Browsing by Author "Barros, Luísa"
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- Família, saúde e doença: intervenção dirigida aos paisPublication . Barros, LuísaA ideia de que a família é um elemento crucial na equação descritiva e explicativa dos processos de saúde e doença de cada pessoa é hoje bastante consensual. A família, como determinante fundamental dos processos de desenvolvimento, adaptação e perturbação do sujeito, é chamada a explicar a aquisição de hábitos e estilos de vida saudáveis e de risco, a exposição a comportamentos de risco e as estratégias de confronto com esses riscos, os processos de adoecer, de aceitação do diagnóstico e adaptação à doença crónica ou prolongada, de adesão aos tratamentos e de vivência da doença terminal. Mas a saúde e doença de cada pessoa também são chamadas a explicar os processos de adaptação e perturbação da família que constituem, ou de cada um dos seus membros. Finalmente a família é, ela mesma, enquanto entidade dinâmica, possível de caracterizar como mais ou menos saudável, sendo que a saúde da família afecta, necessariamente, a saúde actual e futura dos seus membros. Assim é quase unanimemente aceite que a família é um determinante importante dos processos de saúde e doença quer o sujeito ocupe as posições de filho, irmão ou pai/mãe, sendo que a família mais alargada tem sido, enquanto tal, pouco estudada. O conceito de família, na literatura da psicologia da saúde, não é alvo de grande discussão, sendo reconhecidas as múltiplas formas da mesma, e valorizada a sua importância nas diferentes fases da vida. A família é definida como um grupo composto por membros com obrigações mútuas que fornecem uns aos outros uma gama alargada de formas de apoio emocional e material. Caracteriza-se por ter uma estrutura, funções e papéis definidos, formas de interacção, recursos partilhados, um ciclo de vida, uma história comum, mas também um conjunto de indivíduos com histórias, experiências e expectativas individuais e únicas.
- Family experience with osteogenesis imperfecta type 1: the most distressing situationsPublication . Santos, Margarida Custódio dos; Pires, Ana Filipa; Soares, Kelly; Barros, LuísaBackground: Osteogenesis imperfecta (OI) is a rare genetic disorder characterized by decreased bone mass and increased bone fragility. Despite increasing research on the biomedical aspects of the disease, only a few studies focus on the psychosocial implications of living with OI. This study aimed to explore the situations that are perceived by OI type-1 children, their parents, and siblings, as being the most distressing and stressful in their experience with the disease. Methods: Seven families of children diagnosed with OI type 1 for longer than four years participated. An in-depth semi-structured interview with open-ended questions was used to separately collect each participant’s (mother, father, patient, and sibling) subjective report of their experience. Interviews were audiotaped and a qualitative discourse analysis was performed. Results: Pain and fractures, hospitalization, home recovery, back to school and time of diagnosis emerged as the most challenging situations. Time of diagnosis was only mentioned by parents. Some commonalities but also relevant differences in the subjective experience of the same situations, depending on the family role, were found. Conclusions: Our results reinforce the assumption that OI is a family matter and point to the importance of providing comprehensive and family-centered health and educational services tailored to each family member and to the different situations faced by these families.
- Occupational stress and coping resources in physiotherapists: a survey of physiotherapists in three general hospitalsPublication . Santos, Manuel C.; Barros, Luísa; Carolino, ElisabeteObjectives - To identify occupational stressors and coping resources in a group of physiotherapists, and to analyse interactions between subjective levels of stress, efficacy in stress resolution and coping resources used by these professionals. Design - A sample of 55 physiotherapists working in three general hospitals in Portugal completed the Coping Resources Inventory for Stress, the Occupational Stressors Inventory and two subjective scales for stress and stress resolution. Main results - Most physiotherapists perceived that they were moderately stressed (19/55, 35%) or stressed (20/55, 36%) due to work, and reported that their efficacy in stress resolution was moderate (25/54, 46%) or efficient (23/54, 42%). Issues related to lack of professional autonomy, lack of organisation in the hierarchical command chain, lack of professional and social recognition, disorganisation in task distribution and interpersonal conflicts with superiors were identified as the main sources of stress. The most frequently used coping resources were social support, stress monitoring, physical health and structuring. Perceived efficacy in stress resolution was inversely related to perceived level of occupational stress (r = −0.61, P < 0.01). Significant correlations were found between several coping resources and the perceived level of stress and efficacy in stress resolution. Associations between problem solving, cognitive restructuring and stress monitoring and both low levels of perceived stress and high levels of perceived efficacy were particularly strong. Implications for practice - The importance of identifying stressors and coping resources related to physiotherapists’ occupational stress, and the need for the development of specific training programmes to cope with stress are supported.
- Parental cognitive dimensions associated with preschool children’s eating habits: an intervention studyPublication . Barros, Luísa; Andrade, Graça; Gomes, Ana IsabelChildhood excessive weight and obesity are a major public health concern from early childhood. Early childhood is an important period of development for developing healthy eating habits, that may be associated with an adequate present/future BMI. There is extensive evidence that children’s food intake is shaped by early experiences, suggesting ways in which parenting practices may be promoting obesity. But what leads parents to endorse healthier or detrimental educational practices and routines needs further study. 1. Perception of children’s weight: parents of overweight or obese children often fail to correctly perceive their children as overweight; failing to recognize their children’s excessive weight may impeach parents from implementing the best educational practices. 2. Concern: relation between the adequacy of mothers perception of their children’s weight and the level of concern - parental concern is be associated with parental practices. 3. Attribution of control: also, if parents do not consider their children’s eating behavior at least partially controllable by them, they may relinquish some of their responsibility in this area. Self-efficacy: evidence linking parental self-efficacy to parent competence and to parenting practices and behaviors; low parental self-efficacy related to the control of everyday behavior of young children may lead parents to abandon more consistent health practices and endorse permissive and inconsistent strategies. We designed 2 sequential studies that aim to contribute to the understanding of cognitive determinants of children’s eating patterns.
