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Práticas e representações: desafios da monitorização dos comportamentos online

dc.contributor.authorMontargil, Filipe
dc.contributor.authorMiranda, Sandra
dc.contributor.authorDi Fátima, Branco
dc.date.accessioned2019-06-26T09:45:54Z
dc.date.available2019-06-26T09:45:54Z
dc.date.issued2019-01-24
dc.description.abstractComo utilizamos a internet? Que atividades são mais recorrentes? Quando é realizado o acesso? Por quanto tempo permanecemos ligados? Que tipo de conteúdos são mais consumidos? A resposta para essas e outras questões, na maioria das vezes, são ofertadas por métodos de recolha de informações baseados na inquirição do utilizador, seja em contexto nacional (INE, 2016; Marktest, 2015; OberCom, 2014) ou internacional (Ibope Conecta, 2018; Pew Research Center, 2017; Nielsen, 2016). Entretanto, as estratégias metodológicas assentes na inquirição revelam fragilidades relacionadas com as práticas e representações, pesquisadas desde a década de 1930 (LaPiere, 1934), e os resultados são influenciados por um conjunto de fatores (Bryman, 2012; Bordens e Abbott, 2011). As próprias limitações da memória de curto e longo prazo para recordar eventos quotidianos (Foddy, 1996; Roberts, 1985), em entrevistas e questionários, são uma força modeladora entre o que as pessoas ‘afirmam fazer’ e ‘fazem de fato’, sobretudo em sociedades altamente dinâmicas (Castells, 2002). Desenvolver métodos e técnicas para mapear os comportamentos online é um desafio premente, numa altura que 70% dos portugueses têm acesso à internet e passam, em média, 13h por dia conectados aos vários ecrãs em rede (comScore, 2017). A proposta desta comunicação é apresentar os desafios metodológicos para elaboração de um painel virtual dos utilizadores de internet da região de Lisboa, componente empírica do Living Lab para Conteúdos e Plataformas de Media (LLCPM), projeto liderado em consórcio público-privado pela Escola Superior de Comunicação Social (ESCS) e financiado pela FCT. Durante o segundo semestre de 2018, o LLCPM desenvolveu o Bartolomeu, uma extensão do Google Chrome – browser mais popular entre os portugueses (StatCounter, 2018), capaz de monitorizar em tempo real as atividades online dos membros do painel. A monitorização está prevista para arrancar em dezembro de 2018, e deve seguir, num primeiro momento de estudo, até setembro de 2019. A amostra, ainda em formação, incorpora utilizadores do sexo feminino e masculino, com diferentes condições frente ao trabalho, estado civil, coortes geracionais, etc. Em linhas gerais, Bartolomeu – homenagem ao navegador português Bartolomeu Dias (1450-1500), porque a ciência de dados também é um chamado para se lançar ao mar informacional e explorar – conecta-se ao browser dos membros do painel e recolhe metadados, como a hora de acesso, os sites visitados, o tempo de navegação, os dispositivos empregados, etc. O interesse de análise centra-se, sobretudo, nos conteúdos acedidos e nos dispositivos utilizados (portátil, smartphones, tablets), num período caracterizado por dietas mediáticas em múltiplos ecrãs (Di Fátima e Winques, 2017; Cardoso e Lapa, 2013). Os dados apurados pelo LLCPM permitem o cruzamento com diversas fontes nacionais e internacionais, numa lógica comparativa, para validação mútua de resultados. Com uma proposta metodológica inovadora, em alinhamento entre os interesses académicos e empresariais, Bartolomeu pode ser utilizado para criar soluções em várias áreas, como estudos das audiências, estratégias de comunicação de instituições públicas, planeamento de políticas de bem-estar social, tendências de consumo no comércio eletrónico e outras. Métodos tradicionais de recolha de informações, baseados apenas na inquirição, ainda são lentes importantes para ler a realidade, mas também revelam distorções entre as práticas e representações (LaPiere, 1934; Foddy, 1996). Essas questões são particularmente relevantes do ponto de vista científico e do potencial de valorização para diferentes stakeholders, como órgãos de imprensa, agências de publicidade e instituições públicas. Se a internet é um espaço de comunicação, informação e entretenimento, mas também de negócio, prazer e socialização, mapear os comportamentos online é entender como as sociedades contemporâneas estão a ser construídas em toda as suas dimensões.pt_PT
dc.description.versionN/Apt_PT
dc.identifier.citationMontargil, F., Miranda, S., & Di Fatima, B. (2019, jan, 24-25). Práticas e representações: desafios da monitorização dos comportamentos online. Comunicação apresentada no VI Congresso Internacional de Comunicação, Jornalismo e Espaço Público: Media: Poder, Representação e Epistemologia. Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugalpt_PT
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.21/10206
dc.language.isoporpt_PT
dc.peerreviewedyespt_PT
dc.publisherCentro de Estudos Interdisciplinares do Século XX, Universidade de Coimbrapt_PT
dc.publisherCIC.Digitalpt_PT
dc.relation.publisherversionhttps://mediacongresso.wixsite.com/congressopt_PT
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/pt_PT
dc.subjectEstudos da internetpt_PT
dc.subjectComportamentos onlinept_PT
dc.subjectPainel de utilizadorespt_PT
dc.titlePráticas e representações: desafios da monitorização dos comportamentos onlinept_PT
dc.typeconference object
dspace.entity.typePublication
oaire.citation.conferencePlaceUniversidade de Coimbra, Portugalpt_PT
oaire.citation.titleVI Congresso Internacional de Comunicação, Jornalismo e Espaço Público: Media: Poder, Representação e Epistemologiapt_PT
person.familyNameMontargil
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person.familyNameDi Fátima
person.givenNameFilipe
person.givenNameSandra Marisa
person.givenNameBranco
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person.identifier.ciencia-id681E-05F5-C887
person.identifier.orcid0000-0001-6665-0995
person.identifier.orcid0000-0002-5544-5942
person.identifier.orcid0000-0001-6981-7228
person.identifier.ridX-1388-2019
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