ESD - Dissertações de Mestrado
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- A coragem de ser eu pluralidade no processo criativoPublication . Oliveira, Diogo Ribeiro de; Xavier, Madalena; Instituto Politécnico de Lisboa - Escola Superior de DançaDo Mestrado em Criação Coreográfica e Práticas Profissionais (MCCPP) ministrado pela Escola Superior de Dança 2023/2024, nasce o projeto na especialidade de coreografia, A Coragem de ser Eu. Este projeto teve como objetivo a criação de dois exercícios coreográficos a partir do mesmo processo criativo. O primeiro realizou-se com alunos do 3º ano do curso de Intérprete de Dança Contemporânea do Balleteatro Escola Profissional e o segundo com alunos do 2º ano do curso de Intérprete de Dança Contemporânea da Escola Artística da Jobra - Art´J. Em ambas as criações artísticas a pesquisa parte da procura e da descoberta da própria obra, onde se emancipa a responsabilidade do intérprete enquanto membro influenciador de toda a criação. Tendo por base uma comunicação simples e honesta, o trabalho centra-se na exploração das histórias e experiências pessoais através do corpo e voz. Experienciar duas obras diferentes que partem de um lugar comum e compreender a derivação dos materiais em cada um dos grupos e seus contextos académicos, dá espaço a novas questões dentro dos métodos e processos que compõem a esfera da criação artística contemporânea. O processo criativo (PC) foi criado no primeiro momento e replicado integralmente para o segundo, apesar dos contextos diferentes. Assim, a forma como o projeto foi comunicado, a dimensão criativa e a ordem de enunciados foi executada com uma especial atenção que revela todo o interesse para esta investigação. No desenvolvimento do projeto, a sua matéria encontrou questões teóricas em torno da criação coreográfica, nomeadamente sobre o posicionamento do coreógrafo e do intérprete contemporâneo. A nível estrutural este relatório de projeto está organizado em quatro capítulos. O Enquadramento Geral onde abordamos a ampla esfera da criação coreográfica contemporânea (CCC), a Motivação e o Contexto que reflete e analisa o papel do coreógrafo e do intérprete contemporâneo, os Métodos e Processos de Criação que aborda todos os elementos associados à realização do projeto e por fim, a análise individual de ambos os enquadramentos criativos, onde se reflete e analisa o processo e o resultado. Uma das principais conclusões que emergem deste processo é a importância da subjetividade na compreensão das ações comportamentais e pensamentos do intérprete contemporâneo. Cada intérprete traz as suas próprias experiências e perspectivas para a peça A Coragem de ser Eu, demonstrando como as narrativas pessoais podem ser uma fonte de estímulos, capaz de potenciar a criação artística. O coreógrafo ressalta a necessidade de reconhecer a importância da diversidade de experiências dentro do universo da criação contemporânea e reivindica um lugar de direção onde transforma e evolui as partituras coreográficas individuais dissolvendo-as no coletivo.
