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How different are parents and educators? A comparative study of interactive differences between parents and educators in a collaborative adult-child activity
Publication . Fuertes, Marina; Sousa, Otília; Łockiewicz, Marta; Nunes, Clarisse; Lino, Dalila
Involving children in collaborative tasks supports their cognitive, motor and social development. This study, performed in Portugal, aims to describe and compare early childhood educators and parents regarding their collaborative and interactive behavior when working with children. For that purpose, 55 educators (of both genders) with a child from their class and 45 parents (of both genders) with their children, participated in an everyday-like quasi-experimental situation for 20 minutes. The participants were invited to build an object of their choice, using a range of available materials and tools. The children included 47 boys and 48 girls, between 3 and 5 year-old. In comparison with the parents, the educators encouraged the children more to explore and find their own solutions. Conversely, the parents helped their children by offering demonstrations and directions. When the educators and the parents were grouped by gender ("men" versus "women"), different opportunities were offered to boys and girls by male and female adults. Our study suggests that educators and parents serve as diverse, but complementary educational role models and provide different learning opportunities.
Contributos para a auto-regulação do bebé no paradigma face-to-face still-face
Publication . Seixas, Íris; Barbosa, Miguel; Fuertes, Marina
Logo após o nascimento o recém-nascido apresenta comportamentos instintivos de auto-regulação que lhe permitem controlar as suas respostas motoras e vegetativas isolando-se de estímulos perturba - dores, organizando-se face ao stress e iniciando ou terminando a interação com os pais. Estes comportamentos evoluem ao longo do primeiro ano de vida. A partir dos 3 meses estes comporta - mentos parecem organizar-se em estilos comportamentais e ter um peso moderado na qualidade da vinculação mãe-filho(a). No intuito de estudar os processos de auto-regulação do bebé e o papel materno na interação, observámos 98 bebés (46 meninas, 51 primíparos, nascidos com mais de 36 semanas de gestação) e as suas mães, na situação experimental Still-Face aos 3 e aos 9 meses. O comportamento dos bebés foi classificado ou descrito quanto à sua forma de organização comporta - mental (e.g., capacidade de recuperação após o episódio do Still-Face) e o comportamento materno quanto à qualidade do envolvimento e ao nível de intrusividade. Os resultados indicam diferenças individuais na auto-regulação do bebé, das quais descrevemos e apresentamos 3 padrões de organização de resposta subdivididos em sub-padrões comportamentais associados. Estas formas de auto-regulação apresentam uma elevada associação com as respostas maternas, género do bebé e paridade. Os dados deste estudo suportam a tese de que a auto-regulação infantil resulta da capacidade de mobilização dos recursos do bebé e da resposta que recebe para apoiar os seus esforços.
Estudo intercultural sobre a interação mãe-filho(a) em jogo livre aos 9 meses em diades brasileiras e portuguesas
Publication . Rodrigues, Cristina; Ribeiro, Camila; Lamônica, Dionísia; Santos, Pedro Lopes dos; Fuertes, Marina
Ainsworth, Bell e Stayton (1974) definem a sensibilidade maternal como capacidade de perceber e interpretar adequadamente os comportamentos e comunicações do bebé respondendo pronta e adequadamente às necessidades. Van den Boom (1997) num estudo meta-analítico apresenta a mutualidade/reciprocidade como fatores importantes na sensibilidade das mães, ganhando assim um sentido diádico, no qual a qualidade da interação resulta do produto da sensibilidade do adulto com a cooperação infantil. Embora a qualidade da interação mãe-filho(a) tenha sido estudada em várias culturas, existem poucos estudos interculturais (i.e., realizados nas mesmas condições em culturas distintas). Neste estudo dedicamo-nos à cultura portuguesa à cultura brasileira que partilhando a mesma língua são distintas em termos de organização social e nas respostas à infância e à família. Assumindo, uma abordagem diádica e uma linha de estudo quasi-intercultural, procurou-se descrever e comparar a sensibilidade materna e cooperação infantil atendendo às expressões facial e vocal, posicionamento, afetividade, reciprocidade, diretividade e qualidade de jogo, em duas amostras independentes: portuguesa e brasileira. Para o efeito, as díades mãe-filho(a) foram filmadas em jogo livre aos 9 meses. Os resultados indicam diferenças significativas entre a qualidade interativa nas duas amostras: mães brasileiras mais passivas e bebés brasileiros mais difíceis. O género do bebé e o Apgar ao primeiro minuto afetaram os resultados na amostra brasileira. Na amostra portuguesa foram: idade do pai, Apgar ao quinto minuto, peso gestacional do bebé, e a escolaridade dos pais associou-se aos comportamentos interativos mãe-filho(a). Em suma, diferentes fatores afetaram as duas amostras. Os dados são discutidos à luz das práticas de intervenção precoce suportadas na evidência e na ação preventiva junto da família.
Estudo comparativo das representações maternas em díades com bebés de termo, pré-termo e extremo pré-termo
Publication . Almeida, Ana Rita; Casimiro, Rute; Antunes, Sandra; Alves, Maria João; Lopes, Joana; Ribeiro, Camila; Santos, Margarida Custódio dos; Moreira, João; Fuertes, Marina
As representações das mães acerca dos seus bebés e da maternidade têm sido associadas à vinculação e ao desenvolvimento subsequente do bebé (e.g., Benoit, Parker, & Zeanah, 1997; Fuertes, Faria, Fink & Barbosa, 2011, Kochanska, 1998; Zeanah, Benoit, Hirshberg, Barton, & Regan, 1994). Deste modo, o estudo das representações maternas ganhou importância tanto no campo da investigação na área da relação mãe-filho(a) como na intervenção na maternidade de risco. No caso das mães dos bebés pré-termo (e quando comparadas com as mães dos bebés de termo) verifica-se que estas mães representam o temperamento dos seus filhos de modo menos positivo (e.g., Cox, Hopkins, & Hans, 2000). Todavia, as mães portuguesas dos prematuros, são mais otimistas relativamente às suas capacidades de se relacionarem com os seus bebés (Fuertes et al., 2011). Tendo em conta a pertinência do campo de estudos, quisemos conhecer mais as representações das mães dos bebés nascidos antes das 32 semanas e em risco de problemas de saúde e desenvolvimento, âmbito raramente estudado. No intuito de investigar essas representações procurou-se comparar 40 díades com bebés de extremo pré-termo (idade gestacional inferior a 32 semanas), 40 de pré-termo (nascidos com 32 a 36 semanas de idade gestacional) e 40 de termo (idade gestacional superior a 37 semanas). Para o efeito, as mães foram entrevistadas nas primeiras 72 horas após o nascimento dos seus bebés acerca da gravidez, parto, nascimento antecipado, maternidade e expectativa sobre o futuro desenvolvimento do bebé. Os resultados indicam que as mães dos prematuríssimos descrevem as experiências da gravidez e parto como traumáticas e as mães dos prematuros como uma experiência causadora de ansiedade. As mães dos prematuros estão preocupadas com a saúde e desenvolvimento dos seus filhos, mas acham que serão capazes de desenvolver uma boa relação com eles. Porém, as mães dos bebés de extremo pré-termo estão alarmadas com a sobrevivência dos seus filhos e são as que parecem ter mais dificuldade em antecipar problemas futuros, possivelmente por estarem centradas no período que estão a viver. Curiosamente, as mães dos bebés de termo são as que mais se preocupam com o seu papel materno e com a prestação de cuidados ao bebé. Os dados apontam para a necessidade de oferecer respostas de apoio e aconselhamento diferenciadas às mães dos recém-nascidos, atendendo à idade gestacional do bebé e outros fatores de risco neonatal.
Relação mãe-filho(a) em bebés transportados junto ao peito e em bebés transportados em carrinhos
Publication . Bárbara, Carina Santa; Fuertes, Marina; Carvalho, Olívia
Sabendo que o contacto físico é importante na relação mãe-filho(a), procurámos comparar a qualidade da interação mãe-filho(a) em dois grupos de estudo: Grupo 1) 20 bebés transportados junto ao peito das suas mães e Grupo 2) 20 bebés transportados em carrinhos ou outros meios auxiliares. Os dois grupos foram emparelhados por idade gestacional, peso gestacional, por idade da criança, sexo da criança, idades dos pais, nível socioeconómico, e nacionalidade. Os bebés tinham entre 6 e 36 meses (20 meninas, 13 primíparos) e não apresentavam problemas de desenvolvimento. A qualidade da interação mãe-filho foi avaliada em jogo livre através das escalas CARE-Index e MINDS. Comparativamente ao grupo 1, o grupo 2 apresenta melhor qualidade interativa (médias superiores de sensibilidade materna e de cooperação infantil). Estes dados corroboram a premissa de que mais importante do que proximidade é a forma como ela é estabelecida, que contribuirá para a qualidade da relação mãe-filho(a).

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Fundação para a Ciência e a Tecnologia

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3599-PPCDT

Funding Award Number

PTDC/MHC-PED/1424/2014

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