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- Apresentação do projeto SCAPE.COM: Comunicar a Paisagem (IDI&CA 2020)Publication . Centeno, Maria JoãoScape.com é um projeto de investigação que pretende desenvolver formas inovadoras de mediação entre as organizações parceiras e os seus públicos através da reflexão crítica sobre como comunicar a paisagem a públicos não especializados. A equipa de investigação constituída por professores e alunos da ESCS e da ESELx do Politécnico de Lisboa propõe desenvolver um conjunto de atividades através da edição de monofolhas e tutoriais vídeo, contribuindo assim para uma cidadania paisagística que permitirá aos parceiros proporcionar uma leitura e exploração atenta e participada de paisagens.
- Os museus, a participação cultural e as comunidades: o caso do Museum of MakingPublication . Centeno, Maria JoãoConsiderando a comunicação como a atividade que realizamos quando nos encontramos num determinado ambiente, quando temos a nossa atenção fixada num mesmo foco e nos reconhecemos mútua e reciprocamente como parceiros da atividade em que estamos envolvidos (Rodrigues, 2020), a presente comunicação pretende analisar as atividades comunicacionais características das esferas públicas culturais, especificamente a mediação proporcionada pelos museus. O ambiente proporcionado pelos museus pode permitir a crítica e a reflexão sobre o Mundo da Vida, o “terreno do imediatamente familiar” (Husserl, 1936/1970), na e pela experiência comunicacional dialógica, até porque exploram os problemas contínuos da vida e as lições que deles podemos retirar têm que ver com as emoções e ajudam-nos a pensar reflexivamente sobre as situações que compõem o Mundo da Vida. Quando os museus se organizam de forma participativa, em que a relação organização/públicos não é de caráter instrumental, mas dialógica, baseada na intersubjetividade do mútuo entendimento estabelecido linguisticamente, enriquecem a experiência do mundo intersubjetivo e contribuem para o bem comum, garantindo, como diria Jürgen Habermas (1929–), o acordo estabelecido com base numa atitude intercompreensiva e de dependência mútua. “Se envolvidos num processo de participação, os públicos deixam de ser entendidos apenas como visitantes, enquanto consumidores passivos, para passarem a ser percepcionados como co-criadores, o que significa que poderão assumir o papel de protagonistas no processo de criação, decisão e disseminação de novos discursos e práticas.” (Carvalho, 2016: 36) Em termos de políticas culturais, trata-se da transição para o paradigma da democracia cultural, em que “o consumo cultural dá lugar à participação cultural” (Lopes, 2009: 5). Nesta comunicação pretendemos ilustrar e problematizar as formas de experienciar a produção cultural e artística que, depois do regime de produção cultural em massa e da crise financeira global a partir de 2008, têm vindo a ser promovidas. Tendo como mote implicar as “nossas” comunidades [nós como o díctico da comunidade de que nos fala Ferdinand Tönnies (1855–1936)] e combater a exclusão social, proporcionando a participação bottom-up e formas de apropriação mais criativas, pretendemos verificar, no Museum of Making em Inglaterra, caso afirmado por François Matarasso (1958–), artista comunitário a viver no Reino Unido, como exemplar, se estamos perante um caso que permite ilustrar a passagem de uma lógica descendente para uma lógica de cocriação da oferta, em que o ato de participar em atividades coletivamente organizadas permite a sobrevivência de aspetos da comunidade de que nos fala Tönnies. A principal questão é mapear como o Museum of Making, ao promover a proximidade e o encontro num mesmo ambiente, proporciona comunidades da vida física e, ao mesmo tempo, através dos usos públicos e críticos da razão e de interações orientadas pela coordenação dos planos de ação das partes implicadas, promove comunidades do espírito.
- O Museu da Paisagem e a proposta de um Kit Pedagógico de Leitura e Exploração de PaisagensPublication . Centeno, Maria JoãoO Museu da Paisagem (https://museudapaisagem.pt/) e o seu Serviço Educativo (https://museudapaisagem.pt/Servico_educativo/) desenvolvem programas com as comunidades dos territórios. Promovendo o encontro entre essas comunidades e as paisagens que habitam, procuramos desafiar modos de ver, interpretar e sentir. Fundamental à mediação entre as organizações e as comunidades/parceiros, os Serviços Educativos proporcionam uma relação de carácter dialógico, em que se coordenam os planos de ação das partes envolvidas, "um tipo de trabalho a longo prazo, virado para a formação do gosto, vinculado ao princípio de que do despertar de apetências e hábitos de convivência com bens e organizações culturais, desde a infância, depende o mais importante da consolidação futura de públicos cultivados" (Centeno, 2012: 145). As organizações promovem a participação quando quebram relações de carácter instrumental, dirigidas apenas de acordo com os seus próprios interesses, e promovem redes de relações e espaços simbólicos partilhados. A valorização da educação ou formação dos públicos tem sido um dos eixos de atuação mais marcante da atividade das organizações socioculturais atendendo à urgência de enformar o espaço simbólico em que elas e os públicos se movimentam. No entanto, promover a aproximação dos bens ambientais e culturais aos indivíduos é uma tarefa hercúlea, já que esses bens não se adequam de forma harmoniosa a todos os públicos, ainda mais quando se trata de sensibilizar o outro para uma cidadania paisagística. Logo, propomos que esta sensibilização seja pensada em termos de faixa etária, mas também enquanto possibilidade de realizar inovadoras práticas de mediação. Nesta comunicação pretende-se apresentar o Kitscape, um Kit Pedagógico de Leitura e Exploração de Paisagens enquanto exemplo de um dos programas de apropriação crítica do território. A partir de uma reflexão crítica sobre as possibilidades de mediação entre as organizações e os públicos, uma equipa de investigação constituída por professores e alunos da Escola Superior de Comunicação Social (ESCS) e da Escola Superior de Educação de Lisboa (ESELx) do Politécnico de Lisboa elaborou um Manual de Leitura da Paisagem, bem como um Kit de Atividades de Leitura e Exploração de Paisagens que inclui o Manual e atividades acompanhadas de tutoriais multimédia. Neste programa pretendemos, através de formas inovadoras de mediação, dinamizar atividades criativas/lúdicas que potenciam a cidadania paisagística, a participação através da experiência do território e a vivência em conjunto. “O tema Paisagem e a sua ‘leitura’ é não apenas uma preocupação instrutiva mas também educativa na medida em que potencia uma formação mais integral dos alunos e das pessoas em geral para mais conscientemente poderem intervir civicamente – na sua leitura, na sua defesa, na sua utilização, na sua preservação ecológica” (Martinha, 2013: 109). Apreender, com todos os sentidos, a paisagem e as suas várias “camadas” implica a exploração e um quadro variado de leituras. Na verdade, a paisagem não é exterior aos indivíduos que a habitam e deve ser percecionada “a partir de dentro”, em situação de imersão, mobilizando simultaneamente os sentidos e o intelecto. É este o propósito do Kitscape.
- O Museu da Paisagem e a proposta de um kit pedagógico de leitura e exploração de paisagensPublication . Centeno, Maria JoãoO Museu da Paisagem, museu com sede digital dedicado à paisagem, e o seu Serviço Educativo têm desenvolvido um conjunto de atividades de leitura e exploração de paisagens com as comunidades dos territórios. As atividades desenvolvidas não se circunscrevem aos métodos expositivos e à contemplação do olhar, promovem antes uma leitura atenta e participada, propondo o encontro das comunidades com as paisagens que habitam. Fundamental à mediação entre as organizações culturais em geral, e o Museu da Paisagem em particular, e as comunidades/parceiros, os Serviços Educativos devem proporcionar relações de carácter dialógico, em que se coordenam os planos de ação das partes envolvidas. As organizações promovem o diálogo quando quebram relações de carácter instrumental, dirigidas apenas de acordo com os seus próprios interesses, e proporcionam redes de relações e espaços simbólicos partilhados. Um dos eixos de atuação mais marcante da atividade das organizações e também do Museu da Paisagem tem sido a valorização da educação ou formação dos públicos, atendendo à urgência de enformar o espaço simbólico em que elas e os públicos se movimentam. No entanto, promover a aproximação dos bens ambientais e culturais aos indivíduos é uma tarefa hercúlea, já que esses bens não se adequam de forma harmoniosa a todos os públicos, ainda mais quando se trata de sensibilizar o outro para uma cidadania paisagística. Para tal, o Museu da Paisagem tem vindo a propor que esta sensibilização seja pensada em termos de faixa etária, mas também enquanto possibilidade de realizar inovadoras práticas de mediação. Neste artigo, pretendemos apresentar o Kit Pedagógico de Leitura e Exploração de Paisagens enquanto exemplo de um dos programas de apropriação do território. A partir de uma reflexão sobre como comunicar a paisagem a públicos não especializados, sobre as estratégias de consciencialização e promoção de atitudes cidadãs ambientalmente despertas e ativas e, nesse quadro, sobre as possibilidades de mediação entre as organizações e os públicos, o Museu da Paisagem, em conjunto com uma equipa de investigação de professores e alunos da Escola Superior de Comunicação Social e da Escola Superior de Educação de Lisboa do Politécnico de Lisboa, elaborou um Kit de Atividades de Leitura e Exploração de Paisagens que inclui um Guia de Exploração da Paisagem e atividades acompanhadas de monofolhas e tutoriais multimédia. Neste programa educativo, são propostas atividades criativas/lúdicas que, a partir da perceção da paisagem “a partir de dentro”, em situação de imersão, potenciam a cidadania paisagística, a participação através da experiência do território e a vivência em conjunto.