Browsing by Author "Fuertes, Marina"
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- Ação dos Dr. Palhaços em contexto hospitalar com crianças em risco de desenvolvimentoPublication . Tiago, Teresa; Fuertes, Marina; Nunes, ClarisseNo quadro das práticas de intervenção precoce do Centro de Desenvolvimento da Criança-Torrado da Silva do Hospital Garcia de Orta em Almada (CDC), os Dr. Palhaços promovem o ato de brincar junto das crianças do CDC. Neste estudo procuramos conhecer as representações dos participantes (profissionais, pais e a dupla de Dr. Palhaços) face à intervenção dos Dr. Palhaços no CDC, e caracterizar as reações das crianças em interação com estes profissionais. Neste estudo exploratório e qualitativo, participaram cinco crianças, 16 profissionais, 18 pais das crianças e uma dupla de Dr. Palhaços. Foram realizadas entrevistas aos profissionais, pais e dupla de Dr. Palhaços; concretizadas observações diretas das crianças em interação com os Dr. Palhaços e efetuada pesquisa documental. Com o objetivo de avaliar a qualidade das interações diádicas e o impacto dessas interações na criança, desenvolvemos a Escala da Qualidade de Interação Dr. Palhaços-Criança. Os resultados revelaram que na presença dos Dr. Palhaços as crianças que estão ou acabaram de ser sujeitas a intervenções mais intensas ou intrusivas conseguem rir, cantar e brincar, e sugerem que a atividade dos Dr. Palhaços contribui positivamente para o bem-estar da criança e para a intervenção dos outros técnicos, se usada com esse propósito. Para os pais as ações dos Dr. Palhaços parecem transformar o CDC num ambiente mais agradável, descontraído e motivador para todos, desdramatizando o contexto hospitalar.
- Adaptação portuguesa da escala de perceção da qualidade de relação pais-cuidadoresPublication . Santos, Margarida Custódio dos; Fuertes, Marina; Soares, HeliaO presente estudo pretende descrever o processo de adaptação portuguesa da Escala de Perceção da Qualidade da Relação entre Pais e Cuidadores (EPQR) para os cuidados em enfermagem; Apresentar os resultados do estudo das propriedades psicométricas da EPQR e do estudo da perceção materna da qualidade da relação com enfermeiros que realizam a vigilância de saúde do filho. Foi utilizada a análise fatorial exploratória pelo método de análise dos componentes principais com transformação ortogonal varimax. A consistência interna foi avaliada através do alpha de Cronbach e a fidelidade dos itens através das correlações de Kendall. Participaram 126 mães com filhos de 2 anos. Foram extraídos 3 fatores: Confiança/Cuidado; Relacional/Emocional; Colaboração/Parceria com índices de alfa de Cronbach entre 0,94 e 0,77, explicando 54,8% da variância. A fidelidade dos itens mostrou correlações altamente significativas (α=0,01). As mães percecionam positivamente a qualidade da relação com os enfermeiros (M=4,32; DP=0,40). A subescala Confiança/Cuidado obteve os melhores resultados (M=4,42; DP=0,42) e a subsescala Relacional/Emocional os menos elevados (M=4,13; DP=0,60). A escala mostrou valores psicométricos adequados para a utilização na população portuguesa. A sua implementação no contexto dos cuidados em enfermagem poderá permitir identificar as perceções/aspirações dos pais face à relação com o enfermeiro.
- Antibiotic consumption, illness, and maternal sensitivity in infants with a disorganized attachmentPublication . Fuertes, Marina; Faria, Anabela; Gonçalves, Joana L.; Antunes, Sandra; Dionisio, FranciscoPrior research found an association between mother–infant attachment and antibiotic use. Ambivalent-attached infants are more likely to take antibiotics than other infants, and their mothers tend to be less sensitive to their needs than most. This finding is important because it shows the association between psychological processes, early relationships, and health outcomes. We aim to learn about children with high-risk attachment relationships, such as disorganized-attached infants. This study compares antibiotic use, infant–mother interactive behavior, and health indicators according to infant attachment patterns (including disorganized attachment). For this purpose, we observed mothers–infants’ interactive behavior in free play at nine months and infants’ attachment in the Ainsworth Strange Situation at twelve months. Participants included 77 girls and 104 boys (full-term and preterm) and their mothers. Paradoxically, mothers of disorganized-attached infants reported that their children were ill only 1.56 times on average, but 61% of their children used antibiotics in the first nine months. The other mothers reported that their children were sick 5.73 times on average, but only 54% of their children used antibiotics in the same period. Infants with disorganized attachment had mothers who were more literate and less sensitive. These results add to a body of research that shows that early high-risk relationships affect children’s lives at multiple levels.
