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Inovações em suporte ventilatório: terapia de alto fluxo no tratamento da COVID-19

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Introdução: A COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 e em casos de doença severa, pode levar ao desenvolvimento de uma Síndrome de Dificuldade Respiratória Aguda (ARDS) e progredir para uma Insuficiência Respiratória Aguda, podendo levar à morte. Nestes casos, é crucial o suporte ventilatório dos doentes, que pode ser feito por meio de técnicas invasivas e não invasivas. A terapia de alto fluxo é um tipo de suporte respiratório não invasivo que providencia uma maior concentração e fluxo de oxigénio, estando esta associada a uma menor necessidade de ventilação invasiva, menor mortalidade e menor risco de reintubação por hipoxemia aguda e insuficiência respiratória. Propõem-se como objetivos deste trabalho salientar a importância desta terapia nos doentes com Covid-19 e apresentar uma possível área de atuação do Licenciado em Fisiologia Clínica. Desenvolvimento: A terapia de alto fluxo (HFT) é uma terapia de suporte ventilatório não invasiva, que é admistrada através de interfaces (cânula nasal), que promovem maior conforto ao doente e fornecem uma fração inspirada de oxigénio (FIO2) estável com taxas de fluxo até 60 L/min-1. Esta técnica é bem tolerada e deve ser idealmente aplicada a 37°C de forma a permitir uma boa humidificação do gás inspirado. As taxas de fluxo e FIO2 devem ser selecionadas com base no esforço inspiratório do paciente e na gravidade da hipoxemia. Algumas vantagens desta terapia que estão descritas na literatura compreendem alguns efeitos como a humidificação e aquecimento do ar que ajuda a manter a hidratação das mucosas e a mobilização de secreções nestes pacientes, otimizando a função mucociliar e reduzindo a viscosidade do muco. Estes efeitos promovem a redução do trabalho respiratório devido à otimização da eficiência ventilatória e mecânica respiratória, resultando numa redução da frequência respiratória, do esforço inspiratório, aumento da pressão positiva ao final da expiração (PEEP) e do volume expiratório final, redução da resistência inspiratória e limpeza do espaço morto anatómico nas vias aéreas superiores. Algumas desvantagens desta terapia compreendem o aumento do risco de contágio dos profissionais de saúde associado à dispersão de gotículas em forma de aerossóis. Posto isto, as técnicas de suporte ventilatório não invasivo devem ser implementadas preferencialmente em quartos de pressão negativa e com a utilização de todas as medidas e equipamentos de proteção individual. Conclusão: A Terapia de Alto Fluxo apresenta melhores outcomes do que a oxigenação standart em pacientes com Covid-19. Estudos recentes demonstraram que o uso isolado desta terapia reduziu a necessidade de ventilação invasiva nos doentes mais críticos aumentando assim a sua taxa de sobrevivência após 90 dias.

Description

Keywords

Pneumologia COVID-19 Terapia de alto fluxo Insuficiência respiratória aguda

Pedagogical Context

Citation

Faria A, Silva J, Martins M, Clérigo AM, Pereira J. Inovações em suporte ventilatório terapia de alto fluxo no tratamento da COVID-19. In: XV Seminário Temático em Fisiologia Clínica, ESTeSL, 11 de fevereiro de 2022.

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Instituto Politécnico de Lisboa, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa