ESTC - Escola Superior de Teatro e Cinema
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Browsing ESTC - Escola Superior de Teatro e Cinema by Subject "A Barraca"
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- Com Hélder Costa: o sábio prático d’A BarracaPublication . Barradas, Sónia Filipa Gonçalo; Rosa, Armando NascimentoEste trabalho é a memória escrita do que foi neste tempo o Teatro. Este trabalho é a reflexão que será recordação do que aprendi neste teatro. Este teatro que se chama A Barraca e diz que a arte tem de ser pelo mundo, este mundo às vezes, esquece-se pelo que tem de ser. Uma pessoa é a sua memória. Uma pessoa faz-se do que fez, o que fará cabe a destinos, sortes, e outras metafísicas que cabem apenas no condicional onírico das esperanças do que queremos ser. Uma nação é a sua memória. Faz-se um povo pelos seus feitos, pelas suas lutas, conquistas, derrotas e outros pretéritos nem sempre perfeitos do que se espera que o mundo pode ser. A Barraca, todos os dias desde há 37 anos conta-nos histórias. Histórias de pessoas que marcam um país. Um país tem a marca de um rei ou de uma margarida, de um poeta ou de um político, de um colono ou de escrava, de uma cientista ou de uma cigana, de uma padre ou uma amante. Serão sempre histórias felizes, serão felizes porque nunca acabam, serão felizes porque podem sempre ser melhores. A felicidade da luta, a felicidade de estar em pé para lutar. A Barraca conta-nos essa gente desse país. A Barraca é essa gente desse país.
- N’A Barraca com Maria do Céu Guerra em Dona Maria, A louca, de António CunhaPublication . Lopes, Adérito; Rosa, Armando NascimentoA loucura é desde sempre motivo de inspiração literária. Ordenamos o caos que somos, segundo o modelo da cultura que nos acolhe. Mas é tão frágil e ainda inexplicável essa estrutura que nos sustenta, que na quebra de um dos nossos pilares toda essa estrutura desaba, para o que conhecemos como a loucura. D. Maria, a Louca conta-nos a história de uma rainha de dois países e dois cognomes. Em Portugal onde reinou, D. Maria, a Piedosa, no Brasil onde morreu, D. Maria, a Louca, talvez porque também ela teve duas vidas. O espetáculo mostra-nos as duas mulheres, a lúcida e a louca, a que é menina do seu pai e a que se torna mulher ao abdicar do seu amor, a que é esposa e a que é viúva, a que é mãe e a que vê um filho morto, a que constrói igrejas e a que assina mortes: a ingratidão de uma sociedade que exige que nos desumanizemos em prol de um trono, e a solidão dessa cadeira.
- Ricardo Reis no espetáculo do mundo: uma interpretação cénica saramaguiana da personagem Ricardo Reis de "O ano da morte de Ricardo Reis" de José SaramagoPublication . Lopes, AdéritoNo ano 2016 estreava pelo grupo A Barraca o espetáculo 1936, O Ano da Morte de Ricardo Reis, a partir do romance com o mesmo nome de José Saramago. Ricardo Reis foi a personagem que me foi atribuída. Sendo esta uma personagem saramaguiana herdada de Fernando Pessoa, transporta consigo um percurso que se estendeu para além das vidas dos seus progenitores. No presente trabalho proponho-me a apresentar a caminhada desta personagem heteronímica desde a obra escrita até ao palco, descodificando-a para o espaço cénico. Assim, a personagem que nasce em Pessoa, renasce com Saramago, é adaptada dramaturgicamente por Hélder Mateus da Costa, e logo posteriormente interpretada em cena.