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Abstract(s)
Introdução: O transplante pulmonar comstitui-se como tratamento em pacientes com insuficiência respiratória terminal e resposta significativa a intervenções prévias. Casos de COVID-19 de maior severidade evoluem para quadros de pneumonia e insuficiência respiratória terminal. Contudo, a adaptação do processo de transplantação pulmonar aos doentes pós-COVID-19 não é protocolada na literatura científica. Objetivo: Descrever e analisar o processo de transplante pulmonar em doentes pós COVID-19. Metodologia: Utilizaram-se as bases de dados PubMed e ScienceDirect, tendo-se pesquisados artigos publicados entre 2014-2022 através das palavras-chaves:”lung tranplant”,“covid-19”,”follow-up”, “post-tranplant”. Obtiveram-se 1060 artigos,
selecionando-se 13. Desenvolvimento: A avaliação da função respiratória de indivíduos pós-COVID-19 com
subsequente fibrose pulmonar é similar a outras doenças intersticiais pulmonares, demonstrando: diminuição da DLCO, seguida de AVR e, em alguns casos, AVO; diminuição da capacidade funcional e aumento do nível de dessaturação na PM6M. Apesar dos critérios de elegibilidade para este procedimento não estar ainda padronizada, a literatura propõe: idade < 65 anos; disfunção de apenas um órgão; imagiologia radiológica indicativa de doença pulmonar irreversível; participação em fisioterapia anterior e posterior ao procedimento; ausência de contraindicações ao transplante pulmonar; testes negativos à SARS-COV-2. O transplante pulmonar bilateral é recomendado, devido ao risco de hipertensão pulmonar e pela presença de adesões e fragilidade do tecido em casos de transplante pulmonar unilateral. A avaliação da função respiratória pós-cirúrgica consiste na realização de provas basais e determinação do FeNO, cuja variação dos seus parâmetros traduz infeções, disfunção aguda do aloenxerto pulmonar (ALAD) e disfunção crónica do aloenxerto pulmonar (CLAD). A CLAD define-se como o declínio persistente >20% do FEV1, e expressa-se segundo a Síndrome de Bronquiolite Obliterante (SBO) ou segundo um padrão restritivo (RAS). A SBO é resultado dos processos inflamatórios, fibróticos e da obstrução do fluxo aéreo, com diminuição dos débitos expiratórios intermédios, do FEV1 e da relação FEV1/FVC e valores elevados de FeNO até 6 meses antes da sua ocorrência. A RAS caracteriza-se pela presença de fibrose pulmonar com diminuição >20% do FEV1, diminuição da FVC e dos débitos expiratórios e diminuição >10% da CPT. A ALAD caracteriza-se pelo deterioramento do estado da função respiratória num período < 3 semanas, com declínio do FEV1 e com ou sem diminuição da FVC. Casos de reinfeção após transplante, aumentam a disfunção grave após a fase aguda e apresentam CLAD mais precocemente, devido à lesão direta ao aloenxerto pelo vírus e secundária das vias inflamatórias sistémicas. Conclusão: Apesar da avaliação da função respiratória em doentes pós-COVID-19 e do seu follow-up seguir os protocolos de transplantação pulmonar, estes exigem preferencialmente um transplante bilateral com critérios de elegibilidade adicionais. Salientando-se a necessidade de obtenção de conhecimento adicional.
Description
Keywords
COVID-19 Transplante de órgãos Transplante pulmonar Doente pós-COVID
Pedagogical Context
Citation
Silva D, Casimiro M, Salvado R, Dias HB. Estudo da arte: COVID-19 no transplantação pulmonar. In: XVI Seminário Temático em Fisiologia Clínica, ESTeSL, 2 de fevereiro de 2023.