Browsing by Author "Ferreira, Manuela"
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- O brincar nas políticas educativas e na formação de profissionais para a educação de infância – Portugal (1997-2017)Publication . Tomás, Catarina; Ferreira, ManuelaNo atual panorama socioeducativo identifica-se uma controvérsia na Educação de Infância em que a escalada da sua ‘escolificação’ vem sendo confrontada com a sua desconstrução e a defesa de uma pedagogia da infância na qual o brincar, como direito das crianças e expressão cultural infantil, é assumido como (com)texto informal de aprendizagens holísticas, essenciais à sua formação pessoal, social e cultural. Entrecruzando contributos dos Estudos da Infância e das Ciências da Educação, analisam-se políticas para a Educação de Infância (1997-2017) e relatórios da Prática de Ensino Supervisionada dos mestrados profissionalizantes para a docência com crianças até 6 anos, em instituições de ensino superior públicas e privadas de Portugal (2014- 2017), visando, no primeiro caso, i) identificar a presença do brincar nas Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar (1997, 2016), e suas conceções; no segundo caso, i) mapear os relatórios dedicados ao brincar em contextos de creche e jardim de infância; ii) analisar e problematizar as conceções do brincar que são privilegiadas e, por consequência, as de criança, educação e educador/a, nas lógicas e sentidos atribuídos pelas estudantes por relação com a sua prática pedagógica. Advogando a educação de infância como promotora da cidadania das crianças, reivindica-se o brincar como direito de participação delas e como base empírica imprescindível para fundamentar práticas pedagógicas contra-hegemónicas mais equitativas e justas.
- A brincar, a brincar… lógicas e sentidos de futuras educadoras de infância (2014-2019)Publication . Ferreira, Manuela; Tomás, CatarinaA trilogia brincar, desenvolvimento-aprendizagem e pedagogia, fundadora da Educação de Infância e tornada um lugar comum dentro e fora deste campo, precisa ser examinada criticamente sob pena de colocar em risco a infância e os seus direitos e de aprofundar a marginalização e o papel subsidiário e/ou instrumental do brincar. Importando que essa discussão se alargue a contributos multireferenciados da Sociologia da Infância e das Ciências da Educação, abordam-se distinções e interdependências de questões conceituais chave entre brincar, aprender ludicamente e ensinar através do brincar, e suas articulações com as noções de ludicidade, culturas infantis e práticas lúdico-pedagógicas, de modo a interrogar a dicotomia brincar-aprender. Parte-se daqui para, com base na pesquisa documental, analisar os 99 relatórios de fim de curso, da Prática de Ensino Supervisionada, dedicados ao brincar em contextos de creche e/ou jardim de infância, realizados em instituições de ensino superior públicas e privadas em Portugal (2014-2019), visando i) caraterizar o lugar do brincar; ii) identificar e problematizar as lógicas do brincar e os sentidos pedagógicos que futuras profissionais da pequena infância privilegiaram aquando dos mestrados profissionalizantes para a docência com crianças até 6 anos. As conclusões apontam para duas lógicas distintas e desiguais das futuras educadoras entenderem o brincar: privilegiando a relação educador/a e criança(s) e o brincar como um modo de ensinar e/ou em prol do desenvolvimento cognitivo infantil, o dominante, e privilegiando o ângulo das relações entre crianças para conhecer as suas preferências no brincar e informar a ação pedagógica, como o subalterno.
- A Educação de infância em tempos de transição paradigmática: uma viagem por discursos políticos e práticas pedagógicas em PortugalPublication . Ferreira, Manuela; Tomás, CatarinaNa interlocução entre a Sociologia da Infância, Sociologia da Educação e Ciências da Educação, este artigo visa compreender o rumo das recentes mudanças políticas da EI no quadro internacional e nacional, sobretudo a partir dos anos 90, e alguns dos seus efeitos ao nível das práticas pedagógicas. A reconstituição do trajeto que vai desde a formulação de políticas, à definição de orientações curriculares até à reconfiguração de práticas pedagógicas assenta na análise de documentos oficiais – legislação e OCEPE (1997 e 2016) – produzidos pelo Ministério da Educação (ME) e de observações realizadas em JI, públicos e privados, entre 2013 e 2016, abrangendo uma heterogeneidade de contextos socioeconómicos, geográficos, culturais e organizacionais. Na “viagem” analítica que assim propomos trata-se de identificar os principais marcos e tendências que parecem estar a colonizar o campo da EI nos últimos 20 anos – 1997-2016 – e de percecionar a sua apropriação local por via das mudanças nas práticas das/os educadoras/es de infância, no papel das crianças e na função do JI de modo a contribuir para a desinstrumentalização da EI, interrogando os seus sentidos e a sua identidade.
