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Anastácio Centeno, Maria João

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  • O papel fundador das relações
    Publication . Centeno, Maria João
    A integração do indivíduo na sociedade processa-se através do uso da linguagem. É ela que permite a transformação do indivíduo biológico em organismo com mente ou self. Existe uma identidade entre a unidade da mente e a unidade da sobrevivência evolucionista. “A ecologia, no seu sentido mais vasto, é entendida como o estudo da interação e sobrevivência das ideias e programas (isto é, diferenças, complexos de diferenças, etc.) nos circuitos.” (Bateson, 1972: 491) O significado de “sobrevivência” torna-se diferente ao deixar de falar da sobrevivência de algo que habita o corpo e começar a pensar na sobrevivência do sistema de ideias no circuito. Os vínculos individuais dos caminhos a que chamamos “eu” já não são tão preciosos, porque esse vínculo é apenas uma parte da mente, entendida num sentido mais lato.
  • Museu da Paisagem: Uma plataforma participativa e geradora de conhecimento, representações e diálogos sobre a paisagem
    Publication . Pina, Helena Figueiredo; Abreu, João; Centeno, Maria João; Rodrigues, Ricardo Pereira
    O entendimento coletivo do que designamos por Paisagem advém de áreas do conhecimento tão diversas como a Geografia, Filosofia, Arte, Ecologia ou Comunicação e do que cada indivíduo vai construindo a partir da sua experiência quotidiana. Não sendo a maioria dos indivíduos estudiosos ou especialistas em paisagem, é possível identificar e analisar alguns dos principais construtores de opinião e transformadores do significado de Paisagem. O cinema ficcional, cinema documental, produção televisiva (documentários, ficção e informação), fotografia (através da comunicação social, livros, guias de viagem, campanhas de turismo, exposições, social media, etc.), desenho, ilustração, infografia e outros modos de registo e representação da paisagem contribuem, em conjunto, para a construção desse entendimento coletivo sobre a Paisagem. No projeto de investigação “Narrativas e Experiência do Lugar: Bases para um Museu da Paisagem” foram várias as opções de registo e representação da paisagem utilizadas nos conteúdos de mediação museológica desenvolvidos. Séries de vídeo, fotografia e ilustração contribuíram para diferentes soluções de comunicação criadas no sentido de uma sensibilização e educação para uma cidadania paisagística. O presente artigo propõe apresentar os processos, metodologias e resultados das séries audiovisuais e multimédia desenvolvidos no âmbito do Museu da Paisagem.
  • O conceito de interacção na obra de Gregory Bateson
    Publication . Centeno, Maria João
    Tentar encontrar a melhor forma de compreender os processos pelos quais se organizam as relações entre os indivíduos não parece ser uma tarefa fácil. O século XX fica marcado pelo esforço de inúmeros teóricos no sentido de explicar o fenómeno da comunicação, parte integrante do nosso quotidiano. Esta viragem em termos de objeto de estudo fica ligada ao aparecimento da Cibernética e da Teoria dos Sistemas, que deslocaram o indivíduo para o seio do grupo, definido, não como a soma das partes, mas pelas relações que mantêm entre si. A influência destas teorias é particularmente visível no pensamento de um autor, Gregory Bateson (1904-80). Jovem antropólogo, com formação inicial no campo das ciências naturais, fica fascinado pelo estudo das relações humanas e dedica a vida ao conhecimento e compreensão das regras que regem as trocas de informação entre os indivíduos.
  • A mediação museológica como eixo de valorização, proteção e construção de paisagens sustentáveis: O projeto “museu da paisagem”
    Publication . Pina, Helena Figueiredo; Abreu, João; Cavaleiro Rodrigues, José; Centeno, Maria João; Carvalho, Margarida Ribeiro Ferreira de; Rodrigues, Ricardo Pereira
    A importância das paisagens sustentáveis tem sido palco de ampla discussão nas últimas décadas. Este artigo propõe apresentar o projeto de I&D “Narrativas e experiência do lugar: bases para um Museu da Paisagem”. Complexa na sua rede de narrativas, a paisagem engloba tanto o que é material como o imaterial: o ambiente natural ligado à terra e ao território, o ambiente edificado e o entorno social vivenciado e culturalmente construído. Impossível de encerrar entre paredes, essa paisagem global é transbordante, não se imobiliza pois é viva e dinâmica e, na sua transformação, é incessante. Na busca de uma desejada relação equilibrada e harmoniosa entre o ambiente e os seus contextos social e económico visa-se o alcance do bem-estar individual e social e a promoção da qualidade de vida das populações. Para o exercício de cidadania consciente é fundamental, antes de mais, o incremento da literacia sobre a paisagem. O Museu da Paisagem que agora se ensaia surge, assim, como eixo de valorização, proteção e construção de paisagens saudáveis sendo baseado na experiência dos lugares, na interação e no diálogo com a comunidade através de uma plataforma museológica digital em que o design funciona como elemento materializante que reúne, expressa e comunica.
