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Advisor(s)
Abstract(s)
Logo após o nascimento o recém-nascido apresenta comportamentos instintivos de auto-regulação
que lhe permitem controlar as suas respostas motoras e vegetativas isolando-se de estímulos perturba -
dores, organizando-se face ao stress e iniciando ou terminando a interação com os pais. Estes
comportamentos evoluem ao longo do primeiro ano de vida. A partir dos 3 meses estes comporta -
mentos parecem organizar-se em estilos comportamentais e ter um peso moderado na qualidade da
vinculação mãe-filho(a). No intuito de estudar os processos de auto-regulação do bebé e o papel
materno na interação, observámos 98 bebés (46 meninas, 51 primíparos, nascidos com mais de 36
semanas de gestação) e as suas mães, na situação experimental Still-Face aos 3 e aos 9 meses. O
comportamento dos bebés foi classificado ou descrito quanto à sua forma de organização comporta -
mental (e.g., capacidade de recuperação após o episódio do Still-Face) e o comportamento materno
quanto à qualidade do envolvimento e ao nível de intrusividade.
Os resultados indicam diferenças individuais na auto-regulação do bebé, das quais descrevemos e
apresentamos 3 padrões de organização de resposta subdivididos em sub-padrões comportamentais
associados. Estas formas de auto-regulação apresentam uma elevada associação com as respostas
maternas, género do bebé e paridade. Os dados deste estudo suportam a tese de que a auto-regulação
infantil resulta da capacidade de mobilização dos recursos do bebé e da resposta que recebe para
apoiar os seus esforços.
Description
Keywords
Auto-regulação infantil Contributo materno Still-face
Citation
Seixas, I., Barbosa, M., & Fuertes, M. (2017). Contributos maternos para a autorregulação do bebé no Paradigma Face-to-Face Still- Face. Análise Psicológica. 35(4), 469-485. doi: 10.14417/ap.1280