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Institutional Repository of the Lisbon Polytechnic
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The aim of this Scientific Repository is to disseminate the scientific production produced by the Instituto Politécnico de Lisboa academic community, to increase the visibility and the investigation impact, to ensure the storage of the intellectual memory and to promote the open access to the information.
Recent Submissions
Razões de abandono escolar no ensino especializado de música: o que dizem as pesquisas?
Publication . Almeida e Silva, Helena; Vieira, Maria Helena
“Não tenho jeito para a música”, “Não tenho tempo para isto”, “Não gosto das músicas que tenho de tocar” são algumas das frases que ouvimos frequentemente quando os alunos expressam a sua desmotivação para com a sua aprendizagem musical, ou quando justificam o facto de terem desistido do ensino especializado de música. Mas afinal porque é que, segundo a literatura existente, há tantos alunos que se inscrevem nas escolas de música e tão poucos que terminam o seu percurso? Quais serão as causas que levam ao abandono escolar no ensino especializado de música? As causas em Portugal serão semelhantes às causas internacionais? Haverá causas mais relevantes que outras? E causas que se possam evitar? Na literatura internacional e nacional podemos verificar que são mencionadas diversas razões para o abandono escolar no ensino especializado de música, agrupáveis em categorias como: fatores individuais, fatores familiares e do círculo de relacionamentos do aluno, fatores escolares e fatores de política educativa e cultural. Partindo da análise e comparação da literatura internacional e nacional sobre o tema, apresenta-se uma síntese e uma reflexão sobre as causas de abandono escolar no ensino especializado de música. A compreensão destas causas é essencial para que os professores, familiares, diretores de escolas e agentes políticos possam agir de modo informado sobre o seu papel específico na prevenção do fenómeno. Os resultados desta fase deste projeto de investigação em curso na Universidade do Minho sugerem que a prevenção do abandono poderá passar pela adoção de uma visão integral e humanista do aluno, pela rejeição do ensino dos conteúdos e competências técnicas como foco único da aprendizagem e pela consideração mais consciente de fatores contextuais, tais como o perfil socioeconómico familiar, o perfil psicológico e as motivações do aluno, ou as relações interpessoais em contexto escolar. O abandono escolar do ensino especializado de música emerge nesta pesquisa como um fenómeno complexo que exige uma abordagem investigativa complexa, na consciência de que um modelo de ensino é uma estrutura que se destina aos alunos, e que não são os alunos que se destinam a um modelo de ensino.
Razões de abandono escolar no ensino especializado de música: o que dizem as pesquisas?
Publication . Almeida e Silva, Helena; Vieira, Maria Helena
“Não tenho jeito para a música”, “Não tenho tempo para isto”, “Não gosto das músicas que tenho de tocar” são algumas das frases que ouvimos frequentemente quando os alunos expressam a sua desmotivação para com a sua aprendizagem musical, ou quando justificam o facto de terem desistido do ensino especializado de música. Mas afinal porque é que, segundo a literatura existente, há tantos alunos que se inscrevem nas escolas de música e tão poucos que terminam o seu percurso? Quais serão as causas que levam ao abandono escolar no ensino especializado de música? As causas em Portugal serão semelhantes às causas internacionais? Haverá causas mais relevantes que outras? E causas que se possam evitar? Na literatura internacional e nacional podemos verificar que são mencionadas diversas razões para o abandono escolar no ensino especializado de música, agrupáveis em categorias como: fatores individuais, fatores familiares e do círculo de relacionamentos do aluno, fatores escolares e fatores de política educativa e cultural. Partindo da análise e comparação da literatura internacional e nacional sobre o tema, apresenta-se uma síntese e uma reflexão sobre as causas de abandono escolar no ensino especializado de música. A compreensão destas causas é essencial para que os professores, familiares, diretores de escolas e agentes políticos possam agir de modo informado sobre o seu papel específico na prevenção do fenómeno. Os resultados desta fase deste projeto de investigação em curso na Universidade do Minho sugerem que a prevenção do abandono poderá passar pela adoção de uma visão integral e humanista do aluno, pela rejeição do ensino dos conteúdos e competências técnicas como foco único da aprendizagem e pela consideração mais consciente de fatores contextuais, tais como o perfil socioeconómico familiar, o perfil psicológico e as motivações do aluno, ou as relações interpessoais em contexto escolar. O abandono escolar do ensino especializado de música emerge nesta pesquisa como um fenómeno complexo que exige uma abordagem investigativa complexa, na consciência de que um modelo de ensino é uma estrutura que se destina aos alunos, e que não são os alunos que se destinam a um modelo de ensino.
Escolas especializadas de música da rede pública e da rede particular e cooperativa em Portugal: panorama atual
Publication . Almeida e Silva, Helena; Vieira, Maria Helena
Em 189 anos, desde a criação do Conservatório Nacional (1835), o número de escolas de música do ensino artístico especializado (EAE) público foi aumentando muito lentamente, até 12 escolas em 2024. A Academia dos Amadores de Música (1884) foi o primeiro grande marco do ensino musical privado em Portugal, tendo a rede particular e cooperativa evoluído paralelamente à pública, até ser hoje cerca de doze vezes maior. Nas últimas décadas do século XX e início do século XXI a oferta de EAE de música foi-se tornando mais complexa com o aparecimento: do regime de frequência articulado (1983); das escolas profissionais de música (1989); de cursos profissionais em escolas do EAE (2000); e de cursos especializados e cursos profissionais autónomos nos Agrupamentos de Escolas (a partir de 2010). Atualmente mantém-se um grande desequilíbrio na oferta de EAE de música (23 escolas com oferta pública diversificada e 140 escolas com ofertas privadas) apesar do crescimento de protocolos do ensino articulado com escolas especializadas públicas e privadas e do aumento de cursos do EAE nas escolas do ensino geral.
