Browsing by Author "Nunes, Gil"
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- Caso clínico de arterite de TakayasuPublication . Aguiar, Madalena; Tavares, Mariana; Ferreira, Paloma; Fernandes, Filipe; Nunes, GilA arterite de Takayasu é considerada uma vasculite sistémica crónica caracterizada por estenoses, oclusões e por vezes aneurismas dos grandes vasos. As artérias mais frequentemente afetadas são a aorta ascendente/descendente, as artérias subclávias e as carótidas comuns, podendo também afetar as artérias renais. A apresentação clínica da TAK depende da duração e da fase da doença, esta doença pode ser caracterizada em 3 fases. O diagnóstico da TAK baseia-se na combinação de fatores que incluem a história clínica do paciente e o exame físico para excluir outras doenças que podem apresentar sintomas semelhantes, juntamente com técnicas de imagem. Para o diagnóstico diferencial foram consideradas outras causas de vasculites de grandes vasos. O tratamento desta patologia pode ser médico ou invasivo. Este caso clínico é acerca de uma mulher de 60 anos. Que apresenta como fatores de risco cardiovasculares: hipertensão arterial, dislipidemia e é ex-fumadora há 20 anos e como antecedentes pessoais: hipotiroidismo. De acordo com os critérios desenvolvidos pela “American College of Rheumatology/EULAR” este caso clínico enquadra-se num diagnóstico de arterite de Takayasu. Apesar da angiografia ser o exame gold standard para diagnóstico e avaliação desta patologia verificou-se com este caso clínico que o exame mais realizado foi o eco-doppler por ser um exame menos dispendioso, não sendo prejudicial para o paciente, não invasivo, permite obter e resultados imediatos. Isto demonstra a importância deste exame no diagnóstico e seguimento continuo com regularidade das doenças vasculares. Este caso clínico demonstrou, através dos exames Eco-Doppler, a afetação de diversos territórios arteriais principalmente os territórios cerebrovascular, carotídeo, renal, mesentérico, ilíaco e dos membros superiores e inferiores. O que queremos transmitir com este caso clínico ao depararmo-nos com este tipo de doente é importante investigar os territórios para além dos que traduzem sintomatologia.
- Efeito da cafeína e testes cognitivos na avaliação hemodinâmica cerebral em jovens estudantes da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes DiasPublication . Pires, Marizete; Nunes, Gil; Rodrigues, Francisco Barbas; Coelho, Patrícia; Pires, JoanaIntrodução – A cafeína induz alterações fisiológicas, como o aumento da pressão arterial, que se refletem na hemodinâmica cerebral. Objetivos – Avaliar o efeito da cafeína nas velocidades de fluxo das artérias cerebrais, bem como relacionar o seu efeito com testes cognitivos. Método – Estudo observacional, prospetivo, em 35 estudantes, dos 18 aos 25 anos, da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias. Os voluntários foram distribuídos em dois grupos, sendo que o grupo 1 consumiu um café normal e o grupo 2 um descafeinado de marca branca, sem adição de açúcar. Os dados foram recolhidos através da realização do exame triplex scan transcraniano e do teste cognitivo MoCa, após realizado consentimento livre e esclarecido. O procedimento foi dividido em duas fases, pré e pós-estimulante. No decorrer do estudo foram assegurados os princípios da declaração de Helsínquia. Na correlação das variáveis foram utilizados os testes não paramétricos Wilcoxon, Spearman e Mann-Whitney. Resultados – Comparativamente ao basal, na condição de cafeína houve um aumento nas velocidades de fluxo das artérias cerebrais médias (p=0,0001), o mesmo sucedeu com a pontuação do MoCa Teste (p=0,0001). Discussão – Na análise das velocidades de fluxo das principais artérias cerebrais e aquando da realização de testes cognitivos constata-se um aumento significativo das velocidades de fluxo sob efeito da cafeína, apesar de esta ser mais notória na artéria cerebral média. Conclusão – A artéria cerebral média é a artéria mais suscetível a alterações; no entanto, estas não diferem entre o café normal e descafeinado; o mesmo acontece aquando da realização do MoCa Teste.
