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- A comunicação organizacional no âmbito da metodologia 360º: uma abordagem exploratóriaPublication . Mourão, Rita Monteiro; Miranda, SandraA avaliação de desempenho e a comunicação organizacional assumem um papel central nas organizações, sendo responsáveis por uma maior eficácia organizacional (Proctor & Doukakis, 2003). A comunicação organizacional assume um papel de destaque, devido a fatores como a globalização e a crescente competitividade dos mercados, que exigem um contacto pessoal e profissional mais permanente entre os colaboradores (Miller, 2011). Portanto, esta comunicação constitui-se relevante no seio organizacional, pois permite uma coordenação do trabalho realizado pelos colaboradores, possibilitando que estes conheçam o trabalho dos restantes colegas (Taylor & Every, 2003). Por sua vez, a avaliação de desempenho torna-se responsável pela tomada de determinado tipo de decisões, quer sejam de carácter administrativo (e.g. incrementos salariais), quer sejam de carácter de desenvolvimento (e.g. identificar necessidades de formação) (e.g. Bracken, Timmreck, Fleenor & Summers, 2001). Contudo, algumas limitações da avaliação de desempenho tradicional/top-down, realizada somente pelas chefias (e.g. erros cognitivos dos avaliadores, provenientes das suas idiossincrasias) e o aparecimento das novas tecnologias (e.g. intranet) têm vindo a incitar avaliações provenientes de outras fontes, para além da chefia (Kondrasuk, 2012). Assim, surge a necessidade de ser considerada a metodologia 360º/feedback 360º, método avaliativo específico que se distingue do método top-down por considerar a perspetiva de diferentes atores organizacionais (McCarthy & Garavan, 2001). Consensualmente na literatura, são incluídos neste processo avaliativo o próprio colaborador (i.e., auto-avaliação), os pares (i.e., colegas) e o(s) supervisor(es)/chefia(s) (e.g. Bracken et al., 2001), sendo considerados os atores organizacionais críticos do feedback 360º. Tem vindo a verificar-se que a perspetiva de diferentes colaboradores, proporcionada pelo feedback 360º, poderá ser vantajosa para as Organizações. Isto porque tal método avaliativo promove a concretização de uma comunicação organizacional horizontal que possibilita um clima de maior interacção e confiança entre os colaboradores (Mamatoglu, 2008) e, consequentemente, desempenhos profissionais individuais e grupais mais eficazes (Carson, 2006). Tal vantagem poderá dever-se ao facto do feedback 360º ser, tendencialmente, aplicado em organizações culturalmente recetivas à partilha de poder (Shiper & Rotondo, 2007). Assim, este método avaliativo poderá possibilitar uma redução de distorções comunicativas, uma vez que em organizações hierarquicamente pouco marcadas, os inferiores hierárquicos sentem-se menos inibidos em comunicar com os seus superiores (Felts, 1992). Será nesse contexto que surge a necessidade da realização de estudos sobre a comunicação organizacional, no âmbito da aplicação da metodologia 360º. Neste caso e, tendo por base a literatura da especialidade, entrevistas exploratórias e focus group, irá aventar-se um modelo teórico de análise integrativo. O principal objetivo da construção deste modelo será perceber quais as variáveis dependentes e independentes enquadradas na aplicação do feedback 360º e qual o papel que a comunicação organizacional poderá assumir aquando dessa aplicação.