- As fontes de informação e as perceções sobre uma alimentação saudável numa amostra da comunidade universitáriaPublication . Ferrão, Ana Cristina; Guiné, Raquel P. F.; Correia, Paula; Ferreira, Manuela; Cardoso, Ana PaulaEste trabalho pretendeu avaliar a influência das diferentes fontes de informação nas perceções sobre uma alimentação saudável. Para tal, foi efetuado um inquérito por questionário a uma amostra de 381 participantes pertencentes à comunidade universitária, incluindo alunos, professores e restantes colaboradores. Os dados mostraram que, independentemente da fonte de informação e da frequência com que era utilizada, as perceções dos participantes eram compatíveis com uma alimentação saudável. A fonte de informação privilegiada foi a Internet, tendo a família e os amigos revelado ser também importantes. Contudo, é fundamental continuarem a ser desenvolvidas estratégias que permitam aumentar o conhecimento sobre esta temática.
- “Já podemos ir brincar?" - A construção social da criança como aluno/a no jardim de infânciaPublication . Ferreira, Manuela; Tomás, CatarinaA emergência do discurso da qualidade na educação nos anos 80 tem vindo a refletir-se no campo da educação, sob a forma de pesquisas, medidas, padrões e diretrizes para ‘boas práticas’. Mais recentemente alia-se também o da excelência escolar, aos da eficácia e eficiência, todos eles também com repercussões no campo da educação da educação de infância, seja sob a forma visível de mais medidas políticas direcionadas para uma crescente formalização do currículo, seja sob a forma mais (im)perceptível das práticas vividas entre adultos e crianças no quotidiano do Jardim de Infância (JI). A partir de uma matriz interdisciplinar entre Sociologia da Infância, Sociologia da Educação e Ciências da Educação, o presente artigo reporta-se ao enquadramento das Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar (OCEPE, 1997) visando analisar alguns dos modos como estas são implementadas e vivenciadas por educadoras de infância e crianças em JI localizados em Lisboa e no Porto. A identificação de práticas sociopedagógicas tendencialmente reprodutoras da forma escolar, de currículos de coleção e modos de transmissão pedagógica formais e explícitos apontam para a reconfiguração da educação de infância como contexto de escolarização e alunização precoce das crianças. Tal suscita uma reflexão crítica sobre as funções e identidades do campo, das/os educadoras/es e crianças bem como do direito a brincar.
- “O pré-escolar faz a diferença?” Políticas educativas na educação de infância e práticas pedagógicasPublication . Tomás, Catarina; Ferreira, ManuelaA identificação de práticas sociopedagógicas tendencialmente reprodutoras da forma escolar, e de currículos de coleção e modos de transmissão pedagógica formais que enfatizam a literacia, a numeracia e a ciência apontam para a reconfiguração da Educação de Infância como contexto de crescente escolarização e alunização precoce das crianças e como estratégia de prevenção socioeducativa do insucesso escolar. Na interlocução entre Sociologia da Infância, Sociologia da Educação e Ciências da Educação, analisa-se o rumo das recentes mudanças políticas da Educação de Infância no quadro internacional e nacional, recuando aos anos 90, e alguns dos seus efeitos ao nível das práticas pedagógicas. A reconstituição deste trajeto assenta na análise crítica de documentos oficiais, nomeadamente as novas Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar (2016), e de observações realizadas em Jardins de Infância, públicos e privados, entre 2015 e 2017, em Portugal.