Browsing by Author "Rodrigues, Francisco"
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- Qualidade do sono e estado nutricional em culturistas (pré e pós-competição)Publication . Bártolo, Modesta; Carvalho, Lucinda; Rodrigues, Francisco; Coelho, Patrícia; Pires, JoanaIntrodução – Sono e nutrição são pilares fundamentais para os atletas de culturismo. A sua inadequada recuperação, associada a uma má qualidade de sono e a um incorreto plano nutricional, prejudica a sua performance desportiva. Objetivos – Verificar se o treino e os hábitos alimentares num culturista afetam a qualidade de sono, assim como avaliar se esta se modifica ao longo da preparação da prova, na pré e pós-competição. Método – Avaliaram-se 10 atletas de culturismo (70% homens e 30% mulheres), entre 25 e 41 anos, sem presença de historial clínico relevante. A avaliação de sono foi realizada através do Índice de Qualidade de Pittsburgh do Sono e os hábitos alimentares através de um questionário para determinar o plano nutricional e de treino. Os atletas foram avaliados em quatro momentos: pré-competição (1.ª, 6.ª e 12.ª semanas) e na pós-competição. Resultados – Verificou-se significância estatística entre a intensidade dos treinos e a qualidade do sono (W=0,005), bem como entre esta e o número de calorias ingeridas (p<0,0001), sendo a sua média na 1.ª, 6.ª e 12.ª semanas e pós-competição, de 4320,00±1100,303; 3040,00±756,013; 1890,00±5914 quilocalorias (Kcal) e sem restrição calórica. Relativamente ao Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh verificou-se uma média de 7,90±2,846; 7,10±3,178; 9,60±4,326 e 6,00±3,300, respetivamente (valores superiores a seis sugerem má qualidade de sono), e à intensidade dos treinos de 10,40±2,459 com um valor máximo de 12 e um mínimo de seis (horas/semana). Discussão – Através desta amostra demonstrou-se uma predominância de atletas com má qualidade de sono. Observou-se uma relação estatisticamente significativa quando comparada a qualidade de sono com a intensidade dos treinos e o número de calorias ingeridas pelos atletas; demonstrou-se que, à medida que ocorre o aumento da intensidade do treino e a maior restrição calórica, o sono vai diminuindo na sua qualidade. A literatura refere inúmeros fatores que influenciam negativamente a qualidade do sono destes atletas que, por sua vez, interferem na sua recuperação física e psicológica. Conclusão – A maioria da amostra apresentou elevados valores do PSQI sugestivos de má qualidade e distúrbios do sono, principalmente na fase de pré-competição.
- Relação entre fatores de risco vasculares, características no triplex scan cervical e transcraneano e o estado funcional pós-AVC em idososPublication . Lopes, Adriana Oliveira; Nunes, Gil; Coelho, Patrícia; Rodrigues, Francisco; Pires, JoanaIntrodução – O acidente vascular cerebral (AVC) é caracterizado por uma diminuição focal e repentina do fluxo sanguíneo cerebral, causando défices neurológicos ou a morte. Os fatores de risco são importantes condicionantes na ocorrência de acidente vascular cerebral, levando a uma diminuição do estado funcional dos indivíduos. Objetivos – Relacionar o estado funcional após acidente vascular cerebral em idosos com o número de fatores de risco associados, bem como as características do triplex scan cervical (TSC) e transcraneano (TST). Método – Realizou-se um estudo observacional longitudinal retrospetivo, composto por uma amostra não probabilística por conveniência de 93 indivíduos com idade superior a 65 anos com diagnóstico de AVC isquémico internados no Serviço de Neurologia do Hospital de Vila Franca de Xira. Resultados – Na relação entre fatores de risco e a escala de Rankin modificada (mRS) na alta constatou-se que apenas no grau 1-2 da escala havia uma prevalência superior de indivíduos com mais de três fatores de risco associados. Nos graus 0 e 4 da escala observou-se uma maior prevalência de indivíduos com menos de dois fatores de risco associados. Comparando a relação entre as alterações cervicais e cerebrais e a mRS constatou-se que em todos os graus da escala se registou uma maior prevalência de indivíduos com menos de duas alterações associadas. A hipertensão arterial foi o fator de risco mais importante para a ocorrência de AVC, estando presente em 84,8% dos indivíduos. Discussão – Apesar de não terem sido encontrados estudos que avaliassem o estado funcional com o agrupamento de fatores de risco e alterações a nível cervical e cerebral de igual forma ao que foi realizado neste estudo, na presente amostra observou-se que a presença de um maior ou menor número de fatores de risco e alterações não conduziu significativamente a um pior estado funcional. Conclusão – Não foi encontrada uma relação direta entre o número de fatores de risco e alterações no TSC e TST presentes em cada indivíduo com o seu estado funcional no momento da alta, após o AVC. A hipertensão arterial foi o fator de risco mais prevalente na amostra e, no que diz respeito às alterações cervicais, a mais prevalente foi a presença de placas de ateroma.
