente transformação, num confronto constante com aprendizagens anteriores, nomeadamente a experiência com a Cia Pippo Delbono e o seu teatro das margens, que proporciona na sua essência uma visão transfigurada do mundo. Importa ainda considerar que a dança não surge neste projeto como um ato alienatório, mas como um movimento de transmigração, transição, uma performance de mudança que proporciona um conhecimento comum que não cala os conflitos internos ou declarados.
- Botânica e colonização: uma perspectiva pessoal sobre a história das plantasPublication . Veiga, Ana Mafalda Berenguer; Bento, Diogo; Mata, InocênciaUma das consequências menos abordadas da expansão portuguesa é a trasladação de plantas para várias partes do mundo, o que redefiniu não só a flora desses lugares, mas também a criação de novos costumes e de novos hábitos (alimentares, medicinais, entre outros). Consequentemente, esta mudança levou a um processo de adaptação forçada das plantas a um ambiente que não era o seu. É através da abordagem desta questão no meu trabalho de projeto que pretendo estabelecer um paralelismo com uma outra realidade da colonização portuguesa, nomeadamente dos que regressaram das ex-colónias após o 25 de Abril de 1974, - comummente conhecidos por “retornados”, pois tal como as plantas, e apesar do nome que lhes foram atribuídos, para muitos a ida para Portugal não foi de todo um retorno, mas sim uma mudança para um novo país e uma nova realidade. A problematização partirá de um ponto de vista pessoal, pois a minha família viveu em Angola durante vários anos, e foi forçada a voltar após o 25 de Abril e a declaração de Independência oficial de Angola, sendo assim, tal como as plantas, forçada a adaptar-se a uma nova realidade.
- Carapinha. Uma encruzilhada afro luso tupiniquimPublication . Souza, Joyce Cristina Santos de; Roldão, Cristina; Bento, DiogoEste relatório diz respeito ao trabalho de projeto Carapinha. Uma encruzilhada afro luso tupiniquim, que tem como objetivo refletir sobre a experiência de mulheres negras e mulheres negras brasileiras no contexto português, mais objetivamente nas artes performativas. A partir das questões de gênero, raça e classe, se investiga os fatores históricos e sociais que fundamentaram a criação de imaginários acerca destes corpos. Entendendo as artes performativas como prática política de intervenção social, a pesquisa vai diagnosticar brevemente grupos e espetáculos teatrais formados e/ou protagonizados por pessoas não brancas, realizados em Portugal. Nomeadamente o Grupo de Teatro Pau Preto, Teatro Griot, Gto Lx: Grupo de Teatro do Oprimido de Lisboa - Laboratório Ami-Afro, Peles Negras Máscaras Negras - Teatro Do Escurecimento, Aurora Negra e Sempre Que Acordo. Assente em práticas e teorias decoloniais e anti-racistas, a pesquisa propõe a percepção das problemáticas apresentadas a partir dos conceitos de encruzilhada e da figura de Exú. Utilizados como estratégia para possíveis transgressões epistêmicas, políticas, estéticas e performativas. O presente relatório apresenta a investigação realizada que resulta na viabilização da ação cênica performativa homônima ao projeto.
- Como a tecnologia influencia o tempo em cena e no performerPublication . Duarte, Rita Amaral; Jürgens, Stephan; Bento, DiogoA problemática do tempo é o tema central deste projeto. Reflito sobre o mesmo e as suas diversas conceções – científicas, artísticas e filosóficas – tanto através da criação de um objeto multidisciplinar - uma performance ao vivo - mas também da leitura de várias obras literárias, e consequente escrita deste relatório. Ainda dentro deste tema, é examinada a relação entre performance e tecnologia teatral, tomando como paradigma o livro Digital Performance de Steve Dixon. Uma vez que o objeto performático se socorreu de diversas áreas (teatro, dança, artes visuais e música), utilizei também, como referência, uma outra obra textual: Poema à duração de Peter Handke. Proponho, também, olhar para a tecnologia de uma perspetiva performática, e de manipulação temporal, utilizando a internet, o live streaming, a filmagem em cena, e a sua projeção. O olhar do público perante o objeto é também analisado, para que melhor se compreenda o mesmo.