Espaços de aprendizagem no jardim de infância: diferenças de brincadeira entre o espaço interior e exterior
Publication . Martins, Catarina Filipa Gouveia; Almeida, Tiago Alexandre Fernandes
O presente relatório enquadra-se na Unidade Curricular de Prática Profissional Supervisionada II (PPS II), pertencente ao plano de estudos do Mestrado em Educação Pré-Escolar da Escola Superior de Educação de Lisboa. Assume como finalidade central a análise crítica, reflexiva e devidamente fundamentada do percurso de intervenção desenvolvido em contexto de Jardim de Infância, no exercício da prática pedagógica enquanto educadora-estagiária. A intervenção decorreu entre 30 de setembro de 2024 e 7 de fevereiro de 2025, junto de um grupo constituído por 17 crianças com idades compreendidas entre os três e os quatro anos. Este relatório integra, igualmente, uma componente investigativa centrada nas conceções relativas às oportunidades de brincadeira em contexto educativo, delineada com base nas interações e vivências do grupo de crianças em estudo. A investigação objetiva, mais concretamente: (i) Identificar os tipos de brincadeira que ocorrem nos
espaços interiores e exteriores e os fatores que as influenciam; (ii) Examinar como os recursos materiais e organização dos espaços interiores e exteriores promovem ou limitam as diferentes formas de brincadeira; (iii) Compreender a perspetiva da educadora e das crianças sobre as vantagens e desafios associados à brincadeira em espaços interiores e exteriores. Do ponto de vista metodológico, a investigação enquadra-se numa abordagem qualitativa, alicerçada no método de estudo de caso, o que possibilita uma compreensão aprofundada e contextualizada do fenómeno em análise. Com o intuito de garantir a riqueza e a credibilidade dos dados obtidos, foram mobilizadas diversas técnicas e instrumentos de recolha de informação, permitindo a sua posterior triangulação. Entre os procedimentos utilizados destacam-se a observação direta, tanto participante como não participante, os registos sistemáticos de observação e a realização de entrevistas,
instrumentos que contribuíram para uma análise interpretativa e rigorosa do conteúdo emergente.
5 A análise desenvolvida ao longo do presente estudo evidencia a importância das experiências de brincadeira, nos espaços interior e exterior, como contextos privilegiados para a aprendizagem e o desenvolvimento integral das crianças. A identificação dos diferentes tipos de brincadeira que ocorrem nestes ambientes, bem como dos fatores que os influenciam, permitiu aprofundar a compreensão sobre as condições que favorecem ou restringem a expressão lúdica infantil. Neste quadro, destacou-se o papel do adulto na organização do espaço e na disponibilização de recursos, assumindo uma função determinante na criação de oportunidades educativas consistentes. As perspetivas partilhadas pela educadora e pelas crianças sublinham a relevância de contextos intencionalmente estruturados, nos quais a liberdade de escolha, a diversidade de materiais e a acessibilidade dos ambientes contribuem para vivências mais enriquecedoras, estimulantes e ajustadas às necessidades do grupo.
O tempo presente: recurso para compreender o tempo passado em história e geografia de Portugal
Publication . Vieira, Beatriz Fernandes; Hortas, Maria João de Oliveira Barroso
O presente relatório resulta da Prática de Ensino Supervisionada no âmbito do Mestrado em Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico e de Português e História e Geografia de Portugal no 2.º Ciclo. A investigação realizada tem como problemática central: A compreensão do passado a partir de situações do presente recorrendo a estratégias ativas de aprendizagem contribui para o desenvolvimento de competências de comunicação e pensamento crítico em História. Para dar uma resposta à problemática definida, formularam-se os objetivos: (i) Compreender de que modo os problemas sociais do presente permitem construir conhecimento sobre o passado; (ii) Caracterizar as
estratégias de ensino e aprendizagem que permitem a realização de aprendizagens ativas; (iii) Analisar as competências de comunicação em História desenvolvidas pelos alunos; (iv) Analisar as competências de pensamento crítico desenvolvidas pelos alunos. Metodologicamente, o estudo integra procedimentos de natureza qualitativa, recorrendo predominantemente a análise de conteúdo através de diferentes fontes, que incluíram planificações de aulas, produções escritas e orais dos alunos e atividades realizadas em sala de aula. Os resultados obtidos permitem reconhecer as estratégias utilizadas, pelas melhorias na participação, na expressão oral e escrita e na capacidade crítica dos alunos. Confirma-se também que o recurso a situações do presente para abordar conteúdos do passado favorece a construção de aprendizagens com sentido, aproximando os alunos dos temas históricos e promovendo uma relação mais ativa e reflexiva com o conhecimento. O estudo evidencia, ainda, o papel essencial da intencionalidade pedagógica e da investigação na formação de professores e na construção de práticas mais conscientes e eficazes.
