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  • O Processo Formativo de Animadores Socioculturais na ESE de Lisboa e a Transição para o Mercado de Trabalho
    Publication . Campos, Joana; Martins, Célia; Dias, Alfredo; Vohlgemuth, Laurence
    O reconhecimento dos animadores socioculturais em Portugal nas últimas décadas assentou, em grande medida, no incremento do associativismo profissional e na diversificação da formação. À diversidade da oferta formativa somou-se a fixação do código deontológico do grupo e do estatuto, a par da disseminação das publicações e da realização de congressos, entre outros momentos de formação e afirmação do grupo profissional. No quadro deste processo de profissionalização inscreve-se a licenciatura da ESELx-IPL. Com o presente texto pretende-se contribuir para o aprofundamento do conhecimento sobre a licenciatura nesse processo, em particular no que diz respeito ao processo formativo e transição para o mercado de trabalho dos diplomados. Metodologicamente, a informação considerada foi recolhida desde 2009/2010, centrando-se o presente texto na caracterização dos alunos e diplomados da ESELx, no que diz respeito aos percursos formativos e inserção profissional. Analiticamente, consideraram-se diferentes dimensões. A primeira prende-se com as áreas de interesse dos alunos manifestadas no percurso formativo. A segunda dimensão centra-se no processo de inserção profissional. Por fim, a terceira dimensão refere-se à continuidade de formação. Os resultados demonstraram a importância da iniciação profissional em contexto em instituições diversificadas. Os procedimentos de análise permitiram também identificar as principais modalidades de transição para o mercado de trabalho. Tais resultados reforçam a importância das instituições formadoras contribuírem para a afirmação dos grupos profissionais, em diversos planos.
  • Integr(Arte): Imigração, Artes, Educação e Experiências Locais de Integração
    Publication . Pereira, Teresa Matos; Arez, Abel; Martins, Célia; Campos, Joana; Hortas, Maria João; Vieira, Natália
    A dimensão social dos processos participativos no domínio das práticas artísticas assumiu nas últimas décadas uma visibilidade e importância acrescidas na medida em que artistas e outros agentes culturais desenvolveram um interesse particular pelo trabalho coletivo, colaborativo, baseado num contacto direto com as comunidades. Este interesse por parte dos artistas, enquadrado sob designações como community– based art, socially–engaged art, collaborative ou participatory art, entre outras, observou, por vezes, uma diluição de fronteiras entre artista e público, profissional e amador ou entre produção e receção pois o que estava em jogo era a recompensa criativa da experiência social. Atualmente este interesse pela dimensão social da arte repercute-se quer no campo da formação académica especializada em arte e educação, quer no campo da investigação, abrindo espaço para um cruzamento entre os domínios da prática artística, da educação e das ciências sociais. Apesar do crescente interesse sobre as práticas educativas em contextos não formais, designadamente no que diz respeito à arte, o facto é que escasseiam os estudos sobre os processos e o impacto de tais práticas no contexto português tendo em consideração as ligações entre educação artística não formal, comunidade, imigração e integração de imigrantes. A investigação realizada parte precisamente da necessidade de aprofundar o conhecimento sobre as potencialidades educativas das artes (nos domínios das artes visuais, música e teatro), em contextos não formais, para a integração de populações de origem imigrante, assumindo desde logo que a integração se constitui como um processo dinâmico, marcado pela reciprocidade e que se joga em grande parte à escala local. Neste sentido propõe-se, através do estudo “Integr(arte) - Imigração, Artes, Educação e Estratégias Locais de Integração”, a realização, em primeiro lugar, de um mapeamento de plataformas, redes e entidades que na sua ação prefigurem estratégias educativas que concorrem para práticas de integração de imigrantes sustentadas nos domínios das Artes Visuais, Música e Teatro. Em segundo lugar propõe-se a identificação de estratégias educativas desenvolvidas pelas plataformas, redes e entidades que contribuem para a integração de imigrantes, mobilizando as Artes Visuais, Música e Teatro, com o intuito de, finalmente, em terceiro lugar, compreender os significados atribuídos aos processos de participação dos imigrantes nestas instâncias capazes de configurar percursos de integração, envolvendo práticas artísticas nos referidos domínios artísticos. A criação de plataformas e redes informais de aprendizagem e partilha tem-se constituído como uma dinâmica de mobilização de conhecimentos e experiências que, nas fronteiras das instituições, procuram dar espaço e voz a formas renovadas e/ou inovadoras que potenciem a reconfiguração de discursos e práticas em áreas artísticas e culturais de interesse comum. Através da proximidade, entendimento, experimentação e conhecimento de processos e práticas artísticas – integradas nos domínios das Artes Visuais, Música e Teatro – é possível um desenvolvimento de competências sociais, comunicacionais e expressivas, que, para além de potenciarem a criatividade e a inovação, possibilitem uma participação ativa