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Advisor(s)
Abstract(s)
Com base numa amostra de 157 mensagens diferentes, que corresponderam ao
visionamento de 825 anĂșncios, e cuja recolha incidiu sobre os meios TelevisĂŁo, Imprensa,
Internet, RĂĄdio e Publicidade Exterior durante o quarto trimestre de 2006 (Outubro a
Dezembro), esta comunicação pretende apresentar as caracterĂsticas e especificidades da
publicidade ao crédito ao consumo.
Para tal, vamo-nos focar-nos em aspectos como:
⹠A caracterização da Mensagem;
âą O tipo de mensagem;
âą As marcas e categoria de produtos presentes nas mensagens;
âą A anĂĄlise psicossocial das mesnagens, nomeadamente uma anĂĄlise das personagens; das
encenaçÔes; ⹠valores sociais e estilos de vida;
âą E nas caracterĂsticas da publicidade na Internet
No estudo que teve por base esta comunicação, iniciåmos por levantar algumas das razÔes
que levam os consumidores a recorrer ao crédito ao consumo e por paradoxal que pareça,
verifica-se que o ser humano afirma a sua identidade através da sua afiliação social, razão
que o leva a funcionar por mecanismos de aspiração, mecanismos que o impulsionam a
possuir aquilo que os seus grupos de referĂȘncia possuem.
Se não possuir meios para tal, o recurso ao crédito é um instrumento cada vez mais
acessĂvel e vulgar que a sociedade e, particularmente, as empresas financeiras oferecem
aos consumidores.
Actualmente, Ă© possĂvel recorrer a um crĂ©dito para adquirir os mais variados produtos ou
serviços, desde o tradicional automóvel, às viagens e férias, de modo a que os
consumidores satisfaçam os seus mais expressivos desejos e necessidades. Junto dos seus
amigos, vizinhos ou colegas ninguĂ©m quer âficar atrĂĄsâ, dando a ideia de que nĂŁo pode
adquirir aquilo que os outros possuem.
A publicidade é, por sua vez, um dos meios que tem uma contribuição importante para
que as pessoas construam o seu Self, logo a sua identidade social, através da comunicação
que efectua, mostrando-lhes as diversas possibilidades de adquirem bens que se tornam
uma extensĂŁo de si prĂłprias. Como afirmou Baudrillard no final dos anos setenta:
«compramos um produto, consumimos um signo» (1981).
Este signo Ă© a imagem que um indivĂduo quer manifestar de si prĂłprio e emerge
sustentada pela imagem da marca, entretanto, adquirida. Todavia, para que se crie na
mente do receptor esta imagem de si, Ă© fundamental que a publicidade apresente ao
destinatĂĄrio imagens positivas da vida e, principalmente, de modelos ideais que
funcionam como reflexo do prĂłprio receptor. O objectivo Ă© criar a adesĂŁo do indivĂduo Ă
marca para que, de um ponto de vista comercial, este adopte os produtos publicitados.
Ora, o que a publicidade faz, nas campanhas publicitĂĄrias das empresas que concedem
crédito, ao apelar ao consumo são mensagens que incluem as aspiraçÔes e os desejos do
receptor. De facto, a publicidade potencia valores sociais, como o ĂȘxito, que se torna
sinĂłnimo de felicidade; o prestigio, predicado do reconhecimento social; e o prazer
hedónico. Toda a encenação publicitåria remete para a facilidade e comodidade do
consumo e da posse dos bens, bem como do acesso ao crédito para aceder a esses bens.
Ao formular estes conteĂșdos, a publicidade pretende convencer-nos que somos os
protagonistas da mensagem, no fundo, que somos Ășnicos.
Description
Keywords
Publicidade CrĂ©dito ao Consumo TendĂȘncias da publicidade Apelos publicitĂĄrios Valores sociais
Citation
Pereira, F.C., & VerĂssimo, J. (2007, dezembro). A publicidade ao crĂ©dito ao consumo: Panorama atual e tendĂȘncias. [Comunicação oral]. SeminĂĄrio Publicidade e Consumidor, Instituto do Consumidor, Lisboa, Portugal.