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- Comunicar sustentabilidade ou... Alterar o mundo?Publication . Nunes, Tatiana Filipa Gomes; Raposo, Ana Luísa Canelas Rasquilho; Pereira, Sandra Cristina Martins; Eiró-Gomes, MafaldaOBJETIVO Se a noção de “sustentabilidade” tem vindo a ser empregue cada vez mais com um foco muito abrangente, hoje, com as atenções na COP26, é objetivo desta investigação centrar-nos nos seus elementos que de forma direta se prendem com as questões do “clima”. Nunca esteve tão claro que o lucro e as pessoas poderão não ser assim tão interessantes para o planeta, mas que esta é não só uma condição fundamental como necessária à sobrevivência da nossa espécie. Qual será então a preponderância do uso dos conceitos de “sustentabilidade”, “alterações climáticas” e de “crise climática” (e os contextos das suas enunciações) nas plataformas digitais das organizações do Global Compact Network Portugal? MÉTODOS Pouco sabemos como todas estas questões têm sido equacionadas e qual o seu impacto no discurso das organizações refletido nas suas plataformas digitais. Apresentam-se os resultados de uma investigação focada nos websites e nas páginas de facebook - no ano 2020 - das 84 empresas portuguesas do UN Global Compact. Numa visão pragmática do mundo da pesquisa em comunicação, optou-se por uma abordagem de investigação com métodos documentais para recolha dos dados e uma análise categorial temática da mensagem manifesta nas plataformas digitais, enquadrada nos métodos de investigação qualitativos. Para uma melhor análise dos dados recorreu-se ao software NVivo. RESULTADOS E DISCUSSÃO O triple bottom line tem sido a forma de resumir o sucesso das empresas, em três palavras: pessoas, planeta e lucro. Estamos a falar sobre o que é citado nos manuais académicos como questões relativas à sustentabilidade social, ambiental e económica das organizações. Nos últimos anos, e com a proposta das Nações Unidas para 2030, sob a designação de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e em especial devido às preocupações que dizem respeito às alterações climáticas e ao futuro da humanidade, parece ter surgido um novo foco em questões de "sustentabilidade". Pese embora a subscrição da iniciativa da ONU, as empresas portuguesas precisam ainda de trabalhar a comunicação de forma estratégica e alinhada com os princípios com que se comprometeram. IMPLICAÇÕES Aquando da publicação do The Limits to Growth (1972), encomendado pelo Clube de Roma, com coordenação de Dennis Meadows, este iniciava-se com uma citação de U Than, o então Secretário-Geral das Nações Unidas, exaltando os Estados a juntarem-se na prossecução de um mundo mais equitativo, inclusivo e sustentável. Na obra que revisita esse primeiro relatório, os autores afirmam de forma inequívoca e utilizando as suas próprias palavras, que a economia global já estava (no início deste milénio) muito para lá dos níveis de sustentabilidade para que se pudesse manter a “fantasia de um globo ilimitado”, mas que o apelo de U Than continuava sem resposta (Meadows, Randers e Meadows, 2004). O discurso sobre as alterações climáticas, entrou, assim, nos últimos anos, por necessidade, no discurso do cidadão comum. Assistimos ao uso do conceito de “crise” em detrimento do de “alterações” quando se fala de clima. Porque, the words do matter. REFERÊNCIAS - APA 7ª edição Meadows D.H.,Meadows D.L., Randers J., Bherens III W. (1972). The Limits to Growth. Potomac Associates Books.
- Assessment of sustainable collaboration in collaborative business ecosystemsPublication . Graça, Paula; Camarinha-Matos, Luis M.Advances in information and communication technologies and, more specifically, in artificial intelligence resulted in more intelligent systems, which, in the business world, particularly in collaborative business ecosystems, can lead to a more streamlined, effective, and sustainable processes. Following the design science research method, this article presents a simulation model, which includes a performance assessment and influence mechanism to evaluate and influence the collaboration of the organisations in a business ecosystem. The establishment of adequate performance indicators to assess the organisations can act as an influencing factor of their behaviour, contributing to enhancing their performance and improving the ecosystem collaboration sustainability. As such, several scenarios are presented shaping the simulation model with actual data gathered from three IT industry organisations running in the same business ecosystem, assessed by a set of proposed performance indicators. The resulting outcomes show that the collaboration can be measured, and the organisations' behaviour can be influenced by varying the weights of the performance indicators adopted by the CBE manager.