- Associations and determinants of mother-infant quality of interactions in portuguese dyads from AzoresPublication . Soares, Helia; Fuertes, Marina; Pereira, Sandra; Barberi, Maria do CéuBowlby and many other developmental and family theorists stressed that early socialization is a bi-directional, reciprocal, relationship- based process between infant and caregiver (e.g., Brazelton, Koslowski, & Main, 1974; Bronfenbrenner, & Morris, 1998; Harrist, & Waugh, 2002; Bronfenbrenner, 2005). These first relational experiences affect infant development and maternal sensitivity during the first year of life, remaining the best single predictor of infant secure attachment across studies, despite the relatively small effect sizes (e.g., Wolff and van IJzendoorn, 1997). Therefore, we select a rural Portuguese community in Terceira (Azores Island) to investigate the association between mother-infant quality of interaction and infant development, and to identify the determinants of mother- infant quality of interaction. The sample included 86 healthy infants (each of 46 girls, 48 first born) and their mothers. At 11 months, infant development was assessed with Schedule of Growing Skills II (SGS II). To assess mother-infant quality of interaction, the dyads were observed in free play at 12 months using the Crittenden CARE-Index. Maternal sensitivity and infant cooperative behavior were correlated with SGS II global scores and sub-scales (except for Locomotor and Self-care Social). Infant interactive behavior, gestational age and milk feeding predicted maternal sensitivity. Infant cooperative behavior was determined by their number of siblings and mother interactive behavior. This study novelty remains in the fact that parents’ choice to feed their infant with bottle milk (cow´s milk) against medical advice predicted maternal sensitivity. This research presents individual, social and cultural explanations for mother-infant quality of interaction and suggest that early intervention practices may rely on systemic approaches and professionals should attempt to understand families’ traditions and their specific culture.
- Ateia, uma rede de profissionais - relações e práticas reflexivas touchpointsPublication . Cabral, Sónia; Pinto, Débora; Castelão, Sofia; Fuertes, MarinaO profissional experiente em Práticas Reflexivas Touchpoints (PRT) pergunta-se de que modo está a contribuir para a interação antes de agir. Pára de falar (Why am i talking -W.A.I.T.), escuta atentamente, usa linguagem acessível, valoriza as forças e reflete sobre o seu papel na ação (Cunningham, 2016). ATEIA enquanto projeto de formação deu origem a uma rede de profissionais de educação de infância com o objetivo de promover oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional, através do Treino em PRT. Enquanto projeto de investigação, ATEIA, deu origem ao estudo de caso múltiplo que se apresenta neste artigo, e procurou 1) identificar características, necessidades e estratégias individuais de autorreflexão, 2) conhecer como essas estratégias enformam a prática das educadoras com as crianças, e a interação com as famílias, e 3) analisar o processo transformativo das educadoras (quem sou depois da participação no projeto). Participaram neste estudo, 6 educadoras (com idades compreendidas entre os 24 e os 37 anos de idade, tempo de serviço que variou entre 1 e 13 anos de serviço); 6 crianças (entre os 9 e os 29 meses, 2 meninas, 4 primogénitos) e suas mães com idades compreendidas entre os 24 e os 35 anos, todas ativas profissionalmente e com habilitações académicas ao nível do ensino superior. As educadoras participaram na formação em PRT e preencheram as fichas reflexivas para a educação em creche. Para além disso, procedeu-se à observação da qualidade da sua interação com as crianças com a escala MINDS. As educadoras e as mães avaliaram, através da PCRS, três dimensões: a confiança, o respeito mútuo e a parceria da sua relação. O tempo de serviço, o modelo pedagógico e a formação inicial das educadoras foram indicadores importantes na análise da reflexão das educadoras e relação com as famílias. Ao longo das sessões de grupo e das reflexões individuais do projeto, as educadoras envolvidas neste estudo enunciaram mudanças reflexivas que se refletiram na sua prática.
- Attachment and mother-infant interactions in dyads with infants born full-term, moderate-to-late preterm, and very-to-extreme pretermPublication . Fuertes, Marina; Martelo, Inês; Almeida, Rita; Gonçalves, Joana L.; Barbosa, MiguelBackground: The impact of prematurity status on attachment quality remains indeterminate. Some studies found no differences between infants born preterm (PT) and infants born full-term (FT), while other investigations present opposite results. Aims: We aim to contribute to this body of research by studying mother-infant interactive behaviors and quality of attachment in 3 independent samples: Full-Term (FT), Moderate-to-Late Preterm (MLPT) and Very-to-Extreme Preterm (VEPT). Study design: This is a longitudinal laboratory study conducted from 3 to 12 months of age (corrected-age in the case of infants born PT). Subjects: The participants are 213 Portuguese infants (FT =105; MLPT =52; VEPT =56) and their mothers. Outcome measures: Mother-infant interactive behavior was observed in free-play at 3 and 9 months (corrected- age). Infant attachment was observed in Strange Situation at 12 months. Results: Secure attachment is more prevalent in infants born FT, and ambivalent attachment is more prevalent in infants born VEPT. Infants with a secure attachment have higher gestational age and weight at birth. Infant and maternal interactive behavior quality is associated with attachment patterns and varies according to infant prematurity status. Last, the results indicate changes in maternal sensitivity and infant difficult behavior from 3 to 9 months of infant’s age. Conclusions: Our findings indicate that prematurity status impacts attachment quality. Changes in maternal and infant behavior from 3 to 9 months suggest a period of rapid non-linear development, supporting a transactional multilayered approach to the study of mother-infant relationship.
- Brincar a dois tempos: estilos de comunicação entre Pais e Filhos em jogo livrePublication . Pinto, Filipe; Barroso, Isabel; Branco, Miguel; Fernandes, Isabel; Ferreira, Andreia; Ladeiras, Ana; Sousa, Otília; Veloso, Catarina; Fuertes, MarinaA investigação no campo do desenvolvimento infantil, partindo de modelos conceptuais como a teoria da vinculação (Bowlby, 1969) ou modelos e teorias de aprendizagem (e.g., Bandura, 1963), acabou por se orientar em dois vetores: cognitivo e relacional. Carece, ainda, a literatura científica de trabalhos que procurem compreender como estes domínios se suportam e afetam mutuamente. Os trabalhos de António Damásio (2013) indicam que não existem decisões estritamente emocionais ou cognitivas e Crittenden (1995) inclui essas dimensões na no seu modelo de maturação dinâmica da vinculação (do verdadeiro ao falso afeto, da verdadeira à falsa cognição). Neste estudo procurámos, numa atividade orientada para tarefa, analisar os domínios cognitivos (através do jogo) e afetivo e a sua inter-relação assumindo uma perspetiva marcadamente diádica. Procurando, simultaneamente, em cada parceiro os reflexos das intenções comunicativas do outro. A nossa análise identifica condições molares (afetividade e jogo) na interação diádica a partir de indicadores de nível molecular. Neste nível molecular a dimensão relacional agrupa a resposta vocal, facial e as trocas afetivas; o jogo: a reciprocidade, a atividade lúdica e a diretividade.
- Cartografia da comunicação e dos comportamentos interativos em díades com elevada ou baixa qualidade relacionalPublication . Pinto, Filipe; Fernandes, Isabel; Sousa, Otília; Fuertes, MarinaA bibliografia indica que as relações pais-filhos afetam o desenvolvimento, a adaptação social, a saúde mental e o sucesso académico. Contudo, a generalidade dos estudos analisa globalmente os dados de uma amostra. Nesta pesquisa estudamos, somente, “as melhores relações” e as de “risco”, retirando os casos moderados (que abarcam uma grande diversidade de comportamentos e atenuam a compreensão dos extremos) procura-se: i) identificar comportamentos interativos adequados e sensíveis e o seu oposto; ii) estudar a relação entre a qualidade do comportamento diádico e o tipo de comunicação verbal do adulto. Por outras palavras, procurámos encontrar novos descritores cartografando o comportamento sensível e insensível, recorrendo, à análise do tipo de comunicação e comportamento dos pais e das mães como parceiros de atividade. Participaram no estudo 19 díades mãe-criança e 17 pai-criança observados independentemente a realizar um produto à sua escolha, durante 20 minutos, com inúmeros materiais e ferramentas disponibilizadas (situação Tandem). No momento da observação as crianças encontravam-se entre os 3 e 5 anos (M=4.08; DP=.81), sem problemas de desenvolvimento identificados e eram primogénitos (19 crianças tinham irmãos mais novos). Os Pais eram maioritariamente de nacionalidade portuguesa, tinham formação académica superior e menos de 35 anos. Para análise dos comportamentos dos adultos, os vídeos foram cotados com as escalas Tandem, Rating da Comunicação Pais- -filhos e MINDS. Comparámos por teste de médias os comportamentos das díades com pontuações superiores a 4 pontos (correspondente a excelente qualidade interativa) com as díades com pontuações inferiores a 2 pontos (correspondentes a interações de risco para o bem estar ou aprendizagem da criança). Nas díades com melhor qualidade de interação diádica, os pais fazem mais sugestões, mais elogios e menos críticas. O presente estudo é inovador ao indicar que nas díades com melhor qualidade de interação diádica, os adultos desafiam mais a criança a experimentar novos problemas, realizam mais perguntas que estimulam a reflexão e usam narrativas associativas (recurso à fantasia) para tematizar a atividade.
