Browsing by Author "Martins, Ana"
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- O ajustamento à doença crónica: aspectos conceptuaisPublication . Pais-Ribeiro, José Luís; Silva, Isabel; Pedro, Luisa; Meneses, Rute; Cardoso, Helena; Mendonça, Denisa; Vilhena, Estela; Abreu, Madalena; Martins, Ana; Martins-da-Silva, AntónioQuando alguém é afectado por uma doença crónica tem que alterar o seu estilo de vida de modo a poder viver o melhor possível com a doença que o vai acompanhar, se não durante toda a vida, pelo menos durante grande parte da vida. Em função das características pessoais e da interacção como o meio envolvente, social e físico, alguns ajustar-se-ão melhor e mais facilmente do que outros. Estas alterações denominam-se Ajustamento ou Adaptação. Embora estes termos sejam sinónimos, por vezes a denominação expressa orientação teórica diferente: a primeira, mais interactiva, para designar o comportamento resultante dessa interacção, momento a momento, com o meio envolvente, a segunda mais estrutural. “Ajustamento” é um termo do senso comum, utilizado na linguagem de todos os dias. O dicionário diz que ajustamento e adaptação são sinónimos e, em contexto de psicologia, saúde e doenças, os dois termos também são utilizados como sinónimos. No entanto, na psicologia, por vezes, estes termos podem expressar conceitos diferentes, consoante a orientação teórica que os utiliza. O interesse pela mudança subjacente ao ajustamento ou à adaptação considera dois aspectos: a estrutura e o processo. A estrutura refere-se a factores estáveis tais como a traços de personalidade ou estrutura cognitiva e, também, a características estáveis do meio ambiente, enquanto o processo refere-se às mudanças que vão ocorrendo em consequência das interacções, momento a momento, com as situações que surgem, explicam Lazarus e Folkman (1985).
- Conhecimento de geometria de estudantes da licenciatura em Educação BásicaPublication . Menezes, Luís; Serrazina, Maria De Lurdes; Fonseca, Lina; Ribeiro, António; Rodrigues, Margarida; Vale, Isabel; Barbosa, Ana; Caseiro, Ana; Martins, Ana; Loureiro, Cristina; Fernandes, Fátima; Veloso, Graciosa; Gomes, Helena; Brunheira, Lina; Almeida, Pedro; Tempera, TiagoEste estudo quantitativo tem como objetivo avaliar o desenvolvimento do conhecimento de geometria de mais de duas centenas de estudantes do ensino superior a frequentar o curso de Educação Básica em três ESE. Através de um teste com 21 questões, passado antes e após a formação em Geometria, avaliaram-se os estudantes num conjunto de categorias. Os resultados revelam que, embora os estudantes manifestem conhecimentos de conceitos elementares à partida, com percentagens em torno dos 70%, e evolução nas três escolas, com aumentos médios de 5%, revelam, ainda, aspetos críticos relativos a conceitos básicos contemplados no teste.