  • O conceito de comunicação na obra de Bateson: interacção e regulação
    Publication . Centeno, Maria João
    Tentar encontrar a melhor forma de compreender os processos pelos quais se organizam as relações entre os indivíduos não parece ser uma tarefa fácil. O século XX fica marcado pela emergência dos estudos que tentam explicar os processos de comunicação, parte integrante do nosso quotidiano. Esta viragem em termos de objecto de estudo está ligada ao aparecimento da Cibernética e da Teoria dos Sistemas, que deslocaram o indivíduo para o seio do grupo, identificado, não como a soma das partes, mas pelas relações que mantêm entre si. A influência destas teorias é particularmente visível no pensamento de um autor, Gregory Bateson. Jovem antropólogo, com formação inicial no campo das ciências naturais, fica fascinado pelo estudo das relações humanas e dedica a vida ao conhecimento e compreensão das regras que regem as trocas de informação entre os indivíduos.
  • Um museu para ler a paisagem
    Publication . Abreu, João; Pina, Helena Figueiredo; Centeno, Maria João; Reis, Matilde
    Em 2000, foi aprovada pelo Conselho da Europa a Convenção Europeia da Paisagem, assinada por vários países, incluindo Portugal. O reconhecimento da paisagem como património natural e cultural, que exprime a diversidade europeia, requer o aumento da sensibilização das comunidades para o valor intrínseco da paisagem, para a dinâmica e papel desempenhados pelos seus vários atores e para a problemática relacionada com as questões da saúde da paisagem. O desenvolvimento económico, a sustentabilidade eficiente e o crescimento social e territorial inclusivo pressupõem uma transformação cultural baseada no conhecimento e na inovação com reforço da articulação de sinergias. Portugal apresenta um défice acentuado no que respeita à noção cultural de saúde da paisagem. Para colmatar esta lacuna, é essencial o incremento da literacia social em relação a esta questão, da sensibilização para a importância do equilíbrio entre os diversos ecossistemas envolvidos, para o desenvolvimento de capacidade crítica e para a capacidade de criação progressiva de habitats saudáveis e sustentáveis para as gerações futuras.
  • Museu da Paisagem: uma plataforma participativa e geradora de conhecimento, representações e diálogos sobre a paisagem
    Publication . Abreu, João; Pina, Helena Figueiredo; Centeno, Maria João; Rodrigues, Ricardo Pereira
    O entendimento coletivo do que designamos por Paisagem advém de áreas do conhecimento tão diversas como a Geografia, Filosofia, Arte, Ecologia ou Comunicação e do que cada indivíduo vai construindo a partir da sua experiência quotidiana. Não sendo a maioria dos indivíduos estudiosos ou especialistas em paisagem, é possível identificar e analisar alguns dos principais construtores de opinião e transformadores do significado de Paisagem. O cinema ficcional, cinema documental, produção televisiva (documentários, ficção e informação), fotografia (através da comunicação social, livros, guias de viagem, campanhas de turismo, exposições, social media, etc.), desenho, ilustração, infografia e outros modos de registo e representação da paisagem contribuem, em conjunto, para a construção desse entendimento coletivo sobre a Paisagem. No projeto de investigação “Narrativas e Experiência do Lugar: Bases para um Museu da Paisagem” foram várias as opções de registo e representação da paisagem utilizadas nos conteúdos de mediação museológica desenvolvidos. Séries de vídeo, fotografia e ilustração contribuíram para diferentes soluções de comunicação criadas no sentido de uma sensibilização e educação para uma cidadania paisagística. O presente artigo propõe apresentar os processos, metodologias e resultados das séries audiovisuais e multimédia desenvolvidos no âmbito do Museu da Paisagem.
  • A experiência intersubjetiva e a atividade comunicacional
    Publication . Centeno, Maria João
    Partindo das ideias de transmissão e interação, muito frequentes nos estudos sobre a comunicação, este paper apresenta e problematiza a experiência intersubjetiva como o domínio da comunicação. O ponto de partida é o artigo que Adriano Duarte Rodrigues publicou, em 2016, na revista Intexto (nº 37) com o título “A natureza intersubjetiva da comunicação”. Considerando a comunicação como uma atividade dos seres humanos, o trabalho dos estudiosos desta área é delimitado pelo entendimento sobre as condições em que os seres humanos desencadeiam a atividade comunicacional. “Os seres humanos desencadeiam a atividade comunicacional sempre que se encontram num mesmo ambiente, se reconhecem mútua e reciprocamente como parceiros de interação e estão centrados no mesmo foco de atenção” (Rodrigues, 2016: 81); estas são as quatro componentes da atividade comunicacional que os estudos sobre a comunicação devem tomar como objeto de estudo. O que se pretende neste paper é problematizar cada uma destas componentes assegurando que a comunicação só se constitui como campo do saber quando considerada como a atividade que os seres humanos desencadeiam sempre que se encontram no mesmo ambiente, ambiente que, por sua vez, é constituído por diferentes dispositivos técnicos, que vão da linguagem às mais recentes plataformas digitais. A linguagem é o dispositivo técnico que regula a constituição do ambiente em que funcionam todas as dimensões da atividade comunicacional. Os outros dispositivos técnicos têm autonomizado uma ou outra das dimensões da atividade comunicacional face a face, tendo em vista, com essa autonomização, a solução, em particular, das limitações que decorrem do espaço e do tempo que a caracteriza. É este o enquadramento em que a comunicação se assume como um domínio científico específico, com um objeto próprio, distinto das outras ciências.
  • A mediação museológica como eixo de valorização, proteção e construção de paisagens sustentáveis: o projeto “Museu da Paisagem”
    Publication . Pina, Helena Figueiredo; Abreu, João; Cavaleiro Rodrigues, José; Centeno, Maria João; Carvalho, Margarida Ribeiro Ferreira de; Rodrigues, Ricardo Pereira
    A importância das paisagens sustentáveis tem sido palco de ampla discussão nas últimas décadas. Esta comunicação propõe-se apresentar o projeto de I&D “Narrativas e experiência do lugar: bases para um Museu da Paisagem”. Complexa na sua rede de narrativas, a paisagem engloba tanto o que é material como o imaterial: o ambiente natural ligado à terra e ao território, o ambiente edificado e o entorno social vivenciado e culturalmente construído. Impossível de encerrar entre paredes, essa paisagem global é transbordante, não se imobiliza pois é viva e dinâmica e, na sua transformação, é incessante. Na busca de uma desejada relação equilibrada e harmoniosa entre o ambiente e os seus contextos social e económico visa-se o alcance do bem-estar individual e social e a promoção da qualidade de vida das populações. Para o exercício de cidadania consciente é fundamental, antes de mais, o incremento da literacia sobre a paisagem. O Museu da Paisagem que agora se ensaia surge, assim, como eixo de valorização, proteção e construção de paisagens saudáveis sendo baseado na experiência dos lugares, na interação e no diálogo com a comunidade através de uma plataforma museológica digital em que o design funciona como elemento materializante que reúne, expressa e comunica.
  • Museu da Paisagem: desafios para uma cidadania paisagística
    Publication . Abreu, João; Centeno, Maria João; Pina, Helena Figueiredo; Rodrigues, Ricardo Pereira
    Englobando tanto os aspetos materiais como os aspetos imateriais e intangíveis, o conceito de paisagem é atravessado por uma rica rede de narrativas feita da interação, ao longo do tempo, das mais diversas atividades humanas no território natural habitado, vivenciado, sentido e culturalmente construído. Sendo um sistema vivo, dinâmico e mutável, uma paisagem não pode ser congelada ou encerrada entre paredes, pois transborda e envolve as vidas dos seus atores sociais, sempre em permanente transformação. A promoção do diálogo que a iniciativa “Observatórios de Paisagem, desafios para além do enquadramento jurídico” incentiva é um passo importante para uma ação concertada e coerente. O propósito desta comunicação é o de partilhar o desafio da criação de um Museu da Paisagem, uma plataforma museológica (www.museudapaisagem.com) que pretende contribuir para a construção e manutenção de paisagens saudáveis, equilibradas nas suas diversas tensões e nos diferentes ecossistemas envolvidos. Este é um projeto inclusivo e participativo que pretende ser uma solução artística e cultural assente na valorização dos territórios, trilhando o caminho para uma cidadania paisagística cada vez mais desperta.