- (Dis) forma: processo criativo de um soloPublication . Almeida, Marta Filipa Amaral Fonseca de; Instituto Politécnico de Lisboa - Escola Superior de DançaA peça (Dis)Forma nasce no contexto do Mestrado em Criação Coreográfica e Práticas Profissionais, da Escola Superior de Dança, na especialidade em coreografia. Os estímulos para a criação são distintos, de coreógrafo para coreógrafo, e não são estanques durante o percurso artístico. O mote para esta criação, surge de um impulso interior, de uma urgência em exteriorizar uma inquietação. Tomando como ponto de partida um conjunto de questões genéricas, o processo artístico passou por aproveitar as respostas obtidas para refletir e pesquisar, questionando de novo e repetindo uma e outra vez, gerando assim um processo de decomposição e filtragem de ideias até alcançar a temática da peça - a procura incessante por um corpo perfeito, as suas contingências e implicações. Sendo esta criação suscitada por uma vivência autobiográfica, foi essencial estabelecer que não se trataria de um relato de acontecimentos da vida pessoal, mas sim uma reflexão e desconstrução em torno de três grandes conceitos: dismorfia corporal, distorção percetiva e perfeccionismo. O cariz autobiográfico determinou outras características específicas desta peça, em particular a opção de materializar estas inquietações sob a forma de um solo, criado e interpretado pela mesma pessoa, tirando proveito, e sofrendo as contingências, tanto dos desafios quanto das dificuldades que este duplo papel acarreta. Assumidas estas decisões, inicia-se um processo de trabalho que se divide em quatro fases: investigação, exploração de enunciados, seleção do material e articulação do material coligido. Foi sempre claro que se pretendia que a pesquisa de movimento tivesse como base a improvisação e que existiria um elemento externo para assumir o apoio à criação. Não obstante esta definição clara da metodologia que se pretendia implementar e prosseguir, o processo criativo materializou-se com o corpo em movimento e com a experimentação. Esta experimentação permitiu uma camada evolutiva abrindo a descoberta de diferentes caminhos e práticas que não tinham sido programadas, como a prática da improvisação livre e da improvisação, a relação com o espelho em estúdio, o recurso ao registo de vídeo, o impacto da apresentação de um work in progress e, não menos importante, a reorganização do material após esta apresentação. Este projeto é apresentado pela primeira vez em formato de work in progress no dia 14 de Maio de 2024, no ExploreZ Festival, em Amesterdão. Volta a ganhar vida, numa versão integral mais consolidada e elaborada, com apresentação em estreia no dia 19 de Setembro de 2024, no âmbito do Festival Internacional de Dança Contemporânea, no Salão Central, em Évora.
- Fabula Rasa como elemento potenciador da expressividade do movimento do upperbody nas aulas de Técnica de Dança Contemporânea com os alunos do 4º e 5º ano do ensino artístico especializado da Escola da Companhia de Dança de AlmadaPublication . Oliveira, Ana Carolina Milheiro; Graça, Cristina; Instituto Politécnico de Lisboa - Escola Superior de DançaA nossa experiência leva-nos a acreditar que, ao longo da sua formação, os bailarinos experienciam no corpo a relevância e o rigor do trabalho das capacidades técnicas, sendo que só mais tarde se dá valor à componente expressiva/artística. Este aspeto nem sempre se revela positivo, uma vez que poderá levar à supressão da individualidade, da identidade e da liberdade de expressão artística. No âmbito da 12ª edição do curso de Mestrado em Ensino de Dança, da Escola Superior de Dança, decidimos explorar o tema acima exposto, aplicando-o nas aulas de Técnica de Dança Contemporânea ao longo do ano letivo 2023/2024, na turma de 4º e 5º ano, do Ensino Artístico Especializado, da Escola da Companhia de Dança de Almada. Desta forma, propusemos uma investigação-ação qualitativa com o objetivo de potenciar a expressividade dos alunos, com ênfase no movimento do upperbody, nas aulas de Técnica de Dança Contemporânea, utilizando a coreografia de Fabula Rasa como principal ferramenta pedagógica, na relação entre a qualidade técnica e a expressividade, reforçando ideias como, a projeção de movimento, o uso do olhar/cabeça na movimentação e a utilização da respiração. Com o propósito de dar resposta a esta problemática, este estudo baseou-se na metodologia de investigação-ação, processo cíclico e reflexivo, utilizando instrumentos de recolha de dados rigorosos e cuidadosamente escolhidos (como diário de bordo, grelhas de observação, o inquérito por questionário e registo audiovisual), para apresentar um plano de ação que permitiu aos alunos desenvolver a sua expressividade e individualidade e, desse modo, encontrar a união entre o rigor técnico e o desempenho artístico. A análise detalhada dos resultados obtidos ao longo do estudo leva-nos a afirmar que o progresso foi positivo, resultando na melhoria da qualidade técnico-artística dos participantes. Constatámos ainda que o desenvolvimento da expressividade é essencial para o aprimoramento da formação dos estudantes de Dança, elevando o nível da qualidade artística, conferindo ao professor a responsabilidade de reconhecer a importância de trabalhar essa competência e proporcionar um ambiente que favoreça esse desenvolvimento desde cedo.