- Eficácia da música no controlo da ansiedade durante o exame de PET/TCPublication . Santos, Ana; Martins, Ana; Sousa, Carolina; Vieira, Lina; Grilo, Ana Monteiro; Carolino, Elisabete; Castro, Maria; Alonso, JuanIntrodução – Em exames de tomografia de emissão de positrões (PET, do acrónimo inglês Positron Emission Tomography) com tomografia computadorizada (TC) a ansiedade pode interferir com a experiência do paciente e até com o diagnóstico. A música tem vindo a ser utilizada para controlo da ansiedade dos pacientes em inúmeros contextos clínicos. Objetivo – Verificar o efeito da música no controlo da ansiedade dos pacientes durante exames PET/TC. Métodos – Estudo exploratório onde foram incluídos 22 pacientes no grupo de controlo (GC) e 23 no grupo experimental (GE) que realizaram exame de PET/TC com fluorodesoxiglucose marcada com flúor-18 (18F-FDG). Os pacientes do GE ouviram música durante a aquisição de imagens, enquanto os do GC não. Todos os pacientes responderam a questionários sobre a experiência do exame (QEE) e a uma versão reduzida do questionário State-Trait Anxiety Inventory-State (STAI-S) antes do exame (AE) e depois do exame (DE). Procedeu-se ainda à medição da pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) AE e DE. Resultados – Os valores do STAI-S não diferiram significativamente entre grupos, quer AE quer DE. Contudo, do AE para o DE verificou-se um aumento destes valores no GC e, em oposição, uma diminuição no GE. Comparando as PA entre o GE e o GC constatou-se que não existem diferenças significativas AE, mas existem DE, sendo que no GE os valores são inferiores aos do GC. No GE 91,3% dos pacientes relatou que a música é um auxílio durante o exame, classificando em média o nível de utilidade em 4,4 (0 a 5, sendo 5 o máximo). Conclusões – No presente estudo ouvir música parece ser eficaz no controlo da ansiedade em exames de PET/TC, mostrando-se os pacientes satisfeitos quanto à utilização desta técnica.
- Estrutura da boa vida em pessoas com doença crónicaPublication . Pais-Ribeiro, José Luís; Silva, Isabel; Pedro, Luisa; Meneses, Rute; Cardoso, Helena; Mendonça, Denisa; Vilhena, Estela; Martins, Ana; Martins-da-Silva, AntónioDoenças crónicas (DC) são doenças que têm de ser geridas em vez de curadas. Giovannini, Bitti, Sarchielli e Speltini (1986) caracterizam as doenças crónicas como: a) doenças de longa duração, b) que tendem a prolongar-se por toda a vida do doente, c) que provocam invalidez em graus variáveis, d) são devidas a causas não reversíveis, e) que exigem formas particulares de reeducação, f) que obrigam o doente a seguir determinadas prescrições terapêuticas, g) que normalmente exigem a aprendizagem de um novo estilo de vida, h) que necessitam de controlo periódico, de observação e de tratamento regulares. As DC não se definem pela sua aparente ou real gravidade. As pessoas que têm DC podem fazer a vida do dia-a-dia como qualquer outro cidadão, e grande parte deles acaba por falecer de velhice ou de outras doenças, que não a DC que os acompanhou grande parte da vida. Para estas pessoas viverem uma boa vida o processo de ajustamento é decisivo. O ajustamento à DC torna-se então um objectivo fundamental para as pessoas e para a sociedade. O ajustamento pode definir-se como uma resposta a uma alteração do meio ambiente, que leva um organismo a adaptar-se a essa alteração. Esta definição, explicam as autoras, implica que ele ocorre ao longo do tempo e, também, que é um resultado desejável. Para Stanton, Revenson, e Tennen, (2007), o ajustamento engloba inúmeros componentes que cruzam domínios interpessoais, cognitivos, emocionais, físicos e comportamentais. Estes autores referem que da revisão da literatura se pode concluir que, grosso modo a DC requer, ajustamento em múltiplos domínios, que o ajustamento se desenrola ao longo do tempo, e que existe uma heterogeneidade acentuada no modo como os indivíduos se ajustam à DC. O ajustamento é um conceito do senso comum que tanto é verbo como substantivo.
