Browsing by Author "Correia, Anabela"
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- Acidente vascular cerebral e reabilitação vestibular: a scoping reviewPublication . Correia, Anabela; Pimenta, CarlaIntrodução: Os défices vestibulares centrais resultam de alterações no sistema vertebrobasilar (que incluí o tronco cerebral, o cerebelo, o lobo occipital, as artérias vertebrais e basilar) e podem ser causados por acidente vascular cerebral (AVC). Os défices vestibulares puros nos pacientes com AVC são raros, mas existem frequentemente alterações resultantes da lesão cerebral que provavelmente beneficiam da reabilitação vestibular (RV). Objetivos: Pesquisar e analisar a literatura existente sobre a efetividade da RV no doente com AVC. Metodologia: Realizou-se uma Scoping Review utilizando a ferramenta sugerida por ArsKey e O´Malley e as orientações da Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR). Na pesquisa, sem limite temporal, nas bases de dados PubMed e Physioterapy Evidence Database (PEDro). utilizou-se a combinação das palavras-chave: “Acidente Vascular Cerebral” e “Reabilitação Vestibular” e Stroke and “Vestibular Rehabilitation”. Foram incluídos os estudos aleatorizados ou estudos piloto e excluídos artigos que não fossem escritos em Português ou em Inglês ou cujo tema não fosse de encontro ao objetivo do estudo. Os artigos incluídos foram registados numa tabela e analisados. Resultados: Num total de 18 artigos foram excluídos três por estarem repetidos, oito por estarem fora do âmbito da pesquisa e dois por não estarem escritos em Português ou Inglês. Os cinco artigos selecionados foram publicados entre 2013 e 2020 e os instrumentos de avaliação mais utilizados foram o Timed Up and Go test, o Dizziness Handicap Inventory e o Dinamic Gait Index. A intervenção vestibular utilizou maioritariamente exercícios de estabilização corporal e de estabilização do olhar em conjunto com a fisioterapia habitual. A intervenção durou entre 4 a 6 semanas e verificou-se uma melhoria nas diversas escalas de avaliação utilizadas. Apenas três estudos encontraram diferenças significativas entre os resultados do Grupo de Controlo e do Grupo de Intervenção em alguns dos instrumentos utilizados, nomeadamente na melhoria do equilíbrio, marcha e funcionalidade. Conclusões: Esta scoping review mostra que existe um número limitado de estudos sobre a RV e o AVC com grande variabilidade nos instrumentos de avaliação, técnicas de tratamento, dificultando a análise conjunta dos vários estudos. No entanto verificase que a RV é uma área muito abrangente que utiliza uma grande variedade de estratégias de intervenção, pelo que as palavras-chave selecionadas podem não ter conseguido encontrar todos os estudos existentes sobre esta temática. De acordo com os estudos analisados a otimização da função vestibular parece atuar como facilitador da recuperação, nomeadamente nas alterações percetivas, no equilíbrio e na marcha, reduzindo o risco de queda; pelo que a RV pode/deve ser uma estratégia a incluir, pelos fisioterapeutas, na reabilitação de doentes com AVC.
