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Barros, JĂșlia Teresa Pinto de Sousa

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  • EstatĂ­sticas e jornalismo em tempo de pandemia
    Publication . Silvestre, ClĂĄudia; Barros, JĂșlia Teresa Pinto de Sousa
    O presente estudo enquadra-se no Ăąmbito de um projecto mais alargado que tem como objectivo perceber como o jornalismo de referĂȘncia em Portugal usou os dados estatĂ­sticos para cobrir o tema Sars-CoV-2, o novo coronavĂ­rus identificado como agente etiolĂłgico da doença pelo coronavĂ­rus 2019 (covid-19). Embora exista investigação sobre como os jornalistas usam a estatĂ­stica nomeadamente grĂĄficos e infografias (por ex. Bauer & Schoon, 1993; Garcia, 2009, de Haan et al. 2017 e Pinto, 2018), em Portugal esses estudos sĂŁo escassos (Pereira, 2015). Nesse sentido, pretendemos ser um contributo para a reflexĂŁo em torno de uma ĂĄrea que vem ganhando espaço nos media e na sociedade em geral. Se de inĂ­cio os nĂșmeros e os grĂĄficos tinham um papel secundĂĄrio e por vezes meramente decorativo e/ou instrumental, actualmente sĂŁo frequentemente protagonistas da notĂ­cia (Sjafiie, Hastjarjo, Muktiyo & Pawito 2018) e considerados excelentes elementos de comunicação rigorosa. O que tem levado ao desenvolvimento de disciplinas na ĂĄrea de comunicação de dados quantitativos como Ă© o caso da infografia, do storytelling ou do jornalismo de dados. Neste estudo iremos analisar os recursos expressivos utilizados nas primeiras pĂĄginas de dois jornais de referĂȘncia portugueses, nos trĂȘs primeiros meses de crise sanitĂĄria, procurando avaliar qual o lugar ocupado, na construção de representaçÔes daquele momento excepcional, pela palavra, o nĂșmero ou a iconografia, nas suas diversas expressĂ”es, sejam fotos, desenhos, grĂĄficos e infografias.
  • ConvençÔes jornalĂ­sticas e mudança polĂ­tica no inĂ­cio do sĂ©culo XX
    Publication . Barros, JĂșlia Teresa Pinto De Sousa
    O presente trabalho Ă© um contributo para a reflexĂŁo do processo de democratização da vida polĂ­tica portuguesa, na viragem do sĂ©culo XIX para o sĂ©culo XX, atravĂ©s da anĂĄlise da alteração na forma de comunicar o assunto polĂ­tico nos jornais diĂĄrios portugueses. A titulação das peças jornalĂ­sticas inclui-se entre os dispositivos comunicacionais disponĂ­veis, no final do sĂ©culo XIX, para destacar e facilitar a leitura das notĂ­cias atuais. AtravĂ©s da anĂĄlise do uso do tĂ­tulo, na primeira pĂĄgina, em seis jornais diĂĄrios de Lisboa, no perĂ­odo de 1889 a 1907, defendo que atĂ© ao inĂ­cio do sĂ©culo XX prevaleceu uma convenção jornalĂ­stica hostil ao uso de tĂ­tulos grandes que destacassem o assunto polĂ­tico. Esta quebra-se com a adoção de novas prĂĄticas de titulação que alteraram a leitura do jornal, favorecendo a afirmação de uma nova representação da “polĂ­tica”, mais exposta, relevante e acessĂ­vel a um pĂșblico mais vasto.
  • Afonso Augusto da Costa 25.4.1917 - 10.12.1917
    Publication . Barros, JĂșlia Teresa Pinto De Sousa
    Terceiro Governo chefiado por Afonso Costa.
  • Recolhendo memĂłrias: os jornalistas e a revolução de Abril
    Publication . Gomes, Pedro Marques; Figueira, JoĂŁo; Lopes, Anabela de Sousa; Barbosa, Paulo Alexandre Rosa Amorim; Lourenço, Jaime; Centeno, Maria JoĂŁo; Barros, JĂșlia Teresa Pinto De Sousa; Rocha, JoĂŁo Manuel; Mata, Maria J.