- O papel da neurossonologia em manter a estenose carotídea rádica assintomáticaPublication . Delgado, Gabriela Rocha; Fernandes, Filipe; Nunes, Gil; Moreira, Mafalda; Costa, Elisa CamposIntrodução: A utilização de radiação ionizante nos casos de neoplasia da cabeça e do pescoço aumentou a sobrevivência, contudo, pode apresentar diversas manifestações e consequências adversas. O aumento do risco de estenose carotídea e doença cerebrovascular é significativo nestes doentes. Acredita-se que ela ocorra tanto por lesão endotelial direta como por alterações imunomoduladoras indiretas, processos estes que induzem tanto aterosclerose acelerada como fibrose vascular, que se vão acumulando nos anos seguintes a exposição inicial à radiação ionizante. Descrição do caso: Utente do sexo masculino, 55 anos, com diagnóstico de carcinoma indiferenciado da nasofaringe em outubro de 2019, tendo realizado 33 sessões de quimioterapia e radioterapia entre janeiro e março de 2020. Como follow-up do carcinoma, foi realizada uma TC de partes moles de pescoço, tórax e abdómen, com contraste, em novembro de 2022 onde se documentou uma placa de ateroma na artéria carótida comum esquerda. Nesse sentido foi solicitado um EcoDoppler dos grandes vasos do pescoço, realizado em janeiro de 2023 que corrobora os achados. Destaca-se ligeira ectasia e extensa placa de ateroma, homogénea, fibrosa, na artéria carótida comum esquerda condicionando estenose morfológica de 40-50%, sem repercussão hemodinâmica sugestivo de estenose rádica pela localização e extensão. Tendo em conta o achado, foi efetuada reavaliação pela mesma técnica em setembro de 2023 onde se identifica o mesmo grau de estenose, contudo visível incremento do tamanho da conhecida placa de ateroma, bem como novas placas de ateroma no eixo carotídeo direito. Atendendo à progressão da doença carotídea, após abordagem conjunta com o oncologista assistente, adotou-se estratégia de controlo estrito de fatores de risco vascular, mantendo-se o doente assintomático do ponto de vista de eventos vasculares cerebrais. Considerações Finais: A estenose rádica tem tendência a surgir em média 10 anos após a exposição a radiação. No entanto, só com um follow-up mais célere e seriado destes doentes é possível documentar doença vascular carotídea mais precocemente e instituir a terapêutica, de modo a prevenir eventos cerebrovasculares.
- Relação entre fatores de risco vasculares, características no triplex scan cervical e transcraneano e o estado funcional pós-AVC em idososPublication . Lopes, Adriana Oliveira; Nunes, Gil; Coelho, Patrícia; Rodrigues, Francisco; Pires, JoanaIntrodução – O acidente vascular cerebral (AVC) é caracterizado por uma diminuição focal e repentina do fluxo sanguíneo cerebral, causando défices neurológicos ou a morte. Os fatores de risco são importantes condicionantes na ocorrência de acidente vascular cerebral, levando a uma diminuição do estado funcional dos indivíduos. Objetivos – Relacionar o estado funcional após acidente vascular cerebral em idosos com o número de fatores de risco associados, bem como as características do triplex scan cervical (TSC) e transcraneano (TST). Método – Realizou-se um estudo observacional longitudinal retrospetivo, composto por uma amostra não probabilística por conveniência de 93 indivíduos com idade superior a 65 anos com diagnóstico de AVC isquémico internados no Serviço de Neurologia do Hospital de Vila Franca de Xira. Resultados – Na relação entre fatores de risco e a escala de Rankin modificada (mRS) na alta constatou-se que apenas no grau 1-2 da escala havia uma prevalência superior de indivíduos com mais de três fatores de risco associados. Nos graus 0 e 4 da escala observou-se uma maior prevalência de indivíduos com menos de dois fatores de risco associados. Comparando a relação entre as alterações cervicais e cerebrais e a mRS constatou-se que em todos os graus da escala se registou uma maior prevalência de indivíduos com menos de duas alterações associadas. A hipertensão arterial foi o fator de risco mais importante para a ocorrência de AVC, estando presente em 84,8% dos indivíduos. Discussão – Apesar de não terem sido encontrados estudos que avaliassem o estado funcional com o agrupamento de fatores de risco e alterações a nível cervical e cerebral de igual forma ao que foi realizado neste estudo, na presente amostra observou-se que a presença de um maior ou menor número de fatores de risco e alterações não conduziu significativamente a um pior estado funcional. Conclusão – Não foi encontrada uma relação direta entre o número de fatores de risco e alterações no TSC e TST presentes em cada indivíduo com o seu estado funcional no momento da alta, após o AVC. A hipertensão arterial foi o fator de risco mais prevalente na amostra e, no que diz respeito às alterações cervicais, a mais prevalente foi a presença de placas de ateroma.
