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- Criatividade, cidadania e formação em contexto de trabalhoPublication . Varela, Teresa; Palaré, Odete RodriguesA presente investigação pretende analisar e compreender a articulação entre os processos criativos e as práticas de cidadania nas aprendizagens desenvolvidas na disciplina de Projeto e Tecnologias (PT), integradas em projetos realizados em Formação em Contexto de Trabalho (FCT), nos processos de ensino e aprendizagem nas práticas do Curso de Produção Artística (PA), da Escola Artística António Arroio (EAAA) nos anos letivos de 2018/19 e 2019/20. A metodologia utilizada foi a investigação-ação com 17 alunos e 5 professores, numa turma do 12.º ano da especialização em Realização Plástica do Espetáculo e outra do 12.º ano da especialização em Cerâmica. Os instrumentos de recolha de dados basearam-se na observação direta e entrevistas e a análise foi efetuada através do programa NVivo. Esta investigação teve como base as teorias socioculturais da criatividade (Glăveanu, 2013; Beghetto, 2016), da cidadania e contextos educativos (Eça, 2010; Caetano & Freire, 2014) e no contexto da Educação Artística (Eça et al., 2012; Eça, 2014; Ramirez, 2016). Os principais resultados revelaram uma relação interdependente entre os processos criativos e as práticas de cidadania, através das interações sociais, do desenvolvimento integral do indivíduo, do aumento do conhecimento e das capacidades criativas, capazes de promover a criatividade colaborativa (Burnard & Dragovic, 2015). Estes resultados permitirão que esta dinâmica relacional se desenvolva e se transforme através de interações sociais e contextos situados, com evidência na comunicação entre todos os envolvidos, assentes em pedagogias dialógicas, participativas e de alteridade, com abertura à diversidade social e cultural, para gerar outras possibilidades de sinergia. Este estudo mostra a necessidade de realizar novas atividades que envolvem estas interconexões, para maior compreensão sobre a correlação entre as práticas criativas e as práticas de cidadania, assentes nas interações sociais, culturais e situacionais.
- O olhar e o papel das crianças no processo de inclusão escolarPublication . Constantino, Marta Isabel da Rosa; Nunes, ClarisseSabendo que a inclusão em contexto escolar é um direito, a presente investigação pretende contribuir para o corpo de conhecimento acerca das perspetivas dos atores educativos sobre inclusão dando voz à criança com desenvolvimento atípico e seus pares. Esta é uma linha de investigação emergente no campo da educação especial, é importante porque permite adicionar a perspetiva da criança, enquanto ser capaz de participar e pensar sobre inclusão, à dos profissionais de educação e pais já bastante estudada. Realizou--se um estudo de caso que pretendeu responder à questão: “O que pensam as crianças do 3.º ano de escolaridade, de uma escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico, sobre inclusão a tempo integral de uma criança com Paralisia Cerebral (PC) no ensino regular e que papel assumem nesse processo?”. Procurou-se: (i) analisar que perceção têm as crianças participantes no estudo sobre a inclusão de um aluno com PC; (ii) analisar o papel dos pares no processo de inclusão desse aluno e (iii) caracterizar como se sente o aluno no dia a dia com os pares. No estudo participaram 23 crianças do 3.º ano do 1º Ciclo do Ensino Básico (1.º CEB) com Desenvolvimento Típico (DT) e uma criança com PC. A recolha de dados envolveu várias técnicas: (i) observação não participante; (ii) entrevistas semiestruturadas; (iii) narrativas visuais; (iv) registo de incidentes críticos e (v) análise de redes sociais. Os dados recolhidos foram analisados, sobretudo, com recurso à análise de conteúdo. Os dados do estudo sugerem que as crianças participantes possuíam uma visão muito concreta do que é inclusão: estar incluído significa aprender e brincar juntos, partilhar os mesmos espaços e fazer as mesmas coisas, ainda que com ajudas. Para elas, TODOS têm o direito a aprender e a brincar juntos. Os pares desempenham um papel relevante neste processo, ao facilitar e promover a participação do colega com PC nas atividades do dia-a-dia escolar. Da análise dos dados decorreu ainda que o aluno com PC se sentia acolhido e feliz na escola, apreciando particularmente os momentos de brincadeira com os pares. Dar voz às crianças foi fundamental para se analisar a inclusão do ponto de vista das próprias.