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- “Amizade é…felicidade! (Freng, 5 anos) ”. As relações sociais entre crianças num Jardim de InfânciaPublication . Cunha, Mariana; Tomás, Catarina; Fonseca, CéliaTendo em conta que, para as crianças, a amizade é um valor fundamental, mas não isento de conflitos e tensões, propomo-nos a apresentar o trabalho realizado com as crianças de um Jardim de Infância (JI), situado na cidade de Lisboa, sobre os enredos da cultura de pares instituída, bem como sobre as conceções e significados atribuídos, pelas crianças, no âmbito das relações que estabelecem entre si. O caminho percorrido em torno desta problemática central - a amizade entre as crianças, no quotidiano do jardim de infância - operacionalizou-se a partir de uma metodologia qualitativa e da centralidade de três técnicas principais: a observação, a entrevista e a consulta documental. Os dados recolhidos foram analisados à luz de duas áreas de conhecimento: a pedagogia da infância e a sociologia da infância. A investigação realizada sobre a amizade entre as crianças aponta para um processo complexo, diversificado, implicando determinados requisitos, que envolvem dimensões diferenciadas. Nas relações que estas estabelecem, há distinção entre diferentes tipos de amigos e diversos graus de intimidade e interações, sendo ainda identificada a reciprocidade como um fator fundamental nas relações estabelecidas.
- A Educação de infância em tempos de transição paradigmática: uma viagem por discursos políticos e práticas pedagógicas em PortugalPublication . Ferreira, Manuela; Tomás, CatarinaNa interlocução entre a Sociologia da Infância, Sociologia da Educação e Ciências da Educação, este artigo visa compreender o rumo das recentes mudanças políticas da EI no quadro internacional e nacional, sobretudo a partir dos anos 90, e alguns dos seus efeitos ao nível das práticas pedagógicas. A reconstituição do trajeto que vai desde a formulação de políticas, à definição de orientações curriculares até à reconfiguração de práticas pedagógicas assenta na análise de documentos oficiais – legislação e OCEPE (1997 e 2016) – produzidos pelo Ministério da Educação (ME) e de observações realizadas em JI, públicos e privados, entre 2013 e 2016, abrangendo uma heterogeneidade de contextos socioeconómicos, geográficos, culturais e organizacionais. Na “viagem” analítica que assim propomos trata-se de identificar os principais marcos e tendências que parecem estar a colonizar o campo da EI nos últimos 20 anos – 1997-2016 – e de percecionar a sua apropriação local por via das mudanças nas práticas das/os educadoras/es de infância, no papel das crianças e na função do JI de modo a contribuir para a desinstrumentalização da EI, interrogando os seus sentidos e a sua identidade.
- O brincar nas políticas educativas e na formação de profissionais para a educação de infância – Portugal (1997-2017)Publication . Tomás, Catarina; Ferreira, ManuelaNo atual panorama socioeducativo identifica-se uma controvérsia na Educação de Infância em que a escalada da sua ‘escolificação’ vem sendo confrontada com a sua desconstrução e a defesa de uma pedagogia da infância na qual o brincar, como direito das crianças e expressão cultural infantil, é assumido como (com)texto informal de aprendizagens holísticas, essenciais à sua formação pessoal, social e cultural. Entrecruzando contributos dos Estudos da Infância e das Ciências da Educação, analisam-se políticas para a Educação de Infância (1997-2017) e relatórios da Prática de Ensino Supervisionada dos mestrados profissionalizantes para a docência com crianças até 6 anos, em instituições de ensino superior públicas e privadas de Portugal (2014- 2017), visando, no primeiro caso, i) identificar a presença do brincar nas Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar (1997, 2016), e suas conceções; no segundo caso, i) mapear os relatórios dedicados ao brincar em contextos de creche e jardim de infância; ii) analisar e problematizar as conceções do brincar que são privilegiadas e, por consequência, as de criança, educação e educador/a, nas lógicas e sentidos atribuídos pelas estudantes por relação com a sua prática pedagógica. Advogando a educação de infância como promotora da cidadania das crianças, reivindica-se o brincar como direito de participação delas e como base empírica imprescindível para fundamentar práticas pedagógicas contra-hegemónicas mais equitativas e justas.
- A brincar, a brincar… lógicas e sentidos de futuras educadoras de infância (2014-2019)Publication . Ferreira, Manuela; Tomás, CatarinaA trilogia brincar, desenvolvimento-aprendizagem e pedagogia, fundadora da Educação de Infância e tornada um lugar comum dentro e fora deste campo, precisa ser examinada criticamente sob pena de colocar em risco a infância e os seus direitos e de aprofundar a marginalização e o papel subsidiário e/ou instrumental do brincar. Importando que essa discussão se alargue a contributos multireferenciados da Sociologia da Infância e das Ciências da Educação, abordam-se distinções e interdependências de questões conceituais chave entre brincar, aprender ludicamente e ensinar através do brincar, e suas articulações com as noções de ludicidade, culturas infantis e práticas lúdico-pedagógicas, de modo a interrogar a dicotomia brincar-aprender. Parte-se daqui para, com base na pesquisa documental, analisar os 99 relatórios de fim de curso, da Prática de Ensino Supervisionada, dedicados ao brincar em contextos de creche e/ou jardim de infância, realizados em instituições de ensino superior públicas e privadas em Portugal (2014-2019), visando i) caraterizar o lugar do brincar; ii) identificar e problematizar as lógicas do brincar e os sentidos pedagógicos que futuras profissionais da pequena infância privilegiaram aquando dos mestrados profissionalizantes para a docência com crianças até 6 anos. As conclusões apontam para duas lógicas distintas e desiguais das futuras educadoras entenderem o brincar: privilegiando a relação educador/a e criança(s) e o brincar como um modo de ensinar e/ou em prol do desenvolvimento cognitivo infantil, o dominante, e privilegiando o ângulo das relações entre crianças para conhecer as suas preferências no brincar e informar a ação pedagógica, como o subalterno.
- “O pré-escolar faz a diferença?” Políticas educativas na educação de infância e práticas pedagógicasPublication . Tomás, Catarina; Ferreira, ManuelaA identificação de práticas sociopedagógicas tendencialmente reprodutoras da forma escolar, e de currículos de coleção e modos de transmissão pedagógica formais que enfatizam a literacia, a numeracia e a ciência apontam para a reconfiguração da Educação de Infância como contexto de crescente escolarização e alunização precoce das crianças e como estratégia de prevenção socioeducativa do insucesso escolar. Na interlocução entre Sociologia da Infância, Sociologia da Educação e Ciências da Educação, analisa-se o rumo das recentes mudanças políticas da Educação de Infância no quadro internacional e nacional, recuando aos anos 90, e alguns dos seus efeitos ao nível das práticas pedagógicas. A reconstituição deste trajeto assenta na análise crítica de documentos oficiais, nomeadamente as novas Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar (2016), e de observações realizadas em Jardins de Infância, públicos e privados, entre 2015 e 2017, em Portugal.