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- O fado é estranha alegriaPublication . Nascimento Rosa, Armando; Teixeira, Mário RuiO FADO É ESTRANHA ALEGRIA, de Armando Nascimento Rosa, é um álbum duplo, publicado em 2019, constituído por quarenta temas musicais, cujas líricas se encontram para leitura integral no documento anexo. Um texto de introdução às quarenta líricas, bem como um enquadramento da criação poético-musical de que se trata, é apresentado por Nascimento Rosa nas páginas iniciais deste mesmo documento, sob o título «Estamos sempre a começar». Em termos de autorias, de entre os quarenta temas que integram o duplo álbum O FADO É ESTRANHA ALEGRIA, trinta e quatro músicas são originais de Nascimento Rosa, que é também o autor de trinta e duas líricas (sendo uma delas glosa explícita à pessoana ‘Autopsicografia’). Seis músicas pertencem a fados tradicionais, dois deles de autoria popular (Fado Menor e Fado Corrido) e os outros quatro, respectivamente, de Armando Machado (Fado Súplica), Fontes Rocha (Fado Isabel), Miguel Ramos (Fado Calixto) e Raúl Ferrão (Fado Carriche); todos eles com letras originais de Nascimento Rosa, que é ainda o autor das músicas para oito poemas de Fernando Pessoa, Natália Correia, Miguel Torga, Florbela Espanca, António Patrício, e Tiago Torres da Silva. O FADO É ESTRANHA ALEGRIA é um projecto apoiado pelo Gabinete de Projectos Especiais e Inovação do Instituto Politécnico de Lisboa (na 3.ª edição do ID&CA) e pelo Fundo Cultural da Sociedade Portuguesa de Autores, que permitiu a sua gravação em estúdio com um colectivo de músicos (Miguel Silva, Manuel Ferreira, João Vaz, Paulo Neves e Jaume Pradas), sob a direcção do maestro e pianista Mário Rui Teixeira, produtor musical do duplo álbum, que conta com os convidados: António Barbosa, no violino, bem como os cantores Duarte, André Baptista, Vânia Duarte, Vanda Junot, e Maria Repas Gonçalves, em cinco duetos vocais com Nascimento Rosa. O CD tem edição e distribuição digital pela CD Baby e uma edição física com apoio da Câmara Municipal de Évora e da Câmara Municipal de Ponta Delgada.
- O piano em PessoaPublication . Nascimento Rosa, Armando; Silva, António Neves daO PIANO EM PESSOA resulta de uma parceria entre o cantautor e dramaturgo Armando Nascimento Rosa e o pianista e compositor/arranjador António Neves da Silva (ambos professores na Escola Superior de Teatro e Cinema), apresentando canções originais, com poemas que Fernando Pessoa escreveu em português, inglês, e francês. São canções que viajam livremente por diversos estilos, revisitando-os, motivados pela atmosfera e sentido dos poemas escolhidos; podendo ir do fado à bossa nova, do tango ao blues, ao jazz ou à marcha popular. Num dueto de voz e piano, O PIANO EM PESSOA convida a descobrir a musicalidade inerente à poesia do mais universal dos escritores portugueses. O repertório atual d’ O PIANO EM PESSOA integra dezasseis canções originais compostas e cantadas por Nascimento Rosa, algumas delas em coautoria com o pianista António Neves da Silva, responsável pelos arranjos para piano. Nascimento Rosa foi pioneiro em Portugal na colocação em música de poemas que Pessoa escreveu em inglês e em francês. Algumas das canções do repertório d’ O PIANO EM PESSOA são por isso oriundas da banda sonora de peças teatrais suas, com temática pessoana, como sejam: Audição – Com Daisy ao vivo no Odre Marítimo, escrita em 1998, com texto e partituras publicadas em livro em 2002 e estreia cénica em 2003, no Teatro Maria Matos, bem como Cabaré de Ofélia, estreada em 2007 no Teatro Garcia de Resende, numa co-produção entre o Centro Dramático de Évora e o Teatro da Trindade, em Lisboa, onde o espectáculo fez carreira cénica em 2008. O CD homónimo foi publicado em 2018, graças ao subsídio do Gabinete de Projetos Especiais e Inovação do Instituto Politécnico de Lisboa, com um apoio da Casa Fernando Pessoa (onde o concerto de lançamento teve lugar, em 13/6/2018), numa edição da Tradisom.
- "Lose yourself to dance": palavras cénicas que dançam a partir de Gordon CraigPublication . Nascimento Rosa, ArmandoQuestionar o lugar do texto e da palavra no teatro e na dança contemporâneos, conduz-me, numa inescapável tentação em escrutinar origens e genealogias, a fixar-me nos escritos de Edward Gordon Craig — um impressionante precursor de tanto do que viríamos a observar até hoje. O entusiasmo e visionarismo poéticos de Craig — como Artaud depois dele o fará no seu estilo mais frequentemente oracular — brinda-nos com intuições, por vezes contraditórias entre si, mas que, ainda assim, não deixam de ser estimulantes, mesmo que pareçam ameaçar anular-se mutuamente.
- O que é o teatro gnóstico: breve introdução a um conceito dramatúrgicoPublication . Nascimento Rosa, ArmandoO conceito de teatro gnóstico exige, a meu ver, uma abordagem crítica ulterior mais demorada. Aqui, desejo apenas fornecer uma espécie de brevíssimo relance introdutório ao tentar compreendê-lo no contexto mais amplo da tradição teatral do Ocidente.
- ‘Fado da Censura’ de Fernando Pessoa: exemplo raro de poema de intervenção política destinado ao cantoPublication . Nascimento Rosa, Armando‘Fado da Censura’ é um poema não datado de Fernando Pessoa ortónimo que, pelo estilo e temática, pertence à derradeira fase da sua vida, num momento em que o poeta se vê em rota de colisão com a ideologia emergente do golpe militar de 1926, que implanta no país um regime ditatorial. O curioso deste texto pessoano, para além da temática de sátira política que o título denuncia, consiste em ser o único poema, que Pessoa nos legou, composto no formato de décimas, da tradição poética popular (as décimas integram uma quadra de mote, seguida de quarenta versos heptassilábicos, distribuídos por quatro estrofes de dez versos, cada uma delas terminando, em sequência, com um dos versos da quadra inicial) e que se assume, além do mais, como letra concebida para ser cantada em melodias do fado tradicional lisboeta. Importa analisar neste poema, tão deveras singular do corpus pessoano, o cruzamento entre a criação literária - inspirada nas formas da tradição popular de transmissão oral - e a expressão musical do canto como intervenção política, que faz parte do historial do fado, em especial desde o final de oitocentos às primeiras duas décadas do século XX.