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- A review of digital eye strain: binocular vision anomalies, ocular surface changes, and the need for objective assessmentPublication . Barata, Maria João; Aguiar, Pedro; Grzybowski, Andrzej; Moreira-Rosário, André; Lança, CarlaBackground: This study investigates the impact of digital device usage on the visual system, with a focus on binocular vision. It also highlights the importance of objective assessment in accurately diagnosing and guiding therapeutic approaches for Digital Eye Strain Syndrome (DESS). Methods: A comprehensive narrative review was conducted to synthesize existing evidence. The methodological quality of observational and case-control studies was assessed using the Newcastle-Ottawa scale, while randomized controlled trials (RCTs) were evaluated using the Cochrane risk-of-bias (RoB 2) tool. Results: Fifteen articles were included in this review, with a predominant focus on binocular vision anomalies, particularly accommodative and vergence dysfunctions, as well as ocular surface anomalies related to DESS. Clinical assessments relied primarily on symptom-based questionnaires, which represent a significant limitation. The included studies were largely observational, with a lack of longitudinal and RCTs. In contrast, research in dry eye disease has been more comprehensive, with multiple RCTs already conducted. Therefore, it is essential to develop validated objective metrics that support accurate clinical diagnosis and guide evidence-based interventions. Conclusions: It remains unclear whether changes in binocular vision are a cause or consequence of DESS. However, prolonged screen time can exacerbate pre-existing binocular vision anomalies due to continuous strain on convergence and accommodation, leading to symptoms. Future research should prioritize prospective longitudinal studies and well-designed RCTs that integrate objective clinical measures to elucidate causal relationships and improve diagnostic and therapeutic frameworks.
- Synovial biopsy in a case of nivolumab-induced arthritisPublication . Costa, Roberto Pereira da; Pinho, Mafalda; Patrocínio, João; Torres, Sofia; Ferreira, Cristina; Fonseca, João Eurico; Khmelinskii, NikitaImmune checkpoint inhibitors (ICIs) are valuable therapeutic weapons against cancer that potentiate a T cell-mediated immune response. Nivolumab is an ICI that targets the PD-1 receptor. Rheumatic immune-related adverse events (irAEs), which are induced by ICIs, occur in 10% of cases. However, their pathogenesis remains unclear. Synovial biopsy has allowed for a better understanding of the underlying mechanisms of different arthropathies. Key message: Synovial biopsy has a role in understanding the aetiopathogenesis of immune checkpoint inhibitor-induced arthritis.
- Os meninos à face da terra não gostam de rosa (r.c.) – estudo de caso acerca da influência das conceções de género num grupo de 4 anosPublication . Patias, Bianca Micaela Lourenço; Lino, Dalila Maria Brito da CunhaO presente relatório surge no âmbito da Unidade Curricular Prática Profissional Supervisionada II (PPSII) com a principal finalidade de apresentar o meu período de intervenção, na posição de educadora estagiária, em contexto de jardim de infância. Assim, assumindo uma perspetiva reflexiva e mobilizando fundamentação pertinente, apresento o meu período de prática que decorreu junto de um grupo de crianças com quatro anos de idade numa organização socioeducativa de cariz privado. Como tal, é apresentada uma breve introdução, a caracterização do meio envolvente e contexto da organização socioeducativa onde aconteceu a prática, da equipa, das crianças e suas respetivas famílias. Surgem ainda as intencionalidades por mim definidas como orientadoras da minha prática pedagógica e autoavaliação das mesmas, a apresentação da investigação realizada com origem numa problemática identificada junto do grupo da PPSII, a reflexão acerca da construção da minha profissionalidade enquanto educadora de infância e as considerações finais. A problemática identificada junto do grupo da PPSII e investigada com a participação das crianças, educadora cooperante e famílias, remete para a influência das conceções de género em momentos de escolha por parte de um grupo de crianças com quatro anos. Assumiu-se como foco do estudo de caso desenvolvido os momentos de escolha de brinquedos, brincadeiras ou pares. Isto é, situações de escolha de crianças por outras, de forma autónoma e sem constrangimentos. Os resultados do estudo permitiram verificar a presença de estereótipos de género, por vezes, muito concretos que são utilizados pelas crianças como justificações das suas escolhas ou reconhecidos, por outras, como limitadores das suas escolhas. A par do referido, as crianças mostraram ainda possuir estereótipos referentes ao seu e ao sexo oposto.
