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  • Um símbolo da vontade republicana de reformar o ensino normal: o edifício da Escola Normal Primária de Lisboa
    Publication . Silva, Carlos Manique Da
    Durante o período da I República o esforço reformador na área da educação procurou situar-se numa dinâmica de rutura face aos últimos anos de Monarquia. Mas, como notou António Nóvoa (1989), trata-se de uma reação / oposição que não se funda, essencialmente, numa questão pedagógica. De facto, o olhar niilista para o passado monárquico – o “espírito de presente” orientado para um “horizonte de expetativa”, para adotarmos as expressões de Justino Magalhães (2012, p. 11) – prende-se com a ideia de que a República só seria possível “através de uma outra educação, pois as instituições revolucionárias não podem constituir-se a partir de um sistema escolar do passado” (Nóvoa, 1989, p. X). Não obstante o diagnóstico que foi feito da situação educacional portuguesa, sem esquecer a constituição de um corpo legislativo contemplando todos os setores de ensino (tenha-se em conta que no ano de 1911 são publicadas mais de três dezenas de diplomas legais), a verdade é que os republicanos não perceberam que os sistemas educativos mudam a um ritmo muito lento (Idem). Com efeito, a via reformista adotada – a de apostar em medidas fortes e pontuais – não gerou mudanças fundamentais e, exatamente, pelo facto de não ter criado as condições que permitissem “uma evolução tendencial num sentido positivo” (Idem, p. XIII).