- A comunicação organizacional enquanto conceito e processo: perceções de professores universitários; formadores e gestores de comunicaçãoPublication . Mourão, Rita Monteiro; Miranda, SandraAs organizações são entidades simbólicas através das quais os seus atores criam e utilizam uma linguagem específica. Esta linguagem surge procura atribuir sentido aos acontecimentos, comportamentos e objetos e poderá estar relacionada com aquilo que se designa por comunicação organizacional (CO)(Gomes, 2000). Pode verificar-se, então, que a ideia base de Weick de que a comunicação constitui a organização tem vindo a ser defendida até aos dias de hoje (McPhee & Zaug, 2009). Esta ideia está também por trás da conhecida escola de Montreal e do paradigma da CCO (i.e., “Comunicação constituí a Organização”) (Schoeneborn; Blaschke, Cooren, McPhee, Seidl & Taylor, 2014). Nesse sentido, este tipo de comunicação constitui-se como fundamental para explicar e para compreender o funcionamento e gestão de qualquer organização, tornando-se impossível separar ambos os conceitos (Fairhurst & Connaughton, 2014; Mangorrinha, 2012; Ricardo, 2008). A comunicação organizacional surge, então, como uma forma de garantir que os colaboradores têm conhecimento dos contextos nos quais se encontram inseridos, seguindo todos a mesma direção (Quirke, 2008). Especificamente, a comunicação organizacional tem vindo a ser entendida como uma forma de disseminação de informação que possibilita a coordenação e conclusão de tarefas, a tomada de decisões e uma possível resolução de eventuais conflitos (Ricardo, 2008; Ayub, Manaf & Hamzah, 2014). Apesar da sua relevância, a comunicação organizacional assume, ainda, uma identidade pouco clara, uma vez que se trata de um processo dinâmico e complexo. Nesse sentido, enquadra-se em diferentes linhas de investigação, associadas a diferentes períodos históricos (Deetz, 2001; Mumby & Stohl, 1996). Face aos aspetos acima mencionados, surgiu a necessidade de perceber-se como é Experts: Docentes universitários da área de Comunicação Organizacional/Relações Públicas/Gestão de Recursos Humanos; Formadores na área de Comunicação Organizacional/Relações Públicas/Gestão de Recursos Humanos e Técnicos responsáveis pela gestão da comunicação interna nas suas empresas entendem, definem e concretizam a comunicação organizacional. Como tal, realizou-se um estudo qualitativo exploratório, através da aplicação de entrevistas semiestruturadas tendo a amostra de conveniência um total de 33 indivíduos: 11 Docentes Universitários, 11 Formadores de comunicação organizacional e 11 Técnicos responsáveis pela gestão da comunicação interna nas suas empresas. A análise de conteúdo elaborada permitiu a construção da Dimensão-Perceções sobre a Comunicação Organizacional enquanto conceito e processo, constituída por 33 categorias e 12 subcategorias. De uma forma geral, os aspetos mais frisados pelos entrevistados no que respeita à CO enquanto conceito prenderam-se com a sua centralidade, em que os entrevistados relatam a relevância da comunicação nas organizações, descrevendo muitas das vezes, que a comunicação constitui a própria organização; a relevância da comunicação interna foi outro aspeto fortemente mencionado pelos entrevistados. Ainda no que respeita à CO enquanto conceito, os experts descrevem a necessidade de ser considerada a evolução dos paradigmas inerentes ao seu estudo, tendo sido este um aspeto fortemente apontado. Em relação à CO enquanto processo, os participantes relatam a pertinência de adequar a prática da comunicação ao contexto em que a organização atua, incluindo o tipo de atores organizacionais, o tipo de liderança e a cultura organizacional. Para além disso, os indivíduos envolvidos neste estudo referem-se à importância de um planeamento dos processos de comunicação em que se considerem os objetivos da comunicação e as ferramentas necessárias, de forma a que seja possível aplicar planos de contingência, caso seja necessário. Uma outra questão relacionada com o planeamento prende-se com a inclusão de todos os atores organizacionais, dos vários níveis hierárquicos, nos processos de comunicação da organização, para que seja possível uma comunicação descendente, ascendente e lateral, bem como a sua formação. A utilização das novas tecnologias e a relação da CO com outras áreas adjacentes (e.g., Sociologia, Psicologia) também foram aspetos referidos pelos participantes. Finalmente, os entrevistados mencionaram aspetos positivos e menos positivos inerentes à comunicação organizacional. Dentro dos aspetos positivos salienta-se o entendimento dos colaboradores (i.e., utilização de uma linguagem comum, evitando-se conflitos) e a transparência. Dentro dos aspetos menos positivos, salienta-se a escassa formação dos envolvidos nos processos de comunicação e um Gap entre os conteúdos lecionados nas Universidades e aquilo que é aplicado no quotidiano das Organizações.
- A avaliação 360º e a comunicação organizacional: criação de um modelo de análisePublication . Mourão, Rita Monteiro; Miranda, Sandra; Gonçalves, GiselaEste estudo visa compreender qual o papel da avaliação 360º na comunicação organizacional, mais concretamente, na comunicação que se estabelece entre chefias e subordinados. Como tal, realizou-se um estudo qualitativo exploratório, tendo sido entrevistados 30 experts (i.e., professores universitários, formadores e responsáveis pela gestão da comunicação interna). De uma forma genérica, tornou-se possível concluir que a aplicação da avaliação 360º contribui para uma comunicação mais eficaz das chefias, sendo vantajosa também ao nível do feedback abrangente que potencia e relativamente à transparência que promove. A revisão de literatura e os dados provenientes desse estudo tornam-se, assim, bastante pertinentes, pois irão contribuir para a construção de um modelo teórico que será, posteriormente, testado através da concretização de um estudo quantitativo.