- Perceções e crenças parentais sobre o desenvolvimento dos comportamentos alimentares da criança pré-escolarPublication . Andrade, Graça; Barros, LuísaO presente estudo teve como objetivo identificar as diferentes perceções e crenças dos pais sobre a alimentação da criança e sobre o modo como os pais compreendem o desenvolvimento dos comportamentos alimentares (CA) dos filhos. Foram entrevistados 26 pais de crianças pré-escolares da zona norte de Loures. A análise de conteúdo foi categorial, quantitativa e frequencial, sendo as categorias construídas ao longo da análise. Relativamente aos determinantes de uma alimentação saudável (AS) da criança foram identificadas sete categorias das quais as mais referidas foram os comportamentos parentais, as preferências alimentares inatas da criança e as influências culturais. Sobre as consequências de uma AS os pais centraram-se nas consequências físicas (e.g., saúde). De entre as consequências psicológicas muitos pais referem também a aquisição de hábitos alimentares saudáveis para o futuro. As barreiras para uma AS mais verbalizadas são as influências externas (e.g., avós, irmãos, colegas), o contexto socioeconómico, a pressão exercida pela criança e as emoções parentais (e.g., ambivalência). Relativamente à forma como os pais compreendem o desenvolvimento dos CA infantis foram identificadas quatro categorias principais: 1) centração em fatores externos e fora do controlo parental, 2) centração nas características da criança (e.g., capacidade de autorregulação), 3) centração nas variáveis parentais e 4) coordenação de dois ou mais fatores para a explicação dos CA. O presente trabalho permitiu a identificação de algumas temáticas das crenças e perceções parentais relacionadas com a alimentação infantil, podendo constituir um quadro de referência para investigações futuras e para a intervenção com pais na área da alimentação saudável.
- Stresse parental em pais de crianças nascidas prematuras aos 2 anos de idadePublication . Medeiros, Raquel; Santos, Margarida Custódio dos; Santos, Salomé; Barros, LuísaO nascimento de um filho prematuro gera stresse nos pais, o que pode ter importantes consequências nas atitudes parentais e no desenvolvimento da criança. Sabe-se pouco sobre como evolui o stresse em mães e pais, após os primeiros meses de vida da criança, e como o desenvolvimento da criança afeta esta evolução. Este estudo pretendeu avaliar o stresse parental em mães e pais de crianças prematuras, aos 2 anos de idade corrigida e 6 meses depois, e explorar a associação entre o stresse parental e o desenvolvimento da comunicação na criança. Mães e pais de 51 crianças prematuras preencheram o Índice de Stresse Parental aos 2 anos i.c. e após 6 meses. A subescala de Comunicação / Linguagem da Griffiths foi aplicada aos 2 anos i.c. Mães e pais apresentaram valores médios de stresse parental, mais elevados nas subescalas Distração/Hiperatividade, Maleabilidade de Adaptação e Sentido de Competência. Observam-se pequenas mudanças, com aumento do stresse materno na Vinculação e diminuição do stresse paterno na Maleabilidade e Adaptação e Domínio da Criança. O desenvolvimento da comunicação mostrou-se associado ao Sentido de Competência (-) e Depressão (+) materna e a várias subescalas de stresse paterno. Os resultados reforçam a importância do acompanhamento de mães e pais de prematuros depois dos 2 anos. Dificuldades na comunicação parecem ter maior impacto no pai, reforçando a ideia de que a prematuridade afeta mães e pais diferenciadamente.
- What parental cognitive dimensions are important to understand children’s eating habits?Publication . Andrade, Graça; Barros, Luísa; Ramos, RosárioObesidade é uma preocupação de saúde pública. Objetivos OMS - Redução a zero da taxa de crescimento da obesidade e uma redução em 10% na prevalência de atividade física insuficiente. Em Portugal, os estudos de prevalência apontam para valores entre 24% e os 34% de crianças e jovens pré-obesos e obesos. Extensa confirmação da obesidade infantil como preditor da obesidade na idade adulta. Em alguns países há indicadores de que a taxa de obesidade infantil começa a ter uma ligeira diminuição, provavelmente fruto de intervenções no macrosistema. Necessidade de intervenção direta nos microssistemas familiar e escolar da criança para uma intervenção mais abrangente e eficaz. Existe um ampla confirmação da influência parental nos comportamentos alimentares da criança. Os comportamentais parentais relacionados com a alimentação da criança são influenciados por variáveis cognitivas parentais. A maioria dos pais de crianças com excesso de peso subavalia o peso do seu filho, mas não de outras crianças. Os pais das crianças pré-escolares distorcem mais o peso do que os pais de crianças mais velhas. Os pais com uma perceção correta utilizam mais estratégias de restrição alimentar.