- A ultrassonografia transcraniana no estudo do parênquima cerebral em síndromes parkinsónicosPublication . Muxagata, Tiago; Francisco, Cláudia; Guerreiro, Diana; Fernandes, Filipe; Nunes, GilIntrodução: A ultrassonografia transcraniana (UT) surge como uma técnica útil no diagnóstico diferencial de doenças do movimento, nomeadamente em síndromes parkinsónicos e na clarificação dos mecanismos fisiopatológicos subjacentes. Objetivo: Descrever a utilidade da UT no diagnóstico diferencial em síndromes parkinsónicos. Metodologia: Realizou-se pesquisa nas bases de dados Pubmed e Scopus, filtrando artigos publicados entre 2007 e 2021 com as palavras-chaves descritas no ponto 5. Foram obtidos 65 artigos e destes selecionados 16. Desenvolvimento: O parkinsonismo caracteriza-se por uma combinação de alterações do movimento, visualizada na doença de Parkinson (DP), em casos de síndromes parkinsónicos atípicos, tremor essencial e parkinsonismo secundário. Destas patologias, a mais comum é a DP, que se caracteriza por ser uma doença neurodegenerativa que leva à deterioração dos neurónios de dopamina da substância negra. O exame gold standard da DP é o exame histopatológico. No entanto, não tem impacto na decisão clínica por ser um exame post-mortem. Logo, o diagnóstico torna-se essencialmente clínico, apresentando uma percentagem de erro associada entre 10-20%, grande parte justificada pela dúvida na fase inicial da doença, além da variedade de patologias que dificultam o diagnóstico diferencial. Os exames mais frequentes no diagnóstico diferencial são exames laboratoriais, testes genéticos e exames de imagem, nomeadamente a tomografia computadorizada cerebral, ressonância magnética cerebral, DAT-PET, DAT-SPECT e a UT. Embora seja uma técnica operador-dependente e limitada pela janela acústica de cada paciente, a UT surge como uma hipótese não invasiva e de baixo custo, auxiliando no diagnóstico diferencial da DP com uma sensibilidade e especificidade que varia entre 75-90%. Esta técnica permite a visualização e avaliação da ecogenicidade das estruturas encefálicas, nomeadamente a substância negra, núcleo lentiforme e gânglios da base. Na DP pode-se visualizar hiperecogenicidade da substância negra em até 90% dos casos. Por outro lado, nas síndromes atípicas, nomeadamente na atrofia multissistémica parkinsoniana e paralisia supranuclear progressiva, é observável uma ecogenicidade normal da substância negra e hiperecogenicidade do núcleo lentiforme em até 70-80% dos casos. Conclusão: A ultrassonografia transcraniana fornece informações que permitem detetar precocemente casos de doença de parkinson e facilitar o diagnóstico diferencial entre distúrbios do movimento.