- A avaliação 360º e a comunicação das chefias: onde se cruzam?Publication . Mourão, Rita Monteiro; Miranda, Sandra; Gonçalves, GiselaA comunicação organizacional e a avaliação de desempenho podem constituir-se como práticas estratégicas muito importantes para o desenvolvimento profissional dos membros da organização e, consequentemente, para a eficácia organizacional. Nos últimos anos tem vindo a desenvolver-se um tipo de avaliação de desempenho específico designado por avaliação 360o. Este método avaliativo possibilita uma maior variedade de perspetivas, quando comparado com a avaliação tradicional/top-down (i.e., apenas a chefia avaliar os subordinados). Sabe-se que este tipo de avaliação tende a ser aplicado em organizações mais democráticas e poderá ser responsável por um maior diálogo entre os atores organizacionais. O presente artigo procura perceber qual poderá ser o papel da avaliação 360o no âmbito da comunicação organizacional e qual o tipo de comunicação adotado pelas chefias, aquando da aplicação da avaliação 360o. A revisão de literatura elaborada permitiu apreender que a realização da avaliação 360o pode estar relacionada com uma comunicação de suporte por parte das chefias, ao invés da adoção de uma comunicação defensiva, contribuindo para uma maior confiança e uma voz mais ativa dos colaboradores.
- O estado da arte da comunicação organizacionalPublication . Mourão, Rita Monteiro; Miranda, Sandra; Gonçalves, GiselaA investigação em comunicação organizacional tem vindo a crescer nos últimos anos e a constituir-se como uma necessidade premente para a compreensão da dinâmica e do comportamento organizacional. Porém, o investimento nesta área de estudo e o entendimento da sua complexidade implica a identificação de um percurso histórico e das linhas de investigação que lhe são inerentes. O presente trabalho, tem como principal objetivo revisitar as diferentes linhas de investigação e os respetivos paradigmas que, historicamente, têm atravessado a investigação em comunicação organizacional até aos nossos dias. Nesse sentido, serão identi- ficados e explicitados os quatro paradigmas principais associados à comunicação organizacional, sendo estes: o paradigma positivista; o paradigma interpretativo; o paradigma crítico e o paradigma dialógico. Esta discussão – praticamente inexistente na literatura, torna-se fundamental não só para percebermos o contexto histórico da comunicação organizacional, mas também para elevarmos o estado de maturidade da disciplina providenciado uma perspetiva integrada da mesma.
- Os novos desafios da comunicação organizacional na sustentabilidade e na responsabilidade social (RS) interna das organizaçõesPublication . Marujo, Nelson António Martins Gonçalves; Miranda, SandraNa procura da excelência, as organizações adotam comportamentos e práticas de Sustentabilidade e RS procurando criar valor, para si e para com todos os seus públicos. A abordagem à dimensão interna constitui um tema de indiscutível pertinência e visibilidade, atendendo aos desafios que se colocam atualmente não só aos colaboradores mas sobretudo às organizações. A comunicação organizacional assume um papel essencial nesta relação pois potencia vantagens competitivas às organizações que fomentem essas práticas, e melhora o seu posicionamento, imagem e reputação.
- Gerindo um bem escasso: o papel da comunicação interna na construção de confiança na organizaçãoPublication . Miranda, Sandra; Simões, Vítor David PereiraA confiança no sistema organizacional constitui a resposta mais eficaz à mudança e à assimetria de informação. É produzida reflexivamente em interações entre os agentes e a estrutura organizacional, interações repetidas num processo de familiarização – que evolui a partir do cálculo racional e culmina na identificação, neste ponto permitindo gerir contextos de incerteza, fora do alcance da razão. Tal processo só é possível com recurso à comunicação. Para testar as relações entre comunicação interna e confiança na organização, recorreu-se uma metodologia do tipo quantitativo, através da aplicação de um questionário a 204 colaboradores de uma instituição financeira. No seguimento das orientações da literatura da especialidade, comprovaram-se as hipóteses teóricas de trabalho: mais informação, mais acompanhamento da informação e mais informação atempada são preditores da confiança na organização.