    O estudo das prĂĄticas jornalĂ­sticas constitui um terreno fĂ©rtil de reflexĂŁo em torno dos desafios e obstĂĄculos Ă  transição e institucionalização da democracia portuguesa. Procurando contribuir para um melhor conhecimento sobre a profissĂŁo de jornalista naqueles meses de revolução, esta comunicação tem como principal objetivo apresentar os principais resultados de um projeto, em curso na Escola Superior de Comunicação Social do Instituto PolitĂ©cnico de Lisboa (Projeto IPL/2020/JorRev_ESCS), que visou estudar os jornalistas durante a transição para a democracia em Portugal (1974-1976), atravĂ©s da recolha e anĂĄlise de memĂłrias destes profissionais. Assim, apresenta-se uma breve biografia dos entrevistados, uma sĂ­ntese das principais temĂĄticas abordadas, bem como aspetos com maior visibilidade ou ausentes das entrevistas, procurando relacionar os testemunhos recolhidos em função do gĂ©nero do entrevistado, a sua experiĂȘncia profissional, tipo de ĂłrgĂŁo de informação para o qual trabalhou, entre outras categorias de anĂĄlise. Simultaneamente, pretende-se discutir e problematizar a recolha de testemunhos orais, o seu contributo enquanto fonte para a HistĂłria dos jornalistas e do jornalismo, assim como a sua disponibilização pĂșblica enquanto trabalho cĂ­vico de preservação da memĂłria de uma profissĂŁo fundamental do mundo contemporĂąneo.
  • EstatĂ­sticas e jornalismo em tempo de pandemia
    Publication . Silvestre, ClĂĄudia; Barros, JĂșlia Teresa Pinto De Sousa
    O uso de estatĂ­sticas nos meios de comunicação social atravĂ©s de grĂĄficos, tabelas, infografias Ă© uma prĂĄtica cada vez mais comum. Devido Ă  sua capacidade de captar a atenção e facilidade em comunicar a informação, o recurso a representaçÔes de dados estatĂ­sticos tem sido usado para dar credibilidade a propagandas, argumentos, conselhos ou descrever fenĂłmenos relativos ao desenvolvimento da sociedade (Gal, 2002; SuĆĄec et al, 2014). A presença de informação estatĂ­stica nos media em geral e em Portugal, em particular, tornou-se ainda mais evidente nesta Ă©poca de pandemia. Tendo como ponto de partida que o jornalista e o estatĂ­stico tĂȘm culturas e objetivos diferentes, assumindo, ainda, que a cobertura jornalĂ­stica de um tema que envolva estatĂ­sticas, nĂŁo tem como propĂłsito educar o pĂșblico “traduzindo” conceitos cientĂ­ficos mais complexos, mas sim mediatizar essa informação (SchĂ€fer, 2011), procuraremos saber como o jornalismo de referĂȘncia cobriu o tema COVID-19, dando especial destaque Ă  informação visual. Sabendo que, da recolha de dados atĂ© Ă  publicação da notĂ­cia decorre algum tempo que permite contextualizar os dados, realizar uma anĂĄlise mais cuidada e confrontar vĂĄrias fontes. Mas durante este perĂ­odo pandĂ©mico nĂŁo tem havido essa oportunidade uma vez que os dados sobre a pandemia estĂŁo a ser constantemente atualizados, as opiniĂ”es multiplicam-se e muitas vezes as informaçÔes sĂŁo contraditĂłrias. Consequentemente nĂŁo tem havido tempo nem informação confiĂĄvel para se fazer uma anĂĄlise cuidada. Na Ășltima dĂ©cada o jornalismo de dados ou jornalismo orientado por dados (data-driven journalism) tornou-se uma ĂĄrea emergente na impressa internacional. Contudo, em Portugal praticamente nenhuma redação se dedica a essa ĂĄrea visto que a produção desse tipo de peças Ă© mais demorada e exige profissionais com diferentes valĂȘncias: jornalismo, investigação, estatĂ­stica, design e programação. Como causas para esta ĂĄrea do jornalismo nĂŁo estar tĂŁo desenvolvida destaca-se a constante crise pela qual o setor tem passado que tem levado Ă  redução de custos, em particular, na contratação de profissionais, bem como a falta de disciplinas que capacitem os alunos de licenciatura da ĂĄrea da comunicação social para a prĂĄtica desta atividade (Alexandre, 2020). Apesar destes constrangimentos no final do sĂ©culo XX a visualização de dados, em particular o uso de infografias, começou a ser uma presença constante nos media portugueses. E no inĂ­cio