Repository logo
 

Search Results

Now showing 1 - 10 of 25
  • A imagem (in)dizível e a representação do insuportável
    Publication . Matoso, Rui
    Na clareira aberta pela polémica criada após a publicação de Images Malgré Tout ( Georges Didi-Huberman), vislumbra-se a monstruosidade do Holocausto judeu e o seu limiar inumano, designadamente nas fotografias documentais e em especial nestas quatro imagens conseguidas graças a um meticuloso trabalho de colaboração entre a resistência polaca antifascista e os membros do Sonderkommando. Perante estas imagens, a impotência da imaginação surge como estranhamente idêntica à do inimaginável, do insuportável e do indizível, ultrapassada apenas pelo terror incrustado nos testemunhos dos prisioneiros dos campos de extermínio nazis.
  • Seriam os cyborgues pós-capitalistas?
    Publication . Matoso, Rui
    Num contexto marcado pela expansão tecnológica, vem sendo preocupação de uma nova área de investigação transdisciplinar, designada como "Humanidades Digitais", a reflexão em torno dos impactos culturais e sociais da cibernética na nova realidade em que o humano e as suas próteses tecnológicas se fundem. O aumento da potência de computação, a presença cada vez maior de software com Inteligência Artificial e de Algoritmos genéticos, promovem formas inéditas de relação homem-máquina. Propõe-se neste ensaio um debate em torno da construção social da subjectividade pós-humana e da incorporação cibernética da mente.
  • E agora, o que fazemos com isto
    Publication . Matoso, Rui
    Uma reformulação global das políticas culturais há muito que devia conter a exigência, muito pouco convocada pelos agentes culturais, da requalificação das políticas municipais, cuja relevância para a concretização dos direitos, da cidadania, da diversidade e da democracia cultural, é fundamental. Não nos esqueçamos que é ao nível municipal, nos territórios de proximidade, na construção da democracia local participativa e na vitalidade cultural das cidades (vilas e aldeias) que o bem-estar e a qualidade de vida dos cidadãos (e não apenas dos artistas ou dos a gentes culturais profissionais) se realiza, ou não.
  • Activismo cultural e transformação social: casos e estratégias de práticas e políticas urbanas
    Publication . Matoso, Rui
    O campo cultural é tido usualmente como potencial crítico do status quo vigente. A revolução cultural de Maio de 1968 é um marco no combate às políticas culturais conservadoras na Europa. No entanto, como bem sabemos, é à escala dos territórios locais que a produção social de espaços de acção diferenciados e significativos, maior potencial permite gerar face às forças alienantes da desterritorialização global. Por outro lado, sabemos também que as práticas de cidadania e a diversidade cultural foram sendo negligenciadas em favor de lógicas mercantilistas e da competitividade entre “cidades marca”, na formatação de identidades e imaginários no seio de uma cultura financeira neoliberal. A economia criativa surgiu como novo paradigma da economia mundial, gerando conceitos que hoje ocupam o discurso político oficial sem se perceber concretamente os seus modelos de aplicação aos territórios. Há diversas razões para que este desvio se concretizasse nas sociedades contemporâneas. Uma delas prende-se certamente com a globalização enquanto sintoma de homogeneização e mercantilização da cultura. Mas também na ausente, ou débil, construção de políticas culturais locais, sem formulação de estratégias publicadas e debatidas. Todavia, esta deriva confronta-se hoje com reivindicações opostas: a Democracia Cultural, o Direito à Cidade, a Política dos Comuns, os Direitos Culturais, entre outras. Mas, como conceber estratégias artísticas, culturais e políticas que visem o desenvolvimento da Democracia e da Cidadania Cultural? Como revitalizar o quotidiano cultural das nossas cidades? De que modo afinal se cumpre a Constituição da República Portuguesa na efectivação da Democracia Participativa e dos Direitos Culturais?
  • A crise e o pensamento crítico no campo cultural
    Publication . Matoso, Rui
    Na sequência da leitura de um artigo redigido por Lluís Bonet e Fabio Donato, sobre o impacto da crise financeira nos modelos de governança e gestão do sector cultural, publicado no Journal of Cultural Management and Policy nº1 (ENCATC), decidi escrever este artigo tendo em consideração o apelo dos autores à promoção de um debate crítico.