- Alterações do equilíbrio e risco de queda após acidente vascular cerebralPublication . Correia, Anabela; Pimenta, Carla; Alves, Marta; Virella, DanielObjetivos: Caracterizar as alterações do equilíbrio estático e dinâmico e da mobilidade funcional após acidente vascular cerebral (AVC) e a sua relação com o risco de queda. Relevância: As alterações do equilíbrio e do padrão de marcha após AVC associam-se à diminuição da funcionalidade e à dependência, considerando-se fatores de risco de queda. Amostra: Amostra consecutiva de doentes adultos com marcha autónoma, referenciados para fisioterapia ambulatória, menos de 18 meses após AVC. Material e métodos: Avaliação do equilíbrio estático pelo teste de Romberg; avaliação do equilíbrio dinâmico pela escala de equilíbrio de Berg (EEB); avaliação da mobilidade funcional pelo timed up and go test (TUG); e avaliação da dependência pela motor assessment scale (MAS). Análise estatística: Exploraram-se associações com a ocorrência de queda e a possibilidade de queda estimada (EEB<45) com modelos de regressão logística. Resultados: De 38 indivíduos estudados (24 homens), entre 37 e 87 anos (mediana 68), 3 referiram alterações prévias do equilíbrio. Sofreram AVC isquémico 32; o atingimento principal foi do hemisfério esquerdo em 19. Foram avaliados <6 meses após o AVC 19 indivíduos (50%). Não usavam auxiliares de marcha 24 indivíduos (63%). Não relataram quedas após o AVC 18 indivíduos (47%). Teste de Romberg negativo: 4 (10,5%); EEB<45: 28 (74%); TUG>14 segundos: 31 (84%); dependência grave 5 indivíduos (13%), moderada 13 (34%). Concordância de 63% entre queda ocorrida e EEB<45. Dependência e mobilidade funcional não se associaram à ocorrência de queda. Conclusões: Em 38 indivíduos ambulantes referenciados para fisioterapia entre 20 dias e 18 meses após AVC, observou-se uma concordância moderada (63%) entre as quedas sofridas e o risco de queda estimado (EEB). Embora a mobilidade funcional (TUG) e a dependência (MAS) se associem fortemente ao EEB, não se associaram à ocorrência efectiva de queda.
- Assessing the risk for falls among Portuguese community-dwelling stroke survivors: are we using the better tools? Observational studyPublication . Pimenta, Carla; Correia, Anabela; Alves, Marta; Virella, DanielPurpose: This study assesses the estimation of the risk for falls among community-dwelling stroke survivors referred for ambulatory physiotherapy and explores factors that affect the risk. Methods: Observational, cross-sectional with nested case-control study, of individuals, referred to physiotherapy less than 12 months after stroke and able to walk independently. Berg Balance Scale, Timed Up and Go Test, and the Motor Assessment Scale were applied. Berg Balance Scale ≤45 or Timed Up and Go Test > 14 were used to estimate the risk for falls. The discrimination ability of the estimation was assessed. Alternative models were explored by logistic regression analysis. Results: One hundred sixty-seven patients fulfilled the inclusion criteria. Patients were 21 to 87years old (median 66), 98 men (58.7%), and 133 (79.6%) the stroke occurred in the last 6 months. Falls were reported by 78 (46.7%) of the patients but 139 (83.2% [95%CI 76.84–88.14]) were estimated as having risk for falls. The discrimination ability of the estimation of the actual occurrence of falls by Berg Balance Scale ≤45 or Timed Up and Go Test >14 was 55% (95%CI 47.5–62.4). The actual occurrence of falls was associated only with Motor Assessment Scale, as a protective factor. The discrimination ability of the estimation of the actual occurrence of falls by the Motor Assessment Scale alone was the area under the curve 0.69 (95%CI 0.60–0.77). Conclusions: Different tools with better performance are needed to identify the risk for falls after stroke.
- Better balance: a randomised controlled trial of oculomotor and gaze stability exercises to reduce risk of falling after strokePublication . Correia, Anabela; Pimenta, Carla; Alves, Marta; Virella, DanielObjective: To assess the effect of a domiciliary program of oculomotor and gaze stability exercises on the incidence of falls and the risk of fall in stroke survivors. Design: Two-arm, non-blinded parallel randomized controlled trial. Subjects: Stroke survivors older than 60 years, with positive Romberg test and autonomous gait after the stroke. Setting: Physiotherapy outpatient clinic of a tertiary care hospital. Interventions: Every participant accomplished the current rehabilitation program; the intervention group was randomly allocated into an additional three weeks intervention with a domiciliary program of oculomotor and gaze stability exercises. Main measures: Primary outcome was the incidence of falls through the three weeks after the intervention started; in addition, the variation of the estimated risk for falling assessed by both the Berg Balance Scale (four points) and Timed Up and Go Test (four seconds) was the secondary outcome. Results: 79 patients were recruited and 68 completed the protocol (control group 35; intervention group 33). During the follow-up, falls were registered in 4/35 participants in the control group and no event occurred in the intervention group (P = 0.064). The estimated risk for falling decreased in 11/35 control group participants and in 28/33 intervention group participants (RR 0.37; 95%CI 0.22–0.62; P < 0.001). Conclusion: After three weeks of a domiciliary program of oculomotor and gaze stability exercises, the estimated risk of falling significantly diminished, and no falls occurred among the intervention group. These findings encourage further exploration of this promising intervention.