- Como ser animal: a prática "contact improvisation" enquanto crítica ao mito do excecionalismoPublication . Brito, Sofia; Bento, Diogo; Corrêa, Graça P.O presente projeto resulta numa criação performativa que pretende dar visibilidade e compreensão ao que não se vê da prática Contact Improvisation (CI), e que, no entanto, se sente e se vivencia por quem pratica. Steve Paxton, em 1972, preconizou uma pesquisa em dança na busca de ancestralidade; cruzando muitas questões do momento, em conjunto com os seus pares, foi desenvolvendo uma partitura de improvisação. O meu desafio com esta pesquisa e criação artística é o de partilhar a essência desta partitura, como eu a recebi e como a transmito, revelando o potencial desta prática de dança pós-moderna, enquanto treino para uma cultura ecológica e sustentável. O praticante de CI, ao incorporar certos princípios e questões, reencontra bases fisiológicas da sua natureza instintiva que lhe servem como sabedoria peculiar, trazendo uma reavaliação de valores culturais, na visão e sua relação com a sua natureza selvagem (interior e exterior). Através de uma prática pragmática e física, com foco na regeneração, cooperação e interdependência, a prática continuada de CI transforma a nossa posição em relação ao projeto humano, nomeadamente face ao que é transmitido na cultura mainstream. A pesquisa artística ao longo deste projeto foi movida pela reflexão e análise de várias fontes académicas e científicas, em particular pelo livro Ser Animal Ser Humano, Uma nova história do que significa ser humano de Melanie Challenger, estudiosa da história da humanidade e do mundo natural, e da filosofia ambiental. Nesta obra não-ficcional a autora expõe e fundamenta uma crítica ao mito do excecionalismo humano, mostrando como a negação ou repressão do fato de os humanos serem animais teve consequências profundamente lesivas quer para a forma como vivemos, quer para todas as formas de vida no planeta. Sublinha ainda a gravidade de vivermos coletivamente sujeitos a uma agenda para o futuro que está a ser imaginada por um animal que não só não acredita ser animal, como também não quer ser animal. Ao demonstrar que ser humano significa ser animal, e que esta condição contém em si mesma uma imensa alegria de viver, venho revelar os aspetos que se treinam na prática Contact Improvisation, uma prática que é na sua essência fisiológica e que desconstrói questões e paradigmas sociais, psicológicos, políticos e ambientais que são atuais e de grande relevância nas escolhas que estamos a fazer para as gerações futuras.
- A dança indiana como veículo para a espiritualidade e a transcendênciaPublication . Rego, Diana de Melo; Rosa, Armando Nascimento; Bento, DiogoO presente Relatório de Trabalho de Projecto foi elaborado com o objectivo de pesquisar os seguintes temas: a história e a evolução da dança desde a sua origem até aos dias de hoje; os tratados pelos quais se regem as artes clássicas da India; o processo detalhado da formação de um actor/bailarino segundo este método; de que modo os princípios da filosofia hindu influenciam e sustentam filosoficamente a arte da dança clássica, a tão peculiar estética da rasa contida no tratado Natya Shastra, que sustem todo o edifício teatral, regendo-o de uma forma extremamente estilizada e amplamente codificada; as possibilidades expressivas inerentes à técnica oriental; a espiritualidade e a possibilidade de desenvolver a inteligência espiritual ; a teoria e prática sobre o modo como esta arte se rege desde o hara ou centro energético do corpo; a possibilidade de despertar o kundalini; a ativação do segundo cérebro segundo o sistema nervoso entérico; o modo como a dança pode levar o artista a experienciar estados de consciência mais refinados e subtis ; a possibilidade desta prática artística e espiritual induzir o artista ao enaltecimento do seu ego ou à transcendência de si próprio. Tentar ampliar o espectro do conhecimento académico português e suprir dúvidas existentes sobre o objeto de estudo, possivelmente cobrir lacunas de investigações passadas e procurar que a indagação que instigou a elaboração deste trabalho seja específica, apontando o que pretende ser investigado, em linguagem clara e objetiva, ainda que o tema possa ser ambíguo na sua resolução.
- Do pessoal ao artístico: olhar como uma potência no contexto académico e nas criações artísticas do agoraPublication . Ferreira, Ana Maria Pinto; Bento, DiogoÉ pretendido indagar a respeito da concretização do estágio curricular, executado no primeiro semestre do ano letivo 2020/2021, na Escola Superior de Teatro e Cinema. O labor consistiu em dar assistência ao professor convidado Pedro Penim, na disciplina denominada por Interpretação V - Oficina de Imagem, às turmas do terceiro ano da Licenciatura em Teatro - ramo de Atores. Esta prática pedagógica serviu à reflexão, enquanto observação académica, ideal ao desempenho e maturação de um processo criativo próprio tendo como desígnio a análise e aprofundamento deste em relação ao estado da arte e práticas criativas atuais.