- Os novos desafios da comunicação na sustentabilidade e na responsabilidade social interna das organizaçõesPublication . Marujo, Nelson António Martins Gonçalves; Miranda, SandraAtualmente, regista-se uma maior consciência a nível económico, social e ambiental, através das práticas de Sustentabilidade e Responsabilidade Social das Empresas (RSE). Procurando excelência, adotam comportamentos coerentes e transparentes na criação de valor, para si e para com todos aqueles com quem se relacionam. Consequentemente, a comunicação assume um papel importante nesta relação, uma vez que potencia vantagens competitivas, às organizações que fomentem aquelas práticas, melhorando o seu posicionamento, imagem e reputação (Orlitzky et al., 2003). No entanto, as organizações de hoje, não têm garantias que os seus stakeholders, recebam, aceitem ou percecionem os seus atos comunicativos de acordo com o esperado. Têm de ter em conta os aspetos relacionais, os contextos, as condicionantes internas e externas, bem como a complexidade de todo o processo comunicativo. Kunsch (2014) propõe uma reflexão sobre a comunicação nas organizações no sentido mais amplo lançando o repto de que se analise o papel das organizações no contexto da sociedade actual, nas suas transformações, implicações e novas exigências. Através da comunicação daquelas práticas nos diferentes stakeholders o impacto é grande. Por sua vez, a boa imagem criada através da RSE e Ambiental permite uma melhor gestão em caso de crise, uma vez que a sociedade poderá aguardar por explicações antes de julgar, enquanto os colaboradores orgulhar-se-ão da empresa, empenhando-se mais e transmitindo uma imagem positiva para o exterior (Carlesso e Riffel, 2012; Leite e Rebelo,2010). Por sua vez, os colaboradores devem ser mobilizados, pois espera-se que valorizem e atuem como embaixadores da organização (APCE, 2011). Seguindo as recomendações da literatura da especialidade, o presente estudo tem como principal objetivo efetuar uma reflexão teórica sobre a importância crescente que a comunicação das políticas de RSE e Sustentabilidade assume para a dinâmica e eficácia empresarial, assumindo-se que as organizações devem informar e integrar uma política de diálogo e transparência, para que o tema seja absorvido por todos, ao mesmo tempo que contribui para um aumento da sua credibilidade organizacional.
- É urgente falar de bem-estar nas instituições de ensino superior: qual é o papel das relações públicas e da comunicação organizacional?Publication . Mourão, Rita; Sousa, Inês; Pacheco, Cláudia; Mourão, Susana; Miranda, Sandra; Silva, SóniaA comunicação organizacional tem vindo a sofrer alterações na sua operacionalização, ao longo dos tempos. Por outro lado, o tema do bem-estar tem estado na agenda de muitas organizações. Apesar disso, estes dois temas têm vindo a ser tratados individualmente, desconsiderando-se a sua eventual relação, havendo igualmente pouco investimento no que diz respeito ao contexto do ensino superior. Neste estudo de investigação procurámos entender em que medida as duas temáticas se cruzam, encaixando as mesmas no âmbito do ensino superior. Pretendemos, então, perceber como é que os gabinetes de comunicação das instituições de ensino superior (IES) têm atuado em relação à comunicação da assistência estudantil. Para o efeito, levámos a cabo um estudo de cariz qualitativo, operacionalizado através da realização de 8 entrevistas semiestruturadas a 8 responsáveis de gabinetes de comunicação de 8 instituições de ensino superior diferentes. Para complementar esta recolha de dados, analisámos também os websites dos 15 Institutos Politécnicos Públicos Portugueses. Através da análise de entrevistas efetuada, de uma forma geral, podemos concluir que, embora o papel dos gabinetes de comunicação seja central neste domínio, a comunicação sobre a ação social é ainda muito escassa. A análise das entrevistas permite entender que há, ainda, uma dificuldade em estabelecer um “manual de boas práticas” em termos de comunicação, sendo igualmente difícil estabelecer, por vezes, qual o canal mais adequado, consoante o tipo de público. Pela análise dos websites, verificámos que apesar de algumas instituições já terem iniciativas sobre o tema, ainda é necessário um investimento avultado nesta área. Conseguimos concluir, então, que ainda existe um caminho a ser trilhado na comunicação que se estabelece entre as Instituições de Ensino Superior relações públicas e a comunicação organizacional desempenham aqui um papel fundamental, sobretudo ao nível da inclusão, do acolhimento e até do sucesso académico.