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Recent Submissions

O que se traz de casa: as práticas culturais familiares numa sala de jardim de infância
Publication . Rocha, Mariana Rodrigues; Tomás, Catarina Almeida
O presente relatório, elaborado no âmbito da Unidade Curricular de Prática Profissional Supervisionada II, descreve a prática pedagógica desenvolvida num jardim de infância, entre os dias 30 de setembro de 2024 e 24 de janeiro de 2025, numa organização socioeducativa da rede privada, com fins lucrativos, localizada em Lisboa. A intervenção pedagógica foi concretizada junto de um grupo constituído por 21 crianças, com idades compreendidas entre os 4 e os 5 anos, acompanhadas por uma educadora de infância e uma auxiliar de ação educativa. Após a caracterização do contexto socioeducativo e a definição das intenções pedagógicas que sustentaram a intervenção, é introduzida a temática de investigação: “O que se traz de casa”: as práticas culturais familiares numa sala de jardim de infância. Este estudo teve como objetivos: (i) compreender de que forma as crianças se reconhecem enquanto produtoras de cultura e como as experiências culturais familiares são mobilizadas no quotidiano do jardim de infância; e (ii) analisar de que maneira as práticas culturais familiares influenciam as práticas pedagógicas da equipa educativa. Do ponto de vista metodológico, o estudo inscreve-se numa abordagem qualitativa, assumindo a forma de estudo de caso. Para a recolha de dados, foi desenvolvido um processo de triangulação metodológica que integrou a observação participante, a realização de entrevistas semiestruturadas e a aplicação de um inquérito por questionário. Importa salientar que, no âmbito deste estudo, as práticas culturais familiares são compreendidas enquanto expressão do capital cultural das crianças, moldado pelas experiências e contextos socioculturais vivenciados no seio familiar. A partilha destas vivências no espaço da sala potencia não só a troca de saberes e o enriquecimento cultural e social do grupo, como também influencia as práticas pedagógicas da equipa educativa, que as valoriza e integra através de propostas emergentes, projetos colaborativos e visitas de exploração.
Brincadeiras de faz-de-conta: influência dos materiais na interação entre crianças e na estruturação das suas brincadeiras
Publication . Botelho, Mariana Marques; Nunes, Maria Clarisse Alexandrino
O presente relatório, elaborado no âmbito da Unidade Curricular de Prática Profissional Supervisionada – módulo II, tem como objetivo apresentar de forma reflexiva e fundamentada o trabalho e percurso desenvolvidos ao longo da prática educativa que decorreu entre os meses de setembro de 2024 e janeiro de 2025 na valência de jardim de infância, com um grupo de 24 crianças com cinco anos. Para isso, é então apresentada uma caracterização do meio, do contexto e dos seus intervenientes, bem como as intencionalidades para a ação pedagógica, definidas a partir da mesma. Além disso, o relatório contempla também, o processo de investigação decorrente de uma temática emergente no contexto educativo, bem como uma reflexão sobre o percurso ao longo dos dois módulos da Prática Profissional Supervisionada, onde caracterizo a minha identidade profissional enquanto futura educadora de infância. Vários têm sido os autores que têm apresentado diferentes perspetivas em relação ao brincar, apontando diversos aspetos, tais como as mudanças que vão ocorrendo nas brincadeiras das crianças ao longo do seu crescimento, e a sua importância para o desenvolvimento pessoal e social da criança. Mais especificamente as brincadeiras de faz-de-conta, permitem à criança, representar papéis diversos dos contextos onde está inserida, bem como situações onde pode expressar e compreender o mundo que a rodeia. Neste sentido, considera-se que os materiais e recursos disponibilizados às crianças, são um fator influenciador no seu desenvolvimento, já que vão apoiar diferentes tipos de possibilidades e brincadeiras do interesse e necessidade das mesmas. Tendo isto em conta, e através das observações realizadas que permitiram conhecer o grupo de crianças, inclusive os seus interesses, curiosidades e necessidades, bem como o contexto onde foi realizada a prática interventiva, nomeadamente a sala de atividades e os materiais que a compunham, a presente investigação teve como principal objetivo, compreender de que forma a estruturação das brincadeiras de faz-de-conta e as interações das crianças durante as mesmas podem ser influenciadas pelos materiais disponibilizados. Metodologicamente, a investigação foi desenvolvida segundo um estudo descritivo e abordagem qualitativa, em que as técnicas e instrumentos de recolha de dados se basearam na observação participante e no seu registo através de notas de campo e registos de observação. Uma vez recolhida toda a informação, procedeu-se à análise de conteúdo da qual se retiraram as principais conclusões da investigação. Assim sendo, estas revelam que, os materiais disponibilizados, nos diversos espaços da sala de atividades, influenciam, efetivamente, as brincadeiras de faz-de-conta das crianças, no entanto, não aparentam ter impacto nas interações entre elas. Além disto, verificaram-se alguns fenómenos considerados interessantes, ainda que pouco significativos para o presente estudo, mas que poderão constituir pontos de partida para investigações futuras.
