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Abstract(s)
Este é um livro sobre resistentes e desalinhados, que praticam um jornalismo insubmisso face à lógica do mercado, ao controlo dos grandes grupos económicos, à velocidade, às notícias curtas e ao entretenimento. Chamam-se alternativos por serem contra-hegemónicos, mas também podiam chamar-se independentes, ativistas, participativos e comunitários. Promovem a mudança social por meio de abordagens politizadas e aprofundadas, seja de cariz sindical, partidário, feminista, estudantil ou anticolonial. Os leitores encontram neste livro órgãos de imprensa operária, religiosa, boletins e fanzines, revistas culturais, filmes, rádios, jornais digitais e projetos multimédia que desafiam as narrativas dominantes, se organizam de forma horizontal, não buscam o lucro e trabalham para nichos cúmplices, próximos e afetuosos. Apesar do ambiente digital favorecer a multiplicação dos meios alternativos, sempre existiram nas aspirações coletivas. Este livro fala de possibilidades novas de existência, mas não esquece as dificuldades partilhadas e que são a fragilidade e a precariedade. O contributo dos meios alternativos para a diversidade do jornalismo é a razão pela qual é urgente garantir a sua sustentabilidade e prevalência. Há sempre alternativas na história.
Description
Keywords
Jornalismo Media alternativos Portugal Fascismo Resistência
Citation
Subtil, F., Matos, J. N. & Baptista, C. (coords.) (2024). Outro jornalismo é possível. Media alternativos em Portugal. Outro Modo.