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Institutional Repository of the Lisbon Polytechnic
Recent Submissions
Podemos ser o que quisermos – brincar ao faz de conta como expressão das culturas infantis no jardim de infância
Publication . Batista, Mariana Sofia Pereira; Tomás, Catarina Almeida
O presente relatório, elaborado no âmbito da Unidade Curricular de Prática Profissional Supervisionada II, descreve a minha prática educativa e pedagógica desenvolvida entre 30 de setembro de 2024 e 24 de janeiro de 2025, evidenciando o trabalho reflexivo e investigativo realizado. A prática teve lugar num Jardim de Infância de organização socioeducativa pública, com um grupo de 20 crianças entre os 3 e os 6 anos de idade e uma equipa educativa. O documento inicia-se com a caracterização do contexto socioeducativo, seguindo-se as intencionalidades pedagógicas que orientaram a intervenção. Posteriormente, apresenta-se a problemática de investigação intitulada «As brincadeiras que as crianças realizam na área do faz-de-conta», com os seguintes objetivos: (i) identificar as brincadeiras desenvolvidas pelas crianças nesta área numa sala de JI; (ii) analisar as inter-relações estabelecidas nas brincadeiras de faz-de-conta; (iii) compreender as conceções da equipa educativa sobre essas brincadeiras e a sua
articulação com a prática pedagógica. Após a explicitação da problemática e dos objetivos, apresenta-se o enquadramento teórico da investigação, sustentado pelas Ciências da Educação, com especial destaque para os contributos da Pedagogia e da Sociologia da Infância, seguido da metodologia delineada. Metodologicamente, o estudo assume a forma de um estudo de caso de natureza
qualitativa, recorrendo às seguintes técnicas e instrumentos de recolha de dados: (i) observação participante e não participante; (ii) entrevistas semiestruturadas e entrevistas de grupo focal; (iii) análise documental; (iv) análise de mapas, gráficos e tabelas; (v)
registos fotográficos e videográficos; e (vi) conversas informais. De seguida, apresentamse os dados e a respetiva análise, realizada através de um processo de triangulação. Em síntese, os resultados salientam a relevância atribuída às brincadeiras de fazde-conta, com destaque para representações de vivências quotidianas, profissões, universos de fantasia e criação de personagens não humanas. Estas brincadeiras organizam-se predominantemente em pequenos grupos ou por género, cabendo ao adulto um papel essencialmente observador, intervindo apenas quando solicitado pelas crianças.
O feedback como ferramenta para a avaliação formativa: um estudo numa turma do 2.º ciclo do ensino básico
Publication . Silva, Maria Pires da; Assunção, Lina Maria Amador Brunheira
O presente relatório final emerge no âmbito da Unidade Curricular de Prática de Ensino Supervisionada II, inserida no último semestre do Mestrado em Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico e de Matemática e Ciências Naturais no 2.º Ciclo do Ensino Básico da Escola Superior de Educação de Lisboa, que prevê a realização de duas práticas de ensino supervisionadas, uma no 1.º e outra no 2.º Ciclos do Ensino Básico e, na sua sequência, a elaboração de um estudo de cariz investigativo. A investigação desenvolvida, intitulada O feedback como ferramenta para a Avaliação Formativa - um estudo numa turma do 2.º ciclo do ensino básico, foi realizada com 17 alunos de uma turma do 6.º ano do 2.º Ciclo do Ensino Básico e apresentou um objetivo de investigação – identificar as condições que favorecem a eficácia do feedback como estratégia de avaliação formativa – e duas questões de investigação: (i) Qual o impacto do feedback no desempenho dos alunos nas tarefas?; (ii) Quais as perceções que os alunos apresentam acerca do impacto que o feedback pode apresentar na sua aprendizagem?. Para dar resposta às questões e objetivo definidos, realizou-se um estudo de natureza qualitativa, nomeadamente um estudo com características de investigação-ação. Como técnicas e processos de recolha de dados, recorreu-se à observação participativa naturalista, retratada através de notas de campo e registos fotográficos das produções dos alunos, e ao inquérito por questionário. Os dados foram analisados de forma quantitativa e qualitativa e cruzados com o referencial teórico que emergiu da análise documental. Os resultados obtidos permitem reconhecer que no contexto em questão, o feedback, escrito e oral, contribuiu para o desempenho dos alunos na realização das tarefas, bem como para o seu processo de ensino-aprendizagem. Para que tal se sucedesse, foi necessário adaptar-se o feedback aos participantes, tendo em conta as suas características, fragilidades e potencialidades. Para além disso, conclui-se, ainda que são vários os aspetos que condicionam a eficácia do feedback, entre os quais a perceção que os alunos apresentam acerca do feedback e do seu contributo para a aprendizagem.