- Funcionamento sexual e saúde mental em seis doenças crónicas: convergências e divergênciasPublication . Meneses, Rute; Pais-Ribeiro, José Luís; Silva, Isabel; Pedro, Luisa; Cardoso, Helena; Mendonça, Denisa; Vilhena, Estela; Martins, Ana; Martins-da-Silva, AntónioAinda que a saúde mental dos doentes crónicos seja cada vez mais uma preocupação dos profissionais de saúde, não é generalizada a avaliação rotineira do seu funcionamento sexual, que poderá ter impacto sobre a sua saúde mental. O objectivo do presente estudo é explorar a relação entre funcionamento sexual e saúde mental em doentes crónicos. Foram avaliados 77 adultos com diabetes tipo 1, 40 com diabetes tipo 2, 100 com esclerose múltipla, 79 com epilepsia, 205 com obesidade e 106 com cancro, recorrendo a um Questionário Sócio-demográfico e Clínico, à Escala de Função Sexual do MSQOL-54 e à Escala de Saúde Mental do SF-36. Na amostra total, verificaram-se correlações lineares estatisticamente significativas entre Funcionamento Sexual e Saúde Mental nos dois sexos (homens: r(161)=-0,35, p<0,0001; mulheres: r(387)=-0,36, p<0,0001). Entre os homens, as correlações oscilaram entre rs(33)=-0,58 (p<0,0001) e rs(34)=-0,21 (p=0,23); entre as mulheres, entre rs(161)=-0,49 (p<0,0001) e rs(19)=-0,03 (p=0,89). Mais concretamente, nos indivíduos com diabetes tipo 1 e cancro verificaram-se correlações lineares estatisticamente significativas entre Funcionamento Sexual e Saúde Mental nos dois sexos; nos indivíduos com diabetes tipo 2 e esclerose múltipla não se verificaram correlações significativas em nenhum dos sexos; nos indivíduos com obesidade só se verificaram correlações significativas nos indivíduos do sexo feminino; nos indivíduos com epilepsia só se verificaram correlações significativas nos indivíduos do sexo masculino. Os resultados sugerem que a promoção do funcionamento sexual de doentes crónicos poderá saldar-se por uma melhoria na sua saúde mental (e vice-versa), mas não em todas as doenças crónicas analisadas.
- High incidence of early thalamic lesions in the Continuous Spike-Wave related with slow Sleep (CSWS)Publication . Carvalho, Daniel; Mendonça, Carla; Carvalho, João; Martins, Ana; Leal, AlbertoObjective: Continuous Spike-Wave during slow Sleep (CSWS) syndrome associates a clinically important neurocognitive regression with strong activation of non-REM sleep spikes. Its mechanisms remain unknown, but a contribution of rare perinatal thalamic injuries has been highlighted. We determine the incidence of such lesions in a cohort of CSWS patients. Methods: N = 65 patients with CSWS and a control group (N = 51) were studied. Spikes were quantified in long-term ambulatory EEGs, brain Magnetic Resonance Imaging (MRI) structural lesions were assessed and thalamic volumetry was performed. A neurocognitive scale was used to assess dysfunction. Results: The most common etiologies in the control patients were not represented in the CSWS group. Structural lesions were detected in a minority of CSWS patients (25/53) but included a thalamic injury in the large majority (24/25). This ratio was 4/40 in controls. Lesions belonged to one of five types: 1. Circumscribed to the thalamus (N = 11); 2. Extending beyond the thalamus (N = 3); 3. Hypothalamic-Hamartomas (N = 4); 4. Periventricular-Leukomalacia (N = 4); 5. Hypoplasia-Polymicrogyria (N = 1). Most lesions were lateralized to one hemisphere, which in all cases corresponded to the lateralization of the CSWS. Significance: Thalamic lesions are present in most CSWS patients with abnormal MRIs, supporting an important role in its genesis.
- How important is personality in neurological patient' quality of life perception?Publication . Meneses, Rute; Pais-Ribeiro, José Luís; Pedro, Luísa; Silva, Isabel; Cardoso, Helena; Mendonça, Denisa; Vilhena, Estela; Abreu, M.; Henriques, M.; Melo, V.; Martins, Ana; Martins-da-Silva, AntónioIn the last decades, the value of research on neurological patients’ quality of life (QOL) has become unquestionable. In this context, most studies focus on the relationship between patients’ QOL and their sociodemographic and/or clinical and/or modifiable psychosocial characteristics. They give us information regarding the sociodemographic and clinical profile most prone to low QOL reports and also on ways to improve patients’ QOL (e.g., targeting their selfesteem). Nevertheless, little is known about the role nonmodifiable psychosocial variables can have on patients’ QOL perception. Consequently, the aim of the present study is to explore the relationship between QOL and personality in neurological patients.