- A articulação entre a técnica de dança clássica e o repertório clássico tendo o port de bras como elemento comum e potenciador técnico e artístico com o 5º ano B da Escola Artística de Dança do Conservatório NacionalPublication . Silva, Érica; Nascimento, VandaO presente documento é o relato fiel do Estágio do Mestrado em Ensino de Dança, implementado nas aulas de Técnica de Dança Clássica e Repertório Clássico, da turma de raparigas do 5º/9º B da Escola Artística de Dança do Conservatório Nacional, durante o ano letivo de 2024/25. O Estágio tinha como objetivos gerais potenciar o progresso técnico das alunas, através da aplicação de diferentes qualidades de movimento do port de bras e da sua coordenação com os membros inferiores e potenciar o progresso artístico, através da associação da qualidade do port de bras a repertório específico, tendo como referência o método Vaganova. A praxis desenvolveu-se tendo por base as premissas da investigação-ação e foi devidamente documentada através de diários de bordo, grelhas de observação, captação de imagens e realização de inquéritos. Após a análise dos dados recolhidos, concluímos que fomos eficazes na concretização daquilo a que nos propusemos, alinhando a nossa prática pedagógica ao trabalho desenvolvido pelas professoras titulares de Técnica de Dança Clássica e Repertório Clássico e viabilizando, dessa forma, o progresso técnico e refinamento artístico das alunas.
- Grupos heterogéneos e diferenciação pedagógica em educação pré-escolar: conceções e práticas de uma equipa educativaPublication . Costa, Mariana Lacerda Santos; Rodrigues, Carina Miguel Figueiredo da Cruz RosaO presente relatório, elaborado no âmbito da Prática Profissional Supervisionada II, do 2º ano do curso de Mestrado em Educação Pré-Escolar da Escola Superior de Educação de Lisboa (ESELx), apresenta uma análise reflexiva e fundamentada da intervenção realizada num jardim de infância de Lisboa, com um grupo de 25 crianças, com idades compreendidas entre os 3 e os 6 anos. O documento oferece, por um lado, uma caracterização da ação contextualizada, bem como uma descrição e análise das intencionalidades subjacentes à ação e do processo de intervenção na PPS II. Por outro, descreve a investigação realizada em torno de Grupos heterogéneos e diferenciação pedagógica em Educação Pré-Escolar: conceções e práticas de uma equipa educativa, norteada pelos seguintes objetivos: (i) Analisar as conceções da equipa educativa e das crianças sobre os grupos etariamente heterogéneos na Educação Pré-Escolar; (ii) Compreender os benefícios e desafios dos grupos etariamente heterogéneos em jardim de infância; (iii) Analisar estratégias pedagógicas potenciadoras da aprendizagem em grupos etariamente heterogéneos na Educação PréEscolar. A investigação, de natureza qualitativa, teve por base um estudo de caso que visou, genericamente, analisar as vantagens de grupos de crianças etariamente heterogéneos e compreender a influência das suas especificidades na ação do educador de infância. Para tal, recolheram-se dados por meio da observação participante, de entrevistas semiestruturadas ao educador cooperante e a sete crianças do grupo, de conversas informais com a equipa educativa e da análise documental, que foram, posteriormente, tratados através da análise de conteúdo e da sua triangulação com a literatura convocada. Os resultados indicam que este tipo de organização metodológica oferece vantagens tanto para as crianças mais novas como para as mais velhas. Contudo, também exige ao educador uma prática esforçada e rigorosa, impelindo-o à criação de oportunidades de aprendizagem diferenciadas e tal-qualmente desafiadoras para todas as faixas etárias do grupo.
