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ESTC - Teses de Doutoramento

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  • Uma interpretação de Pessoa: manual de um ator a partir de "Menino de sua Avó", de Armando Nascimento Rosa, criação de Maria do Céu Guerra e Adérito Lopes
    Publication . Lopes, Adérito; Nogueira, Adriana; Rosa, Armando Nascimento
    Este trabalho pretende fundamentar e explicitar o processo de conceção e elaboração do Poeta Fernando Pessoa, enquanto personagem da peça Menino de sua Avó, do dramaturgo português Armando Nascimento Rosa, levado à cena pela companhia A Barraca. Reunindo todos os materiais utilizados para a criação deste eterno fenómeno literário, comecei por analisar a obra do dramaturgo desta criação cénica para poder identificar as suas influências nesta temática pessoana. Pretendo nesta investigação analisar os elementos em que fundamentei esta criação de Fernando Pessoa, partindo das minhas primeiras experiências dramáticas, depois das que tive na academia, até ancorar nos palcos profissionais. Com a profissionalização, identifiquei um método de trabalho como ator e é nesse processo que se centra este estudo. Irei propor, em resultado desta investigação, um manual para um ator que interprete este poeta. Para uma criação desta natureza, esse manual centra-se em três fases: a primeira, que denomino por construção de um ator, talvez a mais ampla, passa pelas aprendizagens obtidas nas primeiras experiências dramáticas, seguidas pelos ensinamentos da academia, até às realizações práticas com os mestres e encenadores no palco. A segunda, nomeada aqui como a preparação de um papel, é a investigação da personagem a interpretar – neste caso, Fernando Pessoa. Essa pesquisa parte da exegese da obra do poeta, essencial para a criação de um Fernando Pessoa no palco, assim como a pesquisa de estudos pessoanos, cuja matéria seja primordial para o trabalho que me proponho. Por fim, a terceira parte, a criação da personagem, onde Fernando Pessoa se encontra no palco e são escolhidas com detalhe as suas características anteriormente estudadas, assim como as abordagens técnicas apreendidas até à realização desta criação. Este manual é específico para esta personagem, e nele apresento as influências diretas e utilizadas nesta construção
  • Criatividade, cidadania e formação em contexto de trabalho
    Publication . Varela, Teresa; Palaré, Odete Rodrigues
    A presente investigação pretende analisar e compreender a articulação entre os processos criativos e as práticas de cidadania nas aprendizagens desenvolvidas na disciplina de Projeto e Tecnologias (PT), integradas em projetos realizados em Formação em Contexto de Trabalho (FCT), nos processos de ensino e aprendizagem nas práticas do Curso de Produção Artística (PA), da Escola Artística António Arroio (EAAA) nos anos letivos de 2018/19 e 2019/20. A metodologia utilizada foi a investigação-ação com 17 alunos e 5 professores, numa turma do 12.º ano da especialização em Realização Plástica do Espetáculo e outra do 12.º ano da especialização em Cerâmica. Os instrumentos de recolha de dados basearam-se na observação direta e entrevistas e a análise foi efetuada através do programa NVivo. Esta investigação teve como base as teorias socioculturais da criatividade (Glăveanu, 2013; Beghetto, 2016), da cidadania e contextos educativos (Eça, 2010; Caetano & Freire, 2014) e no contexto da Educação Artística (Eça et al., 2012; Eça, 2014; Ramirez, 2016). Os principais resultados revelaram uma relação interdependente entre os processos criativos e as práticas de cidadania, através das interações sociais, do desenvolvimento integral do indivíduo, do aumento do conhecimento e das capacidades criativas, capazes de promover a criatividade colaborativa (Burnard & Dragovic, 2015). Estes resultados permitirão que esta dinâmica relacional se desenvolva e se transforme através de interações sociais e contextos situados, com evidência na comunicação entre todos os envolvidos, assentes em pedagogias dialógicas, participativas e de alteridade, com abertura à diversidade social e cultural, para gerar outras possibilidades de sinergia. Este estudo mostra a necessidade de realizar novas atividades que envolvem estas interconexões, para maior compreensão sobre a correlação entre as práticas criativas e as práticas de cidadania, assentes nas interações sociais, culturais e situacionais.
  • O toque e a diferença : um estudo da emergência criadora na formação do intérprete contemporâneo
    Publication . Aprea, Ciro; Guimarães, Daniel Tércio Ramos; Tavares, Gonçalo Manuel Albuquerque
    Este estudo analisa o lugar do corpo sensível na formação do intérprete contemporâneo à luz dos conceitos de toque e de diferença. A investigação partiu do encontro entre estes dois conceitos que, inicialmente, refletem modos distintos de pensar a vida sensível. Por um lado, o toque como tato, como sentido do tangível, estatui-se ao mesmo tempo como o mais difícil de definir entre todos os sentidos, pela sua duplicidade e plasticidade. O toque apresenta duas dimensões: uma focada, local, coincidente com os contornos objetivos do contacto físico; outra mais difusa, global, que se estende interiormente a todo o corpo. Este toque interno do corpo tem sido objeto de explorações filosóficas intensas seja como “sentido dos sentidos”, o sentido no qual convergem todos os outros na apreensão complexa da realidade, mas também como fundo percetivo que sustenta a perceção de si e o sentimento de existência. Por outro lado, a diferença é o conceito pelo qual Gilles Deleuze pensa a vida sensível do ponto de vista das relações de força que a fundamentam. A diferença é o que permite acolher o movimento de forças que constituem o mundo concreto “entre” e “para além” das formas organizadas. Deleuze fala de um “puro sensível”, um “ser do sensível” que excede o sensível sentido e representado, e que se manifesta por uma espécie de “mouvance”, “uma diferença na intensidade”, uma variação contínua da matéria, que leva o existente, a vida, a diferir perpetuamente de si mesmo. As noções de toque e de diferença revelam-se regimes de exploração da vida sensível à partida distintos: o campo da intencionalidade e da experiência vivida; o campo intensivo da experimentação, o plano da vida vivida e não reconhecida. O intérprete encontra-se numa posição paradoxal: a sua pesquisa obriga-o a gerir constantemente análise e imersão, a situar-se entre o plano de experimentação e o plano da experiência. Ele deve gerir dois estados de presença que parecem, à primeira vista, excluir-se um ao outro. No nosso estudo, para além da tensão epistemológica inicial, este binómio configura um campo para a exploração prática da emergência criadora onde o toque é encarado como o elemento técnico que pode ligar e tornar mais percetíveis as vias de passagem entre o campo da experiência e o campo da experimentação, os procedimentos que permitem a transição do corpo intencional ao corpo intensional. Finalmente, a reflexão que move o presente estudo assenta numa intensa prática pedagógica onde as noções de toque e diferença operam não apenas como conceitos mas como ferramentas práticas, quadros de experiência concretos, para a abertura intensiva do corpo.
  • Silêncio, potência e gesto: um corpo na dança
    Publication . Mira, Ana Sofia Palula Fonseca de; Gil, José
    A presente investigação desenvolve a filosofia estética de Gil sobre o “corpo de forças”, situada entre a fenomenologia (Husserl e Merleau-Ponty) e o empirismo transcendental (Deleuze), com influência da psicanálise (Dolto), e demonstra a sua actual relevância para as práticas e teorias da dança contemporânea. Muitos de nós, praticantes de dança, sabemos que a dança acontece pela escuta do corpo, como meio de intensificação das sensações e potencialização das forças. A partir da filosofia de Gil, e pela perspectiva do corpo que dança, esta investigação analisa uma experimentação do corpo na dança contemporânea realizada neste contexto. Com vista a contextualizar a presente investigação no campo da dança e filosofia, a Introdução, remete para uma breve abordagem à história da filosofia estética da dança, assumindo particular destaque, no Capítulo I., a poética da dança de Valéry, e o seu desenvolvimento, a partir do “plano virtual do movimento da dança”, segundo Gil. Incluímos na contextualização desta investigação uma possível história da dança, nomeadamente desde a influência da dança pós-moderna até à dança contemporânea, pela perspectiva de quem tem vindo a praticar esta história, com alguns dos seus protagonistas. Pela perspectiva do corpo que dança, no Capítulo II., expomos uma experimentação do corpo na dança contemporânea, a qual, em articulação com o seu documento sensível (registo escrito e audiovisual incluídos), constitui o estudo de caso da presente investigação. A partir da experimentação do corpo na dança contemporânea e seu documento sensível, nos Capítulos III. e IV., sendo o tema central da investigação a potência do corpo na dança, é apresentada a tese, a saber: a experiência real da potência do corpo na dança só é possível se o corpo permanecer no silêncio do corpo. A metodologia adoptada para a operacionalização deste problema consiste, a partir de Gil, na mudança de escala da macroscopia para a microscopia dos fenómenos do corpo na dança. Partindo da experiência vivida, do corpo próprio, passamos, então, a considerar um campo infinito e virtual, como substrato continuum que sustenta os gestos dançados. Tal continuum – matéria do desejo, formado pelo “inconsciente do corpo” e mapa dos afectos entre corpos que escutam na dança – assegura o “plano virtual do movimento da dança”, onde podem consistir uma heterogeneidade de movimentos. O silêncio do corpo é o corpo intensivo da experimentação, nascido pela escavação de um vazio no corpo que instaura o intervalo, pelo ritmo como captação das forças do mundo e pela cisura do caos, cuja poeira, de potência infinita, o corpo que dança, revela.
  • Átrios da imagem: cinema e pensamento
    Publication . Mendes, Marta Filipe de Matos Ribeiro; Molder, Maria Filomena; Bogalheiro, José
    O presente estudo ocupa-se dos átrios da imagem enquanto figura estética do pensamento e da arte, centrando-nos sobretudo na imagem fílmica, mas apresentando figuras da literatura e da pintura. Os átrios, zona de passagem ou espaço intermédio, são o lugar no qual emerge a imagem enquanto forma viva ou gesto, melhor será chamar-lhe processo ou imagem em transe. Ela não é determinável em qualquer plano conceptual ou linguístico, escapando ao conceito, como a imagem flutuante de Kant, na formação do juízo estético. Produz, nas suas emergências e ressurgências, o desmoronamento da percepção do sujeito e dos sistemas de signos codificados, suspendendo o fluxo das significações estanques e rompendo como pura intensidade. A imagem nos átrios resiste a fixar-se e a fechar-se, procurando libertar-se, descondicionar-se, abrir-se a um plano de imanência que estará sempre entre estados, entre fenómenos, entre pessoas, entre palavras e imagens. O processo dinâmico da imagem será apresentado em três capítulos: Dramas originários, Potências do falso e Experimentação, tendo como referência um contexto conceptual que consideramos como fulcral à compreensão e desenvolvimento dos conceitos de Imagem- Dialéctica de Walter Benjamin e de Imagem-Cristal de Gilles Deleuze. Procurar-se-á a emergência desta imagem em três filmes, que serão analisados enquanto formas de resistência poéticas e criadoras de novas formas de vida: Pedro, o louco (Jean-Luc Godard, 1965) Eu, um Negro (Jean Rouch, 1958) e Rostos (John Cassavetes, 1968).
  • O corpo como imagem e as imagens do corpo na contemporaneidade
    Publication . Cordeiro, Marta; Gamito, Maria João
    A tese distingue o corpo de duas entidades a ele associadas – a alma e a carne – e fá-lo partindo da metafísica platónica e da sua subsequente apropriação pelo catolicismo. Isolar o corpo permite pensá-lo como imagem, sendo fundamental a forma como, no corpo, se expressam os valores de determinada época e que coincidem com a virtude católica, com o ajustamento social da modernidade ou com a adequação ao mercado de massas na contemporaneidade. Defende-se que o corpo é uma imagem que, actualmente, é modelada por outras imagens, especialmente as difundidas pelos media na figura das designadas celebridades. Aproxima-se o corpo das características e qualidades que definem uma imagem e utiliza-se esta proximidade para justificar a sedução que as imagens dos media realizam sobre os indivíduos. Seguidamente, reflecte-se acerca da forma como espectador e imagem se relacionam e utiliza-se a figura de Narciso, Medusa e Pigmalião para dar conta das possibilidades desta relação. São as mesmas figuras mitológicas que percorrem a análise de exemplos quotidianos de indivíduos que transformam os seus corpos de acordo com o modelo de uma celebridade e que apontam algumas das alternativas possíveis relativamente à construção de um corpo feita à imagem de um modelo. Os exemplos analisados são, essencialmente, retirados de reality shows televisivos devido ao facto destes concursos serem zonas que mesclam o quotidiano com o espaço dos media e aproximarem os concorrentes das celebridades.
  • Mousetrapping: the ordeals of interpretation
    Publication . Mendes, Maria Sequeira
    ABSTRACT - The assumption that interpretation is widespread and must be tamed is illustrated in the ambition for a touchstone capable of showing the authenticity, or veracity, of certain entities. Such touchstone would have the capacity to help us distinguish friends from enemies, of identifying the quality of particular lines, and of bringing the truth to light. This touchstone, used for the comprehension of others, may be an object, a form of test, or a person. It will, however, be seen that accurate judgments do not derive from the use of the touchstone itself, but from a technical understanding of interpretation conducted by accomplished individuals. Precise forms of judgment are, thus, the result of a combination of factors that include good intuition, or conviction, the ability to learn a specific method or technique, to show something, detect errors and ask questions.