- Sustentabilidade ambiental: a condição necessária da responsabilidade organizacionalPublication . Eiró-Gomes, Mafalda; Nunes, Tatiana Filipa Gomes; Raposo, Ana Luísa Canelas RasquilhoOBJETIVO Subordinada à pergunta de investigação: como expressam nos seus relatórios de sustentabilidade, ou na ausência destes, nos seus relatórios financeiros (ou de atividades) - referentes ao ano de 2020 - as questões da sustentabilidade e em especial as preocupações com o “clima” as 84 organizações pertencentes ao Global Compact Network Portugal (UN GCNP), pretende-se neste trabalho apresentar uma reflexão sobre a forma como as organizações comunicam as suas práticas de Responsabilidade Social Corporativa. METÓDOS Numa visão pragmática do mundo da pesquisa em comunicação, optou-se por uma abordagem de investigação com métodos documentais para recolha dos dados e métodos qualitativos para análise e interpretação dos mesmos. Para análise dos dados foi usado o software NVivo. As principais categorias foram definidas numa estratégia concept-driven e coincidem com os grandes temas em análise com base tanto na revisão bibliográfica sobre o tema como na pergunta de investigação. A análise foi depois completada com categorias data-driven no sentido de tentar perceber algumas das singularidades e ligações entre os conceitos de responsabilidade social corporativa e os conceitos de sustentabilidade (clima, ambiente, planeta, economia circular). RESULTADOS E DISCUSSÃO Entende-se neste artigo o conceito de Responsabilidade Social Corporativa numa aceção muito ampla e numa formulação não distinguível de uma outra noção, a de Cidadania Corporativa. Se usamos estes conceitos sem a procura - que pareceria com certeza excessivamente complexa para os objetivos deste trabalho - de uma sua definição cabal, e por isso, muito mais na aceção tão cara a Wittgenstein (1953) de parecenças de família não podemos deixar de nos centrar na sua dimensão (sabemos que artificialmente recortada) de responsabilidade ambiental. Mesmo nas organizações que aparentemente deveriam estar mais despertas para esta problemática, parece ainda existir um longo caminho a percorrer, quer no que concerne aos temas e ações de Responsabilidade Social Corporativa, quer na forma como a comunicação é utilizada para comunicar as suas práticas de Cidadania Corporativa. IMPLICAÇÕES A forma descuidada com que a humanidade tratou o ambiente, e a ecologia, numa escalada de crescimento que levou ao ponto sem retorno no qual nos encontramos, emerge como o grande tema da nossa contemporaneidade. Desde o início dos anos sessenta com Silent Spring (1962), passando pela obra maior de Ròger Dajoz de 1969, Prècis d’Ecologie (Ecologia Geral na tradução brasileira), ao início dos anos setenta com a “United Nations Conference on the Human Environment'' (1972), ou o relatório magistral The Limits to Growth (1972), até à segunda década do século XXI o discurso científico, e muito em especial o discurso no espaço público, tanto de entidades públicas e privadas, como das organizações da sociedade civil sobre questões ambientais, sofreu um conjunto de transformações. Da “mudança climática” à “crise climática”, representa a maior alteração na comunicação sobre o clima nos últimos anos. REFERÊNCIAS - APA 7ª edição Carson, R. (1962). Silent Spring. Houghton Mifflin Dajoz, R. (1983). Ecologia Geral. Ed. Vozes Meadows D. H.,Meadows D. L., Randers J., Bherens III W. (1972). The Limits to Growth. Potomac Associates Books. Wittgenstein, L. (1953). The philosophical investigations. Oxford: Blackwell
- O espaço exterior em tempo de pandemia: olhar(es) e práticas em contexto de jardim de infânciaPublication . Monteiro, Raquel Alexandra da Silva; Friães, RitaO presente relatório surge no âmbito da Prática Profissional Supervisionada II (PPSII), tendo como principal objetivo apresentar uma análise crítica e reflexiva do processo vivido durante a prática e investigação desenvolvidas em contexto de jardim de infância (JI). Este processo foi desenvolvido ao longo de aproximadamente sete meses, com um grupo de 20 crianças, numa organização socioeducativa particular que se rege pelo modelo HighScope. Ainda, neste documento, irei apresentar, de forma reflexiva, a construção da minha identidade profissional enquanto futura educadora de infância. Foi ao observar as práticas pedagógicas, realizadas no contexto onde estive inserida, que tomei consciência do papel central do espaço exterior neste tempo de incerteza, o que originou a presente investigação - O espaço exterior em tempo de pandemia: olhar(es) e práticas em contexto de jardim de infância. Assente numa abordagem investigativa de natureza qualitativa ou interpretativa, esta investigação foi orientada pela metodologia estudo de caso. A recolha de dados foi realizada recorrendo à observação direta, registada através de notas de campo e registo audiovisuais, bem como à realização de entrevistas semiestruturadas. A par disso, através da observação sistemática, recolhi dados de grande relevância durante os dois últimos meses de prática. Os dados recolhidos colocam em evidência as potencialidades do espaço exterior em tempo de pandemia, “palco” principal das dinâmicas diárias da organização socioeducativa, e que permitiu cumprir o objetivo primordial, destacado por Macedo et al. (2020) “construir um mundo aberto, junto das crianças” (p.346), colmatando os vários meses de imprisionnment. Para além disso, no desenrolar da investigação, fui-me apercebendo que este tempo de incerteza trouxe à tona a magia comum em tempos extraordinários [tradução]1. Despertou o ser humano, ressaltou a sua resiliência e fez com que reconhecêssemos o valor da ferramenta ancestral do ser humano – estar, explorar, brincar ao ar livre.