Repository logo
 
No Thumbnail Available
Publication

Qualidade de vida em doentes crónicos portugueses

Use this identifier to reference this record.

Advisor(s)

Abstract(s)

A World Health Organization, em 1948, define a saúde como estado de bem-estar físico, mental e social e não apenas pela ausência de doenças ou de incapacidade, definição que continua a ser a definição oficial. Era centrada no indivíduo isolado e separada quer dos outros indivíduos, quer do meio ambiente. Mais tarde, acrescenta que a Saúde é um recurso para a vida do dia-a-dia, uma dimensão da nossa qualidade de vida (QdV), e já não é uma questão que dependa apenas do próprio indivíduo. O QdV é um construto importante, transversal que pode ser aplicado seja na Psicologia seja em qualquer outra área do Campo da Saúde, seja a outras áreas do conhecimento. É multidimensional, com aplicação e relevância para as pessoas, de todas as faixas etárias, de todas as culturas, estatuto socioeconómico e mesmo localização geográfica. A QdV está relacionada com todos os aspetos do bem-estar da pessoa (físico, psicológico e social). O interesse por este conceito tem influenciado, ao longo das últimas décadas, práticas e políticas do sector da saúde. As decisões e os condicionantes associados ao processo saúde-doença são multifatoriais e complexos. A saúde e as doenças são processos que estão relacionados com aspetos económicos, sociais e culturais. Ano após ano, a esperança de vida tem vindo a aumentar e, com o envelhecimento da população, a prevalência de doenças crónicas aumenta. As novas tecnologias, que facilitam diagnósticos e tratamentos, permitem às pessoas viver melhor e durante mais tempo com este tipo de doenças. Uma doença crónica é definida como uma doença prolongada, não se resolve espontaneamente e raramente tem cura, sendo responsável por alterações na vida das pessoas. Pessoas a quem lhes é diagnosticada uma doença crónica são confrontadas com um conjunto de fatores que resultam em efeitos negativos nas suas atividades quotidianas, funcionamento social, psicológico e atividades recreativas. Após o diagnóstico, muitas pessoas, confrontadas com as alterações e as consequências negativas no seu dia-a-dia, esforçam-se por encontrar novas formas de lidar com o binómio doença-vida-diária de modo a reconstruir um ‘novo estilo de vida’. Estas necessitam de ajustamento em vários domínios da vida: o ajustamento é definido como uma resposta a uma mudança no ambiente que permite a que um organismo se adapte adequadamente à mudança. Este, também classificado como satisfação com a vida, boa autoestima, afeto positivo e uma boa QdV. A identificação dos indicadores de QdV podem ajudar a determinar a eficácia comparativa dos diferentes tratamentos e avaliar o impacto do tratamento sobre a vida quotidiana dos doentes. O presente estudo teve como principal objetivo testar um modelo teórico, hipotético, que consiste na avaliação do impacto simultâneo da perceção do suporte social, do afeto positivo e negativo e da adesão aos tratamentos nas componentes da QdV (bem-estar geral, saúde física e mental), controlando para um conjunto de fatores sociodemográficos (sexo, idade, escolaridade e classificação da sua doença).

Description

Keywords

Doença crónica Qualidade de vida Portugal

Citation

Vilhena E, Pais-Ribeiro JL, Pedro L, Silva I, Meneses RF, Cardoso H, et al. Qualidade de vida em doentes crónicos portugueses. In: Leal I, Godinho C, Marques S, Vitória P, Pais-Ribeiro JL. editors. Atas do 11º Congresso Nacional de Psicologia da Saúde. Lisboa: Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde; 2016. p. 237-46.

Research Projects

Organizational Units

Journal Issue

Publisher

Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde

Collections