- Sondas ultrassonográficas wirelessPublication . Gonçalves, Andreia; Rodrigues, Francisco; Fonseca, Júlia; Fernandes, FilipeIntrodução - A ultrassonografia consiste num método de imagem transversal a várias especialidades médicas pela capacidade de aquisição de imagens em tempo real sem uso de radiação e por permitir a monitorização de procedimentos invasivos. A necessidade de recursos rápidos e eficazes no diagnóstico e tratamento de diversas patologias associada à evolução tecnológica dos últimos anos traduziu-se na introdução na prática clínica de dispositivos ultrassonográficos wireless que permitem uma correlação dos achados ultrassonográficos com os sintomas do doente aquando da avaliação física deste. Desenvolvimento - A portabilidade, rápida disponibilidade e acessibilidade são características fundamentais destas sondas, tornando-as numa opção vantajosa na aquisição de imagens ultrassonográficas à cabeceira do doente. De forma a reduzir os custos associados e o nível de complexidade no seu uso, a maior parte das sondas wireless utilizam as tecnologias Ultra-Wideband, Bluetooth ou Wi-Fi. O facto destas se poderem ligar por Wi-Fi a um smartphone/tablet confere-lhes portabilidade, facilitando o acesso desta técnica de imagem em unidades de cuidados intensivos e urgência. As sondas wireless admitem como principais vantagens do seu uso a maior amplitude de movimentos, a segurança e a diminuição das complicações. Além disso, permitem o armazenamento de imagens diretamente no dispositivo. Em contrapartida, estão propensas a interferências de outros equipamentos que se encontrem nas proximidades e o seu funcionamento implica mandatoriamente a aquisição de um smartphone/tablet que não se encontra desenvolvido com a biossegurança necessária para ser utilizado no meio clínico nem com capacidade para aquisições prolongadas. A ultrassonografia wireless assume-se como um mercado em constante evolução com a introdução de novas e diferenciadas sondas na prática clínica como a SonoQue C4PL, a Vscan Air Handheld Ultrasound, a Dual-Head Ultrasound Wireless e a C3HD3 Portable Ultrasound Machine, sendo que todas estas admitem o Wi-Fi como modo de conexão aos dispositivos iOS e/ou Android. À exceção da sonda C3HD3 da Clarius, estas são constituídas por dois transdutores (linear e convexo) diferenciando-se entre si pelos modos de imagem que permitem obter, pelo número de cristais piezelétricos que têm na sua constituição, pela duração máxima de registo e pela compatibilidade com iOS e Android. Já a C3HD3 é uma sonda multifuncional convexa que permite analisar estruturas desde o abdómen até às extremidades com 4 modos de imagem: Modo-B, Modo-M, Doppler-Cor e Power Doppler. Conclusão - A Ultrassonografia Wireless apresenta-se como um mercado em constante evolução, afirmando-se, apesar de algumas limitações, como uma ferramenta útil, permitindo uma rápida avaliação a nível hospitalar.