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Rins & coração: a relação na doença renal crónica

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A Síndrome Cardiorrenal é definida como a coexistência da disfunção cardíaca e da disfunção renal, na qual a falência aguda ou crónica de um dos órgãos precipita a falência aguda ou crónica do outro, sendo que se dará foco ao tipo IV no qual a disfunção cardíaca crónica é secundária à doença renal crónica, encontrando-se pacientes com este tipo de disfunção a realizar hemodiálise podendo também aguardar transplante renal. A doença renal crónica (DRC) tornou-se um tema de grande importância devido à sua alta prevalência (10-13% da população no mundo), aos altos custos que gera e por ser cada vez mais vista como um problema da saúde pública. As duas etiologias mais comuns desta doença são a hipertensão arterial e a diabetes mellitus. A principal causa de morbilidade e mortalidade em pacientes com DRC são as doenças cardiovasculares: doença arterial coronária; insuficiência cardíaca; arritmias e morte súbita cardíaca. Doença cardiovascular é um termo genérico que designa todas as alterações patológicas que afetam o coração e/ou vasos sanguíneos. A doença renal crónica (DRC) é definida como a estrutura ou função renal anormal com mais de três meses de duração e com patologias associadas. O diagnóstico da Síndrome Cardiorrenal tipo IV a nível cardíaco baseia-se principalmente no exame ultrassonográfico do coração (ecocardiografia) e dos rins (ultrassonografia renal). Como consequência da evolução da DRC, o sistema cardiovascular encontra-se afetado de diversas formas levando ao remodeling cardíaco, a anormalidades neuro-hormonais, aumento do risco sistémico, hipertrofia ventricular esquerda (e direita), disfunção diastólica esquerda (e direita), disfunção sistólica, diminuição da perfusão coronária, aumento da inflamação, calcificação coronária e dos tecidos, sobrecarga de volume no coração e a uma alteração dos valores dos biomarcadores (troponina cardíaca, peptídeo natriurético, dimetilarginina assimétrica, albumina modificada por isquémia, proteínas de fase aguda, soro da proteína amiloide A e proteína C reativa). A ultrassonografia cardiovascular tem ajudando significativamente na avaliação dos pacientes com doença renal crónica por ser uma técnica não invasiva, mais segura (sem agentes de contraste tóxicos ou radiação), mais rápida e mais rentável. Na prática clínica a disfunção diastólica, a hipertrofia ventricular esquerda e a dilatação da aurícula esquerda são os achados ultrassonográficos mais frequentes na doença renal crónica.

Description

Keywords

Insuficiência renal crónica Ecocardiografia Síndroma cardiorrenal Hipertrofia ventricular esquerda Doença cardiovascular

Citation

Ferreira R, Semedo C, Sanches E, Fonseca V. Rins & coração: a relação na doença renal crónica. In: XV Seminário Temático em Fisiologia Clínica, ESTeSL, 11 de fevereiro de 2022.

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Instituto Politécnico de Lisboa, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa