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Abstract(s)
A psicologia do desenvolvimento assumiu a partir de meados do século XX uma preponderância avassaladora na delimitação do que pode ou não pode uma criança ser e do seu destino. Este texto procura problematizar,
teoricamente, o olhar hegemónico que a psicologia oferece sobre modos de ser criança. Para tanto, procura trazer à equação como é que ao longo do século passado a constituição de modelos teóricos explicativos do
desenvolvimento e da aprendizagem das crianças pequenas fizeram operar um conjunto de sistemas que se consolidaram na delimitação de formas “certas” de “estar-a-ser-criança”. O problema que se coloca é que a
psicologia do desenvolvimento tem contribuído para a produção de “modos de ser” no sentido de um por vir adulto, produtivo, sustentável e saudável. A pergunta que se pretende pôr em andamento com este trabalho é de que forma a psicologia do desenvolvimento se constituiu um referencial de normalização e subjetivação das crianças pequenas. O que permanece por responder é essa pergunta maior que consiste em perceber como é que nos podemos relacionar com as crianças pequenas como sujeitos “a-ser” e não tanto como objetos de subjetivação com formas “de-ser” pré-estabelecidas, padronizadas e uniformizadas.
Description
Keywords
Psicologia do desenvolvimento Infância Devir Governamentalidade
Citation
Almeida, T. (2019) Psicologia do desenvolvimento e a delimitação de modos de ser criança. Devir-adulto, devir-sujeito e a educação de infância". In Biopolitica e Tanatopolitica: A Agonística dos Processos de Subjetivação Contemporâneos, 229-249. Brasil: Editora CRV,