deste sĂ©culo deu-se a consolidação da infografia digital (Pinto 2018). No campo especĂ­fico da infografia, Portugal tem produzido um trabalho de qualidade. Prova disso sĂŁo as distinçÔes recebidas a nĂ­vel mundial nomeadamente no concurso mundial de infografias organizado pela Society for News Design – Malofiej. Embora exista alguma investigação sobre como a comunicação social usa a informação visual, nomeadamente grĂĄficos e infografias (por ex. Bauer & Schoon, 1993; Garcia, 2009, de Haan et al. 2017 e Pinto, 2018), sĂŁo escassos os trabalhos acadĂ©micos que se debruçam sobre a utilização da estatĂ­stica (Pereira, 2015). Sobre os media portugueses encontramos trabalhos que abordam o jornalismo de dados ou a comunicação de ciĂȘncia (Azevedo, 2007; Fonseca, 2012; Martinho, 2013; Pereira et al., 2016; Moura, 2018 e Alexandre, 2019) que sĂŁo excelentes contributos para esta investigação. No entanto, escasseiam abordagens sobre o recurso a este conteĂșdo noticioso em tempo de crise. Neste trabalho, centrado apenas no jornalismo impresso portuguĂȘs, avaliaremos o uso da informação estatĂ­stica, quais as representaçÔes grĂĄficas escolhidas e quais os temas jornalĂ­sticos que se servem deste recurso noticioso. TambĂ©m serĂĄ feito um estudo das infografias avaliando a sua eficiĂȘncia como meio de transmissĂŁo de informação. Em Ășltima anĂĄlise procuraremos reflectir sobre a cobertura jornalĂ­stica da actual pandemia e a forma como a estatĂ­stica tem vindo a servir de base Ă s notĂ­cias e Ă  sua (des)contextualização.
  • O Povo como sujeito polĂ­tico
    Publication . Barros, JĂșlia Teresa Pinto De Sousa
    Os apelos ao “bom povo republicano”, a retĂłrica anti-oligĂĄrquica, a idolatria aos chefes e, sobretudo, a demagogia, tĂȘm sido apontados como traços que denunciam um viĂ©s populista do Partido Republicano PortuguĂȘs. E tem sido grande o realce dado Ă  manipulação popular levada a efeito por lideres carismĂĄticos, capazes de conduzir ao engano, como por magia, o povo ingĂ©nuo. PorĂ©m, a indefinição teĂłrica e metodolĂłgica em torno do conceito de populismo, bem como a subrepresentação do movimento em deterimento do partido, nĂŁo tĂȘm contribuĂ­do para a compreensĂŁo do republicanismo portuguĂȘs. Na viragem do sĂ©cullo XIX para o sĂ©culo XX a defesa da democracia decorria em vĂĄrios terrenos de luta, num deles pugnava-se pela imposição de um princĂ­pio polĂ­tico, a ideia-força de igualdade polĂ­tica. No movimento republicano, o sector republicano radical utilizou formas de comunicação polĂ­tica que procuraram impor um novo Ăąmbito Ă  atividade polĂ­tica, mais alargado, inclusivo e participado. NĂŁo foi isento de contradiçÔes e ambiguidades o uso pelos republicanos do sujeito polĂ­tico que nomearam, o povo. Procurarei olhar imprensa diĂĄria como elemento da experiĂȘncia quotidiana do polĂ­tico, valorizando o seu papel na construção de sentido e na definição de estratĂ©gias polĂ­ticas.
  • A exposição do mundo portuguĂȘs e o nacionalismo catĂłlico
    Publication . Barros, JĂșlia Teresa Pinto De Sousa
    Com a Europa em guerra e a ascensĂŁo dos regimes nazi-fascistas, a Exposição do Mundo PortuguĂȘs, realizada em 1940, em Lisboa, foi o maior acontecimento de propaganda do Estado Novo. Nela se ostentavam os sĂ­mbolos polĂ­tico-culturais e os fundamentos ideolĂłgicos do regime autoritĂĄrio de Salazar, nos quais o nacionalismo, o catolicismo e o colonialismo preponderavam. Usando a arte e a cultura como instrumentos de prestĂ­gio e sedução, teve o propĂłsito de criar um imaginĂĄrio imperial e uma ideia providencial e civilizadora da nação. Sob a Ă©gide da comemoração do Duplo CentenĂĄrio, apoderou-se da HistĂłria e fez dela uma encenação de grandeza. A oitenta anos de distĂąncia, o olhar sobre esse grande e mobilizador dispositivo ideolĂłgico-cultural, que constituiu tambĂ©m um «grande ĂĄlbum de imagens», nĂŁo nos concede uma memĂłria histĂłrica neutra ou passiva. É isso que nos diz, neste «Registo», a historiadora e investigadora JĂșlia LeitĂŁo de Barros.
