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- Media and the Portuguese Empire [recensĂŁo crĂtica]Publication . Barros, JĂșlia Teresa Pinto De SousaJosĂ© LuĂs Garcia, Chandrika Kaul, Filipa Subtil e Alexandra Santos abrem a intro-dução ao livro Media and Portuguese Empire, com uma afirmação que Ă© tambĂ©m um aviso prĂ©vio: âModern empires and communication have influenced each other in complex waysâ (p. 1). A influĂȘncia nĂŁo Ă© linear. A comunicação Ă© aqui tomada nĂŁo como efeito de um qualquer processo determinado, mas como parte integrante deste, por uma razĂŁo: âcommunication processes constitute culture, and that culture constitutes, rather than merely reflects, societyâ (idem).
- O jornalismo polĂtico dâO SĂ©culo e do DiĂĄrio de NotĂciasPublication . Barros, JĂșlia Teresa Pinto De SousaA historiografia polĂtica que se debruça sobre o fim do regime monĂĄrquico refere, frequentemente, as ligaçÔes dos polĂticos e dos partidos aos jornais. No entanto, o jornalismo Ă© assunto lateral e excĂȘntrico na histĂłria polĂtica. O presente estudo aborda o tratamento e a organização da notĂcia polĂtica nâO SĂ©culo e no DiĂĄrio de NotĂcias, com base numa anĂĄlise comparativa destes jornais de informação com sete jornais polĂticos diĂĄrios, de Lisboa, nas suas ediçÔes de dia 1 de Abril de 1906 (trĂȘs jornais republicanos â O Mundo, Vanguarda e A Lucta â e quatro monĂĄrquicos â Popular, A OpiniĂŁo, Novidades e DiĂĄrio Illustrado). Trata-se de uma pesquisa de carĂĄcter exploratĂłrio, que se enquadra no gĂ©nero da micro-histĂłria, com ela partilhando o mĂ©todo de descrição exaustiva de um pequeno nĂșcleo de fontes, e que pretende contribuir para a compreensĂŁo de duas questĂ”es mais amplas: que lĂłgica informativa estava subjacente Ă s diferentes prĂĄticas de jornalismo polĂtico? Qual o lugar ocupado pela informação nos jornais de opiniĂŁo? Avançaremos com a seguinte leitura: as diferentes prĂĄticas informativas colocavam os jornais polĂtico-partidĂĄrios no centro do debate polĂtico, tornando-os incontornĂĄveis para quem pretendesse participar nele.
- EstatĂsticas e jornalismo em tempo de pandemiaPublication . Silvestre, ClĂĄudia; Barros, JĂșlia Teresa Pinto de SousaO presente estudo enquadra-se no Ăąmbito de um projecto mais alargado que tem como objectivo perceber como o jornalismo de referĂȘncia em Portugal usou os dados estatĂsticos para cobrir o tema Sars-CoV-2, o novo coronavĂrus identificado como agente etiolĂłgico da doença pelo coronavĂrus 2019 (covid-19). Embora exista investigação sobre como os jornalistas usam a estatĂstica nomeadamente grĂĄficos e infografias (por ex. Bauer & Schoon, 1993; Garcia, 2009, de Haan et al. 2017 e Pinto, 2018), em Portugal esses estudos sĂŁo escassos (Pereira, 2015). Nesse sentido, pretendemos ser um contributo para a reflexĂŁo em torno de uma ĂĄrea que vem ganhando espaço nos media e na sociedade em geral. Se de inĂcio os nĂșmeros e os grĂĄficos tinham um papel secundĂĄrio e por vezes meramente decorativo e/ou instrumental, actualmente sĂŁo frequentemente protagonistas da notĂcia (Sjafiie, Hastjarjo, Muktiyo & Pawito 2018) e considerados excelentes elementos de comunicação rigorosa. O que tem levado ao desenvolvimento de disciplinas na ĂĄrea de comunicação de dados quantitativos como Ă© o caso da infografia, do storytelling ou do jornalismo de dados. Neste estudo iremos analisar os recursos expressivos utilizados nas primeiras pĂĄginas de dois jornais de referĂȘncia portugueses, nos trĂȘs primeiros meses de crise sanitĂĄria, procurando avaliar qual o lugar ocupado, na construção de representaçÔes daquele momento excepcional, pela palavra, o nĂșmero ou a iconografia, nas suas diversas expressĂ”es, sejam fotos, desenhos, grĂĄficos e infografias.
