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- Igreja e Revolução: da "santa prudência" à "santa irreverência"Publication . Rezola, Maria InáciaNa noite do dia 10 de junho de 1974 a RTP transmitiu em direto, do Mercado do Povo em Belém, a peça “Ceia II”, cegada teatral integrada na festa de homenagem ao MFA promovida pelo Movimento Democrático dos Artistas Plásticos. Em cena personagens políticas do Estado Novo, elementos da PIDE e a figura de um bispo que o público rapidamente identificou como caricaturando o Cardeal Cerejeira. Em suma, pouco mais de um mês depois da queda da ditadura, a Igreja Católica era ridicularizada em público. A 25 de Abril de 1974 a Igreja carregava uma pesada herança, dadas as acusações que sobre ela pendiam de ter pactuado com a ditadura. Qual o seu lugar num país que se libertava de 48 anos de ditadura? Como se iria relacionar com o novo poder político que, de imediato, anunciou o fim de todos os símbolos e instituições do antigo regime? As imagens terríficas de perseguições anticlericais, alimentadas pela propaganda salazarista durante décadas, ressurgiam na mente de muitos.
- Uma rádio na Revolução: a Emissora Nacional, um veículo de informação e cultura do povo e para o povoPublication . Rezola, Maria InáciaAo contrário do que sucede na maioria dos países que integram a terceira vaga de transições para a democracia, a mudança politica em Portugal opera-se pela via revolucionaria. As marcas de originalidade da transição portuguesa são múltiplas, destacando-se, desde logo, o papel nela desempenhado pelas Forças Armadas, actor central do processo político de 1974-1975.
- A RTP no PREC (1974-1975): «sem recuos nem tibiezas em ordem à limpeza radical»Publication . Rezola, Maria InáciaOs estudos sobre a questão da Justiça Política nas transições para a democracia têm conhecido, sobretudo nos últimos anos, consideráveis progressos, nomeadamente no que diz respeito aos casos integrados na chamada Terceira Vaga de democratização. Relativamente ao caso português, e apesar da ideia generalizada de que o processo de “purgas” terá sido limitado, três décadas depois do 25 de Abril de 1974, são ainda escassos os estudos que nos permitam conhecer em detalhe a forma como a Democracia lidou com o seu passado repressivo. A par dos trabalhos pioneiros de António Costa Pinto (Pinto: 1998 e 2008), apenas são conhecidos alguns estudos sectoriais e lacunares incidindo sobre a Polícia Política (Raimundo: 2007), Educação (Serra: 2008) e Justiça (Rezola: 2008). Pouco ou nada se sabe, por exemplo, sobre o que efectivamente se passou na Comunicação Social, sector consensualmente considerado como fundamental para a definição da natureza do novo regime político. Inserida no âmbito do projecto Justiça política na transição para a democracia em Portugal (1974-2008) (PTDC/HIS-HIS/103286/2008), com a presente comunicação, propomo-nos analisar a situação específica da Radiotelevisão Portuguesa (RTP) durante o período revolucionário, pretendendo assim dar um contributo para o estudo dos media e da justiça transicional em Portugal.
- Vocês ocupam e a lei há-de vir: poder militar na revolução portuguesa (1974-1975)Publication . Rezola, Maria InáciaSegundo Thomas Bruneau, a transição portuguesa foi imprevisível: “confiando nas visões estereotipadas da sociedade portuguesa e na literatura teórica sobre o estado e a sociedade nos países em desenvolvimento, ninguém a poderia ter antecipado” caracter original e inesperado da transição da ditadura à democracia, em Portugal, há muito que chama a atenção da comunidade académica nacional e internacional. Historiadores, polítilogos e outros cientistas sociais têm procurado caracterizar a radical e violenta ruptura com a ordem ditactorial, o colapso da autoridade do Estado e as tensões que envolveram a definição do novo regime Apesar de ainda subsistirem diferentes visões, quanto peso relativo dos diferentes actores da complexa transição revolucionária portuguesa, vários autores enfatizam a importância que nela tiveram os militares congregados em torno do Movimento das Forças Armadas (MFA)
- Justiça e transição: os juízes dos tribunais plenários no processo revolucionário portuguêsPublication . Rezola, Maria InáciaAs transições democráticas colocam as elites e a sociedade perante o desafio de enfrentar os legados dos regimes ditatoriais e a portuguesa foi particularmente importante sob este ponto de vista, quer pela longa duração do regime autoritário quer pela natureza de ruptura no tipo de mudança de regime. Acresce que o caso português, enquanto o primeiro da chamada “terceira vaga” teve escassos modelos de inspiração e nenhum de contágio foi, como alguém a definiu recentemente uma experiência, de “democracia depois da guerra”, onde os militares desempenharam um papel determinante no derrube da Ditadura (Bermeo: 2004). Assim, este artigo propõe-se analisar os saneamentos levados a cabo no Ministério da Justiça, dando particular atenção à liquidação dos tribunais políticos do salazarismo (Tribunais Criminais Plenários - TCP).
