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Abstract(s)
É reconhecido que a atividade humana tem contribuído para a degradação ambiental. Os estilos de vida atuais são responsáveis pelo aumento do consumo dos recursos naturais, a uma taxa consideravelmente mais elevada do que aquela que a natureza consegue regenerar. Cientes deste facto e de que o planeta não tem recursos ilimitados, em 1987, a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (comissão criada pela Organização das Nações Unidas) apresentou uma nova visão de sustentabilidade – o desenvolvimento sustentável. Este novo paradigma tem vindo a ganhar cada vez maior número de adeptos em muitos países e, consequentemente, tem havido uma preocupação, em termos mundiais, para mudar mentalidades e comportamentos, de forma que o desenvolvimento económico não coloque em risco as necessidades das gerações vindouras.
Já no decurso de 2021, sob a égide da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, foi aprovada a proposta de primeira Lei Europeia do Clima que tem como objetivo a neutralidade climática até 2050 para a economia e sociedade europeias, estabelecido no Pacto Ecológico Europeu.
Acompanhando as tendências europeias e mundiais, também Portugal tem evidenciado preocupações a este nível. De forma complementar, a inclusão da educação ambiental, com enfoque na ação climática, nos currículos escolares, desde os níveis de ensino básico, tem sido uma estratégia utilizada como forma de sensibilizar as famílias, em particular, e a sociedade, em geral, com a finalidade de criar estratégias e hábitos de consumo que garantam uma sustentabilidade ambiental. As instituições de ensino, e em particular as de ensino superior, têm um papel decisivo na formação da sociedade, porquanto estão a formar aqueles que serão os futuros decisores, razão pela qual também devem ter um plano estratégico de sustentabilidade, bem como promover a sensibilização da comunidade académica para esta temática.
O Politécnico de Lisboa (IPL) tem percorrido o caminho da sustentabilidade, que se crê ser de sucesso. Contudo, um dos primeiros passos para que se tomem decisões fundamentadas, passa por garantir o diagnóstico da situação e conhecer a realidade. Neste sentido, foi realizado um inquérito por questionário, com o objetivo de medir a Pegada Ecológica (frequentemente usada como indicador de sustentabilidade ambiental) da comunidade IPL.
Na proposta de comunicação pretende-se apresentar os resultados do estudo que envolveu 2975 estudantes e funcionários de todas as Unidades Orgânicas (UO) e dos Serviços do IPL. Será apresentada a metodologia usada e far-se-á a análise da Pegada Ecológica, comparando resultados entre as diferentes UO; estudantes, docentes e não docentes; população feminina versus masculina; e entre diferentes faixas etárias, bem como as perceções. Os resultados denotam algumas variações entre as diferentes UO e os Serviços do IPL e a Pegada Ecológica global da comunidade IPL (varia entre 6 e 8 gha) é superior à de Portugal (4,4 gha). Este processo revelou-se particularmente relevante porque se percebeu o impacto ambiental dos nossos hábitos, sendo que partilhar este tipo de resultados é essencial para alertar a comunidade para a necessidade de se reavaliarem os estilos de vida, assim como promover a mudança de atitudes e comportamentos.
Description
Keywords
Pegada Ecológica Politécnico de Lisboa Sustentabilidade Desenvolvimento sustentável
Citation
Silvestre, C., Meireles, A., Manteigas, V., Belo, A., Sarreira, P., Azevedo, M. J. & Escudeiro, M. J. (2021, nov, 22-26). A Pegada Ecológica da comunidade académica do Politécnico de Lisboa, enquanto instrumento de diagnóstico e indicador de sustentabilidade. Comunicação apresentada na 11.ª Conferência FORGES - A cooperação no ensino superior dos países e regiões de língua portuguesa perante os desafios globais. Instituto Politécnico de Setúbal, Setúbal, Portugal.
Publisher
Associação FORGES
Instituto Politécnico de Macau
Instituto Politécnico de Setúbal
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Instituto Politécnico de Setúbal