A influência da compreensão de leitura na resolução de problemas matemáticos numa turma de 4.º ano
Publication . Lopes, Maria Catarina Lobo; Almeida, Pedro da Cruz
O presente relatório final desenvolveu-se no âmbito da Unidade Curricular de Prática de Ensino Supervisionada II, do Mestrado em Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico e de Matemática e Ciências Naturais no 2.º Ciclo do Ensino Básico, da Escola Superior de Educação de Lisboa. Na primeira parte, apresenta-se uma breve descrição dos estágios realizados no 1.º e no 2.º Ciclo do Ensino Básico, bem como uma reflexão comparativa entre ambos. A segunda parte é dedicada à apresentação do estudo que foi realizado no contexto de estágio do 1.º Ciclo do Ensino Básico. O objeto deste estudo centra-se na forma como a compreensão de leitura pode influenciar a resolução de problemas matemáticos numa turma 4.º ano de escolaridade, através da aplicação de uma estratégia didática. O estudo adota uma metodologia associada à investigação-ação, envolvendo a aplicação de diferentes técnicas de recolha de dados, nomeadamente a observação, recorrendo às notas de campo, inquérito por questionário, bem como a realização de um
pré-teste e de um pós-teste. No que se refere ao tratamento de dados, este foi realizado através de uma análise quantitativa e qualitativa, sendo que esta surgiu como complemento à análise quantitativa. Os resultados do pré-teste demonstram que as maiores fragilidades dos alunos nos indicadores, referentes às etapas de resolução de problemas eram sublinhar tanto os dados
mais importantes como a questão formulada, registar os dados e refletir sobre a solução obtida. No entanto, no pós-teste houve uma melhoria bastante significativa em todos os indicadores, havendo assim uma evolução dos alunos em relação às etapas da resolução de problemas. Tendo em conta o instrumento utilizado como estratégia para a compreensão dos enunciados dos problemas, o mesmo demonstrou-se eficaz no desenvolvimento das competências da compreensão de leitura na resolução de problemas.
O impacto da violência sistémica e do stress minoritário vividos pelas pessoas pertencentes à comunidade lgbtqia+
Percepções de situações de instabilidade e exclusão
Publication . Tusto, Margarida Filipa Costa; Cruz, Cristina Barroso Silva da
A UNESCO tem desenvolvido um trabalho importante na matéria da comunidade LGBTQIA+, alertando para a necessidade de pesquisa e investigação acerca do bullying em função da orientação sexual, identidade de género, expressão de género e características sexuais. Várias esferas da sociedade já consideram os direitos de pessoas LGBTQIA+ como direitos humanos, trabalhando e promovendo políticas e práticas inclusivas. No entanto, o impacto da Violência sistémica e Stress Minoritário subjacente a esta comunidade, reflete-se nas esferas mais profundas dos indivíduos. O presente estudo tem como objetivos: (i) Compreender de que forma a violência sistémica impacta o projeto de vida das pessoas pertencentes à Comunidade LGBTQIA+; (ii) Compreender de que forma o Stress minoritário impacta o projeto de vida das pessoas pertencentes à Comunidade LGBTQIA+; (iii) Compreender quais os mecanismos de defesa utilizados pelas pessoas que sofrem com violência sistémica e Stress minoritário. De forma a dar resposta aos objetivos supracitados, será utilizada a metodologia de Histórias de Vida, de forma a compreender em profundidade as questões individuais, através da realização de sessões de histórias de vida a pessoas da comunidade LGBTQIA+. Em termos de resultados, estes revelaram um padrão persistente de violência sistémica e Stress minoritário ao longo do ciclo de vida dos indivíduos adaptando-se a diferentes contextos sociais. A infância foi caracterizada pela invisibilidade e pelos primeiros episódios de discriminação; a adolescência, por uma hostilidade acentuada e pela ocultação da identidade; e a vida adulta, por discriminação institucional e uma contínua gestão da identidade. Além disso, observou-se uma evolução nos mecanismos de defesa, passando de estratégias reativas de autoproteção para respostas proativas de afirmação e resistência.
Mais brincadeira... lá fora! Estudo de caso sobre a exploração do meio exterior como espaço de brincadeira e aprendizagem num grupo de cinco anos
Publication . Fortunato, Margarida de Barros; Lino, Dalila Maria Brito Da Cunha
O presente documento, foi concretizado no âmbito da Unidade Curricular (UC) Prática Profissional Supervisionada II (Módulo II – PPS II), que decorreu na sala dos 5 anos de um jardim de infância (JI), cujo grupo é composto por vinte e uma crianças, na Área Metropolitana de Lisboa. Neste relatório verifica-se a minha análise relativa ao percurso realizado no decorrer dos cerca de quatro meses de intervenção pedagógica, entre o dia 30 de setembro de 2024 e o dia 24 de janeiro de 2025. O relatório apresenta a caracterização do contexto socioeducativo, mais especificamente, do meio, do ambiente educativo, do grupo de crianças, das suas famílias e da equipa pedagógica; a análise reflexiva da intervenção concretizada em estágio, isto é, o processo de intervenção da prática e as minhas intenções para a ação, quer com as crianças, como com as famílias e a equipa; por fim, também inclui, a investigação executada, de natureza qualitativa, sendo esta um estudo de caso, que recorre a um paradigma interpretativo e ao uso de um conjunto de técnicas de recolha de dados. Neste sentido, estão presentes na investigação e consequentemente, neste relatório a fundamentação e perspetivas teóricas relativas ao mote da investigação, que se segue: “Mais Brincadeira... Lá Fora! Estudo de caso sobre a exploração do meio exterior como espaço de brincadeira e aprendizagem num grupo de cinco anos” e os resultados obtidos, através das observações e intervenções concretizadas na PPS II. Através desta investigação compreendi que é essencial proporcionar às crianças oportunidades de exploração e, acima de tudo, de brincadeira no meio exterior, seja em ambientes mais providos de natureza ou não. Uma vez que no usufruto deste ambiente são diversas as competências que poderão ser desenvolvidas, nos vários domínios desenvolvimentais, a saber: físico, psicomotor, socioemocional, cognitivo e da linguagem. Foi-me possível ainda compreender que, em geral, as crianças demonstraramse, nas diversas propostas decorridas no meio exterior, muito envolvidas, bem-dispostas, interessadas e curiosas, adquirindo diversas aprendizagens, referidas mais à frente no ponto 4., do relatório e ainda, apresentaram uma postura menos conflituosa do que aquando de brincadeiras em espaços interiores.