- Isto não é um solo: processo coreográfico de um (quase) soloPublication . Vieira da Cunha, Vanessa Raquel; Xavier, Madalena; Instituto Politécnico de Lisboa - Escola Superior de DançaPara o projeto desenvolvido no âmbito do Mestrado em Criação Coreográfica e Práticas Profissionais, propus-me criar um solo coregráfico para mim mesma, colocando-me simultaneamente no lugar de criadora e intérprete e usufruindo daquelas que são as eventuais dificuldades ou regalias do trabalho a solo. Existem inúmeras formas de dar início a uma criação, pessoalmente, sinto a necessidade de delinear em antemão o universo sobre o qual pretendo debruçar-me, de forma a poder iniciar alguma pesquisa temática e conceptual que depois me acompanha para estúdio, mesmo que a ideia inicial lentamente comece a desvanecer ou dar lugar a novos conceitos. Neste caso, o mote para a criação que, inicialmente intitulo de “NEM UM” e apenas mais tarde no processo dá lugar a “Isto não é um solo”, tem como mote a obra de Luigi Pirandello "Um, Nenhum e Cem Mil". Os formatos que encontramos atualmente nos processos de conceção coreográfica, representam uma panóplia de possibilidades, tornando-se cada vez mais diluídas as fronteiras que separam as diferentes áreas artísticas. São múltiplos os exemplos de criadores que integram obras literárias nas suas composições, servindo-lhes de diferentes modos e com propósitos variados. Para este projeto, pretendia que o texto se ausentasse do objeto coreográfico, servindo-lhe apenas como motor de produção de pensamentos, propostas, indagações, imagens ou contextos. Não obstante, em nenhum momento recusei a presença da palavra - escrita e dita – mantendo aberta a possibilidade da sua inclusão no objeto artístico final. A materialização da proposta criativa passa por diferentes moldes, encontrando-se com técnicas de improvisação, manipulação e construção de materiais coreográficos, reflexões sobre o espaço cénico e os seus componentes – luz, figurino e cenário – e a mediação de conceitos e imagens que o próprio corpo desenvolve. “Isto não é um solo” ganha forma pela primeira vez, mediante um público e no palco do Auditório do Instituto Português do Desporto e Juventude de Viseu, no âmbito do Festival Lugar Futuro, organizado pela escola e companhia Lugar Presente, proveniente da mesma cidade, no dia 24 de março de 2024.
- Katábasis: o corpo de experiências no processo criativoPublication . Fernandes, Valter Renato Ferreira; Bentes, Amélia; Instituto Politécnico de Lisboa - Escola Superior de DançaA pesquisa realizada detém-se sobre o corpo de experiências como meio de expressão artística, explorando aspetos biológicos, emocionais e criativos através de uma investigação que busca uma compreensão holística do corpo do intérprete em dança a partir de seu conhecimento empírico. Procurou-se tanto na pesquisa, como no objeto artístico, investigar um corpo que se alterna entre espaço interior e exterior, abordando conceitos como alterabilidade, relação entre matérias, solipsismo e autoconhecimento, bem como sobre o papel da memória em moldar e desconstruir padrões, numa reflexão sobre técnicas e hábitos do corpo a partir de uma abordagem coreográfica. O desenho geral deste relatório foi estruturado de forma a promover a inter-relação entre teoria e prática, encontrando-se dividido em cinco matérias. O capítulo I explora o papel do criador/intérprete como investigador, analisando a relação entre pesquisa e prática artística, e como isso valoriza o objeto artístico. No capítulo II aborda a improvisação em dança, contextualizando-a historicamente e justificando sua escolha como ferramenta coreográfica, destacando como essas tasks podem promover o autoconhecimento, superar padrões e expandir possibilidades expressivas. O capítulo III, foca-se no corpo de experiências, investigado sua dimensão biológica, social e cultural, ressaltando sua complexidade e relação com o mundo, para que no capítulo IV se debruce sobre a memória, perceção e transformação do corpo. Finalmente, no capítulo V, o processo criativo é detalhado, evidenciando como os conceitos e práticas discutidos influenciaram a criação e a escrita crítica do relatório. O objetivo final é integrar teoria e prática, desenvolvendo tasks de improvisação para contextos distintos.