  • A magnanimidade da teoria: interpretar a ética em teoria da literatura
    Publication . Antunes, David; Feijó, António M.; Tamen, Miguel
    Um dos pressupostos desta tese consiste na ideia segundo a qual o pensamento ético só adquire propriedade conceptual se preliminarmente pudermos definir ‘acção’. Como se procura demonstrar no capítulo I, saber o que é uma acção não se constitui, no entanto, como tarefa que descobre e estabelece propriedades intrínsecas e estáveis, mas como descrição de certas ocorrências, nos termos das pessoas que procuram explicar e descrever acções. Assim, o pensamento ético é algo que se constitui a partir da coerência e racionalidade de certas descrições de acções particulares e não um sistema de regras ou prescrições. Defende-se que a coerência estrutural destas descrições determina não apenas a consideração moral das acções, mas também a possibilidade do conhecimento entre as pessoas e a certeza, mais poética do que epistemológica, da sua existência. Se uma certa estabilidade do texto ético e uma certeza suficiente acerca do conhecimento humano dependem da configuração mais ou menos padronizada das acções humanas e do funcionamento mental, assumem especial relevância cognitiva e ética os casos e fenómenos de irracionalidade na realização de acções e formação de crenças. De facto, como se sugere no capítulo II, estes casos suscitam perplexidades éticas e cognitivas e assinalam o carácter provisório e conceptualmente circunscrito das nossas descrições sobre acções e pessoas, no contexto restrito do pensamento filosófico e ético. Importa por isso considerar outros textos em que a acção se constitui como motivo de estrutura argumentativa e objecto de análise. A consideração da tragédia e, sobretudo, a análise da teorização poética de Aristóteles acerca do texto trágico formam o capítulo III desta tese. A determinação ética da argumentação técnica da Poética é tão relevante para o entendimento da tragédia quanto, para a ética, conduta moral e compreensão da irracionalidade, é de absoluta pertinência uma particular descrição da acção trágica e da peculiaridade de certas actividades interpretativas exigidas não só por esse entendimento trágico de acção, mas por qualquer texto.
  • O terceiro corpo na escrita cénica contemporânea: uma proposta de intervenção para a formação do intérprete
    Publication . Bucchieri, Jean Paul; Oliveira, Ana Maria Macara de; Antunes, David
    Esta dissertação é o resultado de uma experiência prática que se baseia numa reflexão teórica acerca das dificuldades que a formação do intérprete vive actualmente face a todas as interdisciplinaridades dos discursos da criação cénica contemporânea. Vivemos numa época na qual se fomenta a transversalidade das disciplinas artísticas, que coloca questões acerca das definições desde há muito estabelecidas para cada uma: o resultado é uma evidente dificuldade em estabelecer percursos estáveis e assentes em paradigmas credíveis. O estudo foca-se numa proposta de intervenção a partir de um conceito: o de Terceiro Corpo, que pretende ser o lugar de convergência da multiplicidade epistemológica na qual a escrita cénica contemporânea se estabelece. Esta escrita cénica alimenta-se das agitações epistemológicas que criou e com as quais procura fazer perdurar e prolongar os seus percursos. Nesta reflexão investigo os conceitos de disponibilidade — possibilidade — decisão/escolha — responsabilidade — como parte estruturante de uma proposta de intervenção relativa à formação do intérprete procurando libertá-lo da dicotomia tradicional que separa a dança e o teatro e, assim, criar ferramentas através das quais o intérprete consegue responder às propostas do autor, definindo o seu percurso através do desenvolvimento de uma consciência cénica própria. Trata-se de conduzir o intérprete ao estatuto de criador nos processos de construção das obras artísticas que, na escrita cénica contemporânea, desistiram das formatações hierárquicas, instituindo um princípio de igualdade, desejando alcançar a emancipação. Procuro estruturar uma proposta de intervenção que reforce no intérprete o conceito de «posicionamento perante os saberes» nos quais é convocado a participar.
  • A heráldica do exército na República Portuguesa no século XX
    Publication . Morais-Alexandre, Paulo
    A dissertação de doutoramento visa estudar a situação da Heráldica do Exército na República Portuguesa ao longo do século XX. Consideram-se ainda como objectivos deste estudo aportar novos subsídios para a história geral da Heráldica no século XX em Portugal, que permanece parcialmente inédita e que em certos ramos está por fazer, ao mesmo tempo que se identificou sistemática e tão exaustivamente quanto possível, a produção de Heráldica por parte deste ramo das Forças Armadas, sendo ainda feito uma análise estética das armas produzidas.