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  • Escritas inventadas em crianças de idade pré-escolar: necessidade de um modelo integrativo das abordagens fonológica, construtivista e da aprendizagem estatística
    Publication . Silva, Ana Cristina; Almeida, Tiago
    Este artigo aborda a problemática das escritas pré-convencionais em crianças de idade pré-escolar e tem como objetivo descrever, com base na literatura atual, as principais perspetivas sobre escritas inventadas, nomeadamente as teorias construtivistas, fonológica e de aprendizagem estatística. Estas teorias diferem não apenas nos estádios de desenvolvimento propostos, mas igualmente nos mecanismos de aprendizagem que defendem. São apresentados os estádios de desenvolvimento propostos pelas abordagens construtivistas e fonológica e discutidos os mecanismos de aprendizagem e várias críticas que podem ser feitas a cada um destes três modelos. No final são realçadas as vantagens da integração dos contributos de cada uma destas perspetivas, sendo apontadas linhas de investigação que já tentam corresponder a esse objetivo.
  • Escritas inventadas: Comparação de dois programas de intervenção que agem na zona proximal de desenvolvimento
    Publication . Silva, Ana Cristina; Almeida, Tiago
    A aquisição do princípio alfabético tem sido relacionada com a evolução das escritas inventadas. Alves Martins et al. (2013, 2014), e Oulette et al. ( 2013) levaram a cabo estudos de intervenção com impacto nos progressos das escritas inventadas e no desenvolvimento de competências precoces de leitura. Os programas de intervenção destes autores seguem de perto princípios de instrução Vygostianos, pois ambos actuam na zona proximal de desenvolvimento, usando, contudo, diferentes metodologias quanto à forma de transmitir feedback à criança relativamente às versões iniciais de escrita infantil e no que concerne à existência de interacções sobre o escrito, que só acontece no paradigma de Alves Martins et al. (2014). Pretende-se assim comparar o efeito dos dois programas de treino (Alves Martins, Salvador, Albuquerque & Silva, 2014; Ouellette, Sénéchal & Haley, 2013) na qualidade das escritas inventadas e na leitura precoce. Participaram neste estudo 60 crianças de idade pré-escolar, cujas escritas não representavam ainda os sons, tendo sido distribuídas por 3 grupos, 2 experimentais e um de controlo, equivalentes quanto à idade, inteligência, nº de letras conhecidas e consciência fonológica. Entre o pré e o pós teste, as crianças dos 2 grupos experimentais participaram num dos programa de intervenção de escritas inventadas de acordo com um dos paradigmas referenciados. Os resultados apontam para a superioridade da metodologia de Alves Martins et al (2014), tanto ao nível da qualidade das escritas inventadas como na leitura precoce.
  • Estabilidade gráfica das produções escritas e conceptualizações infantis sobre a linguagem escrita: Escrita cursiva e escrita a computador
    Publication . Almeida, Tiago; Silva, Ana Cristina
    O objetivo deste estudo foi analisar a relação entre as conceptualizações infantis sobre a linguagem escrita e a estabilidade gráfica das produções escritas de crianças de idade pré-escolar em dois momentos consecutivos. Também pretendemos avaliar em que medida a utilização do computador pode aumentar o número de letras corretamente mobilizadas comparativamente à utilização de escrita cursiva. Participaram 90 crianças de quatro jardins-de-infância de Lisboa. As crianças eram equivalentes quanto à idade, inteligência e número de letras que conheciam e diferiam no nível conceptual sobre a escrita. Foram criados 3 grupos experimentais (n=30) definidos em função do nível conceptual (Alves Martins, 1996): silábico com fonetização, silábico-alfabético e alfabético. Os participantes escreveram uma mesma lista de palavras em momentos consecutivos (cursiva e computador) e compararam-se os pares de palavras produzidos e o número de letras corretamente mobilizadas na escrita das palavras em cada um dos momentos. As crianças silábicas com fonetização e alfabéticas apresentaram maior número de pares de palavras escritas com identidade total (pares cuja semelhança entre as palavras produzidas em dois momentos de escrita é total). Os pares de produções escritas com alternância grafo-fonética (pares cuja a semelhança entre as palavras produzidas nos dois momentos de escrita é próxima, ou seja, existem letras que se repetem nos dois momentos de produção, embora se verifiquem variações na mobilização de pelo menos uma letra pertinente entre os pares) foram mais frequentes nos participantes do nível conceptual silábico- -alfabético. Os resultados indicam que o número de letras corretamente mobilizadas nas escritas infantis é superior quando a escrita é realizada no computador e que os pares com alternâncias grafo- -fonéticas questionam a ideia de um desenvolvimento linear na apropriação por parte das crianças da lógica alfabética subjacente à codificação escrita.