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- O lugar das crianças de 0 a 3 anos nas políticas educacionais no Brasil e em PortugalPublication . Coutinho, Ângela Scalabrin; Tomás, CatarinaTendo como quadro teórico-metodológico de referência a sociologia da infância e a concepção de criança enquanto ator social, sujeito de direitos, o artigo tem por objetivo apresentar uma análise das políticas educacionais voltadas para as crianças de 0 a 3 anos no Brasil e em Portugal, com a perspectiva de identificar o lugar que ocupam nas agendas de discussão no campo da educação nesses países, sobretudo a partir dos anos 80 até à atualidade. A análise centrar-se-á em documentos oficiais – legislação e recomendações – que deliberam sobre o direito à educação e que orientam as práticas educacionais com as crianças menores de três de anos, e que possibilitam identificar os principais vetores dessas políticas, indicando suas potencialidades e limites.
- Infância em tempos de pandemia: cadê o currículo e as práticas pedagógicas?Publication . Braz Maletta, Ana Paula; Martinho Ferreira, Maria Manuela; Tomás, CatarinaA Covid-19 impactou quotidianos familiares, econômico-laborais, socioculturais, incluindo a infância. Focadas no período de confinamento e em dois estudos qualitativos no Brasil e em Portugal, analisamos: i) medidas e recomendações oficiais da COVID-19 para a educação infantil (pesquisa documental); ii) como o currículo e as práticas pedagógicas foram reconfigurados por educadoras brasileiras (entrevistas) e educadoras portuguesas (publicações no Facebook). Não generalizando ou comparando realidades sociopolíticas, educativas e profissionais diferentes, reflete-se sobre o valor da educação infantil no bem-estar infantil e discute-se as (im)possibilidades de desenvolver o currículo e as práticas pedagógicas a distância e na impessoalidade tecnológica.
- A brincar, a brincar… lógicas e sentidos de futuras educadoras de infância (2014-2019)Publication . Ferreira, Manuela; Tomás, CatarinaA trilogia brincar, desenvolvimento-aprendizagem e pedagogia, fundadora da Educação de Infância e tornada um lugar comum dentro e fora deste campo, precisa ser examinada criticamente sob pena de colocar em risco a infância e os seus direitos e de aprofundar a marginalização e o papel subsidiário e/ou instrumental do brincar. Importando que essa discussão se alargue a contributos multireferenciados da Sociologia da Infância e das Ciências da Educação, abordam-se distinções e interdependências de questões conceituais chave entre brincar, aprender ludicamente e ensinar através do brincar, e suas articulações com as noções de ludicidade, culturas infantis e práticas lúdico-pedagógicas, de modo a interrogar a dicotomia brincar-aprender. Parte-se daqui para, com base na pesquisa documental, analisar os 99 relatórios de fim de curso, da Prática de Ensino Supervisionada, dedicados ao brincar em contextos de creche e/ou jardim de infância, realizados em instituições de ensino superior públicas e privadas em Portugal (2014-2019), visando i) caraterizar o lugar do brincar; ii) identificar e problematizar as lógicas do brincar e os sentidos pedagógicos que futuras profissionais da pequena infância privilegiaram aquando dos mestrados profissionalizantes para a docência com crianças até 6 anos. As conclusões apontam para duas lógicas distintas e desiguais das futuras educadoras entenderem o brincar: privilegiando a relação educador/a e criança(s) e o brincar como um modo de ensinar e/ou em prol do desenvolvimento cognitivo infantil, o dominante, e privilegiando o ângulo das relações entre crianças para conhecer as suas preferências no brincar e informar a ação pedagógica, como o subalterno.
- A prática de ensino supervisionada em Portugal: vozes e posicionamentos do(as) estudantes-estagiários(as)Publication . Gonçalves, Carolina; Tomás, CatarinaNeste artigo, propõe-se analisar as concepções de 115 estudantes que frequentam os mestrados de formação de educadores(as) de infância e professores(as) do 1º e do 2º ciclo do ensino básico, em Portugal continental, procurando perceber o que pensam e como se posicionam em relação à prática de ensino supervisionada (PES). Metodologicamente, o inquérito por questionário aplicado é a referência empírica central e os resultados permitem identificar seis dimensões relativamente à PES: i) os significados atribuídos; ii) os modelos pedagógicos ou curriculares privilegiados; iii) as áreas científicas e referenciais de suporte; iv) as reflexões escritas; v) os pontos fortes e pontos fracos; e vi) as propostas de alteração à PES no atual plano de estudos. Os resultados possibilitam desenhar um retrato que é simultaneamente marcado pela cristalização – no que diz respeito aos referenciais teóricos mobilizados pelos(as) estudantes nas suas reflexões sobre a PES, à coexistência de modelos pedagógicos ou curriculares híbridos, inexistentes ou desvalorizados e à permanência do duo psicologia e pedagogia, na sua versão clássica, sem que se mobilizem outra áreas de conhecimento – e pela descristalização – no que diz respeito ao reconhecimento do lugar central que a PES ocupa na sua formação profissional, pela mobilização da fundamentação teórica que a maioria dos(as) estudantes afirma convocar aquando da realização das reflexões escritas e a estarem conscientes acerca do que precisam para um desenvolvimento efetivo da profissionalidade docente.
- Animal welfare: children’s plural discourses in contexts of early childhood educationPublication . Tomás, Catarina; Botelho, Marta; Almeida, AntónioThe present work is focused on the presentation of some results of a project developed about the social representations of children on animal welfare and animal rights (e.g., cultural demonstrations with animals, exhibition of animals in captivity, production and consumption of products of animal origin, treatment of pets and farm animals). They are preliminary results within the scope of a broader project "ANIMALIS - Animal welfare in pre-service kindergarten and primary school teachers' education. Using the Sociology of Childhood, Childhood Pedagogy, Environmental Education and Human-animal Studies, the present work aims to analyse children´s discourses associated with factors which can limit animal welfare and their rights and also to identify possibilities of educational intervention compatible with the inclusion of animals and their rights in pedagogical practices. These discourses started from the analysis and discussion of situations involving different animal uses present in the book of Patrick George “Animal Rescue” published by 2015. The methodological approach is based on a qualitative matrix with the adoption of data collection and analysis methodologies congruent with the object under study and with the epistemological assumptions of the sociological research with children: ethnographic observation, image collection, analysis of drawings, documentary analysis and focused discussion groups (book as an inducer of the discussion). The selection obeyed the criteria of identification of specificity, interest and feasibility of the research. The participants were four groups of children, between 2 and 5 years old, from three Kindergarten rooms (25 children each room) and one nursery room (12 children) of a private socio-educational organization in the city of Lisbon. The situations designed around animals, promoted by four educators with extensive professional experience, allowed to identify certain practices developed with animals (i) as problematic for children (e.g. abandonment and neglect of animals, sale of animals in stores, use of animal fur to make clothing and footwear) and (ii) as necessary (e.g., the need to invest more in promoting animal and nature rights, to reflect on the role of pets in their lives, and to develop projects to learn more about particular animals or situations involving them). The conflict between individual and group visions is a theme to be highlighted from the analysis of data as well as the fact that children in the nursery room reveal more blurred boundaries between the human and non-human worlds.