- BetterBalance: exercícios oculomotores e de estabilização do olhar na redução do risco de queda após acidente vascular cerebralPublication . Pimenta, Carla; Correia, Anabela; Alves, Marta; Virella, DanielIntrodução: As alterações de equilíbrio que frequentemente ocorrem após acidente vascular cerebral (AVC) estão associadas a uma diminuição do potencial de recuperação, a episódios de quedas e a limitações na funcionalidade. Objetivos: Avaliar a eficácia de um programa domiciliário de exercícios oculomotores e de estabilização do olhar na diminuição do risco de queda após AVC. Metodologia: Ensaio clínico aleatorizado, controlado e sem ocultação realizado entre julho de 2014 e maio de 2019. A amostra foi constituída por pacientes com idade superior a 60 anos, com tempo de instalação do AVC entre 3 e 15 meses, referenciados para fisioterapia em regime ambulatório, com teste de Romberg positivo e capacidade de realizar marcha autónoma. Os participantes foram alocados no programa habitual de reabilitação (grupo observacional - GO) ou no atual programa de reabilitação com uma intervenção suplementar com ensino de um programa domiciliário de exercícios oculomotores e de estabilização do olhar (grupo intervenção - GI) por três semanas. A ausência de quedas foi considerada como critério de sucesso principal da intervenção e a diminuição do risco estimado de queda (avaliado pela Escala de Equilíbrio de Berg e pelo Timed Up and Go Test) foi considerada como critério de sucesso secundário. Os dados foram analisados per protocol. O risco relativo (RR) foi estimado com intervalo de confiança de 95%. O contributo da intervenção para o modelo explicativo de diminuição do risco de quedas foi avaliado por regressão logística multivariável. Resultados: Dos 79 pacientes recrutados, 68 completaram o protocolo (GO 35; GI 33), a mediana de idade foi de 73 (60-87) anos (min-max), e 22 eram mulheres (32.4%). No GO foram registadas quedas em 4/35 participantes nas três semanas de intervenção; no GI não se registou nenhuma queda; apesar desta diferença não ser estatisticamente significativa, é reveladora de tendência (teste exato de Fisher unilateral, p=0.064). O critério de sucesso secundário foi observado em 11/35 participantes no GO e em 28/33 no GI (RR 0.37; IC95% 0.22 - 0.62; p<0.001). Conclusões: Os exercícios oculomotores e de estabilização do olhar mostraram ser uma abordagem promissora como complemento à intervenção da fisioterapia na diminuição do risco de queda após AVC quando existem alterações de equilíbrio. Deste modo podem ser incorporados em qualquer programa de reabilitação com ganhos significativos na melhoria do equilíbrio e mobilidade.
- Circuito de prevenção de quedas do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, E.P.E.Publication . Correia, Anabela; Pereira, Ana Paula; Mendes, Bruno; Caldeira, Carlos; Ferreira-dos-Santos, Guilherme; Rodrigues, Inês; Domingos, Íris; Horta, Luís; Branco, Pedro SoaresObjetivos do projeto: O circuito de prevenção de quedas do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC) pretende, a longo prazo, identificar, tratar e reavaliar todos os indivíduos da área de influência do CHULC, com idade ≥ a 65 anos, com risco moderado a elevado de queda e fratura (considerando uma área de influência com cerca de trezentos mil habitantes, com uma taxa de 20,85% da população alvo com idade igual ou superior a 65 anos, de acordo com os dados demográficos nacionais mais recentes, de 2016).
