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Desde o início de 2020 que os efeitos da pandemia COVID-19 se têm vindo a manifestar quer nas rotinas diárias quer nas diferentes áreas profissionais, agravando os níveis de depressão populacional. As instituições de ensino também foram largamente afetadas pelo efeito desta pandemia. A necessidade de uma adaptação repentina ao ensino online e a falta de interação social têm sido apontados como principais contributos para o aumento dos níveis de depressão tanto entre estudantes como entre docentes do ensino superior. Esta degradação da saúde mental dos jovens foi uma das conclusões do relatório "Youth and COVID-19: impacts on jobs, education, rights and mental well-being". O estudo refere que um em cada dois jovens entre os 18 e os 29 anos estão, possivelmente, sujeitos à ansiedade ou à depressão, e que provavelmente 17% já sentem o efeito destas perturbações.
Embora até há poucos anos, o Burnout fosse incluído numa das categorias da depressão, a Organização Mundial de Saúde (OMS) não reconhece o Burnout como uma doença mental, mas sim como uma síndrome de exaustão caraterizada por sintomas como stress, desgaste emocional e cansaço excessivo, como consequência de pressão profissional ou estudantil.
Vários estudos têm revelado que a síndrome de Burnout académica se manifesta sobretudo entre os estudantes dos primeiros anos do ensino superior. Este facto é associado não só às novas responsabilidades com que os estudantes são confrontados quando transitam do ensino secundário para o superior, mas também pelas elevadas expetativas académicas, por vezes irreais, criadas pelos estudantes. O Burnout académico tem consequências graves entre a população estudantil, sendo apontada como responsável não só pelo fraco desempenho académico dos estudantes, mas também pelo aumento do absentismo académico ou mesmo pelo abandono escolar. A pandemia agravou a saúde mental dos estudantes universitários, sendo reconhecida como uma questão de saúde pública. Desta forma é crucial que as instituições de ensino recorram a métodos de despistagens sistemáticas desta síndrome, entre a população estudantil do ensino superior, sobretudo quando afetados por situações de pandemia.
Esta apresentação pretende ser um contributo nesta área. Exploramos o efeito da pandemia no stress de estudantes da Escola Superior de Comunicação Social (ESCS) do Instituto Politécnico de Lisboa (IPL). Neste sentido, no final do primeiro semestre de 2021 foi aplicado o instrumento desenvolvido por Maslach - Maslach Burnout Inventory–Student Survey (MBI-SS) - frequentemente utilizado para avaliar os níveis de stress estudantis. Neste estudo, que envolveu 316 estudantes, foi feita a comparação entre as três subescalas da MBI-SS: Exaustão, Cinismo e Eficácia e também entre géneros. Concluiu-se que, em termos gerais, os nossos estudantes estão a conseguir adaptar-se a esta nova modalidade de ensino. Ainda assim, os resultados foram úteis para estabelecer estratégias de ensino mais adequadas, que permitam maximizar o bem-estar dos estudantes e minimizar os efeitos desta situação pandémica.
Description
Keywords
Níveis de Burnout Stress Ansiedade Depressão Estudantes Ensino Superior Ensino à distância
Citation
Meireles, A. & Silvestre, C. (2021, nov, 22-26). Os níveis de Burnout nos estudantes do Ensino Superior durante o período de aulas em regime misto. Comunicação apresentada na 11.ª Conferência FORGES - A cooperação no ensino superior dos países e regiões de língua portuguesa perante os desafios globais. Instituto Politécnico de Setúbal, Setúbal, Portugal.
Publisher
Associação FORGES
Instituto Politécnico de Macau
Instituto Politécnico de Setúbal
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Instituto Politécnico de Setúbal