na vida cívica e cultural, prevenindo ou revertendo situações de exclusão social, em particular, discriminação social e/ou expressões de racismo. Considerando que esta problemática implica uma visão multidimensional, o estudo integra uma equipa de investigação composta por dez elementos que reúne um conjunto de docentes da Escola Superior de Educação de Lisboa (ESELx) e investigadores contratados cuja formação pós-graduada, investigação científica e experiência profissional se encontra estruturada em torno de três grandes eixos: a Educação (formal, não formal e informal), a Intervenção Comunitária e as Artes (Artes Visuais, Música e Teatro). A diversidade da formação e experiência da equipa possibilitou o cruzamento de múltiplas perspetivas de análise acerca das ligações entre educação artística não formal, intervenção social e integração de imigrantes. Neste sentido foram desenvolvidas metodologias de trabalho que contemplaram, simultaneamente, uma abordagem extensiva da qual resultou uma base de dados e uma abordagem intensiva da qual emergiram estudos de caso no âmbito de cada área artística. No primeiro caso foi realizado um mapeamento prévio de plataformas, redes e entidades localizadas em territórios dos concelhos de Lisboa e Loures que pertencem aos diferentes setores de atividade - setor público, privado e terceiro setor – e que desenvolvem uma ação educativa no domínio artístico que contribui para a integração de imigrantes. Este mapeamento possibilitou, por um lado, traçar um quadro geral acerca da educação artística não formal nos referidos territórios considerando o carácter das entidades envolvidas (i.e. social, artística e/ou cultural), a sua localização, os seus objetivos, equipas de trabalho envolvidas bem como a continuidade e natureza das atividades desenvolvidas nos domínios das Artes Visuais, Música e Teatro. Por outro lado, possibilitou a construção de uma base de dados, disponível online para consulta quer em contexto de investigação, quer como ferramenta capaz de potenciar o estabelecimento de novas redes e parcerias. Com base na informação recolhida, sistematizada e analisada foram desenvolvidos estudos de caso em ambos os concelhos que compreenderam um contacto aprofundado com entidades escolhidas pela diversidade e continuidade da atividade desenvolvida no âmbito da educação artística não formal nos domínios da Artes Visuais, Música e Teatro. Deste modo foi possível aprofundar o conhecimento de estratégias e metodologias de trabalho desenvolvidas pelas diferentes entidades que configurem práticas implicadas em processos integradores – considerando diversas faixas etárias, desafios sociais e culturais – bem como compreender e avaliar os discursos a partir dos processos criativos, produtos artísticos e vozes de participantes/organizadores das atividades que, à escala local, contribuem para a integração de imigrantes. Todos os processos de pesquisa obedeceram a metodologias específicas que incluem a criação de instrumentos de recolha, análise e sistematização de informação, trabalho de campo que incluiu a entrevista, observação de processos criativos bem como a análise de objetos de arte produzidos. A descrição mais detalhada das metodologias utilizadas será realizada no âmbito do capítulo 2 do estudo. Este estudo organiza-se em cinco capítulos. No Capítulo 1 realiza-se um enquadramento teórico (com vista à discussão conceptual em torno das questões da integração de imigrantes, da educação não formal e das práticas artísticas que cruzam as dimensões anteriores) e um estado da arte da investigação produzida em torno da educação artística não-formal nas Artes Visuais, Música e Teatro e populações imigrantes entre os anos de 2014 a 2017. O Capítulo 2 integra uma definição de estratégias metodológicas seguidas no âmbito do estudo, considerando igualmente a caracterização das unidades territoriais selecionadas – Lisboa e Loures. No Capítulo 3 é desenvolvida a análise em torno do mapeamento das entidades envolvidas, de acordo com as diferentes dimensões que nortearam a sua elaboração, designadamente as áreas artísticas abrangidas, localização, missão e objetivos, tipologias de intervenção, programação, públicos envolvidos e participação em redes. Nos Capítulos 4 e 5 são apresentados os estudos de caso que envolvem entidades de Loures e Lisboa que desenvolvem, com regularidade, atividades de natureza artística inseridas no domínio da educação não formal e que se constituem como exemplos variados de práticas que participam em processos de integração de populações imigrantes. A análise dos discursos de responsáveis pelas entidades mapeadas, dos processos de trabalho, de testemunhos dos participantes e a análise dos resultados finais (sob a forma de objeto de arte) permitiu aceder a informação relativa às áreas de intervenção, estratégias de atuação, graus de participação dos envolvidos, bem como das modalidades de comunicação, explícitas ou implícitas, nas diferentes linguagens artísticas e opções estéticas que incorporam os objetos analisados. Finalmente apresentam-se as conclusões e um conjunto de recomendações baseadas nas principais conclusões do estudo, tendo em linha de conta os domínios das práticas, das políticas culturais, da formação de profissionais ligados à intervenção social, educação e artes bem como da comunicação e da disseminação da ação desenvolvida.