- Concordância entre instrumentos de avaliação do equilíbrio após acidente vascular cerebralPublication . Correia, Anabela; Pimenta, Carla; Alves, Marta; Virella, DanielIntrodução – A perturbação do equilíbrio após acidente vascular cerebral (AVC) é importante pela sua frequência e repercussões. Instrumentos de avaliação do equilíbrio validados e de fácil aplicação são necessários para identificar risco de queda e para adequar estratégias de intervenção. Objetivos – Verificar a concordância entre as avaliações do equilíbrio estático, dinâmico e mobilidade funcional após AVC e verificar se a concordância varia com o grau de dependência. Metodologia – Estudo transversal de amostra sequencial de adultos com marcha autónoma, até dois anos após AVC, referenciados para fisioterapia em ambulatório. O equilíbrio estático foi avaliado pelo teste de Romberg, o equilíbrio dinâmico pela Escala de Equilíbrio de Berg (EEB), a mobilidade funcional pelo Timed Up and Go test (TUG) e o grau de dependência pela Motor Assessment Scale (MAS). A concordância foi avaliada pelo coeficiente de correlação interclasse e pelo teste k de Cohen. Resultados – Foram incluídos 52 indivíduos, 26 com dependência leve, 20 moderada e seis grave. Tinham Romberg positivo 48/52; 39/52 tinham EEB<45 e o TUG>14 foi observado em 42/52. A concordância global entre as três variáveis avaliadas obteve ICC=0,63. Verificou-se uma concordância global k=0,61 entre EEB e TUG, nos indivíduos com dependência leve k=0,52 e naqueles com dependência moderada k=0,64. A concordância entre Romberg e EEB obteve globalmente k=0,27 e entre Romberg e TUG k=0,04. Conclusões – A concordância entre as avaliações do equilíbrio estático, dinâmico e mobilidade funcional após AVC é total nos casos de dependência grave e elevada nos casos de dependência moderada. Estes resultados reforçam a necessidade da utilização destes três instrumentos, particularmente nos casos de dependência leve.
- Domiciliary gaze stability and oculomotor exercises improves balance after stroke: better balance, a randomized controlled trialPublication . Correia, Anabela; Pimenta, Carla; Alves, Marta; Virella, DanielBackground: As mechanisms of gaze stability, both visual stabilization and the vestibulo-ocular reflex are needed to coordinate the movements of the head, trunk, and pelvis during walking. Balance impairment after stroke is strongly associated with more severely impaired motor function, a decrease in recovery potential, and an increase in the number of falls. Purpose: To verify the efficacy of a domiciliary training program to improve balance impairment due to stroke in senior patients.
- Os efeitos da reeducação vestibular na estabilidade, sintomatologia e incapacidade dos indivíduos com défice vestibular periférico unilateralPublication . Correia, AnabelaObjetivo do estudo: comprovar a eficácia da reeducação vestibular no aumento da estabilidade postural e na diminuição da sintomatologia percebida numa amostra consecutiova de indivíduos com défice vestibular periférico unilateral e verificar se existe relação entre as alterações verificadas.
- Efeitos de um programa de fisioterapia aquática no risco de queda em doentes com acidente vascular cerebral crónico na comunidade: série de casosPublication . Cristóvão, Andreia; Correia, Anabela; Rebelo, PedroIntrodução e Objetivos – Aproximadamente 80% dos sobreviventes de acidente vascular cerebral (AVC) apresentam défices de equilíbrio e até 58% apresentam risco de queda no primeiro ano após AVC. Uma das intervenções que tem sido utilizada para o tratamento desta sequela é a fisioterapia aquática. O objetivo deste trabalho é identificar os efeitos de um plano de fisioterapia aquática em grupo no risco de queda, em doentes com AVC crónico. Métodos – Análise de série de casos de três sobreviventes de AVC crónico que apresentam risco de queda (tempo de instalação de 21 a 41 meses). Foram utilizados os instrumentos de avaliação: Escala de Equilíbrio de Berg (EEB), Timed Up and Go (TUG) e Escala de Confiança no Equilíbrio Específica para a Atividade (ECEEA). O programa teve a duração de oito semanas, frequência de duas vezes por semana e a duração de 45 minutos por sessão. Resultados – Os participantes obtiveram diminuições que variam entre 14 e 36 segundos no TUG. Contrariamente, observou-se um aumento na EEB (valores entre 10 a 16 pontos) e da ECEEA (3,13 e 6,88%). Discussão e Conclusão – Todos melhoraram o equilíbrio. Foram obtidos resultados clinicamente significativos no TUG e na EEB, revelando uma diminuição significativa deste risco. Os resultados obtidos pela ECEEA mostram-nos que os participantes mantêm o medo de cair. O pequeno tamanho da amostra não permite generalização dos resultados.