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Advisor(s)
Abstract(s)
Há poucos anos atrás, José Eduardo Moniz resolveu despedir Maria Elisa e Margarida Marante. Que
pôde a notoriedade das televedetas perante o poder de decisão administrativa do director de programas?
Quase sem presença até 1974, as jornalistas representam agora cerca de 30% do total dos
profissionais: 1142 mulheres, num universo de 3879.[1] Mas ao lado dos grandes proprietários
das empresas de imprensa como Francisco Pinto Balsemão, Luís Silva ou Carlos Barbosa não se
encontra nenhuma mulher. Situação idêntica ocorre na direcção dos principais jornais, rádios e
televisões. Até ao momento em que escrevo este texto, nenhuma mulher tem o nome no lugar onde
nos habituámos a ver os de Vicente Jorge Silva, Bettencourt Resendes ou José António Saraiva.
Excepção feita ao semanário O Diabo, as únicas mulheres directoras de órgãos de comunicação
social encontram-se nas revistas dirigidas ao público feminino. São também escassos os cargos de
chefia ocupados por mulheres nas redacções. A elite jornalística continua, portanto, a
ser predominantemente masculina, o que significa que ao ingresso das mulheres na profissão não
tem correspondido idêntico acesso a lugares de relevo. No jornalismo, as mulheres encontram-se, na
sua esmagadora maioria, a desempenhar funções de execução. À visibilidade crescente não
corresponde o poder nas redacções.
Description
Keywords
Jornalismo Mulheres jornalistas Profissionalização das mulheres Perfil sociológico
Citation
Subtil, F. (1996, fev, 07-09). As mulheres jornalistas. Comunicação apresentada no III Congresso Português de Sociologia: Práticas e Processos de Mudança Social, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal
Publisher
Associação Portuguesa de Sociologia