- "Nesta sala, somos todas Kelly”: as atividades expressivas e a superação de dificuldades de comunicaçãoPublication . Cardoso, Alessandra Franciele Alves da Cruz; Dias, JoanaO presente relatório foi realizado no âmbito da Prática Profissional Supervisionada II (PPS II), que decorreu em contexto de Jardim de Infância (JI) situado na cidade de Lisboa. Neste relatório são apresentados de forma crítica e reflexiva a prática e a investigação desenvolvida com um grupo de vinte e uma crianças com idades compreendidas entre os 3 e 5 anos de idade. Ao longo desta intervenção, surgiu a seguinte problemática de investigação: dificuldades de expressão e comunicação, a que dei o título: “Nesta sala, somos todas Kelly” – As atividades expressivas e a superação de dificuldades de comunicação. Assim, relata-se o processo de adaptação de uma criança cuja língua materna não é o português, que revelou dificuldades ao nível da interação com os pares e com os adultos, emergindo uma preocupação ética e pedagógica centrada na promoção da igualdade de oportunidades e na criação de condições que favorecessem a participação e a inclusão da mesma. A investigação realizada foi de natureza qualitativa e seguiu a metodologia de estudo de caso. A recolha de dados passou pelo recurso a diferentes técnicas e instrumentos, tal como a observação direta participante, a análise documental, as notas de campo, as reflexões semanais e a entrevista estruturada à educadora cooperante de modo a conseguir cruzar diversas fontes de informação e obter resultados significativos. Através da análise dos dados e posterior triangulação dos mesmos e ainda da revisão da literatura, foi possível compreender que as crianças cuja língua materna não é o português, enfrentam diversas dificuldades de adaptação num ambiente em que se fala outra língua que não a sua. Essas dificuldades podem fazer com que a criança se desenvolva mais lentamente do que as outras, causando-lhe insegurança e frustração. Por este motivo, é de extrema importância que o adulto conheça essas dificuldades, de modo a compreender o impacto que têm no desenvolvimento da criança e, possa encontrar estratégias úteis para a inclusão da mesma.
- A autonomia das crianças em projetos de grupo: desafios e potencialidades na educação pré-escolarPublication . Pérez, Joana Maria Correia; Rodrigues, Carina Miguel Figueiredo da Cruz RosaO presente documento corresponde ao relatório de estágio que decorreu no âmbito da Prática Profissional Supervisionada II (PPS II), do Mestrado em Educação Pré-Escolar da Escola Superior de Educação de Lisboa (ESELx). A finalidade do mesmo é documentar, de forma fiel, analítica, reflexiva e fundamentada, todo o processo decorrente da prática realizada entre 30 de setembro de 2024 e 24 de janeiro de 2025. Estas ocorrências surgiram numa organização socioeducativa (OS) de cariz público, nomeadamente numa sala de jardim de infância (JI), da qual faziam parte 20 crianças com idades compreendidas entre os 3 e os 5 anos, e a respetiva equipa de sala. Assim sendo, o relatório retratará o trabalho desenvolvido neste contexto, refletindo aspetos essenciais ao processo interventivo da PPS II, como é o caso da (i) Caracterização da Ação Educativa Contextualizada, da (ii) Análise Reflexiva da Intervenção, da (iii) Investigação em JI e, ainda, da (iv) Construção da Profissionalidade Docente e, por último, as (v) considerações Finais. A investigação realizada teve por base, tanto a minha experiência de estágio, quanto os meus interesses relacionados com a Autonomia das Crianças, que se manifestaram na seguinte questão orientadora: “De que forma é que a autonomia dada às crianças nos projetos, na escolha dos temas e atividades, potencia a sua motivação e o seu envolvimento nos mesmos em contexto de Educação Pré-Escolar?”. Os objetivos gerais da pesquisa foram: i) conhecer as conceções da Educadora cooperante sobre a participação ativa e a autonomia das crianças em projetos de grupo; ii) compreender de que forma as práticas pedagógicas da educadora podem potenciar o envolvimento e a participação ativa das crianças em projetos de grupo; iii) analisar a relação entre a vontade das crianças, o seu envolvimento nos projetos de grupo e a sua capacidade de participar ativamente nas decisões. Para estudar a temática em questão, realizei um estudo de caso, de natureza qualitativa, para o qual mobilizei diferentes técnicas e instrumentos de recolha de dados favoráveis à sua triangulação o mais fiel e pertinente possível, tais como: a observação direta participante e a observação indireta, os respetivos registos escritos, fotográficos, vídeos e áudio, e eventuais produções das crianças, conversas, formais e informais, com a equipa educativa, inquéritos por entrevista (semiestruturada) e os respetivos guiões, aplicados à Educadora cooperante e a uma amostra de crianças do grupo. Os resultados mostram que a autonomia e o envolvimento das crianças nos projetos podem potenciar significativamente a sua motivação e consequente participação ativa. Todavia, é uma relação que pode ser influenciada por diferentes fatores, tais como, as características do indivíduo, o vínculo afetivo com o adulto ou com outras crianças presentes, ou as próprias condições do ambiente educativo. Conclui-se, de igual forma, que as conceções e práticas pedagógicas intencionais do educador são fulcrais para criar um ambiente promotor da autonomia e da participação ativa das crianças.
- Iniciação ao trabalho de pontas na técnica de dança clássica: uma proposta para alunas do 1º ano da Escola da Companhia de Dança de AlmadaPublication . Vengerko, Anastácia; Nascimento, VandaO presente Relatório de Estágio, realizado no âmbito do curso Mestrado em Ensino da Dança ministrado pela Escola Superior de Dança, Instituto Politécnico de Lisboa, desenvolveu-se no ano letivo 2024/2025 na Escola da Companhia de Dança de Almada, com alunos do 2.º Ciclo do Ensino Básico, 1.º ano do Ensino Artístico Especializado em Dança. O Estágio incidiu na disciplina de Técnica de Dança Clássica, tendo como foco a iniciação ao trabalho de pontas. O percurso de Estágio foi organizado em quatro fases distintas: observação estruturada, lecionação acompanhada, lecionação autónoma e momentos de colaboração em outras atividades pedagógicas realizadas na escola cooperante. No âmbito da lecionação autónoma, integraram-se também os testes de diagnóstico, concebidos para avaliar a prontidão física e técnica das alunas para iniciar o trabalho de pontas. Todo o processo foi orientado pela metodologia de investigação-ação, que permitiu articular, de forma contínua, a prática pedagógica com a reflexão crítica. Neste processo, recorreu-se a diferentes instrumentos de recolha de dados, como a observação direta, o registo em diário de bordo, a aplicação de grelhas de observação. A análise comparativa de resultados, promovendo uma abordagem sistemática e reflexiva ao desenvolvimento das alunas e meu percurso enquanto Estagiária. Os principais objetivos passaram por compreender as condições técnicas necessárias à iniciação do trabalho de pontas, planear e aplicar exercícios de fortalecimento e correção postural, e avaliar a evolução dos alunos ao longo do processo. A investigação revelou fragilidades técnicas individuais, como a instabilidade do core, colapso do arco plantar e dificuldades de alinhamento, mas também progressos significativos no controlo postural, na resistência e na autonomia em contexto de aula. A colaboração com a Escola estendeu-se para além das aulas, incluindo a participação em ensaios e atividades externas, o que permitiu observar a dinâmica institucional e reforçar a integração pedagógica. A análise dos resultados demonstrou que a introdução progressiva e consciente da técnica de pontas, sustentada por exercícios preparatórios e acompanhamento contínuo, contribui para uma aprendizagem mais segura e eficaz, possibilitou não apenas a consolidação de competências técnicas, mas também a reflexão crítica sobre metodologias de avaliação e ensino, salientando a necessidade de uma prática docente em constante atualização e aprofundamento.
- Práticas de colaboração: importância do trabalho pedagógico articulado entre o educador e o auxiliar de ação educativaPublication . Gossieaux, Beatriz de Abreu; Filipa da Mota Dias, JoanaO presente relatório tem como finalidade apresentar de modo reflexivo todo o percurso realizado no decorrer da Prática Profissional Supervisionada II, concretizada em contexto de Pré-escolar, numa sala com 16 crianças, de 3 anos de idade. Neste sentido, são apresentados diversos tópicos que refletem todo o processo investigativo, sobre a colaboração entre a educadora e a auxiliar de ação educativa. Primeiramente, é apresentada a caracterização do contexto que determinou as minhas intenções para a ação educativa e, de seguida, as intenções são apresentadas, de forma reflexiva e avaliativa. Por fim, elucida-se o tema da investigação realizada do decorrer da minha Prática Profissional Supervisionada II, intitulada de “Práticas de colaboração: importância do trabalho pedagógico articulado entre o educador e o auxiliar de ação educativa”, e cujos objetivos são: (i) conhecer as conceções da equipa educativa sobre trabalho colaborativo e (ii) identificar os benefícios do trabalho colaborativo para o grupo de crianças e para a equipa; (iii) conhecer estratégias para um trabalho em equipa colaborativo. A investigação realizada trata de um estudo de caso, de natureza qualitativa, cujo tema foi definido a partir das observações realizadas no contexto de sala. A vivência de um trabalho conjunto e articulado entre a educadora e a auxiliar despertaram o meu interesse em querer aprofundar o meu conhecimento nesta dinâmica de trabalho de sala. Neste sentido, realizei uma revisão de literatura sobre o foco de investigação, recorrendo a diversos autores, bem como à aplicação de entrevistas semiestruturadas à educadora cooperante e à auxiliar de ação educativa e, posteriormente, submetidas a uma análise categorial. Após a revisão literária procedi à análise das evidências registadas e das entrevistas realizadas à educadora cooperante e à auxiliar de ação educativa, apresentando e discutindo os resultados. Os resultados apontam para a visão de um trabalho colaborativo enquanto fator importante para a prática educativa destas profissionais, levando-as a implementar diversas estratégias no sentido da sua promoção, no trabalho desenvolvido em conjunto e também na sua organização socioeducativa, e que aporta benefícios a nível profissional, afetos ao ambiente de trabalho, bem como ao nível do desenvolvimento profissional e pessoal, na construção de conhecimento coletivo e individual.
