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Comunicar sustentabilidade ou... Alterar o mundo?

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OBJETIVO Se a noção de “sustentabilidade” tem vindo a ser empregue cada vez mais com um foco muito abrangente, hoje, com as atenções na COP26, é objetivo desta investigação centrar-nos nos seus elementos que de forma direta se prendem com as questões do “clima”. Nunca esteve tão claro que o lucro e as pessoas poderão não ser assim tão interessantes para o planeta, mas que esta é não só uma condição fundamental como necessária à sobrevivência da nossa espécie. Qual será então a preponderância do uso dos conceitos de “sustentabilidade”, “alterações climáticas” e de “crise climática” (e os contextos das suas enunciações) nas plataformas digitais das organizações do Global Compact Network Portugal? MÉTODOS Pouco sabemos como todas estas questões têm sido equacionadas e qual o seu impacto no discurso das organizações refletido nas suas plataformas digitais. Apresentam-se os resultados de uma investigação focada nos websites e nas páginas de facebook - no ano 2020 - das 84 empresas portuguesas do UN Global Compact. Numa visão pragmática do mundo da pesquisa em comunicação, optou-se por uma abordagem de investigação com métodos documentais para recolha dos dados e uma análise categorial temática da mensagem manifesta nas plataformas digitais, enquadrada nos métodos de investigação qualitativos. Para uma melhor análise dos dados recorreu-se ao software NVivo. RESULTADOS E DISCUSSÃO O triple bottom line tem sido a forma de resumir o sucesso das empresas, em três palavras: pessoas, planeta e lucro. Estamos a falar sobre o que é citado nos manuais académicos como questões relativas à sustentabilidade social, ambiental e económica das organizações. Nos últimos anos, e com a proposta das Nações Unidas para 2030, sob a designação de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e em especial devido às preocupações que dizem respeito às alterações climáticas e ao futuro da humanidade, parece ter surgido um novo foco em questões de "sustentabilidade". Pese embora a subscrição da iniciativa da ONU, as empresas portuguesas precisam ainda de trabalhar a comunicação de forma estratégica e alinhada com os princípios com que se comprometeram. IMPLICAÇÕES Aquando da publicação do The Limits to Growth (1972), encomendado pelo Clube de Roma, com coordenação de Dennis Meadows, este iniciava-se com uma citação de U Than, o então Secretário-Geral das Nações Unidas, exaltando os Estados a juntarem-se na prossecução de um mundo mais equitativo, inclusivo e sustentável. Na obra que revisita esse primeiro relatório, os autores afirmam de forma inequívoca e utilizando as suas próprias palavras, que a economia global já estava (no início deste milénio) muito para lá dos níveis de sustentabilidade para que se pudesse manter a “fantasia de um globo ilimitado”, mas que o apelo de U Than continuava sem resposta (Meadows, Randers e Meadows, 2004). O discurso sobre as alterações climáticas, entrou, assim, nos últimos anos, por necessidade, no discurso do cidadão comum. Assistimos ao uso do conceito de “crise” em detrimento do de “alterações” quando se fala de clima. Porque, the words do matter. REFERÊNCIAS - APA 7ª edição Meadows D.H.,Meadows D.L., Randers J., Bherens III W. (1972). The Limits to Growth. Potomac Associates Books.

Description

Keywords

Social media Sustentabilidade Clima Organizações Comunicação IPL/2021/4C_ESCS

Citation

Nunes, T., Raposo, A., Pereira, S., & Eiró-Gomes, M. (2021, dez, 06-07). Comunicar sustentabilidade ou... Alterar o mundo?. Comunicação apresentada, Online, no ICCESUS2021-1st International Conference on Communication and Environmental Sustainability, Politécnico de Viseu, Portugal

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Politécnico de Viseu