- Comportamento interativo e comunicativo de crianças em idade pré-escolar com pais e educadores na experiência tandemPublication . Ladeiras, Ana; Fernandes, Isabel; Ferreira, Andreia; Barroso, Isabel; Veloso, Catarina; Sousa, Otília; Fuertes, MarinaA investigação TANDEM sobre a qualidade das interações e da comunicação em tarefas cooperativas centrou-se, essencialmente, na pesquisa do comportamento dos adultos. Neste estudo, procurou investigar-se o comportamento da criança. Desta forma, foram observados, independentemente, na situação Tandem 38 meninos (dos quais 20 com Pais e 18 com Educadores) e 32 meninas (das quais 16 com Pais e 16 com Educadores), com idades compreendidas entre os 3 e os 5 anos. Aos participantes, foi pedido que realizassem, em 20 minutos, um produto, à sua escolha, com materiais e ferramentas que se encontravam ao seu dispor. Pretendia-se, em primeiro lugar, descrever o comportamento da criança, comparar os resultados de acordo com o género das crianças e cruzar os resultados do comportamento da criança com os comportamentos do adulto. Em segundo lugar, pretendia-se comparar os comportamentos da criança com os seus educadores. Os resultados indicam que existe uma associação entre os comportamentos interativos da criança e as várias dimensões do comportamento interativo do adulto. Quando o adulto adotou comportamentos positivos e empáticos, a criança revelou maior participação e satisfação. No comportamento verbal do adulto, quando os pais deram menos direções e ordens, a criança revelou persistência na construção do produto e iniciativa. Não se encontraram diferenças no comportamento das crianças de acordo com o seu género. Comparativamente aos Educadores, a criança com os Pais persiste mais nas suas ideias e aceita mais as sugestões do adulto. Por sua vez, com os Educadores, a criança toma mais a iniciativa por ação própria. Os resultados obtidos servem à discussão do papel da criança e dos seus interlocutores nas relações educativas.
- Comportamentos interativos mãe-filho(a) e pai-filho(a) aos 15 meses de vidaPublication . Alves, Maria João; Fuertes, Marina; Sousa, OtíliaOs comportamentos diádicos são os alicerces da qualidade da relação entre os pais e a criança, e estas relações precoces são determinantes para a organização da personalidade e para o desenvolvimento da criança. Neste estudo, pretendemos descrever os comportamentos diádicos detalhadamente e em seguida categorizá-los, no intuito de comparar os modos (tipo de jogo usado, respostas verbais, tipo de contato físico) e as funções (qualidade da comunicação) da interação mãe-filho(a) e pai-filho(a). Utilizamos uma amostra de 20 díades com bebés de 15 meses (5 meninos e 5 meninas), de termo e sem condições assinaláveis de risco. As díades foram filmadas em situação de jogo livre, mãe-filho(a) e pai-filho(a) independentemente. As interações transcritas (método de narrativas), submetidas a uma grelha de análise por nós construída, permitiram o estudo quantitativo e qualitativo das interações. Os resultados apontam para a existência de caraterísticas diferentes nas interações dos pais e das mães quando brincam com os seus filhos, sendo as demaior relevo: a) as mães utilizam mais a linguagem verbal que os pais; b) os pais utilizam mais a linguagem não-verbal que as mães; c) as mães têm uma comunicação não-verbal mais expressiva; d) as mães têm tendência para estruturar o ambiente de jogo; e) os pais têm tendência para dar instruções verbais sobre o funcionamento dos brinquedos.