  • Sobre a “municipalização da cultura”
    Publication . Matoso, Rui
    Em Portugal, a descentralização não encontra grandes raízes, à semelhança dos países com um historial de tradições autoritárias, porém, segundo afirmam os historiadores, o país possui uma longa tradição municipalista, consagrada na Constituição da Republica Portuguesa (CRP). No eixo da política cultural de descentralização das artes do espectáculo, promovida durante o ministério de Manuel Maria Carrilho, lançou-se o programa “Raízes - a cultura nas regiões”, foram criados os Centros Regionais de Arte do Espectáculo — do Alentejo (em Évora - 1997) e das Beiras (em Viseu - 1998) e um programa de itinerância cultural, o “Rotas”. Em 1999, realizou-se a primeira “Convenção Cultural Autárquica”, onde terá sido aprovada, segundo Carrilho, uma «magna carta» da descentralização cultural. Se verificarmos a tutela e a gestão dos equipamentos culturais de âmbito local, poderemos verificar que as bibliotecas, os museus, as galerias, os arquivos e os teatros, desde há muito que dependem, maioritariamente, da administração municipal.
  • A imagem especulativa
    Publication . Matoso, Rui
    A mais importante característica das imagens técnicas, segundo Flusser (1998), é o facto de materializarem determinados conceitos a respeito do mundo, justamente os conceitos que nortearam a construção dos aparelhos que lhes dão forma. Assim, a fotografia, muito ao contrário de registar automaticamente impressões do mundo físico, transcodifica determinadas teorias científicas em imagens. No decorrer deste ensaio, e enquanto sintoma do desaparecimento de uma ontologia estável da imagem, pretende-se examinar a hipótese de uma transdução da percepção visual num novo regime da imagem e da visão sintética. Procuraremos igualmente estabelecer a rede conceptual que nos permita desenvolver uma síntese da noção de imagem especulativa num enquadramento teórico que se vem designando como post-media, designadamente no contexto neocibernético.
  • Cultura, espaço público e desenvolvimento: que opões para uma política cultural transformadora
    Publication . Matoso, Rui
    O Ciclo de Conferências, cujas intervenções se encontram comentadas e compendiadas por Rui Matoso neste volume, inseriu-se no conjunto de iniciativas desenvolvidas no Alentejo Central (território que abarca os municípios de Alandroal, Arraiolos, Borba, Estremoz, Évora, Montemor-o-Novo, Mora, Mourão, Portel, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Vendas Novas, Viana do Alentejo e Vila Viçosa), em relação com parceiros e instituições com poder de decisão e de influência nas políticas e ações de apoio ao setor cultural. O estudo, reflexão e debate são essenciais, numa área que envolve diversas dinâmicas e transversalidades – quer no projeto e constatação de resultados, quer na definição de perspetivas e orientações para ação futura. O Ciclo de Conferências agora apresentado insere-se no projeto 3C 4 Incubators – Culture, Creative and Clusters for Incubator e foi organizado pela CIMAC (Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central).
  • A computação do (in)isível: imagem, ideologia e neocibernética
    Publication . Matoso, Rui
    No que se refere à categoria das imagens mentais e à sua suposta invisibilidade fenomenológica, a partir do momento em que uma tecnologia extractiva transduz os impulsos eléctricos que se formam nas redes neuronais do córtex visual, em pixeis, e nos fornece uma representação sintética das imagens produzidas no interior da camera obscura craniana, estamos diante de um novo patamar que nos permite visualizar o último reduto do invisível. Imersos no dispositivo tecno-estético global, somos mobilizados pela estru- tura técnica da premediação, cujo desígnio é o de mobilizar e modular, no presente, orientações afectivas – individuais e colectivas – em direção a um futuro potencial, ou seja, em direção à formação de uma virtualidade real. Mas não nos iludamos, a au- tomação e a invisibilidade neocibernética da dominação não resulta do poder transcendental de um artífice supremo, mas antes de um novo regime de go- vernamentabilidade e controlo das subjectividades potenciado pelo tratamento algorítmico da informação acumulada (governação algorítmica).
  • Proposta para a criação de fundo mecenático: rede universitária de criatividade cinematográfica: uma plataforma de cooperação arts & business
    Publication . Matoso, Rui
    Como resultado da crise da dívida soberana, da crise do Euro, da crise económica generalizada e das pressões financeiras actuais, todo o sistema universitário europeu foi obrigado a entrar de rompante na espiral da competitividade agressiva marcada por políticas de austeridade que se vêm demonstrando ineficazes e injustas, pois para além de não terem resolvido os problemas estruturais da economia, agravaram ainda mais a (in)sustentabilidade da dívida pública. Podemos entender o significado de fundraising como um conjunto de práticas de captação de recursos: bens, serviços e angariação de verbas, realizadas junto de indivíduos, empresas ou fundações, destinados a projectos sociais, ambientais ou culturais de organizações sem fins lucrativos; mas também amplamente utilizado nos campos religioso e político.