- Pessoas com epilepsia e os outros: relações pacíficas?Publication . Meneses, Rute; Pais-Ribeiro, José Luís; Silva, Isabel; Pedro, Luisa; Cardoso, Helena; Mendonça, Denisa; Vilhena, Estela; Abreu, Madalena; Melo, Vera; Martins, Ana; Martins-da-Silva, AntónioA Escala de Estigma e a Escala de Satisfação com a Vida foram administradas a 92 indivíduos com epilepsia, para analisar o bem-estar subjectivo (BES), o estigma e seus correlatos. Os scores de BES oscilaram entre 32,5 e 100 (M=66,11, DP=16,06), os de estigma entre 5 e 35 (M=26,93, DP=8,20). O estigma correlacionou-se com: BES e percepção de doença, não variando em função do meio habitacional. O estigma percebido, indicador de relações pouco pacíficas, pode reduzir o BES e ter um impacto negativo na percepção de doença.
- Preditores da adesão à medicação na epilepsia: estudo longitudinalPublication . Linhares, Vânia; Meneses, Rute F.; Pais-Ribeiro, José Luís; Pedro, Luisa; Silva, Isabel; Vilhena, Estela; Mendonça, Denisa; Cardoso, Helena; Martins, Ana; Martins-da-Silva, AntónioIntrodução: A não adesão à medicação na epilepsia é prevalente, pelo que a compreensão dos fatores associados deve ser promovida. Objetivos: Analisar a capacidade preditiva das estratégias de coping e da espiritualidade em relação à adesão à medicação ao longo do tempo. Metodologia: Foram avaliados 60 indivíduos através de um Questionário Sociodemográfico e Clínico, a Medida de Adesão aos Tratamentos, o COPER e a Escala de Avaliação de Espiritualidade em Contextos de Saúde, em dois momentos. Resultados: A espiritualidade Momento 1 não se relacionou com adesão à medicação no Momento 3, e as estratégias de coping: Desinvestimento Comportamental e Aceitação no Momento 1 predizem negativamente a adesão à medicação no Momento 2. Conclusão: A relação entre a adesão à medicação, estratégias de coping e espiritualidade varia em função do tempo, o que deve ser considerado ao nível da intervenção.
- Preditores da qualidade de vida na epilepsiaPublication . Linhares, Vânia; Meneses, Rute; Pais-Ribeiro, José Luís; Silva, Isabel; Pedro, Luisa; Vilhena, Estela; Mendonça, Denisa; Cardoso, Helena; Martins, Ana; Martins-da-Silva, AntónioA epilepsia é uma das patologias neurológicas mais comuns em todo o mundo, com repercussões importantes na Qualidade de Vida (QDV) dos indivíduos. Deste modo, o objetivo do tratamento ultrapassa a remissão total das crises epiléticas, dado que também prioriza a QDV do indivíduo com epilepsia. A QDV tem vindo a ser associada a alguns fatores modificáveis, importantes para a sua promoção. Assim, pretende-se com o presente estudo identificar se a Adesão à Terapêutica, as Estratégias de Coping e a Espiritualidade são preditores da QDV de indivíduos com epilepsia. O SF-36 v1.0, a Medida de Adesão aos Tratamentos, o COPE-R e a Escala de Avaliação de Espiritualidade em Contextos de Saúde foram administrados a 94 indivíduos com diagnóstico de epilepsia entre quatro e 49 anos. A relação entre as variáveis foi analisada através do modelo de regressão linear múltipla. Os resultados revelam que a Adesão à Terapêutica, a Esperança/Otimismo predizem positivamente a QDV. Já as estratégias de Coping Desinvestimento Comportamental, Expressão de Sentimentos e Religião predizem-na negativamente. Estes resultados são importantes para os profissionais de saúde, na medida em que a identificação de preditores modificáveis da QDV sugere pistas para intervenções que promovam a QDV de indivíduos com epilepsia.