- Um projecto alternativo de esquerda. Melo Antunes, os militares e a transição para a democracia em PortugalPublication . Rezola, Maria InáciaMilitar, pensador, estadista, Melo Antunes (1933-1999) é uma figura determinante do Século XX português e da sua transição democrática. Tendo cumprido três comissões de serviço em Angola, em plena guerra, a questão colonial desde cedo se lhe afigurou como central. Primeiro, enquanto militante oposicionistas; depois, há hora de enunciar os grandes princípios do Programa do MFA; finalmente, e ainda que, numa fase posterior, as relações com os novos estados independentes tenha constituído para si uma prioridade, o processo de descolonização, onde se assume como protagonista fundamental.
- Os capitães: uma revolução na forjaPublication . Rezola, Maria Inácia“Os últimos anos da Ditadura são de profunda crise. Há muito que o processo de transição liberalizante encetado por Marcelo Caetano, nos seus primeiros anos de governação, caíra num impasse. A saída da esmagadora maioria dos deputados da Ala Liberal da Assembleia Nacional, em Janeiro de 1973, deixa patente o crescente isolamento político do Presidente do Conselho e o fracasso do seu reformismo. Quando, a 16 de Março de 1974, um grupo de oficiais do Regimento de Infantaria das Caldas da Rainha leva a cabo uma tentativa de golpe de estado, os seus dias estavam já contados.” (do texto)
- O projecto político dos CapitãesPublication . Rezola, Maria Inácia“A partir de Janeiro de 1974 o Movimento dos Capitães “adquire novo fôlego e dimensão. Multiplicam-se os encontros e reuniões, de diferente âmbito, tendo em vista a definição da estratégia a seguir. Á medida que a opção pelo golpe de estado ganha adeptos e posições, intensifica-se o debate ideológico e equaciona-se a necessidade de um plano político. Desenvolvem-se contactos com elementos da Armada, Força Aérea e procuram-se novos apoios. A maior surpresa acabará por residir na atitude dos que o Movimento escolhera como ‘chefes’: enquanto Costa Gomes recusa qualquer envolvimento, António de Spínola assume a posição inversa. Esta estratégia em breve dará os seus frutos contribuindo, em última análise, para que seja catapultado para um lugar cimeiro na nova ordem dos pós 25 de Abril” (do texto).
- Que lugar para o MFA na vida política nacional?Publication . Rezola, Maria Inácia“Contrariamente ao que sucedera com o seu antecessor, a tomada de posse de Costa Gomes como Presidente da República é discreta. Com ela inaugura-se uma nova fase do processo revolucionário português, que se caracteriza pela procura de novos caminhos e definições quanto ao futuro – um “período de transição” ou “situação muito fluida”, como se lhe refere o então Secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger” (do texto)
- The Portuguese transition to democracyPublication . Rezola, Maria InáciaOn 25 April 1974 the Armed Forces Movement (MFA – Movimento das Forças Armadas) rose against the dictatorial regime that had governed Portugal for 48 years. This event was the beginning of a turbulent transition process that was to culminate in the approval of a new constitution in April 1976 and in the instauration of a Western style pluralist democracy. There are many political scientists and historians who note the original and unexpected nature of this transition; however, there are very many different interpretations with respect to the roles played by each of the actors in the process: the armed forces, the parties and political movements and the social forces/movements. The aim of this paper is to clarify this matter through an examination of the principal events of the revolution.