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As jornalistas portuguesas à mercê do discurso abusivo ou do "assédio" online dos públicos: elementos para uma cartografia

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As palavras que hoje aqui vos dirijo têm como tópico a violência online contra as mulheres jornalistas. Apresento-vos alguns resultados de um projeto intitulado “O género nas pandemias de ódio: media sociais, covid-19 e as mulheres jornalistas”, financiado pela agência portuguesa para a investigação científica – Fundação para a Ciência e Tecnologia. O projeto teve o seu principio após um ano do início da pandemia de COVID-19, e resultou da constatação, plasmada em vários relatórios e pesquisas internacionais, dos impactos da pandemia sobre o jornalismo, destacando o agravamento dos fenómenos de discurso de ódio online sobre os seus profissionais, visando particularmente as mulheres jornalistas. Começo por enquadrar teoricamente o problema da violência online. Esta violência toma várias formas e tem cada vez maior expressão nas sociedades contemporâneas. O aumento deste fenómeno tem vindo a ser identificado em vários contextos nacionais e não se circunscreve apenas às redes sociais digitais. Devido à importância crescente do jornalismo dito digital, assistiu-se, nas últimas décadas, ao aumento da proximidade entre os profissionais do jornalismo e os seus leitores, ouvintes e telespectadores. As/ os jornalistas estão agora mais expostos à violência online. Entre eles/elas e os seus públicos são muito escassas as formas mediação ou proteção. Este é, do nosso ponto de vista, mais um sintoma da crise da atual fragilidade da intermediação jornalística. Várias noções têm sido usadas para a descrição do fenómeno da linguagem ofensiva online, tais como incivilidade, flaming, online vitriol, trolling e discurso de ódio. Estes termos são utilizados de forma abrangente e pouco precisa para referir comportamentos de assédio online, incluindo o discurso de ódio. Na realidade, não existe uma definição unívoca para este tipo de comportamentos. É um conceito controverso quer do ponto de vista legal, quer científico. Quando pensamos no jornalismo, é talvez mais proveitoso e capta melhor os problemas que aqui se colocam se nos referirmos a “discurso abusivo” ou de assédio dos públicos e dos seus atores individuais ou coletivos sobre este grupo profissional.

Description

Keywords

Mulheres jornalistas Discurso de ódio online COVID-19

Citation

Subtil, F., & Silveirinha, M.J. (2022, mar, 08-10). As jornalistas portuguesas à mercê do discurso abusivo ou do "assédio" online dos públicos: Elementos para uma cartografia. Comunicação apresentada no Forum Égalité: pour l’égalité de genre en Europe, Angers, França.

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Institut français