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Abstract(s)
Há já algumas décadas que Wilson (1984, 1993) apresentou uma hipótese justificativa para
a nossa empatia para com o mundo vivo e em especial para com os animais. Denominou-a
de biofilia e caracterizou-a como sendo uma manifestação inata moldada por um processo de
coevolução genes-cultura e que se revelou fundamental para a evolução humana.
Para Wilson, este processo de filiação foi possível, uma vez que o ser humano evoluiu inserido
no meio natural em contacto próximo com os animais. Desta forma, o cérebro desenvolveu-se
num mundo biocêntrico, e não num mundo regulado por máquinas. E apesar do afastamento
progressivo da natureza do ser humano desde a Revolução Industrial, tal afastamento revela-se
recente na Historia da Humanidade.
Apesar de empatia não ser sinónimo de domínio, a relação estabelecida com os animais
tem encerrado um valor utilitário recorrente: os animais têm servido diferentes fins humanos,
com destaque para a sua utilização na alimentação, no vestuário, na investigação científica, e
até como entretenimento (Almeida & García-Fernández, 2018).
Description
Keywords
Valores culturais Representação artística dos animais