Grupos heterogéneos e diferenciação pedagógica em educação pré-escolar: conceções e práticas de uma equipa educativa
Publication . Costa, Mariana Lacerda Santos; Rodrigues, Carina Miguel Figueiredo da Cruz Rosa
O presente relatório, elaborado no âmbito da Prática Profissional Supervisionada II, do 2º ano do curso de Mestrado em Educação Pré-Escolar da Escola Superior de Educação de Lisboa (ESELx), apresenta uma análise reflexiva e fundamentada da intervenção realizada num jardim de infância de Lisboa, com um grupo de 25 crianças, com idades compreendidas entre os 3 e os 6 anos. O documento oferece, por um lado, uma caracterização da ação contextualizada, bem como uma descrição e análise das intencionalidades subjacentes à ação e do processo de intervenção na PPS II. Por outro, descreve a investigação realizada em torno de Grupos heterogéneos e diferenciação pedagógica em Educação Pré-Escolar: conceções e práticas de uma equipa educativa, norteada pelos seguintes objetivos: (i) Analisar as conceções da equipa educativa e das crianças sobre os grupos etariamente heterogéneos na Educação Pré-Escolar; (ii) Compreender os benefícios e desafios dos grupos etariamente heterogéneos em jardim de infância; (iii) Analisar estratégias pedagógicas potenciadoras da aprendizagem em grupos etariamente heterogéneos na Educação PréEscolar. A investigação, de natureza qualitativa, teve por base um estudo de caso que visou, genericamente, analisar as vantagens de grupos de crianças etariamente heterogéneos e compreender a influência das suas especificidades na ação do educador de infância. Para tal, recolheram-se dados por meio da observação participante, de entrevistas semiestruturadas ao educador cooperante e a sete crianças do grupo, de conversas informais com a equipa educativa e da análise documental, que foram, posteriormente, tratados através da análise de conteúdo e da sua triangulação com a literatura convocada. Os resultados indicam que este tipo de organização metodológica oferece vantagens tanto para as crianças mais novas como para as mais velhas. Contudo, também exige ao educador uma prática esforçada e rigorosa, impelindo-o à criação de oportunidades de aprendizagem diferenciadas e tal-qualmente desafiadoras para todas as faixas etárias do grupo.
O ensino da história e geografia de Portugal na era digital: contributos para a motivação e desenvolvimento de competências histórico-geográficas
Publication . Delgado, Mariana Filipa Maltês; Cardoso, Maria Adriana Príncipe
O presente relatório final surge no âmbito da Unidade Curricular de Prática de Ensino Supervisionada II, que integra o último semestre de Mestrado em Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico e de Português e História e Geografia de Portugal do 2.º Ciclo do Ensino Básico, realizado na Escola Superior de Educação de Lisboa. O relatório estrutura-se em duas partes. Numa primeira parte, apresenta uma reflexão crítica sobre as experiências de intervenção pedagógica supervisionada, nos 1.º e 2.º ciclos da escolaridade obrigatória. A segunda parte apresenta uma investigação, realizada na disciplina de História e Geografia de Portugal com alunos do 6.º ano, tendo como problemática, O uso das tecnologias digitais no ensino da História e Geografia de Portugal potencia a motivação dos alunos para a aprendizagem e promove o desenvolvimento de competências histórico-geográficas. Desta problemática emergiram quatro objetivos que orientaram o estudo: (i) Compreender a intencionalidade pedagógico-didática subjacente ao uso de tecnologias digitais no ensino e aprendizagem de HGP; (ii) Analisar as aprendizagens realizadas pelos alunos em HGP a partir de atividades que recorrem a tecnologias digitais; (iii) Analisar as mudanças na motivação dos alunos para a aprendizagem em HGP a partir do uso de tecnologias digitais e, (iv) Compreender os contributos do recurso às tecnologias digitais para o desenvolvimento de competências histórico-geográficas pelos alunos. Metodologicamente, a investigação recorre a uma abordagem mista, com procedimentos de natureza qualitativa e quantitativa, mobilizando a análise documental das planificações das sessões de HGP, a análise de conteúdo da entrevista em grupo focal e das produções escritas dos alunos. Além disso, recorre-se à análise estatística simples aplicada a questionários (iniciais, finais e PMI), resultados dos desafios dos alunos, grelhas de observação e teste de avaliação sumativa. Os resultados permitem reconhecer que, à luz da problemática e objetivos definidos, as crianças demonstraram maior motivação e envolvimento nas aprendizagens em HGP, resultado do uso intencional de tecnologias digitais. Neste processo desenvolveram também as competências histórico-geográficas: A) Utilizar diferentes fontes de informação com diversas linguagens; C) Localizar fenómenos no espaço e no 6 tempo; E) Conhecer lugares e regiões nas suas dinâmicas espaciotemporais; e G) Mobilizar vocabulário histórico e geográfico.
Música clássica e literatura: análise da sua relação e impacto no público e intérpretes
Publication . Csalog, Rebeca Amorim; Coimbra, Carolina
A música clássica e a literatura estão historicamente ligadas, tendo sido, desde que há registo, fonte de inspiração recíproca, numa relação extremamente rica e complexa - tanto a música inspirou e integrou romances e poesia, como tanto a poesia e como a literatura deram origem a obras musicais, num cruzamento interdisciplinar que tem o seu apogeu na Ópera. Esta inspiração e influência mútua entre compositores e escritores resultou numa rica tapeçaria de expressão artística que compõe a herança cultural ocidental (Correa et al., 2009) Neste ensaio pretendo explorar a relação entre música clássica e literatura, com foco específico em dois estudos de caso: as peças "Une Châtelaine en sa tour…, Op. 110” de Gabriel Fauré (1918) e a “Fantaisie sua un thème de l’Opera Eugene Onegin de Tchaikovsky” de Ekaterina Walter-Kuhne (1909). As peças escolhidas são ambas para harpa solo, tratando-se de repertório que trabalhei ao longo deste mestrado e que apresentei no meu recital final, a 6 de julho de 2023.