- GĂ©nese da censura salazarista: ideologia em acçãoPublication . Barros, JĂșlia Teresa Pinto de SousaO Estado Novo assumiu a propaganda como instrumento de governação. O jornalismo enquanto organizador e definidor da perceção da realidade constituiu-se como um dos alvos determinantes da atividade propagandĂstica. O que aqui pretendemos Ă© valorizar a censura Ă imprensa enquanto instrumento propagandĂstico, assumindo aquela um papel central na construção social da realidade que se quer impor. EstĂĄ por estudar o lugar da censura na luta polĂtica da ditadura militar, entre 1926 e 1933. No entanto, a censura foi um instrumento polĂtico disponĂvel, de valor incalculĂĄvel, sem o qual nĂŁo Ă© possĂvel entender a afirmação do sector salazarista no poder. Ă atuação da censura coube reconfigurar, continuamente, o campo dos â situacionistasâ, mas nĂŁo sĂł, a censura constitui-se o meio de propaganda mais abrangente e eficaz na edificação do Estado autoritĂĄrio. Existe consenso na historiografia portuguesa sobre a afirmação, no seio da ditadura militar, do sector conservador antiliberal e autoritĂĄrio, dirigido pelo ministro das Finanças, AntĂłnio Oliveira Salazar, a partir do inĂcio de 1930, com queda do governo de Ivens Ferraz e a nomeação para presidente do ministĂ©rio, do general JosĂ© Domingos de Oliveira. NĂŁo por acaso Ivens Ferraz seria o Ășltimo presidente do conselho, da ditadura militar, a publicamente defender o fim censura: «Considero a censura Ă imprensa um mal necessĂĄrio. Ă o meio mais eficaz de evitar a especulação polĂtica que constantemente se procura fazer com o que se faz e, principalmente como que inventa. Afastado esse perigo, a censura desaparecerå» ( MemĂłrias: 112). . Com base no espĂłlio da Ephemera, iremos analisar os primeiros boletins de cortes Ă imprensa, atĂ© hoje inacessĂveis aos historiadores, redigidos semanalmente, pela Direção dos Serviços de Censura, a partir de março de 1932. Coincide a elaboração destes relatĂłrios com um momento de clarificação polĂtica no interior da ditadura militar, lembremos que, em maio desse ano, a ditadura âabriaâ Ă discussĂŁo pĂșblica o projeto da nova Constituição, e, em julho, o ministro das Finanças, Oliveira Salazar, assumia a presidĂȘncia do conselho de ministros. A conjuntura polĂtica era ainda marcada pela crescente afirmação no espaço pĂșblico dos princĂpios doutrinĂĄrios da corrente salazarista, autoritĂĄria, anti-liberal e nacionalista. O nosso estudo procurarĂĄ compreender a crescente afirmação do aparelho de censura, no interior da ditadura militar, e analisar as prĂĄticas censĂłrias deste perĂodo de prĂ© institucionalização do Estado Novo. Em novembro, Salvação Barreto Ă© nomeado a Diretor Geral dos Serviços de Censura, cargo que manteria, apĂłs a institucionalização destes serviços, no dia da publicação da nova Constituição, de 1933. AtĂ© 1944, Barreto dirige a censura, em estreita colaboração com o presidente do conselho, AntĂłnio Oliveira Salazar, destacando-se no processo de centralização, planificação e consolidação das prĂĄticas censĂłrias, que haveriam de permanecer quase inalteradas, atĂ© 1974. No final de 1932, ainda antes da institucionalização do Estado Novo, jĂĄ se desenhava o primeiro esquisso da representação do paĂs imaginado pelo autoritarismo conservador. Pretendemos surpreender a cada traço do lĂĄpis azul, do silenciar de vozes, da ocultação de factos, tanto o recorte dos perfis idĂlicos da nação portuguesa, apaziguada, humilde e satisfeita, quanto os mĂșltiplos gestos de resistĂȘncia e transgressĂŁo.
- Entre MemĂłrias e DesmemĂłriaPublication . Barros, JĂșlia Teresa Pinto De SousaĂ medida que Ă escala mundial se vai constituindo um hĂper-sector de produção, circulação e acesso de notĂcias, marcado por fenĂłmenos de convergĂȘncia, homogeneização cultural e instrumentalização propagandĂstica, os estudos na ĂĄrea da comunicação assumem um papel relevante para a compreensĂŁo das reconfiguraçÔes da esfera pĂșblica. Face Ă mudança nas atividades profissionais da ĂĄrea da comunicação, em termos tecnolĂłgicos, organizacionais e laborais, considero uma prioridade resgatar memĂłrias que tendem a ser ignoradas e esquecidas, nas fontes oficiais e nos registos institucionais, da ĂĄrea da comunicação social. As ciĂȘncias sociais tĂȘm vindo a valorizar a recolha de memĂłria oral como recurso informativo, sustentando a sua pertinĂȘncia epistemolĂłgica pela capacidade de dar voz a um leque mais plural de indivĂduos e grupos, favorecendo o estudo de novas temĂĄticas, que sem os testemunhos orais dificilmente poderiam ser objeto de pesquisa. Enquanto terreno de investigação a recuperação da memĂłria oral tem vindo a afirmar-se como espaço multidisciplinar favorĂĄvel Ă inovação. O Arquivo de MemĂłria Oral das ProfissĂ”es da Comunicação visa recolher, preservar e disponibilizar registos de memĂłria oral sobre as profissĂ”es da comunicação.
- Campanha eleitoral em Angola: o que revela sobre a democraciaPublication . Barros, JĂșlia Teresa Pinto De Sousa; Silvestre, ClĂĄudiaPretendemos avaliar a cobertura jornalĂstica dos media generalistas portugueses sobre as eleiçÔes gerais em Angola que se realizaram a 23 de agosto de 2017. Sabendo que estas eram eleiçÔes cruciais para o processo de democratização em Angola, o foco da nossa anĂĄlise recaiu principalmente em compreender o interesse e qualidade da cobertura jornalĂstica destas eleiçÔes pelos media generalistas portugueses. Esta anĂĄlise abrangeu o perĂodo de 1 a 23 de agosto de 2017. Na nossa anĂĄlise, tivemos em conta de alguns factores que condicionam as relaçÔes de Portugal com Angola: o elevado nĂșmero de angolanos que vivem em Portugal; o passado colonial comum; a proximidade linguĂstica; a proclamada coincidĂȘncia de interesses estratĂ©gicos presentes nas polĂticas externas dos dois paĂses; e a presença de forte investimento financeiro angolano em Portugal. Por outro lado, a implementação dum regime democrĂĄtico em Angola tem sido um processo longo e problemĂĄtico. Lembremo-nos, por exemplo, do legado de uma prolongada e intermitente guerra civil (1975-2000) e da construção de um sistema polĂtico tomado por um partido no poder (MPLA). A comunidade internacional tambĂ©m apontou, entre outros aspectos, algumas fragilidades no regime polĂtico angolano, como a corrupção, as violaçÔes dos direitos humanos, as restriçÔes Ă liberdade de imprensa e de opiniĂŁo e atĂ© mesmo a liberdade de associação. A importĂąncia de analisar a cobertura jornalĂstica desta campanha eleitoral angolana sĂł pode ser entendida se considerarmos que estas eleiçÔes foram vistas desde o inĂcio como o momento de mudança polĂtica. JosĂ© Eduardo dos Santos, presidente da RepĂșblica, desde 1979, deixou o cargo. Desde a reforma institucional de 2010, a eleição do Presidente da RepĂșblica nĂŁo Ă© por sufrĂĄgio direto; Ă© o resultado obtido nas EleiçÔes Gerais que permite indicar o nome da figura para o cargo mais alto do paĂs, pelo partido com mais votos para a AssemblĂ©ia Geral. Estas eleiçÔes marcaram assim o fim do ciclo de quase 40 anos de governação de JosĂ© Eduardo dos Santos. Tendo em vista os constrangimentos e desafios presentes nesta campanha eleitoral, procurando as prĂĄticas jornalĂsticas dos media portugueses, procurou-se compreender quais as opçÔes editoriais que nortearam os media portugueses durante esta campanha, bem como identificar as representaçÔes criadas pelo jornalismo. Na nossa anĂĄlise serĂŁo, entre outros aspectos, abordadas as seguintes questĂ”es: o gĂ©nero jornalĂstico, a existĂȘncia ou nĂŁo de vĂĄrias fontes, o foco da notĂcia, a personagem principal, a existĂȘncia de imagens e qual o seu protagonista, o tom da notĂcia, o juĂzo de valores feito ao desempenho dos candidatos e nĂŁo menos importante a pluralidade de opiniĂ”es e intervenientes nesta campanha.
- Arquivo de MemĂłria Oral das ProfissĂ”es da Comunicação (AMOPC)Publication . Barros, JĂșlia Teresa Pinto De Sousa; Mendes, AndrĂ© Melo; Nuno, Carlos; Silvestre, ClĂĄudia; Subtil, Filipa MĂłnica de Brito Gonçalves; Sena Santos, Francisco; Viana, Graziela Melo; Rocha, JoĂŁo Manuel; Cavaleiro Rodrigues, JosĂ©; EirĂł-Gomes, Mafalda; Samara, Maria Alice; Rezola, Maria InĂĄcia; Mata, Maria J.; Alves, Marta Sofia; Barbosa, Paulo Alexandre Rosa Amorim; Neto, Pedro Pereira; Nogueira, Ricardo Real; Miranda, Sandra; Pereira, Sandra Cristina MartinsO AMOPC designa um repositĂłrio de memĂłrias orais dos profissionais das vĂĄrias ĂĄreas da comunicação. O objetivo Ă© a criação de um arquivo audiovisual em formato eletrĂłnico, para recolha, recuperação, catalogação, preservação, disponibilização e aproveitamento de registos de memĂłria histĂłrica sobre as profissĂ”es da comunicação, aberto Ă sociedade civil e Ă comunidade acadĂ©mica mais alargada. O AMOPC poderĂĄ ser acedido e pesquisĂĄvel atravĂ©s da internet, permitindo a rentabilização de materiais que se constituirĂŁo como fonte permanente de informação pedagĂłgica e cientĂfica. Os media constituem um dos elementos mais determinantes das sociedades contemporĂąneas. Ă medida que Ă escala mundial se vai constituindo um hĂper sector, assistindo-se a fenĂłmenos de convergĂȘncia e de homogeneização cultural, os estudos na ĂĄrea da comunicação assumem um papel relevante para a compreensĂŁo das reconfiguraçÔes da esfera pĂșblica. Face Ă mudança nas atividades profissionais da ĂĄrea da comunicação, em termos tecnolĂłgicos, organizacionais e laborais, consideramos como prioridade o resgatar de memĂłrias e vestĂgios plurais que tendem a ser ignorados e esquecidos, nas fontes oficiais e nos registos institucionais sobre a ĂĄrea da comunicação social. OptĂĄmos aqui por tomar a atividade da comunicação social como um todo, rejeitando a perspectiva de uma anĂĄlise parcelar, por sector ou por suporte tecnolĂłgico, colocando as vĂĄrias ĂĄreas ligadas aos media como um conjunto ocupacional (onde muitas trajetĂłrias de vida cruzam diferentes ĂĄreas). Procuraremos diversificar as â vozesâ que âcontamâ, a nossa preocupação recairĂĄ na inclusĂŁo dos diversos grupos de profissionais, do diretor de informação de um canal de televisĂŁo, ao tipĂłgrafo, ao gestor de comunicação, ao jornalista, ao account em comunicação, ao diretor do serviço ao cliente, ao revisor, ao assessor de imprensa, ao operador de imagem, ao copyright, ao fotĂłgrafo, ao regente de estĂșdios, ao sonoplasta, etc. O caracter interdisciplinar Ă© assegurado por uma equipa que 21 investigadores, de vĂĄrias instituiçÔes do ensino superior, de Portugal e do Brasil. O nosso objectivo Ă© alargar o projeto a outras instituiçÔes acadĂ©micas e associaçÔes profissionais da ĂĄrea da comunicação. O projeto estĂĄ numa fase de arranque, para a qual obteve financiamento em Dezembro de 2017, no Concurso Anual para Projectos de Investigação, Desenvolvimento, Inovação e Criação ArtĂstica do IPL-2016.
- RedaçÔes abertas: fontes informativas e terreno de implantação dos jornais polĂticosPublication . Barros, JĂșlia Teresa Pinto De SousaPara quem estuda os jornais polĂtico partidĂĄrios, do inĂcio do sĂ©culo XX, a vertente informativa assume um carĂĄcter determinante. Ă semelhança dos artigos de opiniĂŁo e comentĂĄrio a informação contida nos jornais diĂĄrios tambĂ©m permitia distingui-los entre si. Este conteĂșdo informativo deve ser enquadrado por um conjunto de prĂĄticas que assentavam em grande medida em trocas informais operadas nas redes sociais construĂdas em torno destes jornais. Entre as prĂĄticas do jornalismo deste perĂodo contava-se o cultivo desta rede. Denominaremos de redaçÔes abertas as redaçÔes dos jornais polĂtico partidĂĄrios. Estas estavam longe de ser estruturas estanques, acolhendo por perĂodos muito variĂĄveis contributos externos valiosos. Os jornalistas andavam, na figura do repĂłrter, a sair Ă rua. Mas a â ruaâ, na figura do informador formal ou informal (de diferente categoria social), tambĂ©m frequentava o jornal. A capacidade de um tĂtulo diĂĄrio atrair a si visitantes Ă© um barĂłmetro fiĂĄvel da vitalidade de um jornal polĂtico, da sua riqueza informativa e capacidade de intervenção polĂtica.
- ConvençÔes jornalĂsticas e mudança polĂtica no inĂcio do sĂ©culo XXPublication . Barros, JĂșlia Teresa Pinto De SousaO presente trabalho Ă© um contributo para a reflexĂŁo do processo de democratização da vida polĂtica portuguesa, na viragem do sĂ©culo XIX para o sĂ©culo XX, atravĂ©s da anĂĄlise da alteração na forma de comunicar o assunto polĂtico nos jornais diĂĄrios portugueses. A titulação das peças jornalĂsticas inclui-se entre os dispositivos comunicacionais disponĂveis, no final do sĂ©culo XIX, para destacar e facilitar a leitura das notĂcias atuais. AtravĂ©s da anĂĄlise do uso do tĂtulo, na primeira pĂĄgina, em seis jornais diĂĄrios de Lisboa, no perĂodo de 1889 a 1907, defendo que atĂ© ao inĂcio do sĂ©culo XX prevaleceu uma convenção jornalĂstica hostil ao uso de tĂtulos grandes que destacassem o assunto polĂtico. Esta quebra-se com a adoção de novas prĂĄticas de titulação que alteraram a leitura do jornal, favorecendo a afirmação de uma nova representação da âpolĂticaâ, mais exposta, relevante e acessĂvel a um pĂșblico mais vasto.
- Os "night clubs" de Lisboa nos anos 20Publication . Barros, JĂșlia Teresa Pinto De SousaO presente trabalho tem como objectivo enquadrar no quotidiano da cidade de Lisboa do pĂłs I Guerra e, em especial, na dĂ©cada de Vinte, o novo divertimento nocturno: o Night Club (clube nocturno). Procuraremos entender de que forma estes modernos locais de lazer nocturno podem ser considerados produtos mitificados «anos loucos» e, simultaneamente, indagar em que medida a sua aparição reflecte as rupturas â sociais, econĂłmicas, culturais â operadas na sociedade lisboeta de entĂŁo. No estudo do clube nocturno, tentĂĄmos ver os limites da sua modernidade. Atendemos Ă sua localização no tecido urbano da cidade, Ă forma como utiliza os espaços de que disfruta, qual o tipo de diversĂ”es e ocupaçÔes que pĂ”e ao dispor dos seus clientes, para, por Ășltimo focar quem os frequenta.