ESML - Dissertações de Mestrado
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- Bandas e músicos militares em Portugal: do século XIX ao XXIPublication . Correia, Luís Miguel Tomé; Carvalho, João Soeiro deBanda Militar é um termo que aparece na Europa em finais do século XVIII designando uma banda regimental formada por instrumentos de sopro (madeiras e metais) e percussão (Polk 2003). No entanto em Portugal a denominação primeiramente utilizada para este tipo de agrupamento não foi esta: Ao que tudo indica, foi por volta da última década do século XVIII que as bandas de música, sob o modelo dos conjuntos de Harmoniemusik, ingressaram definitivamente no exército português. Concomitantemente, a palavra charamela [usada até então para designar genericamente esses grupos] caiu em desuso, sendo substituída por “música”, que antecede o termo banda (Binder 2004: 10). [Para mais esclarecimentos sobre terminologiacfr. *Glossário: Banda, Charamela, Harmoniemusik, ...] No contexto da musicologia portuguesa poderá à primeira vista parecer uma temática inócua, se pensarmos na banda como um corpo estático, essencialmente de militares que tocam música, e não de músicos profissionais que, como outros, envergam um traje específico e interagem com o meio em que se inserem. O senso comum ao pensar em militares, pensa numa estrutura rígida, altamente hierarquizada e que veicula uma série de preceitos predefinidos da política do Estado. No entanto com a instituição das bandas, e principalmente a partir do século XIX, o estatuto da banda no meio militar e a actividade do músico militar, sempre foi bastante livre destes grilhões que aparentemente toldam a sensibilidade musical, sendo neste aspecto verdadeiros espaços de liberdade artística e formativa, quer durante a Monarquia ou mesmo no Estado Novo. É preciso não esquecer que ainda hoje o Estado emprega mais músicos na Defesa ou Administração Interna, do que no Ministério da Cultura (!). A razão principal que me levou à escolha deste tema, para além de ser uma área a que tenho ligações, foi sem dúvida a falta de estudos ou publicações que de um ponto de vista global tratem do aparecimento e evolução das bandas militares em Portugal, e da marca indelével deixada até hoje de muitos dos seus ilustres membros.
- Música e arquitectura: contributos para uma visão integrada da composiçãoPublication . Alvim, Diogo d’Aguiar de Sousa; Vargas, António Pinho; Caires, CarlosA Música e a Arquitectura relacionam-se desde a descoberta Pitagórica da base aritmética dos intervalos musicais. Ao longo da história, estas relações têm-se manifestado através da matemática e da geometria. Hoje, com o desenvolvimento de cada uma destas artes através da tecnologia, e com a fusão entre disciplinas criativas, surgem novas perspectivas de interacção entre som e espaço, música e arquitectura. Este relatório contextualiza a criação de três projectos que exploram estas relações quer em termos do processo criativo, quer da experiência estética.
- Reflexões acerca do processo criativoPublication . Rocha, Sofia Sousa; Vargas, António PinhoO processo criativo pode conduzir a uma reflexão sobre problemas detectados no âmbito da criação de uma peça, obrigando o compositor a encontrar novos procedimentos e soluções. Este trabalho pretende abordar o meu percurso enquanto compositora, reflectir sobre os problemas detectados e sobre as estratégias conducentes ao prosseguimento da criação de uma peça concebida a partir desses pressupostos.
- Carl Philipp Emanuel Bach: as peças de carácterPublication . Matos, Maria Cândida Cunha da Rosa; Castro, Ana Mafalda; Rosa, Joaquim CarmeloNa escolha deste tema para o projecto que venho agora apresentar, terá também contribuído o facto de ser uma grande admiradora da obra de Bach, e de ter por este compositor uma afinidade muito especial. Quanto mais conheço e toco a sua música, mais me surpreende e me fascina. Além da minha motivação pessoal, julgo que ainda há muito a fazer a respeito deste grande compositor, que parece ter sido algo incompreendido e até, de certa maneira, maltratado, ao longo da História da Música. Os estudos sobre a obra de Bach também são recentes, tendo como marco a obra C.P. E. Bach Studies de Stephen L. Clark que, há cerca de trinta anos, por ocasião dos 200 anos da sua morte (1988), reuniu e publicou vários ensaios sobre o compositor. Desde então, os estudos que se têm vindo a realizar sobre a sua obra, têm revelado aspectos deveras interessantes, mostrando uma forte ligação às correntes estéticas e culturais do seu tempo, muito rico em inovação e exploração de novos rumos para as artes. Injustamente, foi visto por alguns como um mero compositor de transição, com um estilo ainda não definido. Talvez todo este movimento de redescoberta da sua obra venha ajudar a repor Bach no lugar de destaque que merece no panorama musical do período pós - Barroco, situando-o ao lado dos grandes compositores que marcaram decisivamente o curso da História da Música. Voltando ao repertório, as Peças de Carácter ainda não foram gravadas na sua totalidade e os instrumentos usados nas gravações editadas são apenas o clavicórdio e o fortepiano. Pretendo, com o meu recital, demonstrar que a abordagem destas peças em cravo é um interessante desafio para o intérprete, possibilitando revelar um vasto leque do colorido sonoro e capacidades expressivas do instrumento.