- Eco – efeito colateral óbvio: uma experiência à luz do ecoteatroPublication . Figueiredo, Sofia; Bento, Diogo; Corrêa, Graça P.O presente projecto explora uma experiência à luz do ecoteatro. Pretende-se assim não só produzir uma performance teatral assente em preocupações de carácter ecológico, como também investigar como pode a ecologia ser mais do que uma temática da produção teatral. Através de uma breve historiografia da ecocrítica, da ecopolítica e do ecoteatro, são reunidas as diferentes perspectivas que norteiam uma possível caracterização de um projecto contemporâneo de ecoteatro.
- Fazer de contaPublication . Conceição, Rita Maria Matos; Rosa, Armando Nascimento; Bento, DiogoEste livro reúne um conjunto de aulas experimentadas nas quais o fazer de conta se transforma em teatro e num espaço criativo, um testemunho no qual os alunos colocam as suas ideias em prática, e obedecem a ritmos diferentes de desenvolvimento e de capacidade de conclusão dos alunos e onde o Orientador/Professor deve gerir o tempo que cada aluno e grupos precisam para desenvolver e concluir os momentos teatrais. A realidade das crianças e o meio que as rodeia serve de instrumento dos seus trabalhos, acontecendo teatro a partir de um real, que é transformado em ficção quando acontece cenicamente. Tudo acontece quando este conhecer delas se junta aos jogos dramáticos referidos na bibliografia e à orientação da Professora. Este livro é dirigido aos Professores, Educadores, Atores e Monitores interessados na disciplina de expressão dramática, é uma partilha de várias experiências que convida a quem está de fora desta área, a entender melhor o que nela se passa. Pode ser um livro útil, visto existir uma ausência de informação a partir da “própria experiência”, acerca do que resulta e não resulta fazendo acontecer nas aulas práticas, onde tudo necessita ser constantemente alterado renovado e revisto. O teatro é mediatizado, mas nem sempre o público dispõe dos elementos de reflexão pedagógica-artística, feitos pelos Profissionais desta arte numa linguagem acessível, que lhe permitam formar uma opinião mais definida sobre os seus benefícios. Os desafios apresentados são discutíveis, e visam precisamente abrir a argumentação, longe de qualquer doutrina, mas sim, uma partilha, tendo em atenção o teatro e o espaço infantil no seu imaginário e o fazer de conta como um recurso nosso, que só pode ser melhorado.
- Filandorra: um teatro à solta no nordeste transmontanoPublication . Moura, Rui Filipe Monteiro; Bento, DiogoEste relatório de estágio situa-se no âmbito do processo criativo e apresentação de quatro peças teatrais, numa perspetiva mais ampla, não se limitando à análise das ações apresentadas em cena. Parti de uma conceção do processo criativo e organizacional de uma companhia de teatro situada na região de Trás-os-Montes com atividade aberta há 37 anos, com o nome de Filandorra – Teatro do Nordeste, o que me permitiu compreender as etapas em que um encenador se envolve e que contribuem para a qualidade do seu desempenho com os atores. Para além do processo criativo, de estudo, leitura, interpretação, ensaios e posterior concretização em palco, fiz ao longo deste relatório uma análise mais concisa e profunda às obras que me propuseram e aos seus autores, numa tentativa de encontrar respostas para as dúvidas que ainda existiam e para, de alguma maneira, aprofundar mais os meus conhecimentos teóricos. Desta forma, o foco deste relatório são as quatro peças onde participei como ator: Auto da Barca do Inferno e Farsa de Inês Pereira, ambas de Gil Vicente, inseridas no “Ciclo de Teatro Vicentino para as escolas”; Histórias da Vermelhinha, de Bento da Cruz, que surgiu de um projeto de verdadeira descentralização designado “O Teatro e as Serras”; por último O Cerejal, de Anton Tchekhov. Nestes quatro espetáculos interpretei dez personagens, sendo que em Histórias da Vermelhinha foram precisamente sete. Abordei significativamente toda a construção de cada personagem, os métodos que utilizei e recursos que fui absorvendo ao longo de toda a minha formação. Dei ainda destaque a outros conceitos e abordagens neste relatório final: as “aulas vivas” sobre os textos de Gil Vicente que acontecem sempre no fim de cada espetáculo, nos mais variados palcos por onde a companhia passa (que tanto podem ser grandes salas de teatro e auditórios, com as melhores condições para a prática teatral, bem como os mais peculiares e surpreendentes espaços onde atuamos), as datas e digressões, o número de espetadores, o número de sessões, o público-alvo e o elenco. Este processo em que estive envolvido ao longo de seis meses de estágio também me permitiu conhecer o trabalho que a companhia desenvolve junto das comunidades, na educação de públicos, no importante papel que traz para a descentralização teatral e como funciona todo o método de trabalho com atores, técnicos, produção e encenação.