  • Bolsonaro e Haddad nos perfis jornalĂ­sticos do Expresso e do PĂșblico
    Publication . Lopes, Anabela de Sousa; Barros, JĂșlia Teresa Pinto De Sousa
    Colocar problemas e obter respostas sobre a actualidade - valorizando a dimensĂŁo temporal de forma a tornar o imediato mais compreensĂ­vel - Ă© tarefa partilhada entre o Jornalismo e a HistĂłria do tempo Presente. A nossa anĂĄlise insere-se neste territĂłrio hĂ­brido que valoriza a compreensĂŁo da actualidade pela inscrição no tempo de factos, personagens ou instituiçÔes. NĂŁo sendo uma anĂĄlise sobre a histĂłria da imprensa, elabora-se em torno da estreita relação entre a histĂłria e o jornalismo. Opta-se aqui pela abordagem dos perfis jornalĂ­sticos de Fernando Haddad e Jair Bolsonaro, os dois principais candidatos Ă s eleiçÔes presidenciais do Brasil, em 2018. Analisa-se o perĂ­odo de 1 de Agosto, inĂ­cio da primeira campanha eleitoral, atĂ© 4 de Novembro (uma semana apĂłs as eleiçÔes), nos jornais portugueses Expresso e PĂșblico (ambos em publicação impressa e on-line). A anĂĄlise dos perfis de Fernando Haddad e Jair Bolsonaro aponta para um limitado investimento jornalĂ­stico nos dois jornais de referĂȘncia estudados. O PĂșblico escolheu apresentar o perfil de Fernando Haddad, ainda antes do inĂ­cio da campanha eleitoral, para a primeira volta das eleiçÔes, jĂĄ o Expresso optou pelo perfil de Bolsonaro, no contexto da segunda volta das eleiçÔes presidenciais. Os dois jornais utilizaram fontes indirectas, sem recurso a entrevista aos perfilados, ou outros depoimentos individuais. É ainda notĂłria a ausĂȘncia de dados relevantes sobre o percurso polĂ­tico dos candidatos. No Expresso e no PĂșblico coube aos artigos de opiniĂŁo colmatar algumas lacunas, por via de adjectivaçÔes e informaçÔes dispersas sobre a vida dos dois candidatos. Por Ășltimo, em ambos os jornais nĂŁo houve um investimento diferente e/ou mais expressivo do que nas respectivas versĂ”es impressas. Isto Ă©, a linguagem multimĂ©dia esteve praticamente ausente.
  • Afonso Augusto da Costa 09.01.1913 - 09.02.1914
    Publication . Barros, JĂșlia Teresa Pinto De Sousa
    Primeiro governo chefiado por Afonso Costa.
  • Politics, culture, and religion in modern times: the Catholic Church and the restructuring of censorship
    Publication . Melo, Daniel; Barros, JĂșlia Teresa Pinto De Sousa
    Este artigo analisa a reestruturação das prĂĄticas censĂłrias da Igreja CatĂłlica no contexto histĂłrico de questionamento e erosĂŁo do sagrado no mundo ocidental. Defendemos que a actuação internacional do Vaticano na esfera pĂșblica e o seu potencial de moldagem dos processos culturais a nĂ­vel transnacional sĂł foram possĂ­veis atravĂ©s de ramificaçÔes/mediaçÔes nacionais. Analisamos a dupla estratĂ©gia ofensiva/reactiva junto da cultura e da comunicação social, que promoveu visĂ”es do mundo e reagiu Ă  cultura de massas adversa a essas visĂ”es, e como foi executada por uma estrutura particular, a Acção CatĂłlica. Focamo-nos na sua atividade em Portugal e no escrutĂ­nio aplicado ao cinema e aos materiais de leitura que foram autorizados a circular. Para tanto, levantamos os “guias de leitura” catĂłlicos mais relevantes publicados nesse perĂ­odo e descrevemos os seus modos de recepção junto dos diversos pĂșblicos. Pretendemos mostrar como, em Portugal, uma das mais longas ditaduras da Europa no sĂ©culo XX plasmou o modus operandi do Vaticano, contribuindo para uma cultura global cristĂŁ, para um sistema censĂłrio transnacional e para a manutenção dum regime autoritĂĄrio. Procuramos, assim, contribuir para a reflexĂŁo sobre a articulação das prĂĄticas de censura da Igreja e do Estado.