- A música tradicional madeirense no ensino especializado da música: um projecto artístico de cariz pedagógicoPublication . Brito, Márcia Cristina Figueira da Silva; Cruz, Cristina Brito daO presente trabalho é um relatório de um projecto artístico com cariz pedagógico centrado na Música Tradicional Madeirense (MTM), destinado aos alunos do Ensino Especializado de Música (EEM) e do Curso Profissional de Instrumento (CPI) do Conservatório – Escola Profissional das Artes da Madeira (CEPAM) na disciplina de Formação Musical (FM). O projecto envolveu três turmas do curso profissional de instrumento (1º, 2º e 3º anos do ensino secundário) e três turmas do ensino especializado (4º, 5º e 7º graus), num total de 53 alunos. A parte do projecto que envolveu alunos durou três meses. O recurso a um género musical que não a música erudita, neste caso a música tradicional, planeando um número considerável de aulas (terceiro período) com o objectivo de promover a execução de arranjos de MTM compostos com objectivos pedagógicos e atendendo às especificidades de cada turma, foi o modus operandi. É uma área de intervenção educativa ainda por explorar na Região Autónoma da Madeira, no âmbito do CEPAM, e isso justificou a condução de investigação de modo a avaliar e validar o trabalho desenvolvido. Com este projecto propunha-se demonstrar que a utilização da MTM como repertório central nas actividades de sala de aula e incluindo apresentações públicas de grupos vocais e instrumentais permitia desenvolver as capacidades musicais dos alunos, cumprindo os objectivos fixados para a disciplina de FM, ao mesmo tempo que reforçava a sua identidade regional e o conhecimento desse património cultural, adquirido através da prática musical. Foi feita uma recolha de canções do repertório tradicional madeirense e elaborado material didáctico a partir de arranjos e orquestrações das suas melodias, que foram elaborados em conformidade com as características e nível técnico dos alunos e turmas. As performances finais de cada grupo foram filmadas. Aprender, cantando e tocando, a música tradicional local permitiu aos alunos reforçar a sua identidade regional, valorizar o seu património musical e incentivar a sua transmissão e consequente preservação.
- Jazz para todosPublication . Nymark, Claus; Arens, Lars; Moreira, PedroA estrutura de jazz é uma estrutura especialmente adequada à aprendizagem de jazz numa fase inicial devida à sua formação alargada, que permite a integração dos músicos com vários níveis de experiência. Entendo que estejam numa “fase inicial” tanto músicos que se encontrem de facto numa fase inicial da sua aprendizagem musical, como músicos de outras áreas que desejem aprender a tocar jazz. Ao longo da história do jazz são muitos os exemplos de músicos – que hoje em dia figuram entre os mais famosos – que começaram as suas carreiras em big bands: Coleman Hawkins, Harry James e John Coltrane, só para mencionar alguns. A importância da orquestra de jazz enquanto veículo de divulgação da música e dos seus melhores músicos e compositores parece ser merecedora de uma atenção especial por parte das entidades oficiais. Muitos países mantêm presentemente uma orquestra nacional que se dedica exclusivamente a esta divulgação. De igual modo muitos conservatórios e universidades orgulham-se das suas orquestras de jazz como meio de promoção da instituição. É frequente que workshops promovam trabalho em orquestra e que esta orquestra seja o elemento principal no concerto final. É este último aspecto, em conjunto com os problemas específicos no ensino do jazz em orquestra, que o presente trabalho visa abordar. Vamos inicialmente procurar identificar quais são estes problemas e propor de seguida uma solução para os mesmos. Será isso que constituirá precisamente o teor desta tese: a criação de arranjos adaptáveis às condições frequentemente encontradas em workshops e escolas de jazz. Iremos discutir o actual estado do ensino formal, após o que abordaremos a questão de uma perspectiva histórica. Veremos também quais as vantagens da orquestra e algumas problemáticas específicas: língua a usar, leitura, articulações, cifra e improvisação. Por fim apresentaremos os temas juntamente com algumas considerações gerais, às quais se seguirão as conclusões da tese.