- Perspetiva dos jovens com necessidades educativas especiais, família e profissionais sobre os tempos livresPublication . Santos, Sara Simões Costa; Dionisio, Marina Gabriela Gonçalves FuertesAo longo das últimas décadas, tem-se assistido, em Portugal ao desenvolvimento de políticas educativas que tem como objetivo a inclusão de jovens com Necessidades Educativas Especiais, promovendo assim medidas que garantam a igualdade na participação e na adaptação das práticas escolares às necessidades individuais de cada jovem com necessidades educativas especiais. O presente estudo tem como objetivo compreender a perspetiva dos jovens com necessidades educativas especiais, dos encarregados de educação e dos profissionais sobre os tempos livres realizados no âmbito do projeto “Tardes Felizes”, desenvolvido numa escola básica. O estudo tem como foco os alunos do 2.º e 3.º ciclo que beneficiam de medidas educativas seletivas ou adicionais, procurando analisar as suas preferência, ambições e oportunidades no acesso às atividades de tempos livres. De modo a alcançar esses objetivos, foi adotada uma metodologia que inclui métodos qualitativos e métodos quantitativos, através da realização de entrevistas semiestruturadas e observações diretas cotadas com a escala Playful. Por meio da recolha dos dados foi possível identificar as dinâmicas de brincar, os níveis de autonomia e o impacto das atividades de tempos livres em aspetos como o desenvolvimento social e motor dos jovens. As medidas educativas seletivas procuram colmatar as necessidades de suporte à aprendizagem e à inclusão, consistindo na aplicação de um percurso escolar diferenciado e adaptações curriculares não significativas. As medidas educativas adicionais visão colmatar as dificuldades acentuadas ao nível da comunicação, interação, cognição ou aprendizagem, necessitando de recursos mais especializados de apoio à aprendizagem e à inclusão. Por um lado, os jovens com medidas educativas seletivas com irmãos apresentam maior preferência por brincar com os colegas, valorizando a interação social. Por outro lado, os jovens com medidas educativas adicionais apresentam maior preferência por brincarem sozinhos, o que pressupõem uma maior necessidade de terem momentos individuais. 6 No que diz respeito à comparação entre brincar sozinho ou com um adulto, a maioria dos jovens apresentam preferência por brincar com um adulto, o que pode indicar a sua necessidade de apoio durante o ato de brincar. No entanto, alguns jovens do sexo masculino, com irmãos e que, atualmente, encontram-se entre o 5.º/6.º ano de escolaridade, apresentam preferência por brincarem sozinhos. Podemos assim entender, que o tipo de medidas educativas, o contexto familiar, o sexo e o ano de escolaridade influenciam as preferências lúdicas dos jovens. Considera-se assim que a presença de um monitor dos tempos livres é importante para que os jovens participem ativamente nas atividades desenvolvidas, promovendo a autonomia dos mesmos e as suas interações sociais. Igualmente, o resultado sublinha a importância de práticas educativas adaptadas às crianças e jovens com necessidades especificas garantindo a inclusão de todos e de cada jovem nos tempos livres. Este estudo destaca-se pelo facto de dar voz direta aos jovens com necessidades educativas especiais, aos seus encarregados de educação e aos profissionais que os acompanham. Contribuindo para uma análise mais aprofundada das dinâmicas de inclusão em contexto de tempos livres.
