Loading...
2 results
Search Results
Now showing 1 - 2 of 2
- Para uma nova cinefilia: o filme-museu como cartografia do realPublication . Florêncio, PedroNeste texto, abordar-se-ão dimensões de produção do que denominámos filmes-museu, justificando a necessidade da sua existência para proveito e fruição de um novo tipo de espectador. Numa época de omnipresença telemática, a desconsideração da temporalidade e da espacialidade provocam uma reversão da interioridade, uma perda da experiência de aprofundamento dos filmes por parte dos seus fruidores. Os filmes-museu geram efeitos de monumentalidade, conseguem transformar um intervalo de tempo num acontecimento, convocam o espectador, capacitando-o como co-produtor de sentido, tornando-o activo. É assim que um cinema de cartografia do real possibilita a desmontagem e remontagem por parte do espectador, a caminho de uma nova cinefilia. Como ilustração deste fenómeno mais amplo, convocar-se-á o filme No Quarto da Vanda, de Pedro Costa.
- Cinema modular – Um filme-resposta de Chantal Akerman a Pina BauschPublication . Florêncio, PedroO propósito deste artigo é demonstrar como o filme Un jour Pina a demandé (1983), de Chantal Akerman, mais do que inscrever-se na linhagem de documentários e peças televisivas sobre a figura artística de Pina Bausch, pode (e deve) ser pensado como filme-resposta (uma resposta criativa, se quisermos) à praxis da coreógrafa alemã. Un jour Pina a demandé actua como co-criador face à matéria artística (imagens e sons dos espectáculos, e/ou ensaios de Bausch e dos bailarinos da sua Companhia – a Tanztheater Wuppertal) que se propõe a modular cinematograficamente. Identificaremos, nesse tratamento, uma série de operações cinematográficas que condizem com o método de criação (i.e. da visão) da própria Pina Bausch. Por fim, argumentaremos que o filme de Akerman serve de modelo para uma definição de cinema modular, segundo a qual a praxis cinematográfica pode ser pensada como uma resposta afectiva a outras obras de arte (cénicas, plásticas, visuais ou sonoras), revelando os aspectos intrinsecamente cinematográficos e, possivelmente, originando uma outra obra a partir dessa revelação.