- Impacto motivacional resultante da utilização do instrumento na aula de iniciação musicalPublication . Costa, Marta Ferreira; Cardoso, FranciscoEste projeto de investigação teve como objetivo perceber qual o impacto que a utilização do instrumento na aula de Iniciação Musical teria no nível de motivação dos alunos. Por forma a estudar este fenómeno, foram comparadas as respostas de um grupo de alunos antes e depois de um período experimental de 10 aulas de Iniciação Musical, onde os alunos foram convidados a participar utilizando o seu instrumento. Os resultados indicam que houve um aumento significativo dos níveis de motivação dos alunos no final do período experimental. Esse aumento refletiu‐se sobretudo na qualidade do seu desempenho ao longo das atividades realizadas nas aulas, em níveis mais elevados de atenção, na predisposição em aprender, numa perspetiva mais positiva que passaram a ter da performance, e no tipo de trabalho que passaram a fazer em casa. O projeto teve a participação de um número reduzido de alunos, o que, apesar de ser adequado para um estudo de natureza exploratória como era o caso, não permite no entanto que os resultados obtidos sejam amplamente generalizados. Apesar disso, os resultados permitem que se reflita sobre as possíveis vantagens da inclusão do instrumento que os alunos estão a aprender nas aulas de Formação Musical/Iniciação Musical, sobretudo na forma como pode modificar a perspetiva que os alunos têm relativamente a estas disciplinas e no impacto que pode ter para o seu desenvolvimento musical a médio prazo.
- Liszt e Berg: sonatas para pianoPublication . Menezes, Marta Maria Capaz Assunção da Cunha; Henriques, Miguel; Moyano, JorgeA Sonata em Si menor de Franz Liszt e a Sonata para Piano op. 1 de Alban Berg são obras únicas no repertório pianístico. Embora compostas em contextos e períodos diferentes, ambas abrem caminho para a modernidade em termos harmónicos e composicionais, partindo da forma sonata. No presente trabalho é feita uma breve análise das duas sonatas, explicando as técnicas composicionais utilizadas na procura de uma maior unidade em termos formais: a de transformação temática no caso de Liszt e de variação em desenvolvimento no caso de Berg. Ambas partem da aplicação, desenvolvimento ou variação de um número limitado de motivos para construção de todo o material da obra. Para além da integração de ambas no seu contexto histórico, é feito um paralelismo entre as duas obras, explicando as suas características comuns e justificando a sua escolha para apresentação no meu Projecto Artístico.
- Sustentação de som em performance: respiração e qualidade da emissão vocal coralPublication . Nunes, Maria de Fátima Delgado Ribeiro; Lourenço, PauloA sustentação de som no canto define‐se como a capacidade de produzir som sem que haja quebra de energia respiratória, sem oscilações no fluxo de ar e usando uma respiração de suporte, permitindo executar frases musicais longas com uma qualidade estável de emissão vocal. Por conseguinte, o conhecimento da fisiologia respiratória é fundamental. O controlo sobre a respiração é essencial para a eficiência da produção de som através do canto. Na emissão vocal através da respiração costo‐diafragmático‐abdominal, o volume de ar inspirado e o controlo da expiração podem ser alcançados voluntariamente. Deste modo compreendese que tanto a inspiração como a expiração implicam um equilíbrio entre o grau de tensão muscular e o relaxamento. Uma das coisas mais importantes na postura do maestro é compreender o gesto como meio de produção de resultados positivos no som coral, devendo este ser entendido como a principal ferramenta de comunicação. O tipo de gesto que é efectuado para manter a sustentação de som, permeabilidade e modelação das fases respiratórias do grupo vocal é um aspecto crucial na preparação do repertório e também em performance. Para a realização prática do projecto foi elaborado um programa de música sacra a capella com treze obras dos séculos XVI e XX para serem interpretadas por um grupo vocal de dezassete cantores.
- Repertório para violoncelo solo: três compositores portugueses do séc. XX/XXI : contributo do intérprete na obra de artePublication . Coelho, Maria Clélia Varanda Vital; Marecos, CarlosO presente trabalho é constituído por duas partes: a performance e uma reflexão escrita sobre as obras executadas. Quatro Invenções e Três Inflorescências de Fernando Lopes- Graça, 5 Miniaturas de Carlos Marecos e Suite para violoncelo solo de António Pinho Vargas, foram a escolha para este recital. A divulgação auditiva e a elaboração de uma reflexão teórica orientada para uma maior compreensão das obras, aproximando-as da ideia do criador, assim como a importância e relevância do contributo do intérprete para a criação final, são os objetivos deste projeto artístico. Os processos de pesquisa incluirão a análise das obras de um ponto de vista interpretativo, um conhecimento da restante produção criativa dos compositores e o seu enquadramento histórico. Bibliografia produzida pelos próprios e por outros acerca deles, reflexões, críticas, ensaios e pensamentos que consubstanciem a problemática formulada, além da inclusão de interpretações das mesmas obras por diferentes intérpretes, fazem parte da metodologia utilizada. Entrevistas aos compositores Carlos Marecos e António Pinho Vargas serão incluídas no presente trabalho. Com todos estes elementos, espero transmitir a convicção de que a obra de arte é autónoma a partir da altura em que o compositor a terminou, sendo possível interpretá-la de formas diferentes, sem com isso desvirtuar a ideia do seu criador.