  • Educação artística e formação em ASC na ESEL
    Publication . Vohlgemuth, Laurence; G Dias, Alfredo; Martins, Célia
    Atualmente, as novas tecnologias encurtam as distâncias, tornam cada um num potencial criador de produtos artísticos e oferecem a possibilidade de divulgar essas produções à escala mundial. Simultaneamente, as disciplinas artísticas evoluem e as categorias profissionais artísticas alteram-se. Estas mudanças sociais reforçam a pertinência de uma reflexão sobre a aparente contradição entre a expressão da singularidade artística de cada indivíduo e a apropriação por todos e por cada um, de um património partilhado de referências artísticas e culturais comuns. Perante esta complexidade, consideramos importante analisar o papel que podem desempenhar os animadores socioculturais na educação artística. Na primeira parte deste texto, procuramos contribuir para a definição das dimensões da educação artística e as formas de integração dos valores culturais e artísticos em diferentes campos sociais. Na segunda parte, apresentamos a análise desenvolvida em torno da presença da educação artística (i) no currículo da Licenciatura em Animação Sociocultural da Escola Superior de Educação de Lisboa (ESELx), nas suas diversas componentes de formação, (ii) e nas práticas desenvolvidas pelos estudantes no final do seu percurso formativo. Metodologicamente procedeu-se à análise da oferta formativa da Licenciatura em Animação Sociocultural da ESELx, no que diz respeito à inclusão curricular das diversas dimensões da educação artística. Realizou-se uma análise de conteúdo das Fichas de Unidade Curricular (FUC) do curso, nomeadamente no enunciado dos objetivos e conteúdos, distinguindo-as por áreas disciplinares e natureza teórica e/ou prática da formação. Deu-se ainda particular enfoque às unidades curriculares (UC) de Iniciação à Prática Profissional, tomando para o efeito os relatórios do 3.º ano do curso produzidos no âmbito do estágio curricular de intervenção, em contextos socioculturais diversificados. Pretendeu-se assim perceber como se organiza e concretiza curricularmente, na formação inicial de animadores socioculturais, as diversas dimensões da educação artística.
  • Quelles médiations dans les formations offertes par l’ESELx : l’ASC et ses frontières ?
    Publication . Vohlgemuth, Laurence; Campos, Joana; Martins, Célia; Gama, Ana; G Dias, Alfredo; Hortas, Maria João; Vieira, Natália
    Alors que les communautés scientifiques et professionnelles promeuvent de nombreux colloques et séminaires autour du concept ou de l’activité de médiation dans différents champs, l’accroissement de la complexité et des fractures sociales conduisent à la recherche de réponses apportées par de nouveaux professionnels appartenant à des catégories professionnelles aux contours parfois encore indéfinis ou en cours d’affirmation. C’est dans ce contexte que l’Ecole Supérieure d’Education de Lisbonne (ESELx) propose, parmi ses offres de formation, trois licences différentes et un master qui préparent à des fonctions médiatrices : licences en Animation Socioculturelle, en Médiation Artistique et Culturelle, en Musique dans la Communauté et master en Education Sociale et Intervention Communautaire. Il nous semble particulièrement pertinent de réfléchir aux spécificités et complémentarités de ces formations en ce qui concerne les compétences développées en médiation(s).
  • Formation des animateurs socioculturels : discours idéologiques et pratiques
    Publication . Vohlgemuth, Laurence; Campos, Joana; Martins, Célia; G Dias, Alfredo
    En 2003, E. Dinís nous faisait part de ses doutes quant à la fonction et l'utilité de l'animation socioculturelle, dans le contexte social portugais : « Parfois, plane sur moi, l’idée que, dans une société où la démocratie est solide et mûre, il n’y a plus rien à faire dans le domaine de l’Animation Socioculturelle » (Lopes, 2008, p. 711). Peut-on envisager l'existence d'une société démocratique où l'ASC devient inutile ? L'ASC, de plus en plus professionnelle, se détache-t-elle de tout engagement idéologique et politique ? Quels regards portent les institutions de formation et les étudiants sur les discours qui fondent l'intervention en ASC ? Quelle cohérence existe-t-il entre les discours fondateurs de la formation en ASC et les pratiques des stagiaires ? Nous essayerons d'apporter des éléments de réponses à ces questions en prenant pour objet d'étude la formation à l'ESELx.